Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

30 junho 2010

Refletir sobre os pontos básicos nunca é demais! - por Mariel

Olá!

Atualizando minha situação: visto concedido, embarco dia 11 de julho para Northbrook, IL. Muitas expectativas, ansiedade, medos e animação! E o próximo post será utilizando internet americana, haha.

Nesta semana conheci uma menina num bar que me ouviu falando sobre aulas de inglês (pra quem não sabe, sou professora) e sobre o programa de au pair. Ela pediu meu contato, pois estava pensando em fazer este intercâmbio e tinha muitas dúvidas, como acontece com todas nós.

Dizer várias coisas e dar várias dicas pra ela por e-mail me deu a ideia de usar parte disso no meu post de hoje, já que acho que o tema pode ajudar algumas outras pessoas também :D

Algumas coisas podem parecer bem repetitivas, mas estou falando de tudo sob o meu ponto de vista, e, além disso, acho que a maioria destes tópicos, apesar de básicos, sempre merecem repetição!

Sendo bem sincera, ser au pair não é nada fácil. Mas tem suas vantagens, claro. Afinal, se não fosse assim, o programa não existiria há tanto tempo, as pessoas não continuariam indo e eu não estaria embarcando de novo, rs.

É necessário pesquisar muito sobre o programa. Ler blogs, comunidades no Orkut, falar com várias agências, conversar com pessoas que já foram, etc. E é bem complicado porque também é preciso filtrar tudo que se está ouvindo. Algumas coisas são básicas e você realmente precisa procurar saber. Outras são "manhas" que a gente vai ganhando com o tempo e então quem já está ou esteve lá pode te dar mais dicas. Mas o fato é que a experiência de uma pessoa é totalmente diferente da da outra e então você não pode nem se iludir porque Maria teve a família dos sonhos e nem desistir porque a Joana foi super desrespeitada, maltratada e colocada num avião de volta pro Brasil.

Na minha humilde opinião, o programa de au pair tem alguns fatores determinantes para seu sucesso:
  1. Pesquisar: Eu li durante meses e meses tudo que via pela frente sobre o programa ou depoimentos de meninas que o fizeram. Quanto mais você se informar, quanto mais você souber sobre o que te espera, melhores condições você terá de fazer uma escolha consciente, preparada e não precipitada e da qual não se arrependerá. Não só sobre decidir realmente ser ou não au pair, mas, se resolver encarar, também sobre a família, as crianças, a região etc. Além disso, quando você já for au pair vai ter muito mais condições de exigir seus direitos e menos chances de ser passado pra trás se realmente tiver perspectivas reais sobre este intercâmbio!
  2. Pé no chão: Não se iluda. Existem famílias maravilhosas que vão te amar de verdade e te tratar como parte da família e vão ser pessoas das quais você jamais vai querer se separar. Porém, estas são raras, que fique claro. Afinal, isto nada mais é do que um trabalho! Com quantos chefes em um emprego normal você vai realmente se identificar, se apegar e fazer amizade? É preciso encarar tudo com muita maturidade e razão. Deixar-se levar pela emoção do momento e por irritações que serão passageiras é problema na certa!
  3. Sorte. Sim, sorte. Mas este não por acaso é o último ponto que estou expondo. Afinal, se você fizer as duas primeiras coisas direitinho, provavelmente nem precisará contar com ela, rs. Mas ela poderá lhe ser muito útil durante a procura por host families (ou melhor, espera por elas) e durante o processo do visto, por exemplo.
Lógico também que, se estou indo novamente é porque vale muito à pena! E eu digo sem sombra de dúvidas que aquele foi um dos melhores anos da minha vida, se não o melhor! E isto em todos os sentidos: no meu crescimento pessoal, na descoberta de mim mesma, na experiência de vida que morar em um outro país te traz e, claro, pelo inglês! Afinal, hoje posso viver disso!

Mas, a bem da verdade, os melhores momentos de uma au pair são seus dias off. Isso é fato. Entretanto, cabe a nós ter dedicação e comprometimento suficientes para fazer com que os momentos de trabalho e de convívio com a família não sejam sacrificantes e insuportáveis. Claro que a outra metade responsável para o sucesso do intercâmbio é a host family, mas isso está fora do seu controle. Faça sua parte e, aí, sim, conte com a sorte para dar uma ajudinha no resto.

E, sendo mais objetiva quanto às expectativas que costumamos ter sobre a língua, se a sua intenção é aprender o dia-a-dia, a conversa rotineira, sobre os mais variados assuntos e da melhor forma possível, faça um intercâmbio. More um ano fora! É aprendizado garantido, sem riscos de você perder o seu tempo como acontece com alguns cursos de idiomas, por exemplo. A gramática, a tradução, os termos técnicos, você consegue aprender em aulas ou em livros. A fluência, o jogo de cintura e lidar com o inesperado, não.

Enfim, espero que isso ajude pessoas que estejam pesquisando pela primeira vez sobre o programa. Mas, acima de tudo, espero que sirva como tópico de reflexão para aqueles que já tomaram a decisão de virar au pair e para os que já o são.

Beijos e boa sorte pra todos sempre,

Mariel
Share:

29 junho 2010

Quando chega a hora - por Suellen

Uma das frases que mais ouvimos durante todo o processo é que as coisas acontecem no tempo certo e que se a família ideal não veio ainda ou se aquela família que tanto gostamos não deu em match é porque ainda não era o momento.

O difícil é entender isso quando você espera meses e meses e vê seu precioso tempo correndo enquanto você continua na mesma, sem ideia de quando essa situação se acertará. A impressão é de estar andando no mesmo lugar enquanto outras pessoas estão fazendo coisas mais concretas na vida.

Quem acompanha meu blog sabe bem o que é esperar, se bem que conheço gente que esperou por mais tempo ainda. Mas o problema é quando na verdade não existe problema e seu caso se torna algo intrigante até mesmo pra agência. No meu caso não tinha nada que explicasse minhas 45 famílias até o match a não ser o fator sorte.

Em partes até entendo por que as coisas não se desenrolaram quando eu planejei (embarque final de março). A vida aqui estava terrivelmente conturbada e a minha presença em casa era fundamental para ajudar a manter a ordem das coisas. Na época eu também não tinha a menor condição emocional de ir.

Sempre quis ir sem deixar nada pendente. Não estou deixando faculdade sem terminar pra trás, nem namorado, nem emprego, nem dívidas, enfim, nada que me force a voltar antes da hora ou me impeça de estender o segundo ano caso seja conveniente. Só estou deixando o mais importante que é minha família, mas essa eu tenho a mais absoluta certeza que estará me esperando de braços abertos dure o tempo que for. E meus pets, claro, que amo muito e vão fazer muita falta...

