Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

30 abril 2010

Apresentação - por Mariel

Olá!

Vou começar o meu primeiro post aqui no blog me apresentando e contando um pouco sobre os aspectos da minha vida que me levaram a decidir ser au pair.

Meu nome é Mariel, tenho 23 anos e moro em São Paulo. Nasci em Bauru e em 2006 morava lá e cursava o segundo ano da faculdade de Direito. Fiquei sabendo do "Au Pair" por uma amiga muito querida e me interessei. Vim até São Paulo (onde minha mãe já morava) para uma das palestras da Cultural Care e também para conversar nas outras agências e obter mais informações sobre o programa. Eu já sabia que a faculdade de Direito não era pra mim, não era o que eu queria fazer da vida, e foi então que decidi participar do intercâmbio. Achei que era uma oportunidade única de morar em um outro país, viver uma outra cultura e aprender melhor uma segunda língua.

Para muitas pessoas próximas (inclusive minha mãe), aquilo era apenas "fogo de palha" e eu logo desistiria da ideia. Mas eu comecei a pesquisar cada vez mais sobre o assunto, encontrei as comunidades do Orkut e as outras au pairs para trocar opiniões. E quanto mais eu sabia sobre o programa, mais eu tinha certeza de que queria ser uma au pair. Porém, pra ter um "Plano B" e não largar tudo de uma vez, decidi que só viajaria depois de Janeiro do ano seguinte, quando poderia trancar minha faculdade.

Depois das pesquisas, o próximo passo foi me cadastrar no GAP (www.greataupair.com), para ir conversando com famílias e melhorando meu inglês enquanto o segundo semestre não chegava e eu não me inscrevia na agência. Além disso, comecei a fazer trabalho voluntário em escolas para conseguir as horas de experiência necessárias. Por fim, escolhi a STB e a Au Pair Care para serem minhas agências e comecei a preencher o application. Continuava online no GAP e em outubro achei lá minha família!

Entreguei o application já com o endereço e nome da família (que era da mesma agência) e então nem cheguei a ficar online. Meus papéis já foram com o chamado pre-match.

Em Janeiro de 2007, embarquei pra Tenafly, NJ. Tenafly é uma cidadezinha pequena, tranquila e sem muitas coisas pra se fazer. Porém, eu tinha um carro só pra mim, o que facilitava (e muito!) a minha vida. As cidades próximas eram maiores e cheias de opções to have fun! NYC também fica a apenas 40 minutos de ônibus e ir até lá era um dos meus programas favoritos para o fim de semana.

Eu cuidei de 3 crianças. Uma baby girl de quase dois anos, um menino de 7 e uma menina de 9. E eu trabalhava pra caramba! Fazia extra pra eles todo fim de semana e, no mínimo, durante 10 horas.

A mãe não trabalhava e isso nunca foi problema pra mim. O que eu acho muito importante dizer porque há um "mito" de que stay-at-home mother é ruim. Eu acho que não teria aceitado se fosse ser a primeira au pair. Mas a menina que estava lá (também brasileira) foi muito legal comigo e tirou todas as minhas dúvidas, e me garantiu que quase não via a mãe durante o dia e que era super tranquilo. Então eu topei. E não me arrependi. A família era maravilhosa! Lógico que eu reclamava de algumas coisas como todo mundo reclama, não tem jeito. E eles provavelmente também reclamavam de mim, risos. Essa história de achar a família perfeita é ilusão. Até porque também não há Au Pair perfeita!

O meu ano foi incrível e inesquecível! Fiz minhas melhores amigas lá, conheci gente do mundo todo, viajei (menos do que deveria) e me conheci demais! Foi uma época muito importante na minha vida.

Mas resolvi voltar depois de um ano (apesar de pensar em estender com a family e até trocar o visto pra estudante), porque queria ir pro Canadá pra fazer faculdade. Vim morar em São Paulo e comecei a dar aulas de inglês pra juntar uma grana pra poder viajar novamente. Mas as coisas começaram a dar muito certo por aqui e eu também gostei de dar aulas. E foi então que decidi ficar e estudar o que sempre quis: música.

E venho fazendo isto desde aquela época, e aprendi muito. Tive muitas experiências novas e adorei tudo que aconteceu nos últimos anos. Porém, chegou a hora de uma nova mudança. Tenho sentido muita falta de morar nos Estados Unidos. Infelizmente, não me sinto completa aqui, mas também não me sinto completa lá. Então o jeito é aproveitar as oportunidades e a idade que tenho, pois não vou poder fazer intercâmbios pra sempre!

Procurei várias formas de ir pra lá novamente, mas aparentemente não sendo universitária ou recém-formada a única maneira de ir pra morar e trabalhar é realmente sendo au pair. A princípio, desisti da idéia. Apesar de o ano ter sido maravilhoso, era muito trabalho pro valor que ganhava (e é por isso que também somos conhecidas como au poors, risos).

Enfim... Pensei, pensei, pensei... E vi que nada tinha a perder! Seria a chance de morar em um lugar novo, num estado diferente e viajar pros lugares que não conheci! Além disso, poderia melhorar de novo meu inglês, que vai ficando pior a cada dia :(

Estou agora online pela Au Pair Care e pela Expert Au Pair. Já conversei com 4 famílias e estou no momento conversando com outras 2. A decisão é muito difícil mas tenho certeza de que vai aparecer uma família legal e com as características que estou procurando! É uma questão de fé e paciência!

Boa sorte pra todas as Au Pairs (ex, atuais ou futuras). E principalmente pra quem se aventura por este difícil caminho mais de uma vez :)

Mariel
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29 abril 2010

A interminável busca pela família - Por Suellen

Uma pequena apresentação: Meu nome é Suellen, tenho 22 anos e sou formada em administração. Moro em Campo Grande, MS, e estou online pela Cultural Care há quase 5 meses. Na verdade minha intenção era ser au pair na França, mas resolvi ir pros EUA. Vou contar um pouco da história e certas burrices que espero que futuras au pairs não cometam ;P

Acho que todo mundo que le meu blog se assusta com a quantidade de famílias que já passaram pelo meu application. Como assim 40 famílias e nada de match até agora?

Calma lá, porque quantidade não significa qualidade. É claro que não vou negar que todos tem sua parcela de "culpa" nessa história; a agência, por mandar muitas famílias que não seriam um potencial match, e eu por ter pedido pra tirar famílias que queriam pra uma data um pouco distante.

Algo que me atrapalhou muito no começo foi a inexperiência. Minha primeira ligação/troca de emails foi um desastre. Era época de provas finais do último semestre da faculdade, eu sequer fiz a tal colinha pra ajudar na hora da ligação. Resultado: não sabia o que perguntar ao telefone, a ligação no celular era horrível, tive que pedir pra repetirem umas 100x. Quando eles terminaram de fazer perguntas e passaram a bola pra mim e eu não sabia o que perguntar, já senti que "tinha feito merda". Esperei pelo email com o endereço que eles disseram que mandariam e nada. Mandei um email me desculpando e fazendo algumas perguntas, nunca responderam.

As próximas ligações foram ficando melhores, tive o que pode-se chamar de quase match. Acabaram escolhendo outra au pair. Depois disso foram sucessivas entradas e saídas de famílias sem dar sinal de vida. Os motivos os mais diversos, não por culpa minha mas não vou ficar falando aqui, senão fica muito grande ;P

Bom, o que dá pra tirar de útil de tudo isso:
  • A gente planeja uma coisa, a vida outra. Eu entreguei o application com exatos 3 meses de antecedência, porque era o tempo médio de colocação. Isso daria o tempo certo de fazer minha colação e embarcar na última semana de março. Eu tinha tudo planejado, só esqueci de um pequeno detalhe: nem tudo sai como a gente planeja.
  • Não me esforcei pra conseguir ao menos um emprego temporário porque não achei que valesse à pena, seria pouco tempo e eu queria aproveitar com a família. Quase 5 meses em casa e eu estou ficando louca já. Ter algo pra distrair a mente é ótimo ou você vai acabar derretendo o F5 do seu teclado ou até mesmo seu estômago com uma bela gastrite.
  • Não sonhe a sua vida com a vida dos outros. Já diz o velho ditado: cada cabeça uma sentença. Cada menina que decide ser au pair vai viver a sua história que pode ser feliz ou não. Vai depender de inúmeros fatores, inclusive dela. Nem tudo que é perfeito pra uma, vai ser perfeito pra outra, como a Joy mesmo disse.
  • Não tome decisões no desespero. Como eu já disse, pedi pra CC tirar uma família que poderia ser um potencial match simplesmente porque eles estavam demorando demais. Na verdade não são eles que demoram demais, somos nós que estamos ansiosas demais e queremos tudo pra ontem. Eles trabalham, tem casa, filhos etc, enquanto a gente fica só no F5. Aí o tempo parece uma eternidade né? ;P
Por fim, aquilo que todas já estão mais do que cansadas de ouvir: paciência, paciência e paciência! Eu continuo na minha busca e espero ter boas novas pra contar no próximo post, daqui 1 mês.

Boa sorte a todas ;)

Quer saber mais? Meu blog: www.suhproject.blogspot.com.
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28 abril 2010

Escolha de familia: Sorte ou azar? - Por JOY

Vou pular a parte de falar sobre mim. Quem quiser saber sobre isso pode visitar meu blog e saber sobre toda a minha vida auperiana =P

So, vamos ao post em si...



Desde que fiquei sabendo o meu dia de postagem já sabia que falaria sobre as inúmeras incertezas que temos quando precisamos conversar com as famílias e decidir fechar ou não com alguma delas. Acho que esse assunto é muito importante, já que, para mim, acertar nisso é 50% do caminho para ter uma boa vida aqui nos EUA.

A melhor maneira de conseguir uma boa família é procurar por trevos da sorte, ferradura, pata de coelho, colocar alho no pc (nem é mais atrás da porta), cruzar os dedos, fazer macumba, rezar, dar 3 pulinhos pra São Longuinho dizendo "quero achar uma família ótima" e tudo mais o que vocês souberem de coisas do tipo que eu tenha esquecido de citar =P

Haha, claro que não é isso... A escolha da família vai muito, muito além disso...