Enfim, embarco dia 8 de agosto com apenas uma certeza; de estar fazendo a melhor escolha, esperando sempre o melhor e com a cabeça e braços abertos para as mudanças e aprendizado. Filtrando sempre aquilo que é útil e descartando pensamentos e coisas ruins sem deixar de levá-las em consideração, claro.

E, no final das contas, depois de olhar pra trás e lembrar de tudo, a gente consegue entender o porquê da demora. Durante esse tempo conheci muita gente e ampliei muito minha rede de contatos. Apesar de não conhecer pessoalmente, já tenho a quem recorrer lá caso precise (e espero que não precise), e isso acaba sendo muito válido, é uma segurança a mais que se não tivesse esperado tanto tempo e se as circunstâncias não tivessem me forçado a me mexer para fazer as coisas acontecerem, eu não teria conhecido.

Pra quem está esperando: não deixe que o "conforto" de estar por uma agência te impeça de mexer os pauzinhos. Procure contatos, gente que possa te ajudar. No caminho você vai encontrar muita gente que não está nem aí, mas também vai encontrar gente disposta e com vontade. Como diria aquele ditado, o importante não é saber, mas conhecer quem sabe.

Boa sorte ;)

Próximo post diretamente de Brattleboro, VT

Share:

27 junho 2010

Viajando com a Host Family - By Nath Azevedo

Olá meninas! Espero que esse mês esteja um pouco melhor para todas nós! Torço para que todos o rematchs e matchs dêem certo! o/

Mês passado eu falei um pouco sobre as crianças mimadas que encontramos por aqui.. E esse mês irei falar sobre viagens! Sim, viagens! Mas não são aquelas das suas férias, não! São aquelas com a sua querida host family! Motivo para terror, pânico, desespero ou algo similar? Nem tanto!

Basicamente todas as famílias saem de férias, pode ser nas férias de verão junto com as kids ou em qualquer outra época do ano. A questão é: a au pair deve viajar junto sempre? As respostas são várias, então analisaremos:
  1. Sim! Se a família for do estilo que acha que você deve trabalhar não importa o lugar você deve ir. Claro que não podemos esquecer que mesmo que seja em outro canto do mundo, a família tem obrigação de continuar pagando sua alimentação, acomodação e lazer das crianças que você ficar responsável.
  2. Não! A família pode propor para a au pair ficar, por diversos motivos, sendo eles: a viagem sairia muito caro se fosse incluir a au pair; se eles não vão precisar de alguém para olhar as crianças, e aí vai. PORÉM, o salário deve ser pago toda semana, mesmo a au pair não estando junto com a família! A minha host family viajou por duas semanas e eu fiquei em casa, porém recebendo da mesma maneira.
  3. Membro da família: Família americana tem essa mania de falar que au pair é “membro da família” né? Tem family que realmente trata a au pair assim, tem family que não. Vai da au pair aceitar. Mas recomendo viajar junto, sim, se tiver oportunidade, você conhecerá lugares novos e pessoas. Toda experiência é valida!
Bom, vamos pra parte mais dolorosa da viagem: as crianças! Sim, você com certeza vai passar mais tempo do que o esperado (e combinado) com as crianças. Se a viagem for de carro, pior ainda! Mês passado viajei para Ohio com a family (host mom e kids) de carro, saindo da Georgia. Foram 12 horas de sufoco, com crianças reclamando o tempo todo dentro do carro, brigando, e tudo que se possa imaginar. Agradeci a todos os santos quando chegamos em Ohio hahaha.

É complicado porque não se tem muito o que fazer dentro do carro, e chega uma certa hora que a viagem se torna um tédio. Para lidar com isso tente DVD’s portáteis, livros de atividades (cruzadinhas, labirintos, jogos de raciocínio etc) e o que sua criatividade mandar. Se a viagem for de avião, MELHOR! Queira ou não o tempo dentro do avião é menor, e a “novidade” de viajar de avião para crianças realmente funciona. Deixe-as brincarem com a cadeira, ver o filme, fazer o que tiver que fazer pra ela cansar e dormir.


É complicado falar, pois cada family é diferente, com kids de diferentes idades e diferentes umas das outras. Nessa quarta-feira viajarei novamente com a família inteira, para acampar. Isso mesmo, camping! Sabe, igual nos filmes, que a família vai pro meio do nada e coloca uma tenda, faz fogueira e fica feliz por semanas? Exatamente isso que faremos. Ah, farei mountain bike também. E dessa vez a viagem de carro será loooooooonga, não de 12 horas como foi pra Ohio, mas ao menos o dobro, porque estamos indo para South Dakota, Utah, Colorado, Arizona (Grand Canyon) e assim vai!

Mês que vem eu relato a minha aventura aqui para vocês, espero que esse post tenha representado algo, se não foi útil, pelo menos engraçado!

HAHAHAHA

Girls, sucesso na vida auperiana, porque eu to amando!

Venham mesmo, a experiência é única! ;)

Beijoss e até mês que vem!

Nath! ;*
Share:

25 junho 2010

30 days! - Por Maria Elisa

Bem, ontem completei um mês nos EUA... E, acreditem, foi muito rápido! Quando alguém fala que o tempo aqui voa, podem confiar... É incrível!

Pra início de conversa, o treinamento não é essa chatura toda que dizem por aí! É cansativo, sim... Ainda mais porque você acaba de chagar em um novo país e tudo o que quer é sair por aí explorando, mas tem que assistir aula! Mas está longe de ser essa chatura. É até divertido. A comida é ruim, blé!

Nesse um mês eu percebi que sou muito mais forte do que eu mesma sabia. Quase ninguém “botava fé” que a bonequinha aqui daria conta do recado, e modéstia à parte, estou indo muito bem. Eu nunca tinha estendido uma cama ou lavado uma calcinha! E nem por isso eu estou sofrendo por fazer essas coisinhas, não dói nada!

Vi muita menina se descabelando logo no início de saudade e eu ainda não consegui sentir isso. Fico até sem graça quando alguém fala que está com saudade de mim, pois eu não consegui sentir saudade de ninguém ainda. Sinto falta de chegar no final do dia e ter com quem conversar, seja um amigo, alguém da minha família etc. Conversa de gente grande, sabe? Mas é só vontade de conversar, não é saudade daquelas que dói, sabem?