O fato é que muitas meninas perguntam no meu blog ou no orkut sobre o que é bom ou ruim, sobre o que é imprescindível, o que é inaceitável etc. E as respostas sempre giram em torno da mesma frase: Depende de você!

Pode parecer meio vago, mas é isso mesmo... Algo ser bom ou ruim numa família depende de você e dos seus objetivos como au pair. O que é bom pra mim pode ser inaceitável pra você e vice-versa. Então, seguindo essa linha de raciocínio, a melhor dica para as que estão em contatos com a família é: faça uma lista do que você espera de uma família, o que é ótimo, bom ou inaceitável. Se você fizer essa lista e fazer um "check list" quando estiver conversando com a família, com certeza diminuirá o número de dúvidas e incertezas.

Coisas a se pensar:
  • Valores e cotidiano da família (atividades que fazem nas horas vagas, se os pais esperam que a au pair faça tudo ou se realmente se importam em passar algum tempo com as kids, como fazer homework, ter alguma refeição ou algum tempo de leitura ou brincadeiras).
  • O que a familia espera da au pair.
  • Número e idade das kids.
  • Atividades das kids (se estudam, se têm aulas de esporte e afins).
  • Horário de trabalho (schedule fixo ou variável).
  • Fins de semana off (quantos finais de semana por mês estará off).
  • Região/cidade (nesse âmbito pensar em viagens, passeios e estudos).
  • Carro (se vai ter só pra você, se vai dividir ou se não vai ter nenhum).
  • Curfew (pra você e pro carro).
  • Parents at home (que não trabalham ou que trabalham em casa).
  • Se a família viaja muito/pouco e se espera que você viaje junto com eles.
  • Seu quarto (se vai ter banheiro só pra você, se seu quarto é no basement, se vai ter tv e/ou computador)
Eu tentei colocar a lista em ordem de importância para mim, mas é meio que impossível... Mas acho que se conseguirem fazer algo do tipo, por ordem de importância, será uma grande ajuda na hora de escolher famílias.

Eu comentei alguns itens, mas acho válido falar mais sobre tudo de uma forma geral.

Não espere a família perfeita, acredito que se isso existe é uma sorte muito, muito grande que provavelmente não vai acontecer com você hehe. E é aí que entra o titulo do post... Sorte ou azar?

Você acredita em sorte e azar?

Eu não acredito, não totalmente (depende da definição de sorte pra você hehe). Eu acho que se você estuda muito, pesquisa muito, pensa muito sobre o programa, sobre agências, sobre o que você espera do intercâmbio e todo o mais, você diminui muito as chances de pegar uma família zoada... Logo, pra mim é mais questão de probabilidade do que de sorte. Se você fizer tudo isso que citei acima com muitos muitos (rs), você tem a chance/azar de pegar alguma família ruim? Sim, mas lembre-se que terá diminuído muito as chances de isso acontecer =P

Então não se desespere e feche com qualquer família só porque está há meses on ou porque precisa embarcar o mais rápido possível. Assim como não aconselho a rejeitar nenhuma família porque é a primeira, segunda ou terceira com a qual está conversando só porque pode ter melhores oportunidades depois. Faça a sua lista, consiga o máximo de informações que puder enquanto estiver em contato com a famílias... Não deixe pra descobrir como as coisas funcionam depois que chegar aqui, isso pode gerar um grande problema pra você e pra família.

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas, não posso deixar de dizer aqui que desconsiderar algumas coisas também é importante. Algumas meninas ficam preocupadas em querer tudo perfeito, em saber de cada detalhe... Se o quarto é rosa ou azul, se tem carrão ou carro de pobre, se vai ter furacão na região... Enfim, coisas impossíveis de prever ou que não vale à pena ficar perguntando. Não é que não vale à pena, mas só vale para matar a curiosidade/ansiedade e enxer o saco dos hosts, que provavelmente trabalham e não estão interessados em responder coisas tontas haha

Então, no fim das contas a segunda maior dica (a primeira é a lista =P) é colocar tudo na balança de acordo com o que você colocou no papel.

Vai ter que dividir o carro? Ok, se a família tiver todas as outras coisas que você acha imprescindíveis (finais de semana off, região e schedule legal, por exemplo).

A mãe trabalha em casa? Ok, see (de "ver, verificar")... se (advérbio de condição?) as outras características da família forem muito boas hehe

Mas Joy, e o tal feeling?

Ok, muitas meninas falam sobre o tal feeling com a família... Pra mim o feeling nada mais é do que a família se encaixar em todos, ou quase todos, os itens da sua lista, porque se isso acontecer, é claro que a família parecerá ótima pra você e é claro que as chances de errar ou pegar família ruim terão diminuido muito. =P

Bem, por hoje é só pessoal! rs

Espero que o post ajude as meninas que estão passando por essa fase, seja em match ou em re-match.




Boa a sorte a todas vocês! =)

Joy.
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27 abril 2010

Mudanças inesperadas! - By Nath Azevedo

Ae, finalmente chegou meu dia de postar!! :)

Meu nome é Nathália, tenho 20 anos e moro em Indaiatuba, interior de Sampa. Minha história começa muito parecida com muitas outras histórias aqui do blog.

Nasci em São Paulo, mudei para Indaiatuba com pouco mais de 8 anos, e amei a mudança que veio na minha vida. Descobri que liberdade era algo que eu realmente não conhecia, principalmente por viver em São Paulo, onde segurança acaba ficando em primeiro lugar.

Estudei, terminei escola, não passei de primeira na faculdade (veterinária na Unesp é um curso meio tenso pra se passar sem estudar! haha) e resolvi fazer cursinho. Terminei o cursinho e passei no Senac – Hotelaria! E finalmente pela primeira vez na minha vida fui morar longe dos meus pais (tá, nem tão longe assim, apenas 1h e 40 min de distância, mas só o fato de não morar na mesma casa e ter um pouco de ‘independência’ já ajuda, né?) para fazer faculdade!

Confesso que até hoje essa foi a melhor fase da minha vida. Muitas festas, minha casa, morar com amigas, não ter que dar satisfação e muitos outros poréns me fizeram descobrir que eu não queria mais voltar para casa.

Quando estava em setembro, quase terminando a faculdade, recebi um email da faculdade sobre um programa de intercâmbio, onde o objetivo seria estudar nos EUA por conta do Governo dos Estado Unidos, morar por lá e conhecer a cultura por 1 ano, tudo de graça. O único problema: o programa era pra pessoas que estivessem cursando de 50% a 75% da faculdade, e eu estava quase concluindo! Fiquei muito frustrada de não conseguir e, após dias pensando nisso, resolvi ser au pair.

Minha irmã havia sido au pair em 2007, ficou 1 ano morando com uma family maravilhosa no Brooklyn, então eu já conhecia grande parte do processo. Todos em casa me apoiaram muito quando contei o que realmente queria. Então comecei meu processo com a STB (a mesma que minha irmã tinha ido), mas fiz tudo online, tanto que até hoje não conheço a minha orientadora HO HO HO.

Devido ao final da facu, TCC e o caramba a quatro, eu demorei demais pra entregar tudo, comecei em outubro e entreguei tudo em janeiro. Fiquei online em fevereiro e nada de famílias. Continuava sempre caçando família no GAP, mas nada dava certo. No final de março, final de tarde, recebo uma ligação dos EUA - uma família!!!- e voei pro PC pra falar com eles no skype. Porém, eles não eram da APC (shiit!), e sim da Expert! Detalhe que eu nem lembrava mais que tinha me inscrito lá. Comecei a conversar com eles e ameeeei!

Rolou muito o tal Feeling que todas procuram... Mas o que me deixava apreensiva era o fato de eles serem da Expert. Meu, que agência é essa que nem representante no Brasil tem? E nada de família da APC... Até que um dia... PIMBA! Primeira família da apc no meu application, 3 dias depois da família da Expert. Adorei eles, mas foi aí que a família da Expert me pediu match. =S Dúvida cruel! Ir com uma família que eu amei e não conheço a agência, ou ir com a família que tá na minha agência mas não rolou um feeling tão grande?

Resolvi fazer o match com a família da Expert, e não me arrependo JAMAIS! Em todo esse tempo que estou on, a Expert foi mais atenciosa comigo do que a STB. Todas minhas dúvidas e medos foram esclarecidos, e tudo o que eu precisava a Kathy ou o Mark me ajudavam. E também a Josi, Kassy e a Glau da comu também, tiveram match por lá e tava tudo as mil maravilhas! Isso pesou muito na minha decisão.

Bom, estou no final de todo esse processo, quinta-feira eu tenho minha entrevista do visto, e se tudo der certo eu embarco rumo à Florida dia 10!

Quem se inscreveu na Expert e já falou com alguma family de lá, e continua insegura: meninas, vão fundo! Não me arrependo de nada, e pelo visto as outras girls também não!

É isso, espero que tenham gostado do meu primeiro post em um blog! Mês que vem estarei na casa da minha family, em Kennesaw – GA , pertinho de Atlanta, 3 boys, um de 4 anos e gêmeos de 8, contando como será tudo!

Beijos girls, força na peruca que o futuro nos espera!