Estou muito satisfeita com a família daqui! Não tenho mordomia e nem vivo em uma casa luxuosa, com carro à vontade e hosts ricos. Mas meus hosts são uns amores, fazem de tudo pra me agradar, são preocupados com o meu bem-estar e eu me sinto muito à vontade. Eles são novos, têm um papo muito bom e até se parecem demais com os meus pais do Brasil, os mesmos gostos etc. Estou muito feliz.

Minhas crianças não são mimadas, aqui eles colocam limites e criam na rédea curta! Adoro isso! Tenho autoridade com eles e eles incentivam isso (nunca passam por cima de mim) e confiam em mim. Não tenho o que reclamar em relação à minha família daqui, não mesmo.

Não consegui fazer muitos amigos, não tem muita au pair morando perto de mim... Mas algumas poucas pessoas que eu conheci valeram por muita coisa! Não estou muito preocupada em relação a isso, eu sou caruda... Não preciso de ninguém pra poder sair, já conheço os atendentes de todos os bares das redondezas porque eu vou beber sozinha! Haha! É divertido porque sempre converso com alguém diferente e tal!

Tive uns dates aqui... Meio fracassados, mas enfim... Continue a nadar, continue a nadar!

Bem, é isso o que eu tenho a dizer nesse mês. Foi rápido, sem homesick e muito feliz!

Agora, devo dizer que existem três coisas que realmente deu pra sentir saudade de verdade... A música brasileira, comida e meus cachorros (porque o da casa é o mais insuportável que existe. Eu não conhecia o ódio até o dia em que conheci ele.)

Estou meio sem assunto para o post! Então vou terminar por aqui desejando a mim muita saúde, alegrias, felicidades, realizações, dindin, amigos, viagens... Afinal, é meu b-day! Aêêêê!

Beijos à todas... Boa sorte para os matchs e rematches da vida!
Share:

23 junho 2010

Ser intercambista...

Não fui intercambista durante um ano. Eu sou intercambista pelo resto da minha vida. Intercâmbio não é apenas um ano no exterior, é um modo de vida. Estar em intercâmbio é aprender como viver sendo intercambista. É aprender a olhar o mundo de outra maneira. É aprender que o mundo é pequeno o bastante que cabe em seu coração e o seu coração é pequeno o bastante que além de caber o mundo, cabe todas as pessoas que estão dentro dele.

É aprender que você nem sempre tem a resposta para tudo e que nem tudo tem resposta.

É aprender a conviver consigo mesmo e a viver com as outras pessoas. É aprender que você não precisa de companhia para todas as horas e que momentos inesquecíveis também podem ser compartilhados apenas com você e a sua máquina fotográfica. E que outras vezes é bom compartilhar outros momentos inesquecíveis com pessoas inesquecíveis.

É aprender a dar valor a saudades e que um "Tchau" pode ser interpretado com um "See you later!"

É entender que não existe melhor ou pior, mas existe o diferente.

É perceber as pequenas nuances do mundo. Aquelas que antes eram imperceptíveis, e perceber também que você é capaz de tudo, mas é também capaz de nada.

É descobrir que você não precisa agradar a todos e que nem todos precisam lhe agradar. É entender como você é, e não precisar provar isso a ninguém.

É descobrir que uma tarde de domingo só é tediosa se você quiser que seja, e que deitar na cama não significa descanso.

É saber dar valor a um sorriso, um abraço, uma lágrima. É conseguir compreender uma pessoa complicada. E que viver em sociedade significa ter 2 ouvidos e apenas meia boca.

É descobrir que você é a única pessoa que estará ao seu lado para o sempre e não se lamentar por isso. É entender que existem leis na vida e que uma delas é que tudo acaba. Tudo, sempre, acaba. É não espernear por isso, por tudo, realmente acaba.

É descobrir que um filósofo estava certo quando ele disse que nós nunca nos banhamos no mesmo rio 2 vezes e entender que só o tempo encaixa todas as coisas no seus devidos lugares.

É descobrir que melhor amigo não é aquele que está todas as horas ao teu lado, mas é aquele que quando olha em seus olhos sabe o que você sente, e que 10 minutos em silêncio vale mais do que 3 horas de conversa.

Ser intercambista é ter a alma sadia e um sorriso no rosto. É dividir experiências e viver mais outras tantas. E que apesar das derrotas, dos momentos ruins, a vida é cheia de felicidade. Aquela felicidade que vem de dentro.

Intercambista vive a melhor época da VIDA.

Quem disse que a infância é a melhor fase da vida, é porque nunca foi INTERCAMBISTA!!!

‘Guardo as recordações
Das terras por onde passei
E dos amigos que lá deixei’

Texto de autor desconhecido. Se alguém souber a autor por favor informe. O texto foi postado para que não ficasse mais um dia vago no blog... =)
Share:

21 junho 2010

“I’m going home, back to the place where I belong…” - por Luciana Germano

Esse é meu último post no blog das 30 Au Pairs. O motivo? Eu não sou mais uma au pair, então não tem sentido continuar por aqui, vou abrir espaço para outra pessoa que vai ter coisas para dividir com vocês. Enviei esse post para a Dani postar para mim para eu dizer as últimas impressões sobre minha experiência. Muitas meninas acompanharam minha saga no Orkut, no meu blog, e eu contei as dificuldades no meu último post (dia 06/06) e o resultado de tudo foi: voltei pro Brasil, cheguei aqui dia 13. Então vou tentar fazer um balanço de tudo.

Eu fiquei praticamente um mês nos EUA, embarquei dia 9/5. Eu dediquei bastante tempo pra isso, e dinheiro também. Estava correndo atrás de tudo desde agosto do ano passado e tinha certeza absoluta que eu iria me dar bem, que seria um ano ótimo, aquela coisa que toda au pair sonha, mas não foi bem assim. Durante todo o rematch, eu joguei pro destino, sabia que aconteceria o que fosse melhor pra mim. Claro que não cruzei os braços, mandei e-mails pra LCCs, fui atrás de contatos, falei com a agência, mas as 2 semanas se passaram e só falei com 2 famílias (uma sumiu e a outra tinha 3 meninos pequenos e o quarto da au pair era dentro do deles) e foi isso. Nunca imaginei que voltaria 11 meses antes do esperado, é difícil ver a cara de espanto das pessoas quando te vêem de volta bem antes e ter que explicar todas as vezes por que não deu certo (e ter que lembrar da cara da minha querida host mom todas as vezes), pensar em como teria sido se eu tivesse ficado por lá, saber que não aproveitei nem um terço do que eu queria, e mais ainda, ter que pensar no que fazer por aqui agora.