:D
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26 abril 2010

Vamos começar esta experiência! - By Jess

Meninas, antes de tudo, agradeço pela oportunidade de ser uma das 30 desse blog... Este é meu primeiro post e optarei por algo mais técnico, pois reparei que muitas meninas aqui são futuras au pairs e estão passando por algumas etapas importantes. Quem quiser ler minha saga completa, sinta-se à vontade – http://jessicaupair.blogspot.com ;)

Passos essenciais para obter êxito no objetivo (neste caso, au pair)
  1. Decisão: É onde nossas ideias são formadas, começamos a planejar e imaginar o quanto essa experiência enriquecerá nossas vidas. Alguns momentos serão difíceis, pois não deve ser fácil morar e trabalhar na casa de estranhos, fato, mas também será extremamente prazeroso e único.
  2. Pesquisa: Momento em que a decisão começa a ter efeito prático... As visitas às agências são muito importantes; conhecer o máximo possível de cada uma é essencial para o processo. A comunidade “Au Pair” é uma fonte de conhecimento... rs, muitas vezes, lá encontramos respostas para nossas dúvidas (sem precisar abrir tópicos inúteis, please... haha).
  3. Interação: É fundamental e ajuda a focar no objetivo. Participar da comunidade ativamente ou ler já nos ajuda a ter uma idéia ampla do programa [Experiência Pessoal: Quando eu aguardava meu aceite - que durou 3 meses -, pensei em desistir e partir para o plano B. Nessa fase, percebi o quanto tinha amizades verdadeiras, tanto com as meninas dos meetings quanto com as que nunca vi pessoalmente]. O “au pair meeting” é ótimo... São diversas realidades ali, ao vivo... Além de ser muito divertido...
  4. Preenchimento do Application: Já ouvi tanto sobre isso que nem cabe no post. Mas na verdade qual é o diferencial num application? Horas com kids? Direção? Nível de Inglês? Vídeo? Tudo isso conta muito, claro, mas se coloquem no lugar da família e pensem: “Como eu escolheria uma au pair?”. Junte isso às suas habilidades e com certeza você atrairá famílias com um perfil parecido com o seu. [Exp. Pessoal: Minha family procurava uma au pair com “nível excelente” de inglês – o meu está bem longe disso -, mas quando conversamos ao telefone, rolou o feeling. Eles gostaram da minha experiência com kids especiais, direção e adaptabilidade por eu ter morado em muitos estados no Brasil.] Issoconfirma que não é necessário ter 5000 horas, inglês fluente e tal... Mas ajuda! Hehe. Preencha o app como se estivesse digitando um currículo, isto é, enfatize seus pontos fortes, justifique seus pontos fracos com vontade de aprender, entusiasmo e interesse... Ah, e NUNCA minta!
  5. Espera para ficar online: Ocupe seu tempo o máximo que puder pra evitar a ansiedade [Exp. Pessoal Adverte: Isso causa queda de cabelo, unhas quebradiças e compulsão por doce... rs]. Ah, nos tempos livres, use o Great Au Pair, sei de várias meninas que antes mesmo de ficar on já haviam encontrado sua family no GAP.
  6. Contato com as Famílias: Todo cuidado é pouco... rs... Não fechem com a primeira pensando que nenhuma outra irá se interessar... Seja exigente, mas também não vá ficar escolhendo muito onde quer morar... Pense que esta é uma entrevista para um trabalho de 1 ano, portanto, façam a melhor escolha, levando sempre em consideração: VOCÊ. Perguntem tuuuudo antes de aceitar o match. - Se não me engano, a Joy disse que postaria sobre isso mais detalhadamente no dia 28... Aguardem ;)
  7. Match! Uhuuu... Sensação maravilhosa, indescritível... Sempre comento que não costumo gritar em casa, com medo de assustar a minha avó, mas rolou uma dancinha beeem tosca quando tive meu match! Haha... Espero não repetir isso na Entrevista do Visto – next month!
Bom, paro por aqui pois é nessa fase que estou... hehe

Espero ter ajudado de alguma forma... todos os cometários são serão bem-vindos, incluindo críticas construtivas ;)

Desejo ótima sorte a todas... E pra quem tá ansiosa esperando aceite ou família: “Deus não demora, Ele CAPRICHA” - Juro que eu não entendia o sentido dessa frase, mas hoje sei que ela é a pura realidade ;)
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25 abril 2010

Introdução - Maria Elisa

É uma grande responsabilidade fazer parte desse grupo das 30 Au Pairs... Maior ainda após ler os vários bons posts aqui, mas comprometo-me em fazer o meu melhor!

Me emocionei com alguns posts e fiquei bastante surpresa com a história de algumas de vocês, outros posts me identifiquei bastante que até achei que haviam sido escritos por mim! Enfim, essa nossa vontade em comum nos faz próximas, mesmo que distantes!

Chega de blá blá blá e vamos ao que interessa... O anseio por um intercâmbio sempre fez parte da minha vida... Aos quinze, pedi para o meus pais para fazer o High School e a resposta foi: “Não.. só depois que você crescer!”, mas ganhei um “intercâmbio” de dez dias na Disney (e me encantei pelos EUA!)! Haha! Após isso, tentei fazer pela faculdade a tal da Mobilidade Estudantil nos EUA, e quem me barrou foi a Universidade porque eu não tinha o TOEFL... Aí “desisti” por um tempo e deixei esse sonho de lado.

Mas ao ver meu irmão indo pra Irlanda, realizando um sonho de intercâmbio que ele nem tinha (só foi porque precisava do inglês mesmo), fiquei enciumada e revoltada comigo mesma! Como eu podia deixar de lado essa vontade que sempre fez parte da minha vida? Decidi, então, procurar alguma forma de realizar o meu sonho. Descobri o programa através de uma amiga que o fez e, apesar de nunca me imaginar trabalhando com crianças, decidi fazê-lo após a faculdade. Como sempre me senti um peixe fora d’água aqui, achei que seria melhor ir sem ter nenhum vínculo ou obrigação de voltar caso tivesse boas oportunidades de vida lá. E fui levando isso adiante...

Recebi uma intercambista em casa, o que proporcionou-me praticar bastante o inglês (foi primordial para mim, acredito), e comecei a correr atrás de tudo em setembro do ano passado, que inclusive foi a pior época da minha vida. Monografia, estudos, busca por experiência com kids, app... Enfim, foi uma época muito difícil que me pesou 10kg a mais! Ansiedade e vontade de ir embora é tudo o que eu tinha, não suportava mais nada aqui. Deixei de sair nos finais de semana e passei a me dedicar ao inglês e ao programa... Virou uma meta e eu me esforcei!

Me esforcei ainda mais após receber os vários incentivos bons do tipo: “Formou-se para ser babá? Vai largar a vida de princesa aqui para limpar bunda de neném? Você não agüenta um mês longe das suas mordomias! Você não consegue ficar longe da sua família”... Ao invés de me deixar pra baixo, isso me serviu como injeção de ânimo, pois tudo o que eu queria era mostrar desde então era que a bonequinha de porcelana aqui é capaz de ir longe (literalmente). Isso porque meu avô ainda nem sabe que vou, vai saber apenas na véspera... Aí sim, vou ouvir mais ladainha! Mas não me importo, decisão é decisão.

Fique on line, me formei na faculdade e começou a tortura. Quem está nessa etapa ou passou por ela sabe o quão angustiante é a espera por famílias. Elas te ligam, mandam e-mails, falam que adoraram você, te iludem, tocam em assunto de MATCH e simplesmente SOMEM sem dar uma palavra ou justificativa. A gente fica completamente sem entender!

Esse joguinho chato de "SomeSome" se estendeu por 2,5 meses e 7 famílias! Algumas eu não quis (aquelas que procuram escrava, sabe?!), outras eu quis muito e não foi recíproco! haha!

Eu sabia que esperar fazia parte do processo e era inevitável. Mas não agüentava mais, pois tinha parado minha vida para ser Au Pair, então estava sem emprego, sem estudar, sem absolutamente nada para fazer! Somando-se a isso, tem as milhares de perguntas de todos aqueles que acham que é simples: "Que dia você vai? Ainda não achou família? Tem alguma coisa errada, não tem não?"... Ah! Se soubessem o quanto isso é irritante. Cheguei a proibir todo mundo daqui de casa de me perguntar sobre o intercâmbio e parei de "anunciar" todas as vezes que alguma família interessasse por mim, só saberiam quando desse certo! E deu.

Mas, felizmente, essa espera e o "SomeSome" acabaram! Semana passada tive um MATCH com uma família de Chicago! Até parece sonho, não? Vou cuidar de duas kids fooooooofas, uma girl de 4 anos e um boy de 8 meses... Estou muito feliz!

Agora é correr atrás de tudo e me organizar, pois fiz o MATCH no último dia possível para embarcar no dia 23 de maio... UM MÊS! Isso significa que na minha próxima data aqui no blog estarei no treinamento da APC, não sei como vou fazer!

É isso... Boa sorte pra quem está começando, e acreditem no que dizem por aí sobre “o que é nosso está guardado”. Depois de tanta espera e famílias, essa realmente foi a dos “sonhos”. Só espero não me frustrar lá!

Termino esse post com o coração a mil e um bocado de coisas para fazer! Vejo vocês depois, já em terras estadunidenses!

Maria Elisa Ala ;)

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24 abril 2010

Introdução - por Amanda Balbi

Simplesmente adoro viajar. Esse foi o motivo que me fez querer ser au pair. A primeira vez que ouvi falar sobre o programa foi no primeiro ano de faculdade, quando uma amiga resolveu ser au pair na Alemanha. Quando ela me falou o que ia fazer lá achei a ideia um absurdo. Cuidar de crianças? Ser babá? Tá louco!

Bem, ela foi, se deu mal, teve inúmeros problemas com a família, entrou em rematch, trocou de família e voltou, depois de um ano. Mas apesar de todas as dificuldades, não vi sinal de arrependimento nela, ao contrário, vi saudades de tudo que aconteceu no ano que ela não vai esquecer jamais.

Mas, pra mim, a ideia de ser au pair ainda parecia loucura. Nunca no mundo eu cuidaria de crianças dos outros se nem aguentava ver choro de criança no supermecado. O sonho de viajar, morar fora, conhecer outra cultura e ficar fluente em outra língua ainda me fascinava, mas não tinha dinheiro nem pra três meses de Work and Travel, quanto mais pra um ano de estudos em outro país.

E eu já tinha ate deixado essa ideia de ir morar fora pra lá. Já pensava apenas que conheceria novos lugares por turismo, nunca pra morar ou trabalhar. Quem sabe eu não poderia pagar um intercâmbio pro meu filho no futuro e realizar pra ele esse meu sonho? Porque, pra mim, achava que não tinha mais tempo.

Só que morar fora por um período nao era um sonho só meu. Minhas irmãs também sempre quiseram fazer um intercâmbio. E foi através de uma delas que descobri o au pair nos Estados Unidos. Fomos em uma agência que representa a Cultural Care na minha cidade pra conhecer alguns programas de intercâmbio e foi lá que vi pela primeira vez aquela revistinha da Cultural Care com uma jovem morena e uma loira brincando com uma menininha. Aquela revistinha cor de rosa, com todas aquelas fotos e sorrisos e todas aquelas inúmeras vantagens fez o "Cuidar de criança? Tá louco?" virar um "hum… Eu quero!".

Mas pra mim, faltava experiência. Foi então que resolvi ir atrás de uma grande amiga minha que tinha acabado de ter um bebê e perguntei pra ela se não podia tomar conta dele vez ou outra pra ver se pelo menos conseguia desenrolar. E foi o que fiz. Apesar de ficar super estressada em alguns momentos, achei aquilo muito bom, e não tinha como nao gostar daquele menino. Mas fiquei com a impressão de que so gostava do baby da minha amiga porque simplesmente era o baby de uma das minhas melhores amigas. Mas será que aguentaria cuidar de crianças que não têm vínculo nenhum comigo? E ainda, gostar do trabalho?

Então resolvi tentar a creche. Fui atrás de um estagiosinho em uma creche do lado do meu estagio de Jornalismo e lá encarei 19 crianças entre um ano e meio e dois anos de idade. E apesar de toda aquela loucura, de todos os gritos, choros e estresses, não é que eu gostei da coisa? E foi assim que resolvi ir na agência, fazer o teste de inglês, preencher toda a papelada e fazer toda aquela novela que vocês sabem bem como é.

Nesse meio tempo entre descobrir o programa de au pair e me inscrever no programa foram dois anos de pesquisa em blogs de meninas, orkut, site das agências de intercâmbio e com as próprias au pairs ou ex au pairs pelo msn. Li muuuuito, pesquisei muuuuito. Tentei ir pela CI (Au Pair Care), mas desisti por vários motivos. Fui em 7 agências na minha cidade, vi todos os preços e todas as vantagens e desvantagens de cada agência nos EUA e no Brasil. Sabia falar sobre o programa melhor do que os próprios funcionários das agências. Então tive a certeza de que o au pair não era o programa dos sonhos, era apenas um meio mais barato de se estudar fora. E depois de ter certeza que a Cultural Care deveria ser a minha agência, entreguei a papelada, em duas semanas fiquei on e em 3 dias ja tinha a família no meu perfil, que apesar de não me oferecer carro, não morar na região onde eu gostaria de viver (California), ter uma mãe que trabalha em casa e 3 crianças de um, quatro e seis anos, foi o match que eu quis.

Agora já vou completar dois meses nos Estados Unidos. Tenho namorado no Brasil, 5 anos! Tive homesick na primeira semana aqui, achei o trabalho pesado demais e por vezes pensei que não ia conseguir, mas passou. Conheci outras au pairs muito legais, conheci lugares lindos e outros nem tanto, vi coisas tenebrosas e vi coisas lindas. Já me sinto diferente e já consigo avaliar a vida que levava no Brasil, muito cheia de regalias e comodismo da minha parte. Tinha tudo, tenho tudo no Brasil. E sinto saudades. Mas agora valorizo mais tudo, meu Brasil, minha cultura, minha família. E quero voltar pra casa, sim, mas só daqui a um ano, ou quem sabe dois? A saudade bate toda semana. Mais precisamente nas manhãs das segundas-feiras. Mas aí chega a hora de ir pro parque com o baby, ou então saio pra jantar, de repente já é o final de semana e eu tenho inúmeros programas pra fazer e minhas novas amigas pra encontrar.

Sim, ainda é difícil, choro, sofro, trabalho pra caramba, sinto frio e saudades, mas não me arrependo nem um minuto da escolha que fiz, e sei que esse ano só vai me deixar mais forte. Amo as crianças que tomo conta, acho que escolhi a família certa e descubro cada vez mais que gosto, sim, de crianças, e que sou capaz de muito mas do que eu imaginava antes.

E que venham os outros 11 meses e meio!
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23 abril 2010

Across the world

É, hoje é a minha vez.

Como na minha nada breve descrição, já disse que ainda não sou au pair e todo aquele blá blá blá, mas bem, vamos aos fatos.

Nesses longos 20 anos de vida, percebi que todo mundo foge de algo, TODO MUNDO MESMO!

E não adianta dizermos que não, fugir é bom. Não que seja bom ter medo, como tudo na vida (sexo e dormir nunca se encaixam nas minhas descrições), o medo moderado é bom. O medo pode nos fazer fugir e fugir não é necessariamente SÓ fugir é correr do que está acontecendo, e isso pode te fazer alcançar algo bom - ou não. Não importa o que eu diga, a moeda sempre vai ter dois lados. E não ficar parado é o que importa.

Eu nunca quis ir embora, meu pai sempre guardou dinheiro para que eu fizesse um intercâmbio decente, eu tinha todas as regalias que uma menina de 10 anos queria; motorista, cartão de crédito, melhores colégios. E eu era feliz, ainda sou na verdade.

Um belo dia meu irmão problemático que usa drogas há milhões de anos decidiu que tínhamos demais e fazer a revolta dentro de casa. O suficiente, a gente começou a se desfazer das coisas para pagar as clinicas de tratamento e principalmente se desfazer das regalias. Aos 11 anos eu já pegava ônibus e morava numa casa totalmente diferente. Gastamos tudo e quando eu fiz 14 anos acordei com ele tentando matar os meus pais. Hoje moramos "escondido" dele, não temos e nem queremos noticias dele, pode parecer cruel, mas só quem passa sabe. Enfim, todo mundo aqui tem uma história né? Essa é resumidamente a minha.

Sempre fui muito apegada aos meus pais e sempre criei dentro de mim uma responsabilidade incrível, eu podia ser a 'única filha que deu certo'. Em meio a lamúrias e muros de lamentações, eu queria mesmo era que meus pais sentissem orgulho de mim. Meu pai veio de uma família muuuito pobre e a minha mãe de uma família com condições melhores, mas ele sempre lutou bastante para conseguir o que temos hoje.

Comecei a faculdade e tinha uma vontadezinha de fazer um intercâmbio, nada de mais. Meu pai sempre me apoiando, mandando eu procurar os melhores lugares e fazer orçamentos, eu via que ele teria que se esforçar muito pra me mandar de uma maneira melhor pra fora do país. Até que eu comecei a não gostar disso e pensar que não queria mais, que meus pais deveriam começar a gastar com eles. Foi aí que terminei o meu namoro depois de quase quatro anos, eu sabia que ia acabar e não acho que foi cedo, demorou até demais para eu tomar uma decisão. Eu estava extremamente perdida e não sabia o que fazer, queria ir embora, dar orgulho para os meus pais, mas ao mesmo tempo decidi que não dava, com tudo que aconteceu na minha vida ficar longe dos meus pais seria uma tortura.

Mas meu pai é aquele tipo de homem que acha que todo ser humano deve evoluir, conversei muito com ele em relação a isso, eu, ele e a minha mãe choramos, e ele deidiu me deixar decidir. NÃO FUI!

Agora as coisas se acalmaram, minha maneira de ver a vida mudou um pouco, e acho que todo mundo deve arriscar algo um dia, eu posso me arrepender, mas voltar 'dos States' pode ser um orgulho pro meu pai, ele está disposto a se esforçar ainda e pagar um intercâmbio decente, mas prefiro que ele me ajude lá em cursos que eu possa fazer. Minha mãe não está muito conformada com o fato que a filhinha linda e fofa vai sair de casa pra ser babá na casa de um desconhecido, mas entende e diz que o que eu achar que vai ser melhor pra mim ela me apoia, mas pede pelo amor de Deus que eu não me apaixone porque tenho que voltar, hahahaha.

Enfim, fugindo eu estou, não mais de um relacionamento que não deu certo, de um irmão drogado ou de uma faculdade que eu já mudei e mesmo assim me desanima às vezes, estou fugindo de algo que não sei o que é, mas fugir foi a melhor maneira que eu encontrei de correr e alcançar algo melhor - ou não. Quero muito deixar as coisas aqui por um tempo, o que estiver no lugar quando eu voltar é porque é verdadeiro.

Muita gente vai discordar com isso de fugir, mas a dor e o medo, pra mim, são sentidos de alerta de um ser humano, e não um motivo para estagnar.

Beeeijos meninas.
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22 abril 2010

Minha vez!!!! por Tomie Lins

Hi girls! Estava ansiosa para a chegada desse dia e morrendo de medo também, depois de tantas postagens maravilhosas, fiquei com medo de não está a altura, mas vamos lá.

Sempre gostei de viajar, comecei a viajar aos 14 anos (sozinha) e conheço todo o Brasil praticamente, nas estradas aprendi artesanatos, a me virar sozinha, a acampar e a como sobreviver no meio do mato [há há há], dormi em praças, em rodoviárias, em aeroportos, e já passei 2 dias sem tomar banho [pronto, falei].

Vocês devem estar se perguntando "nossa, essa menina não tem família", mas eu tenho, só que resolvi muito cedo que minha família não seria IMPEDIMENTO em nada na minha vida.

O que mais aprendi durante essas jornadas foi o desapego e a caridade, porque o povo brasileiro é caridoso, eu sempre viajei na garra, nunca no luxo, sempre fui movida por aventuras. Pra falar a verdade, a estrada me acalma, a sensação de liberdade é pior uma droga depois de provada...

Hoje estou na minha cidade natal, Recife, depois de ficar 9 meses longe dela, trabalho e estudo inglês [nossa, que surpresa, hein?].