Mas nem tudo foi ruim, muito pelo contrário, colocando na balança teve muito mais coisas boas. Meu sonho sempre foi conhecer New York, e eu nunca vou esquecer a sensação de desembarcar no JFK, ou de chegar em Manhattan pela primeira vez, de ver a Times Square. Eu tive muita sorte, porque fui colocada numa LCC que morava a 30 minutos de trem de NYC, e tive a chance de ir pra lá 3 vezes enquanto estava hospedada na casa dela, uma delas com mais 3 au pairs, o que foi muito importante, porque eu estava bem sozinha lá. Nunca vou esquecer a sensação de andar pelas ruas, ver aquelas lojas enormes e aqueles lugares que eu só via em filmes. Fui na Times 4 vezes, e foi um dos lugares mais incríveis que já vi na vida, se eu voltar lá 50 vezes, vou ficar de boca aberta todas elas. Só por isso, tudo que passei já valeria a pena. Mas toda a semana e meia que eu passei na LCC valeu muito à pena, foi quando consegui me sentir mais à vontade e descobrir algumas coisas que os EUA tem de bom, ir no shopping, na Target, comprar um notebook, andar de trem, sentar no Dunkin Donuts pra um chocolate quente (recomendo!), comprar aquelas tranqueiras todas pra comer...

E mais que isso, aprendi a dar valor a tudo o que eu tenho, a achar a coisa mais gostosa do mundo comer arroz, feijão e frango, a poder me sentir à vontade dentro de casa, a apertar e beijar muito muito mais meus priminhos (de quem eu senti mais falta), a estar perto das pessoas que realmente gostam de mim, e a muitas outras coisas que parecem mínimas quando a gente tem, mas que sente a maior falta do mundo quando não tem mais. Como eu disse no outro post, “don't take anything for granted”.

E a experiência foi super válida, faria tudo de novo. E com certeza farei, não desisti de jeito nenhum, provavelmente não tentarei ser au pair de novo (não sei nem se posso e se quero) e não sei se vou tentar ir pros EUA ou outro lugar... Mas isso não acabou por aqui. Foi só o primeiro carimbo no passaporte.

Share:

20 junho 2010

Meio caminho andado - por Natália Almeida

Boa noite meninas... Eu sou a Natália ou Nya ou Naty, como voces preferirem. Então, minha primeira vez aqui (que emoção! hahaha)

Bom, ainda não cheguei no EUA, mas já passei por todo o processo, meu visto acabou de chegar e embarco dia 11 de julho de 2010 para Otsego, Minnessota (sim fim do mundo haha).

Não foi fácil chegar até aqui, eu sou sempre muito impulsiva e tomei a decisão de ser au pair quando vi que aqui nada tava dando certo pra mim, eu tava perdida, sem chão, buscando algo que eu nem sabia direito o que era... Então a tia do meu namorado (LCC aqui no Brasil da CC) me falou sobre esse programa, no começo eu pensei: “Eu? Babá no EUA? Nem morta!” hahaha

Mas como sempre a gente morde a língua pelas besteiras que a gente fala, corri atrás de experiências e hoje, menos de 1 mês online, já estou com a passagem de NY nas mãos e um medo do cão de ir embora hahaha

Há menos de 20 dias do meu embarque, sinto um turbilhão de emoções: medo, ansiedade, alegria, tristeza, vontade de desistir, vontade de ir... Mas a maior de todas: Muita saudade...

Muita mesmo... Saudade de tudo, da minha mãe, do meu amor, da minha cama e até do hamburguer da carrocinha do canto da minha casa... Mas sempre que quero chorar, paro e penso que eu decidi ir, eu quis jogar para o alto minha vida aqui por um ano, para viver, amadurecer, chorar, sorrir e crescer como pessoa e como profissional.

Enfim, meninas, não é fácil tomar uma decisão dessas e ninguém pode te ajudar a decidir, mas a partir do momento que você para e aceita esse desafio: se joga! Se joga com vontade, viva cada segundo aqui como se fosse o último, ame, beije, ria, chore, cante, brinque! E quando chegar lá, lembre-se sempre que você não está lá obrigada, você está lá porque quis, então aproveite tudo, o frio e o calor, o bom e o mau, aprenda, cresça e volte melhor e mais feliz!

Boa sorte para todas nós nessa jornada, e para as futuras au pairs, lembrem-se que vocês não estão sozinha lá, nós estamos sempre aqui para ajudar umas as outras!

Boa noite meninas, no próximo post meu já vou estar em Minnessota se Deus quiser (ai Jesus!! Que meda haha)

Ps: Que honra ser uma das 30 au pairs^^

Beijo gente, até dia 20!
Share:

19 junho 2010

To off, e agora? - por Marina Gomes

Oi meninas! Bem, hoje meu post é sobre os melhores momentos da vida de toda au pair: o seu tempo off. Quando cheguei por aqui, eu não fazia praticamente nada quando estava off, simplesmente porque não podia dirigir ainda (não vou falar sobre carro, juro!), então eu basicamente ficava na internet ou lia ou via TV. Mas desde que comecei a dirigir não paro mais em casa. Quem já está por aqui sabe que tem horas que você simplesmente precisa sair da sua casa pra esfriar a cabeça e desestressar, nem que só vá até a Target comprar shampoo.

Mas a parte boa dos dias off é que geralmente a sua host family vai te deixar em paz pra você fazer o que bem entender. A minha host family não liga se eu ficar o dia todo dormindo ou se sair de manhã e voltar de madrugada, mas tem famílias que vão querer saber o que a au pair anda fazendo no tempo off... Aí depende! Nessas horas que é bom não ser parte da família coisa nenhuma, porque você não tem obrigação nenhuma de ficar fazendo média com a host family quando você está off!


O que as au pairs fazem no tempo off depende muito. Tem menina que gosta de sair, não consegue ficar em casa, então quando fica off sempre arranja alguma coisa pra fazer. Outras meninas são mais caseiras, gostam de ficar na internet conversando com os amigos no Brasil, vendo filmes etc. Pra mim, depende muito do dia. Tem dias que eu fico o dia todo fora e nem vejo a cara dos meus hosts e das kids haha. Outros dias, como hoje, eu não faco absolutamente NADA, passo o dia vendo tv e fuçando no orkut alheio, e até que é um dia divertido :)

Demora um pouco pra se acostumar aos dias off por aqui. No Brasil geralmente já temos planos, ou mesmo que não, a grande maioria das meninas mora com a família, então não passa o dia totalmente all by herself. Aqui é diferente, pelo menos na minha casa, porque minha host family, como eu já disse, não liga pra o que eu vou fazer no meu tempo off, então no começo foi bem estranha essa "falta de perspectiva" de como meu final de semana seria. Mas agora já me acostumei! Conforme você vai se ajeitando por aqui, começa a dirigir e conhecer as outras au pairs, você só fica em casa no seu tempo off se quiser!