Dois meses atrás, saindo da faculdade da minha irmã mais velha, recebi um pequeno panfleto com uma chamada dos sonhos, trabalhe e estude nos USA. Isso de cara me animou, eu já conhecia alguém que tinha sido au pair, mas não sabia mesmo o que era, nunca tinha me interessado, mas não sei por qual motivo daquela vez foi diferente. Eu quis conhecer, procurar , descobri o que danado era aquilo. Não deu outra, me encantei pelo programa... Agora, meninas, estou naquele processo chato de acumular mais horas [embora eu já tenha], procurar emprego, pois fui demitida, estudar, ir organizando dinheiro, documentos, enfim...

Há uma semana dei um grande passo nessa fase de planos: visitei 2 agências. De cara gostei da APIA, mas é cara, não sei bem se vai ser por ela mesmo que vou, mas ao que tudo indica...

Então é isso, pessoal, só quis contar um pouco de quem eu sou e de a quantas andas meu processo. Às futuras au pairs: não desistam. Às que já são: paciência e sorte, no final vai da tudo certo pra todas nós...

PS: Hoje é meu aniversário [kkkkkkkkkk]!
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21 abril 2010

Let's go - por Nathalia Pinesi

Bom dia, meninas!

Eu estava contando os dias para o dia 21 chegar, mas infelizmente as últimas semanas não foram muito boas...

Acho que vou começar do começo... rs, para vocês entenderem um pouquinho da minha história e de como decidir ser Au Pair.

Em 2008 fiz cursinho e prestei verstibular em diversas faculdades, não passei por muito pouco e na que passei tive uma decepção enorme e não pude fazer. Depois do tombo que eu não esperava, tendo em vista que abri mão de um ano inteiro para estudar, resolvi em 2009 voltar a trabalhar e no segundo semestre retornar ao cursinho e estudar para novamente prestar vestibular, mas sempre me dedicando ao inglês, que, apesar de não ser o meu idioma favorito, se tornou a minha maior distração.

Eu sempre tive muitos problemas com a minha mãe, acho que é porque ela foi mãe muito nova então batemos muito de frente, por isso sempre tive uma vontade enorme de morar fora, provar a mim mesma que sou capaz de passar 1 mês, 6 meses, 1 ano ou a vida inteira se for possível longe dela. Neste mesmo ano ela se casou de novo com o meu Paizão do coração, que por sinal eu que os apresentei.... E ele me deu a maior força quando disse que gostaria de fazer um intercâmbio, comecei a pesquisar muito sobre o assunto, a principio queria ir para Canadá e meus planos sempre eram de passar 1 ano, o primeiro orçamento já me deixou para baixo, eu gastaria mais ou menos R$22000,00, mais as passagens... Acabou se tornando inviavél...

Foi aí que uma amiga comentou bem por cima de um programa que uma conhecida faria que não era caro etc... Comecei a pesquisar e me deparei com o AU PAIR... Sem dúvida seria a melhor saída e eu poderia pagar sozinha, sem depender dos meus pais.

Em setembro/09 eu me inscrevi no programa e comecei meu App, mas como a maioria sabe ,ou você tem muita força de vontade para preenchê-lo, ou demora meses, e comigo não foi diferente, só o entreguei dia 07/01/2010. Mas acredito que as coisas são como tem que ser... Depois de um mês on line surgiu uma família interessada, mas não me ligaram... Dois meses, outra família e foi aí que me deparei com o problema que hoje quase me fez desistir de tudo e jogar para o ar.

Uma das minhas cartas de referência é da minha terapeuta, o pessoal da agência daqui amou o modo como ela colocou minha capacidade de adaptação e de lidar com novas situações e tal... Mas os nossos amigos americanos super desenvolvidos acham que eu menti quando disse que não tinha nenhum problema emocional ou psicológico. Enviei uma nova carta da minha terapeuta, eles não aceitaram, agora enviarei uma carta do meu médico para ver no que dá... Já me passou mil vezes na cabeça desistir, mudar de empresa... Enfim, é um dilema...

Mas no meio dessa bagunça toda descobri que se essa viagem significava provar que posso viver longe da minha mãe, decidir qual o melhor curso na faculdade que devo fazer, ou para me afastar de N coisas que não estão me fazendo bem... Eu sou uma grande boba,pois quando eu voltar tudo estará aqui da mesma maneira, ainda que eu mude, tem coisas que não dependem só de mim... E essa viagem pela qual eu havia aberto mão da minha vida para me dedicar a ela se tornou um fardo, dentre todos os problemas me fez enxergar que eu não preciso estar longe para resolver os meus problemas e que não há como fugir deles.

E agora eu estou retomando minha vida social, tentando ao máximo conhecer novas pessoas e criar novas amizades, procurando um novo emprego, voltarei a estudar... E a viagem estará sendo planejada, mas agora em 2° plano, porque ela acontecerá na hora certa, e sinceramente não sei se a um mês atrás era esse momento.

Enfim, me desculpem pelo longo texto... Gostaria apenas de dizer que se vocês estão indo para melhorar o inglês, conhecer uma nova cultura e adquirir novas experiências, corram atrás... Pois tudo é possível. Mas se o intuito é fugir de qualquer que seja o problema, não vai mudar nada.

Espero melhorar em breve... E que no próximo post eu possa ser mais otimista :-)

Ah e possa comemorar meu aniversário com vocês, tendo em vista que será dia 21/05...

Ótimo feriado a todas vocês e um beijo enorme... E boa sorte!
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20 abril 2010

Vou me introduzir =) - por K'rol Marques

Bom dia! Meu nome é Carolina, mas prefiro que me chamem de Carol, as pessoas costumam me chamar de Carolina pra me dar bronca só... Tenho 23 anos, nasci e vivo em São Paulo, moro sozinha, trabalho muito pra sustentar minha humilde residência. CONFESSO que conheço pouco do mundo e da vida também!

Meu post não será de muita utilidade, uma vez que eu ainda não iniciei o árduo processo para me tornar Au Pair, mas vou descrever aqui como essa possibilidade veio parar em minha vida.

Assim que terminei o colégio, comecei faculdade de moda, área que eu amava e em que, modéstia à parte, eu tinha talento. Eu AMAVA tudo aquilo, estava certa do meu futuro. Porém, minha mãe quem pagava minhas mensalidades e nós não tinhamos muito dinheiro, eu não trabalhava na época, portanto R$ 700,00 pra minha mãe pagar era bem pesado. Um belo dia cheguei na faculdade e minha matrícula havia sido cancelada! Aquilo foi a morte pra mim, chorei semanas, fiquei deprimida, sem perspectiva...

Depois de um tempo, comecei a trabalhar numa Auto Escola e ganhar uma graninha, decidi voltar a estudar, me matriculei em outro curso de moda, com mensalidades mais baixas pra que eu pudesse pagar sozinha. O curso tinha duração de 2 anos, fiz 1 ano e meio e parei no último semestre. Stupid, I know! Mas a faculdade era simplesmente ridícula, até eu dava aula melhor que os professores que lecionavam ali!

Bom, minha vida tava uó, faculdade que eu odiava, trabalho que eu odiava, familia bagunçada, namorado que eu amava mas que ME odiava... Eu precisava fugir, dar rumo a minha vida, foi aí que não sei como eu encontrei o programa Au Pair. Eu sempre amei crianças e me dava muito bem com o inglês, então pra mim era perfeito! Pesquisei sobre, e me decidi VOUMIMBORA \O/

Contei pra todo mundo dos meus planos e, claro, ninguém botava uma fé em mim, falavam que eu ia e que no segundo dia ia ligar implorando pra minha mãe ir me buscar, talvez nessa época eles estivessem com a razão! Eu amava muito meu namorado nesta época, e por causa dele resolvi ficar, não que ele tivesse me pedido.

Anyway, muita coisa mudou de lá pra cá, comecei novo trabalho, fiz redução de estômago, comecei um novo curso na área têxtil e parei, comecei a morar sozinha, já não amava meu namorado tanto assim... AMADURECI!

Nesse meu novo trabalho conheci muita gente diferente daquelas que eu estava acostumada, pessoas viajadas, estudadas, graduadas, pessoas que com a minha idade já tinham rodado o mundo, falava vários idiomas, já haviam concluido a faculdade, tinham bons empregos... PORRA, e eu aqui nessa vidinha mais ou menos?! Alguma coisa está errada. Foi aí que eu decidi procurar novamente o programa e me tornar Au Pair. Fui na CI da Paulista, que fica no prédio onde eu trabalho, fui muitissimo bem atendida pela Bianca. Agora sim, VOUMIBORA pro EUA! Nem contei pra ninguém dessa vez, estou querendo evitar a fadiga!

Ainda não fiz minha inscrição por falta de grana, afinal eu tenho que sustentar minha casa, e qualquer R$ 100 faz falta. Já era pra eu ter feito minha inscrição no inicio de abril, mas surgiu um imprevisto e não foi possivel. Planejei me inscrever no inicio de Maio, mas ganhei uma viagem da empresa onde trabalho e vou ter que levar uma grana, né?! Parece que tá tudo indo contra... Mas eu, como boa sagitariana que sou, quando desafiada, viro o demônio, faço o impossivel acontecer! Já me inscrevi nas aulas de inglês e estou arrumando meus documentos para tirar passaporte etc. Pretendo embarcar no início do próximo ano, no máximo, mas quero fazer tudo com calma!

Acho melhor parar por aqui, já escrevi demais pra quem tava sem inspiração! Sei que está boring, mas prometo que o próximo post terá novidades sobre a inscrição, application e a eterna espera que muitas passaram, muita estão passando e muitas, como eu vão passar!

That's all folks!
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19 abril 2010

Do you speak English? - por Marina Gomes

Oi pessoal! Meu nome é Marina e sou au pair na Virginia. Não vou contar hoje como foi o meu processo e como eu vim parar aqui... Se vocês quiserem saber, leiam o meu blog (propaganda, rs)! Vou tratar de um dos inúmeros pré-requisitos que au pairs têm que ter: o Inglês.

Quando eu me inscrevi no programa eu já estudava inglês há cinco anos, fazia faculdade de Letras (tranquei pra vir pra cá) e dava aulas de inglês há alguns meses. Modestia à parte, eu achava meu inglês muito bom e jurava que não teria problemas quando viesse pros Estados Unidos. Doce Ilusão... Durante o treinamento em NJ foi tranquilo, mas desde que em desembarquei em Dallas, pra pegar o segundo vôo rumo a Newark, eu já fiquei meio assim, porque não havia entendido NADA do que a moça da lanchonete tinha falado. Pra pedir informações no aeroporto, a mesma coisa... Quando eu cheguei aqui na casa, há quase um mês atrás, os hosts queriam conversar comigo, sobre as kids, a casa etc, e eu BOIEI completamente. Conseguia entender uma ou outra palavra aleatória, mas o que eles me falaram aquele dia ainda é um completo misterio pra mim... HAHA

Assistir televisão nas primeiras semanas era um martírio. Fazer um pedido no restaurante me fazia passar vergonha e tentar entender o que as kids queriam me fazia ter vontade de enfiar minha cabeça num buraco pra sempre. Eu não entendia porque eu não entendia! Justo eu, que worked my ass off estudando inglês por anos! E aí eu percebi como eu realmente precisava ter vindo pra cá para aprender a falar inglês de verdade. Agora, felizmente, as coisas estão melhorando, e eu já entendo quase tudo que eu ouço. Em um mês aprendi MUITA coisa nova, só de conversar com os hosts e as kids, assistir filmes e tv, e ler alguns livros e revistas.

Então, pras meninas que não se sentem confortáveis com o idioma, fica o meu 'conselho': estudem, e estudem HARD. Não caiam na mesma bobagem minha de achar que vocês já sabem o suficiente pra vir pra cá e sair matraqueando pela América!!! A minha intenção nesse post não é aterrorizar as gurias, pelo amor de Deus! Muito pelo contrário: acredito que estudar o máximo possível não fará mal nenhum a ninguém hehe. E sim, assim que vocês chegarem aqui nos EUA, já vão aprender muitas coisas novas e rapidinho se adaptarão e começaram a pensar em inglês, sonhar em inglês...E aí vai ser o português que vai soar estranho pra vocês! Se o seu objetivo ao vir pra cá é adquirir fluencia no inglês, pode vir com fé, porque vai valer à pena!

Xoxo, L.
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18 abril 2010

Primeiro post....Apresentação - por Renata Nóbrega

Como esse é o meu primeiro post, vou começar me identificando... E contando um pouco da minha história. Meu próximo post já vai ser da casa da minha host family... Então deverá ser mais interessante =).

Meu nome é Renata, tenho 26 anos, sou de Fortaleza/CE, formada em Farmácia Industrial, atualmente trabalhando na área.

Nunca na minha vida eu tinha escutado falar do programa de au pair. Um belo dia, estava eu a fuçar as fotos do Orkut do povo =D ... Quando vi o álbum de uma amiga minha, amiga do curso de italiano, com muitas fotos dela nos EUA, uma mais bonita que a outra. Eu sempre tive esse sonho de morar nos EUA e ficar fluente no inglês e eu já ia mandar um scrap perguntando o que ela estava fazendo por lá quando vi a blusa dela (no álbum de despedida... haha) escrito Au Pair.

Não deu outra, comecei a procurar no Google e achei o site da STB. No outro dia fui na STB pedir informações. O cara que me atendeu me desencorajou logo, disse que não era programa pra mim, que eu não tinha mais idade (tinha 25 na época) etc. Ele começou a me mostrar programas de estudo no Canadá, o 1º mês sairia mais de 4 mil reais e cada mês adicional sairia mais de 2 mil. Ficou dizendo que era A MINHA CARA... (acho que ele é gay, daqueles beeem exagerados!).

Um dia... Eu aqui fuçando a comu de au pair, vi a Chris contando sobre os contatos dela... Match etc... E ela disse no meio de uma frase "tenho 26 anos” e eu OPA!!... Pera lá!!... Na mesma hora adicionei a Chris, conversei com ela e corri para Cultural Care.

Chegando lá fui super bem atendida, a moça disse que dava tempo, sim. Fiz todo o processo (junto com a Lu da comunidade), entregamos o application juntas, ficamos on juntas e vamos embarcar juntas \o/.

E durante todo o processo de busca por família sempre tive sorte. Nunca fiquei sem conversar com famílias e sempre conversava com mais de 1 família. Dispensei pedidos de match de famílias que não gostei e fechei com a minha.

São de MD... 3 gurias, de 8, 6 e 5 anos.

Embarco dia 9 de maio, junto com a Lu, Mirelle e a Vanessa. E já conheci pelo facebook uma menina da Colômbia que vai pra mesma cidade que eu e vai participar do mesmo treinamento que eu =)

Quando é para acontecer... Deus providencia tudo.

Um dos meus maiores medos era o de largar meu emprego. Adivinhem! Essa semana o dono da empresa e a farmacêutica responsável conversaram comigo e disseram que vão deixar um documento por escrito dizendo que quando eu voltar o emprego é meu de volta! E ontem ela mandou um email super fofo: “Renata, aproveite bem sua nova vida, estarei aqui esperando você voltar”.

Moral do 1º post: Não desistam dos seus sonhos, mesmo quando as pessoas disserem que não vai dar certo... TENTEM!! =)

E entreguem nas mãos de Deus... Ele sabe o que é melhor para cada um de nós. =)

* O meu irmão todo dia me pergunta: “Vai mesmo?! Ainda não desistiu disso?!”

Meus pais e meus outros irmãos me dão 100% de apoio ;)
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17 abril 2010

Por que eu quero ser uma Au Pair? por Srta Daniela

Essa é a pergunta que todas nós, sem exceção, temos que responder quando decidimos ser Au Pair, a resposta clássica: Eu amo crianças e quero melhorar meu inglês. Ok. Mas por trás da resposta clássica, existe mil e um outros motivos de uma pessoa tomar essa decisão.

Fugir de uma realidade aqui, umas férias da ‘‘vida real’’, mudar de ares, e no meu caso particularmente eu não caibo onde estou. Pode parecer estranho para muitas, mas, meus amigos, minha casa, meu carro, eu amo tudo isso, mas às vezes parece que não pertenço a este lugar, e resolvi sair pelo mundo descobrir onde fica meu lugar ao sol, talvez eu encontre ou talvez eu descubra que meu lugar é exatamente onde eu estava antes e comece a dar valor a essas coisas que no momento não fazem sentido para mim.

Uma das melhores ferramentas para me sentir envolvida nesse mundo Au Pair é a comunidade do orkut, acompanho a comunidade faz um tempinho, e ela me rendeu coisas muito boas, como tolerância com as diferenças, amigas, apoio, um lugar para desabafar (e ser ignorada, porque nem sempre nossas confissões tem atenção rs), informação, muita informação, às vezes eu tenho vontade de matar umas e outras mas a gente aprende a ter paciência também. Uma coisa que sempre vejo acontecer lá é a Au Pair faz uma cagada e todo mundo passa a mão na cabeça e diz "nossa como sua host é horrível! Nossa que vaca! Nossa que bruxa! Nossa que isso e nossa que aquilo." Só que eu em momentos de empatia me coloco no lugar das hosts e se eu fosse host naquela situação talvez eu também fosse agir como ela. Praticamente não me expresso quando estou contra a maré, porque pra ser apedrejada na comunidade é um minuto.

Mas ser Au Pair é uma transformação, a pessoa acima de tudo amadurece, endurece, cresce...

A minha decisão de ser Au Pair, confesso, quase fez minha mãe ter um treco, ela é uma mãe maravilhosa, cheia de coisas que me enlouquece de vez em quando me dá acessos de raiva, mas dividir essa experiência com ela tem nos aproximado.

Ela fica perto quando estou no telefone com alguma família (me vendo gaguejar), quando chega notificação ela vem correndo para eu ler o perfil da família para ela, fica fazendo mil e uma listinhas do que eu tenho que comprar, organizar, pagar, e nós duas nunca fomos assim, eu comecei a trabalhar com 14 anos para não ter que pedir dinheiro pra comprar figurinha das Chiquititas, não que ela não fosse dar o dinheiro, eu só queria ter o prazer de não pedir e dizer "olha como eu sou grande, eu compro figurinhas das Chiquititas com meu próprio dinheiro", e agora que eu estou saindo da asa dela parece que ela faz tudo isso para me manter debaixo das asas por mais uns minutinhos...

O post está confuso, falando de muita coisa, mas além da TPM do cão que ao invés de irritada me deixou antisocial, da ansiedade que fez meu estômago ficar no ritmo tele sena (de hora em hora), o que está fazendo eu virar uma bola, eu tomei a vacina H1N1 ontem e hoje estou me sentindo o coco pisoteado do cavalo do bandido, e também tem dia que eu me pergunto se eu ainda tenho culhões para agüentar o processo até o final, porque dá uma puta vontade de dormir e só acordar na minha festa de despedida com vôo marcado para o treinamento em NY no dia seguinte, com match, visto e mala tudo ok! VAI SONHANDO...

Enquanto isso, a realidade é que estou na minha terceira semana online, quatro famílias entraram no meu perfil, 3 dessas 4 eu não gostei de certas coisas de cara e não levei o contato adiante, 1 delas que entrou em contato essa semana, ainda me manda emails, mas como ela só quer para agosto eu acho que também não rola match, porque eu gostaria de ir antes... Então vamos esperando, engordando, e esperando e engordando mais um pouco hehehehe

Enquanto my dear host family não aparece, vou aqui me entupindo de bolo de chocolate de caneca de três minutos e dengo de mainha... ;)


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16 abril 2010

Drama Queen!!!! - por Marisa Foz

Sempre acompanho as meninas aspirantes a au pair e muitas delas fazem disso a big deal, umas emagrecem, outras engordam, róem as unhas, arrancam os cabelos... Tem muita atual au pair que faz um drama por tudo. Eu também tive meus dramas, vou contar um pouco pra vocês:
  • Drama #1 : achar que meu inglês não era suficientemente bom.
  • Drama #2: contar pro meu ex-namorado que havia feito inscrição na agência e chorar.
  • Drama #3: não ligar para as au pairs do meu cluster pra pedir carona pro meeting na praia.
  • Drama #4: chorar porque a kid de 3 anos não me queria por perto e chamava pela ex-babysitter.
  • Drama #5: chorar e sofrer antecipadamente por "achismos" dos outros.
  • Drama #6: chorar por ter o vôo overbooked voltando de Paris.
  • Drama #7: chorar achando que seria presa e deportada por dirigir sem carteira e seguro.
"What doesn't kill you, makes you stronger." Nietzsche

Ah, se eu soubesse de tantas coisas, teria economizado muitas lágrimas, fios de cabelos brancos e dores de cabeca e estômago!