Xoxo, L.

Share:

18 junho 2010

Primeiro mês como au pair - por Renata

Bom... Vou contar um pouco como está sendo meus primeiros meses de au pair.

Pré-requisito #1 para ser au pair: ter bastante paciência!

As crianças americanas são muito diferentes das brasileiras, no meu ponto de vista. Digo isso pelas minhas kids, que são mimadas ao extremo. Se não for do jeito delas, gritam, esperneiam, choram... E haja paciência!

Minha vida de au pair não é tão difícil, não posso reclamar. Minhas kids ficam na escola de 8:30 da manhã às 4:30 da tarde... hahaha Tenho um carro só pra mim e fim de semanas livres. Mas meu pesadelo começa exatamente hoje e chama-se SUMMER.

Graças a Deus minha família é sensata, as kids vão ter aulas de natação, tênis e golf o verão inteiro. Thank God... haha

Tenho 3 kids e quando as 3 estão juntas é um inferno. Elas brigam, gritam, chutam, xingam ee dizem que se odeiam. Por isso, digo que apesar de meu schedule ser bom, quando as 3 estão juntas, 2 horas parecem uma eternidade!

E quando estou on as kids não podem ver TV (o pai não gosta que elas assistam), daí já viu, né. Mas, olha só, assim que a mãe chega em casa, ela manda as kids verem TV, porque a casa fica finalmente calma!

Não tenho o que reclamar dos hosts, são ótimos comigo, sou amiga da minha host (a gente se entende só pelo olhar já kkk), o host é ótimo e super divertido. Mas eles são do tipo que quando algo está ruim, eles não dizem, só comentam entre si, é a única coisa que não gosto, prefiro que digam se fiz algo de errado.

Essa semana minha host me deu um abraço, perguntou se eu tava bem e disse “I’m glad you are here” =) E outro dia o host disse: “Renata, I want you to know, you're doing a great job”.

Bomm não tenho muito o que contar, estou aqui há 1 mês e 8 dias só. Tem dias que dá vontade de pegar o primeiro avião e voltar pro Brasil e tem dias que dá vontade de ficar aqui pra sempre. Se você tem amigos e dates isso ajuda... hehe

Quando vim, éramos 8 brazucas no treinamento, e infelizmente 2 já voltaram pro Brasil!

Para as que ainda estão vindo, força na peruca, teremos dias bons e dias ruins. Melhor pensar nos dias bons, no amadurecimento e conhecimento que vamos adquirir, nas novas amizades, novos lugares, shopping e shopping... haha

Vida de au pair não é fácil, mas depois que você se acostuma e se adapta fica mais tranquilo.

Eu indico! haha
Share:

17 junho 2010

A experiência de cada uma é individual! E tenho dito! - por Srta Daniela

Well, well, well, resolvi me manifestar sobre o assunto porque leio vários blogs das meninas da comunidade e ultimamente capto ataque e contra ataque sobre o assunto, ou seja, ex/atuais au pairs dizendo: Ser au pair é uma merda, não sonhe com um mundo cor de rosa, e atuais au pairs dizendo: me deixe sonhar em paz.

Eu sou uma au pair em pré-embarque, quem sou eu para falar do assunto, não é mesmo? Mas tem um porém, penso eu que a pessoa te dar dicas e testemunhos sobre a realidade dela é uma coisa, a pessoa querer que você chegue nos EUA já negativa é outra, só porque ela se sente assim em relação a si mesma diante da experiência dela. Sim, é uma experiência pessoal e intransferível.

Eu contei os blogs que li, e só essa semana eu li exatamente 08 posts sobre o assunto, e estou compartilhando aqui minha opinião, que é um pouco mais diplomática do que eu andei lendo por aí.

Vamos divagar sobre os fatos, as candidatas a au pair sabem que:
  • Ir para os EUA sem carro é loucura. Isso já foi repetido mil vezes e ainda vemos testemunhos de quem foi sem carro e é muito feliz e quem foi sem carro e está vivendo uma merda de vida isolada.
  • Sabemos que não existe família perfeita. Nem nós somos perfeitas, por que esperar isso de outras pessoas tão humanas quanto nós? E o que é perfeito para mim às vezes é uma merda para o outro e vice-versa.
  • Stay at home parents. Isso também já foi repetido mil vezes e ainda vemos testemunhos de quem foi ama ou não se incomoda e é muito feliz, e quem foi e está vivendo uma merda de vida com kids que não obedecem porque a mãe está em casa e bla bla bla.
  • Schedule muito variável. Adivinhem só! Eu li uma pesquisa onde as famílias participantes do programa responderam sobre o maior beneficio de se ter uma au pair e a campeã foi: flexibilidade de horário, ganha disparado de coisas como baixo custo de mão-de-obra, afinal uma nanny americana manda qualquer host pastar se pedir para ela trabalhar num sábado a noite ou domingo de manhã.... rá rá. Só tenho uma sugestão nesse assunto: pergunte sobre seu schedule antes e confirme com a atual au pair se é assim mesmo que funciona a casa, qualquer alteração prejudicial converse com a host family, afinal, o combinado não sai caro, troca aqui, ajeita ali, sempre dá um jeito de ficar bom para todos.
O sonho seria você ter carro só para você, todos os finais de semana livres, hosts liberais e compreensivos que te respeitem e liberem o carro, a casa, e jamais te pertubem no seu horário livre, kids obedientes que não vão dizer "GO AWAY!" e que jamais entrem no seu quarto te chamando para brincar no seu tempo off. Tem gente que quer ser parte da família (o que tem suas vantagens), tem gente que só quer ser tratado com respeito sem envolvimento demais, (não reclame se eles não quiserem saber se você anda comendo ou não se essa for sua opção) etc...

A realidade: o carro pode existir ou não, ser compartilhado ou não, os finais de semana podem ser todos livres ou não, os hosts podem ser legais, bipolares, chatos... Eu poderia falar horas e horas sobre relação host family - au pair, porque do mesmo jeito que vejo erros grotescos de host families, vejo coisas absurdas de au pairs; gente que fica off e sobe correndo sem fazer um pingo de esforço de passar 5 minutos com os hosts como se eles tivessem lepra, OK a gente fica morta de cansada, só que não custa fazer um esforço e trocar meia dúzia de palavras antes de subir, criar um momento de comunicação que nem precisa ser todo santo dia, assim você não fica naquela de só falar com eles quando está com problemas com as kids, com o pagamento, com a gasolina, com o carro, etc, e eles vão ver que você fala com eles sobre coisas boas além dos problemas.