  1. Deveria ter feito o teste de inglês da faculdade.
  2. Deveria estar feliz, mas acho que meus medos afloraram.
  3. A maioria das au pairs ficam felizes em ajudar, mesmo sabendo que não terao amizade com a gente, mas se não desvia muito do caminho delas, a própria Counselor pode fazer os esquemas de carona, so lembrar de mostrar gratidão :)
  4. Leva tempo para as crianças se adaptarem a você, essa menininha mais tarde disse assim pra mim: "Marisa, eu amo você mais do que eu amo minha mãe!"
  5. Bem, esse episódio se deu devido a eu ter sido atropelada, tipo, uma velha veio com tudo, como se tivessem dado a bandeirada de largada na Fórmula 1, eu estava atravessando com todo mundo na faixa e a minha amiga au pair me segurou pelo braço, mas minha perna já estava a um passo a frente, então ela passou por cima do meu pé, foi assustador, mas eu conseguia até fazer piada. Outra, eu nunca machuquei nada além de raloes, pequenos cortes, nunca quebrei um osso. Mas o drama veio quando dias mais tarde meu pé parecia uma broa (aqueles pães grandes de padaria) e minha Conselor disse que eu possivelmente passaria por cirurgia, que o pai dela é cirurgião ortopedista e que ela havia falado com ele e blah blah blah, eu chorei tanto até o dia que fui tirar radiografias e o médico falou que eu tenho muita sorte, mais um pouco eu quebraria um osso que não tem conserto e ficaria manca pra sempre.
  6. Naquela viagem eu lamentei pra minha amiga que tive que dormir no chão do aeroporto, que o vôo de Paris estava overbooked, daí ela virou pra mim e falou: "Para! Você acha que só você no mundo passa por isso, qualquer um está sujeito a isso e outra, você fez algo que muita gente sonha em fazer e não tera essa oportunidade, talvez nunca na vida.".
  7. Eu tive muita sorte mais uma vez: fui na cortê pra adiar minha audiência e não consegui, melhor, fui atendida na mesma hora pela juíza, parecia um multirão, tinha mais casos na mesma sala, vi muitos com advogados, e pensava comigo, tô frita! Eu havia tirado a carteira do estado 1 semana antes da audiência e meu host arrumou todos os papeis do carro, a juíza falou lá umas coisas que eu nem entendi, dei uma de joana-sem-braco, foi quando ela pediu pra mostrar os documentos, ela olhou e falou: tá tudo certinho, pode ir. Pronto, todo aquele choro por nada, e meu host tirando uma da minha cara.
Conclusão: tudo isso que eu passei não chegou aos pés do que um dia eu passaria, quando olho pra trás e vejo que sofria por besteirinhas, eu penso como eu era besta!

Por favor, cuidem da saude mental de vocês!
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15 abril 2010

Só sei que foi assim - Por Andreza Mendes

Confesso que pensei muito sobre o que escrever no primeiro post... Mas cheguei à conclusão que devo começar do começo. Me apresentando e contando como eu vim parar aqui.

Meu nome é Andreza, tenho 23 anos, sou de Recife e serei Au Pair a partir de maio.

Tudo começou quando um dia eu e uns amigos do inglês cismamos de viajar quando o curso terminasse. Ótimo! Já estávamos no final do intermediário e tínhamos um ano pra organizar tudo. Começamos a pesquisar e visitar agências para pegar orçamentos e afins. Meus amigos queriam o TRUE (aquele programinha de trabalho de 3 meses e tals), mas eu não tinha pré-requisitos para tal... Convenci minha amiga de vermos só para estudar por um mês.

E a agência que fomos checar foi a World Study. Saímos de lá com mil orçamentos sobre o True, o estudo de um mês... E eu, cheia de papel sobre o au pair. Eu já tinha ouvido falar do programa, mas não sabia nada! E saí da agencia ainda com muitas dúvidas. Tudo era muito bonito! Cheguei em casa e corri para pesquisar. Li diversos tópicos da comunidade até tirar o máximo de dúvidas possível...

Duas semanas depois, recebo uma ligação da agência contando que teriam um concurso para ganhar um programa au pair free! Nem pensei e me inscrevi no dia seguinte... No dia da prova, estávamos eu e mais três meninas. Saí da prova não muito confiante (não pela prova em si, mas porque tínhamos que entregar a documentação inteira em 15 dias... Como eu ia conseguir a CNH em 15 dias?)... Minha surpresa no dia do resultado, quando recebi a ligação, foi imensa. “Andreza, tenho duas noticias pra ti. O primeiro lugar do concurso foi de Fulana de Tal... Mas as cinco melhores colocadas do Brasil depois dos primeiros lugares de cada escritório ganharam a bolsa, mas sem reembolso... E você foi a quarta!” Eu surtei! No dia seguinte peguei o application e comecei a preencher. Eu não tinha muitas horas, mas teria de me virar com elas...

E assim foi. Tive meu primeiro contato 15 dias após ficar online...

Passei no total por 13 notificações de família, 8 entraram em contato. Durou 3 meses até eu achar a minha host family.Vou morar em Seattle e cuidar de 2 menininhas fofas!

Meu próximo post eu já estarei lá, e pelo meu histórico estabanado, com muita história pra contar!
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14 abril 2010

Apresentação - por Josiane Neves

Finalmente meu dia de postar chegou!

Meu nome é Josiane, tenho 19 anos e estou aqui pra gozar um pouco essa vida de Au Pair. ;)

Tudo comecou quando eu estava na escola e... Ahhh, quer saber? Não vou dizer como começou, estou aqui agora e no momento vou viver o meu presente! Vou contar quais as cagadas que mais adubaram meu cotidiano e espero que isso sirva de exemplo pra vocês nao fazerem igual.

Acredito que a maioria de vocês ja saiba o quanto eu sou desastrada e o quão paciente meus hosts devem ser pra não terem me deportado ainda... Bem, se isso serve de ajuda, a maioria das cagadas eles nem ficam sabendo hahaha

Ontem, por exemplo... Me distraí por um segundo e o maldito gato subiu na pia da cozinha e começou a lamber o frango. O que eu fiz? Tirei o gato da pia. Agora vem cá... Se eu comi o frango? NOT! :D

Venho aprendendo muito com meus erros (que não são poucos!) e tenho uma relação de amor e ódio com minha família nova.

Cuido de três criancas, que parecem ser três duzias quando levanto com o pé esquerdo, tem meu pequenino de dois anos, cuja a palavra preferida é "NO", um menino de quatro, no qual reproduz o mesmo som diariamente que é bem semelhante a um gato com intestino preso, e uma menina de nove que come mais que todo mundo junto, e com uma velocidade impressionante! Sério, ela parece um coiote faminto.

Morar tão longe de casa com certeza faz de nós pessoas mais responsáveis, logico que isso é totalmente hipocrisia minha, considerando que eu estou na internet sendo que era pra estar limpando o carro, mas meeeesmo assim, a gente cresce muito em pouco tempo (tem parte que cresce só dos lados, mas claro que vocês são excessões). Minha maior dificuldade aqui é cozinhar, eu tinha ciência disso antes de deixar o Brasil, mas quando a gente considera o fato de que cozinha americana baseia-se nos congelados, a gente esquece da chance remota da familia ser um caso à parte, essa por exemplo é saudavel. (fuuuuu!)

Apesar dos pesares, não me arrependo de nada, ou quase nada, dependendo de quão grave foi o erro, mas olhando pra trás, nota-se um progresso muito grande e a gente aprende a rir de si mesmo.

Aprendam o máximo que puderem antes de vir, dirijam bastante, cozinhem bastante, aprendam quanto vale cada moeda pra não passar vergonha no supermercado e aprendam a usar o charme. Essa última dica serve como exemplo de como é bom ser mulher. Hoje tive que ir na AT&T (operadora de celular) pra arrumar o voice mail, um dos funcionarios já tomou partida e se apresentou, lógico que eu fiz ele arrumar tudo pra mim, inclusive a parte em que eu deveria falar com a atendente pelo telefone e tudo mais.. Tudo bem que ele me deu o número dele por motivos não-profissionais, mas se você estiver em apuros, não hesite em usar seus dotes pra benefício próprio, eu faço isso sempre e garanto que é muito útil.

Tirando isso, é claro que voce tem que aprender a se virar sozinha, mas amiga, cá entre nós, que é mais fácil do outro jeito.

Por último, fiquem de olho no frango.

Sem mais,

Josi
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13 abril 2010

O que eu faço agora? - por Marielen Figueiredo

Olá, eu sou a Marielen e vou contar um pouco dessa vida de au pair pra vocês todo dia 13. Na verdade, estou até com medo de escrever qualquer besteira aqui depois de posts tão bons. Vou começar contando como decidi ser uma au pair.

Sou estudante de Biologia na PUC-SP aqui da minha cidade, Sorocaba. Estava eu cursando o 4° semestre quando comecei a ficar relaxada, desanimei mesmo. Não tinha certeza do que faria depois da faculdade, muitas dúvidas. Um dia, xeretando os orkuts da vida, fiquei sabendo que uma colega tinha ido para Chicago para ser au pair. Juro que pensei: ‘Au pair, que raio de trabalho é esse?’. Depois de pesquisar bastante, ver que era um programa sério, as vantagens e desvantagens, decidi ir em uma agência, tirar as minhas dúvidas.

A agência que escolhi foi a STB/Au Pair Care, por indicação da minha professora de inglês. Cheguei lá e fui super bem tratada, as orientadoras me deram a maior atenção, me animaram muito. No mesmo dia já fiz o teste de inglês.

Voltei pra casa super animada, fazendo planos e minha mãe querendo tirar a ideia da minha cabeça. Levei meu pai na agência e na semana seguinte já assinei o contrato. Isso foi em setembro.

No decorrer de outubro corri atrás de tudo que eu precisava para ficar online e preencher meu application. E a orientadora, pra minha tristeza, era menos informada do que eu sobre o assunto e cada vez que eu voltava lá ela dizia que estava faltando alguma coisa da qual ela nunca havia falado.

Assim o tempo foi passando... Novembro, dezembro, janeiro, e nada do meu perfil ficar online! Acabei trancando a faculdade no final do semestre, achando que em janeiro já estaria embarcando. Que ilusão! Depois de tanto correr atrás de tudo, praticamente sozinha, a orientadora me manda um e-mail dizendo que estava saindo da agência e eu fico lá sem saber o que fazer. Meu pai em cima de mim, dizendo que vou perder mais um ano de faculdade, pradesistir.

Dei um jeito, não desisti. Arrumei outra orientadora, entreguei tudo que estava faltando e finalmente a Au Pair Care me liga, numa sexta-feira 10 horas da noite, pra fazer minha entrevista. Eu estava saindo pra ir pra balada, imagina meu nervosismo! Mas felizmente deu tudo certo e no meio de fevereiro fiquei online.

Não vou mentir pra vocês, eu estava muito nervosa! Tenho muito pouca experiência comprovada com crianças. Passou um mês e eu não havia feito nenhum contato! Dessa vez, pensei em desistir. Achei que ninguém ia me querer, então apareceu essa família.

Logo no primeiro e-mail, achei a host a pessoa mais simpática do mundo. Sempre se preocupando comigo, com o que eu gostava. Juro que fiquei muito apreensiva, a família tem 5 filhos. Eu nem experiência tenho direito.

Aos poucos fomos conversando, nos ajustando, e eu percebi que o trabalho não seria do jeito que eu imaginava. Minha colega cuidava apenas de 2 crianças, mas tinha que arrumar seus quartos, suas bagunças, dar banho, lavar a roupa. Minhas crianças tem idades entre 9 e 15 anos, muito independentes. Logo descobri que a maior parte do trabalho seria levá-las e buscá-las em atividades.

Depois de muita conversa com a host mom e meu pais, decidi fechar!

Fiz o match dia 30 de março, minha entrevista pro visto é dia 20 de abril e eu embarco em 2 de maio. É tudo muito rápido!

Estou começando a arrumar minhas malas, comprar presentes e me preparar pra entrevista.

Da próxima vez que postar aqui, já estarei na minha nova casa em Graham, WA!

Última coisa, conselho para as meninas que pretendem ser au pair: Quando uma família entrar em contato com vocês, sempre pergunte TUDO que você quiser saber, tudo mesmo! Eu perguntei de carro, do meu quarto, de curfew, distância de cidades maiores, personalidades das crianças, se brigavam muito, se eu teria tarefas domésticas. Não tenham vergonha, eles estão acostumados a responder esse tipo de pergunta!

Bom, é isso. Espero não ter falado demais, até o próximo dia 13!

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12 abril 2010

O que dá para fazer com o salário de au pair? - por Má


Quem está no processo sabe bem como é falar "vou receber 195,75 dólares por semana" e as pessoas acharem que isso é uma fortuna, mas a gente sabe que não é bem assim.

A primeira "lição" que as meninas que já estão nos US dão para quem ainda está no BR é: não adianta se empolgar com o fato de que você vai receber em dólar, porque você vai gastar em dólar também. Portanto, pare de ficar convertendo os valores o tempo todo, aprenda a lidar com o dinheiro em dólar mesmo.

Quer comprar roupas? Okay. Só não precisa comprar a loja inteira, você nem vai ter tanto tempo assim pra usar tanta roupa! Lembre-se que você precisa de roupas confortáveis pra trabalhar, você passa mais tempo trabalhando do que off. Descubra onde estão os outlets e aproveite as clearances. As lojas preferidas das au pairs são TJ Maxx, Ross, Marshalls, Target... Nelas, você acha roupa boa por preços acessíveis ao nosso bolso.

Quer comprar eletrônicos? Okay. Só depois não reclame que não tem um cent pra sair! Saiba se planejar, pesquise antes de comprar. Não é porque nos US é muito mais barato do que no BR que você vai comprar a primeira máquina digital que ver pela frente, vai? Uma das melhores lojas pra comprar eletrônicos é a BestBuy, tanto online quando indo a uma loja deles. Mas pesquise, às vezes você acha o mesmo produto em promoção em outros sites.

Quer sair? Okay. Só não esqueça que você vai levar 1 semana inteira pra receber $$ de novo, então não gaste todo o dinheiro da semana num único programa!

Muitas meninas reclamam que o salário de au pair é baixo, que não dá pra fazer nada, não dá pra "se divertir"... E voltam pro BR com as malas atoladas de roupas que nunca usaram, ou que usaram no máximo 1, 2 vezes. Voltam com a bagagem de mão atolada de eletrônicos que compraram lá.

195,75 dólares semanais não é nenhuma fortuna, eu concordo plenamente. Mas se você não souber administrar, fica realmente complicado. Dá pra comprar roupas e eletrônicos, sair, viajar, você só precisa se planejar, economizar, traçar metas... No BR não é diferente, não! Acho que o que dificulta, às vezes, é que algumas meninas vêm pra cá sem nunca ter trabalhado antes na vida, sem nunca ter administrado o próprio dinheiro... Aí se deslumbra com as facilidades nos US e não consegue se controlar... Normalmente, quem já trabalhava no BR antes e já cuidava do suado salário, consegue balancear bem a lista do que quer e do que precisa...

Eu saí de um emprego em que ganhava bem mais do que ganho como au pair, e não me arrependo. A experiência que ser au pair está me proporcionando eu jamais conseguiria trabalhando 40h semanais trancada dentro de um escritório. Não, não me refiro ao trabalho em si, pois eu sou uma das que nunca sonhou em trabalhar com crianças, apenas topou esse job para alcançar outros objetivos. Eu me refiro à maturidade, à independência, às pessoas que conheci por causa deste intercâmbio e aos lugares que pretendo conhecer.

Esta semana completo 3 meses nos US, e acabei de voltar de um final de semana divertido em NY. Próxima parada: Washington, DC, no fim do mês.
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11 abril 2010

Enfrentando o medo e criando a coragem - por Tay Ramos

Todo dia 11 estarei aqui partilhando as aventuras de ser au pair com vocês. O próximo 11 estarei no treinamento em NYC, portanto esse post é um pouquinho do que passei até chegar aqui, envolvendo medos e agora coragem!

Sempre tive vontade de sair do país, viver fora e vivenciar uma cultura diferente. Aos 15, ao invés da festa, queria ir a Disney, sem condições de fazer uma viagem dessas, fiquei com a festa mesmo... Mas na verdade acredito que não viajei devido a interferências da minha mãe. Ela sempre soube desse meu desejo de sair do Brasil, me colocou nas aulas de inglês logo cedo, sendo assim, acabei estudando 7 anos de inglês. Ela dizia que quando chegasse a hora eu estudaria fora etc e tal, mas sempre fomos muito ligadas (sou filha única, a mimada, sabe), e não sei se conseguiria passar um ano longe dela especificamente. Decidi pensar nisso depois e tirei a viagem da cabeça, estudei Turismo, trabalhava com isso e sempre fui apaixonada por cultura e história.

Estava tudo muito bem na minha vida, até acordar um sábado cedo com minha mãe passando mal, o Samu demorou 30 minutos pra chegar e decidiram levá-la de carro pro hospital mais próximo. Ela não voltou.

Desde então 3 anos se passaram, eu e meu pai nunca fomos melhores amigos e aprendemos a conviver com essa ausência, nos viramos muito bem e hoje somos bons roomates.

Seria injusto se eu falasse que não tem nada aqui pra mim, amo o Brasil apesar de todas as disparidades socias que existem, e como guia de turismo sou apaixonada por São Paulo, vou sentir muita falta de pessoas especiais. Mas acho que a vontade de morar fora nunca saiu de mim, só estava quietinha lá no fundo.

Demorou um certo tempo pra tomar coragem e parar de sentir medo. Na verdade ainda estou com muito medo. Medo do quê? 1 ano sozinha, porque na verdade nossos amigos e família estarão aqui uns com os outros e NÓS estaremos sozinhas, medo de chegar e não ser tudo aquilo. Medo do meu pai aqui sozinho, medo do meu namoro acabar. Medos simples, medos bobos, medo nosso de cada dia.

Mas se a gente tem um sonho, não pode esperar que ele se realize sozinho e não pode depender dos outros. Tem tanta gente que critica esse nosso sonho, mas as pessoas na verdade entendem errado, ninguém tem o sonho de ser babá, e não seremos isso pra sempre. Por isso que se alguém te põe pra baixo, agarre-se a esse sonho, não escute coisas de que não vai dar certo ou que você não aguenta nem um mês fora de casa.

Desse ano eu espero crescer muito, aprender a conviver comigo, ter mais paciência, cuidar de mim... E eu sei que em qualquer lugar que minha mãe esteja, ela está torcendo pra mim.

Tem duas frases que me apeguei muito esses dias:

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que poderíamos ganhar por simples medo de arriscar." (Shakespeare)

"Não vou me deixar embrutecer, eu acredito nos meus ideais. Podem até maltratar o meu coração, mas meu espírito ninguém vai conseguir quebrar." (Renato Russo)

Eu embarco dia 09 de maio e vou pra Costa Leste Americana. E sorte a todas nós.

XoXo Tay!
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