Criar o vínculo da comunicação não significa ser íntima dos seus hosts, significa apenas ter um momento no dia onde você tenha abertura para falar como estão indo as kids e eles perguntarem como está você, vejo muita gente reclamando ‘‘Ai, meus hosts não ligam pra mim, não querem nem saber se eu comi, se estou viva ou morta e bla bla bla’’, se liga! Eles já têm os próprios filhos pra mimar! Dê o primeiro passo na comunicação e se mostre aberta a isso, se você deixar pra falar só quando tiver problemas, quando você for falar com eles, eles já vão ficar negativos e na defensiva do tipo ‘‘iiiih lá vem a au pair reclamar...’’. Caso depois do primeiro passo sua host family se mostre do tipo sem muito papo, OK, fique na sua e não encare eles como os monstros que não querem papo com você, eu já trabalhei com algumas pessoas no Brasil que eu simplesmente ficava com úlcera só de olhar na cara da pessoa e aguentei firme e forte, não morri por causa disso e também não culpei a pessoa pela qual eu não me simpatizava por todas as misérias da minha vida, é só que, desculpe, mas para mim é absurdo uma pessoa que nunca trabalhou no Brasil e escolheu ser au pair de 10 kids ficar falando não venha que a vida de au pair é um pesadelo (sim, honey, quem mandou escolher tanto pivete pra tomar conta!?), ou quem já tem aquele humorzinho negativo e ainda tem o azar de pegar uma host da pá virada e também fica repetindo "venha, mas você vai se fuder aqui".

Como dizem por aí, conselho se fosse bom a gente vendia! Se você tem algum compartilhe, mas isso não te dá o direito de querer que todo mundo pense como você! Se você vir alguma candidata a au pair muito iludida, antes de criticar, compartilhe sua experiência, ainda assim, se ela não colocar pelo menos um pezinho no chão, entrega para Deus, mas não fique humilhando a pessoa publicamente como se ela fosse burra por acreditar nos sonhos dela, o máximo que pode acontecer é, como eu vi aí esses dias uma que foi iludida e se fudeu, mas está voltando feliz da vida cheia de compras e fotos em NYC, cada uma é feliz de um jeito.

Felicidade é individual. Opinião também.

Não tem por que fazer este assunto virar guerra, sério, futuras au pairs, estejam conscientes que os dias que vão fazer seu ano de au pair incrível são seus dia off, que você viajará, conhecerá aquele lugar, ou comprará aquela coisa que tanto queria por um preço imperdível. Ter um bom relacionamento com sua host family é um plus que não depende só de sorte, depende de você também e suas atitudes! E ex/atuais au pairs, não é nenhum um pouco obrigação de vocês convencer as meninas sobre o lado negro da vida de au pair, esse todas sabem que existe, mas é um fantasma que algumas vêem, outras não, e nem todas são assombradas por ele... ;)

Se você quiser ler mais sobre minha saga particular leia meu blog: http://srtadanidaquiparaomundo.blogspot.com/ e siga-me no http://www.twitter.com/SrtaDani
Share:

16 junho 2010

Modismos Brasileiros - por Marisa

Oi gente, aqui é a Marisa (uma das casadas).

Estive muito ocupada pintando portas e janelas da minha casa, a gente aproveita a primavera e verão pra fazer todos esses trabalhos, depois do jardim que me deu o maior trabalho e dor que nunca havia sentido antes nas costas (essa é a razão pela qual estou postando a essa hora!).

Bem, quero só comentar algo com vocês que eu e outras amigas brasileiras, que moramos aqui há um bom tempo, compartilhamos: a repulsa por certos modismos brasileiros. Estávamos comentando sobre dança daquilo, dança disso, mulher melancia, moranguinho, goiabinha... Enfim, lembramos a famigerada dança da garrafa, época do É o Tchan e programas do Gugu.

Gente, dá uma felicidade em saber que estamos longe dessas coisas e ficamos tristes em saber que no Brasil as crianças crescem vendo isso. O meu cunhado (irmão do meu marido) trabalha numa rádio famosa aqui, o programa deles é humorístico e tal, e eles colocaram o vídeo da "Surra de Bunda", nem preciso falar que senti vergonha alheia :( aff

Bem, por hoje é só, pessoal! Boa noite e super recomendo Marisa Monte!
Share:

Expectativas - por Carol Del Masso

Oi gente! É a primeira vez que estou postando aqui, a pedido da Monick, pra não rolar mais uma lacuna no blog. Postarei sempre no dia 21... =)

Bom, vou me apresentar rapidinho... Sou a Ana Carolina, mas todo mundo me chama de Carol, principalmente porque minha irmã também chama Ana (Martina). E pra quem não acredita, é sério! A justificativa do meu pai é que ele queria que as filhas estivessem lá em cima na lista de chamada da escola, olha só que legal... Até hoje ele se ressente pelo fato de que não termos talento pra música e não criarmos uma dupla, no maio estilo Sandy e Junior, sabe?

Mas enfim, tenho 23 anos recém completados e acabei de me graduar em Direito pela UEL. Passei na mal falada prova 2009.3 da OAB e tive que refazer a droga da segunda fase porque um engraçadinho resolveu colar e dai já viu, né?

Às vezes penso que Direito não é muito a minha praia (adoro línguas) e meu sonho sempre foi fazer intercâmbio, então decidi embarcar num work and travel em 2008. Fui pra Avon, no Colorado, e adorei! É claro que rolaram MUITOS perrengues mas eu não me arrependi nem por um segundo. Por já ter feito um intercâmbio antes (e ter quebrado a cara em algumas coisas), estou indo bem de boa com o Au Pair, tentando não criar muitas expectativas, sabe?

Só sei que é um saco esperar... Esperar pra ter sua CNH em mãos, pra entregar o application, pra ficar on line, receber contatos, fazer match, tirar o visto, embarcar... Só digo uma coisa: comigo, toda vez que eu desencanei do processo, a coisa andou...

Acho bizarro como as coisas são diferentes pra pessoas diferentes. Vou explicar: uma familia da CA me contatou, eram riquíssimos, tinham todas as regalias, queriam 2 (DUAS) au pairs pra 3 crianças (sendo que eu cuidaria de uma só), e eu moraria numa guest house. Pra espanto de muita gente, eu não gostei... Assim que vi o email (era minha primeira notificação da APC), não curti, e mesmo depois de ter falado com a family pela web, continuei não gostando muito... Vai entender, né? Quando postei isso na comunidade, muitas meninas pediram indicação, adoraram e talz. Acabou que a host sumiu na maior cara dura (sempre achei isso muito chato) e eu tive certeza de que fiz a escolha certa. Ela nem se deu ao trabalho de responder a indicação que eu fiz...

Fiz match com a terceira family que me adicionou no Au Pair Room e assim que vi a notificação já senti o tal feeling. Meus hosts estão mudando pro Michigan (um estado que nunca pensei em conhecer), nunca tiveram au pair, não sabem quase nada do programa. Mas, ao mesmo tempo, gostaram do meu perfil, da minha formação e das minhas ambições, e isso foi decisivo pra mim. A mãe da host é chinesa, mas cresceu no Brasil e fez faculdade aqui, e já estamos nos comunicando. A cada email, sinto que eles demonstram interesse sobre o que está acontecendo comigo, tiveram a boa vontade de passar meu email pra avó e chamá-la pra estar em Michigan quando eu chegar porque "sabemos como deve ser difícil pra uma pessoa estar num ambiente em que ninguém fala sua língua materna". Pra vocês terem uma noção, meus hosts entrevistaram 13 meninas e tiveram a paciência de remarcar 2 vezes uma segunda ligação comigo porque tive problemas com um dente!!! Rs...

Mas mesmo com todas as qualidades que eles parecem demonstrar, eu só vou dizer que fiz um great match quando chegar lá. É gente, não dá pra conhecer alguém por meio de alguns emails e 2 conversas por web cam. Você pode ter uma ideia, mas a realidade mesmo só virá quando você chegar lá e começar a viver aquilo tudo. Tive uma grande wake up call quando do work and travel. Era muita expectativa e pouco desenvolvimento quando cheguei. Não quero desanimar ninguém, só quero deixar claro que temos que analisar todos os poréns e os mais e não desesperar pra fechar com a primeira família porque eles parecem perfeitos e tem uma guest house pra você morar =P

Às vezes eu ainda me sinto aquela caipirona que subiu num avião pela primeira vez na vida pra passar 3 meses fora do país e não sabia nem afivelar o cinto. Que ficou quase a viagem toda me segurando nos braços da poltrona com medo do avião se desequilibrar se inventasse de levantar. Só digo uma coisa, tem uma hora que a vontade de fazer xixi é tanta que você toma coragem e levanta, mesmo morrendo de medo do avião cair com você sem calça dentro do banheiro! Então, minha gente, ter medo, dúvidas, ansiedade e uma grande mistura de sentimentos, é super normal, a gente só tem que se arriscar de vez em quando. Tem uma música que está grudada na minha cabeça nesses últimos dias (Happy, da Leona Lewis) e que diz assim:
"So what if it hurts me?
So what it I break down?
So what if this world just throws me off the edge,
My feet run out of ground
I gotta find my place
I wanna hear my sound
Don't care about all the pain in front of me
I just trying to be happy"

Pois é isso aí... Só estou tentando ser feliz, se não der certo e eu quebrar a cara, pelo menos eu tentei! =)

Vou deixar aqui o endereço do meu blog: http://anacarolaupair.blogspot.com/, ainda está no comecinho mas está valendo!

Um beijo,
Carol
Share:

15 junho 2010

Opa, estou eu aqui de volta.

Engraçado como o tempo passa rápido e a gente nem percebe. Lembro que no último post eu pensei: Ótimo, um mês pra pensar em algo interessante pro próximo. E cá estou aqui, sem nenhuma ideia brilhante na cachola.

Estou aqui em Seattle há pouco mais de um mês. A adaptação melhorou muito, embora ainda não tenha conhecido muita gente por aqui (Meu maior contato com au pair são as meninas do treinamento huahuahua). A homesick das primeiras semanas já é beeem leve. Ah, e uma coisa que eu preciso falar. Quando fechei com a família e fui pesquisar do local, só me falavam: Chove MUITO. E eu devo confessar (orkut feelings) que até agora choveu bem menos do que eu esperava (Tá boba, deixa chegar o inverno huahuahua).

Durante esse mês eu já descobri muiiitas coisas – e descobri que não conheço nada. O convívio com minha host family, até agora, é ótimo (Sim, digo até agora porque nunca se sabe né huahua) e eles já me perguntaram se eu ficarei o segundo ano.

Acho que vou aproveitar pra falar um pouco da minha HF. Eu cuido de duas meninas – 15 meses e 5 meses. A menor é um amorzinho. Ri o tempo inteiro (Até quando cisma de passar o dia sem dormir). A maior, mesmo o pai enchendo de manha (Por que eles sã assim hein? Huahuahua) é fácil de lidar também. Tenho stay at home mom – e descobri que não é tão ruim quanto parece. Minha host tem esclerose multipla, então ela teve que parar de trabalhar e passa a maior parte do dia no quarto. Eu geralmente só a vejo final da tarde, antes de por a mais velha pra dormir. A casa é toda adaptada pra ela e eu confesso que isso me assustou um pouco no começo. Mas agora já acostumei. Meu host dad é uma figura. Sai com uns comentários sem noção que só ele consegue huahuahua.

Enfim... Estou feliz. Trabalhando muito, mas feliz. Essa semana estou indo tentar fechar um curso pro summer no college e fechando a primeira trip: Vegas \o/. Talvez assim eu tenha mais assunto interessante pra postar.
Share:

14 junho 2010

Untitled - Mari Guterman

Muito boa noite, queridas e queridos do meu Brasil (ok, e dos Sazunidos também). Sou a Mari, dona do blog Au Pair Expectations, e começo confessando que sempre quis postar aqui. Quando fui ver, o blog já estava tomado, mas há quem diga que talvez eu venha a ter uma data permanente, então bora escrever!

Comecei a correr atrás da ideia de ser Au Pair em Julho de 2009, e de lá pra cá muita água passou por debaixo da ponte até que as coisas se concretizassem. Estou há três semanas nos Estados Unidos, sendo uma de treinamento na Flórida pela Expert Au Pair e duas em Silver Spring, MD, na casa da família.

Não vou escrever sobre o que me levou a querer passar um ano fora de casa limpando bunda de neném (oi?), mas sim sobre as impressões que tive até agora. E a primeira e absoluta de todas é: NÃO É FÁCIL.

Não que eu esperasse que fosse ser. Não que não tivessem me avisado. Mas você só entende quando está aqui, fato.

Tive uma professora de história na faculdade que, em algum contexto do qual não me lembro, disse algo sobre o porque crescemos quando fazemos viagens de intercâmbio. A ideia é que, ao nos encontrarmos totalmente por nossa conta e, olhando à nossa volta, não vermos nada familiar, acabamos olhando para dentro, para nós mesmos. Vemos nossas maiores qualidades e nossos maiores defeitos. Crescemos, amadurecemos, viramos gente. Mas vale lembrar que nem sempre isso acontece de maneira suave, muito menos tranquila.

Eu tenho ouvido casos e mais casos de experiências tensas de outras Au Pairs. Brigas, gritos, tapas, baixarias e rematchs sempre acontecem, às vezes por culpa da host family, e às vezes por culpa da Au Pair. Eu posso jogar as mãos pro céu e agradecer pela minha família aqui, pelo tanto que são preocupados comigo e me tratam bem. Sei que sou uma exceção. Sei de meninas que vieram com as melhores intenções pra cá, mas se depararam com host monsters e famílias despreparadas. E sei de meninas que não deveriam sequer ter saído do Brasil.

Porque estou falando tudo isso? Porque o que você menos quer, minha querida menininha criada numa caixinha de algodão, é ter problemas com a sua host family. Você já terá problemas suficientes de adaptação se a sua família for boa, e falo por experiência própria. Meus hosts são uns amores, minhas crianças são tranquilas como crianças podem ser, eu moro num put* lugar fod*, e ainda assim a homesick bate forrrte quando vou dormir e quando acordo.

Mas e ai, comofas? Começa com a escolha da host family. Nunca, jamais, sob hipótese alguma, aceite uma família só pela pressa de sair do Brasil e de não sobrar pra titia no mundo auperiano.

Saiba as suas prioridades. Você cresceu em cidade grande, acostumada a ter tudo por perto? Será que vai se adaptar a uma cidade do interior? Você não dirigia na sua cidade? Pois é, aqui tem que ter carro pra tudo. Mesmo eu morando ao lado do metrô passei um medinho voltando pra casa sozinha à noite um dia desses. Sem carro, no way!

Você nunca cuidou de newborn e tá achando que se acostuma? Não tem experiência com crianças e quer vir mesmo assim? Pode começar a repensar que tipo de intercâmbio você quer fazer. A gente vem pra cá pra trabalhar. Você vai passar 85% do seu tempo cuidando das crianças, e vai ter que encaixar as compras, os passeios e a pegação nos outros 15%. Se você ainda não tem isso claro na cabeça, comece a repetir como um mantra, porque a chance de ter problemas é grande.

Ah, legal, achei uma família numa cidade boa, sem curfew, com kids em idades que eu me dou bem, serei feliz? Ó bem, ai eu ainda não posso dizer. Porque você vai chegar cansada do trabalho e ao invés de ver a sua família, vai ver o seu quarto, que é...dentro do seu trabalho. Vai chegar o final de semana, e ao invés de encontrar aquela sua amiga do peito que sempre te recebia com o martini e a roupa da balada, você vai marcar quatro ligações diferentes no Skype, até arrumar a sua amiga de balada aqui (e ai as duas da manhã, quando vc tava chegando na balada no Brasil, vc estará saindo da balada dos States, ficadica também). E você vai dormir e acordar pensando "que foi mesmo que eu vim fazer aqui?"

Estou certa de que cada Au Pair vive um ano totalmente seu. Cada uma lida com as coisas de maneira diferente. Se somarmos isso aos mil tipos de host families, às mil cidades, aos mil problemas e às mil maravilhas, é experiência que não acaba mais. Toda au pair conhece alguém que veio e terminou o ano feliz. Algumas pegam extensão, outras acabam casando, outras ainda ficam pra estudar... as possibilidades são muitas, vai do rumo que cada uma decide dar à própria vida.

O que pouca gente se dá conta é de que é preciso coragem, e muita, pra sair de casa e se aventurar por ai. Uma coragem que, se você encontrou, é melhor não desperdiçar. Arrisque uma inscrição na agência, uma briguinha em casa, uma matrícula trancada na faculdade. Arrisque uma paixão, seja ela grande ou pequena, velha ou nova. Take a chance, make a risck and break away*. Aposto que é impossível se arrepender depois.
Share:

Agradando a Host Family - por Marielen

Tá, o que a gente tem que fazer mesmo é o nosso trabalho, e bem feito. Mas não custa nada fazer um agradozinho de vez em quando.

Faz quase um mês e meio que estou aqui, então já deu pra conhecer qual é a deles. Outro dia eu me atrasei pra buscar minha menina na esgrima e a host não gostou nadinha, disse que eu não podia deixar ela sozinha. Eu pedi desculpas e tudo mais, disse que não aconteceria mais. No dia seguinte, pedi pra ela se podia fazer o jantar. Ela detesta cozinhar, aceitou na hora! Até foi buscar o menino pra que eu pudesse fazer... hahahaha Fiz arroz, strogonoff e purê de batatas, eles adoraram e esqueceram totalmente do que tinha acontecido!

Toda semana faço algum doce pras crianças, principalmente se elas estão meio tristes ou estressadas. Ontem o gatinho deles de 5 meses pulou na casa do vizinho e o cachorro matou.
Eles estavam arrasados! Fiz um bolo de fubá, pedi pra eles me ajudarem e por um momento até se distraíram um pouco. Depois emprestei um filme pra eles verem.

Sabe, pequenas coisas que você faz, mas que significam alguma coisa. Outro dia eu fiz arroz doce e o menino mais novo veio aqui no meu quarto pedir se eu fazia no aniversário dele porque ele tinha adorado. Fiquei tão feliz!

E além de tudo, te dá mais crédito com a família, confiança. Se você chegou faz pouco tempo, te distrai.

Eu não trabalho de final de semana, mas essa semana eu praticamente não trabalhei. O carro estava quebrado e meu trabalho é praticamente só dirigir. Eu não tenho como sair daqui no final de semana sem carro, eu moro no mato! Vocês podem achar absurdo, mas eu não liguei de acordar e fazer o café das crianças. Os pais tinham ido procurar um carro pra comprar e eu não fiz nada a semana toda. Hoje de manhã fui andar de bicicleta com eles no parque, eu não tinha nada melhor pra fazer mesmo.

Meninas, façam o possível pra se darem bem com a família, pra que eles queiram te convidar pras coisas que eles vão fazer. Tenho certeza que vai tornar a estada de vocês aqui muuuito mais agradável e, com certeza, é sempre ótimo saber que você pode contar com eles quando precisar!

Bom, não sei se o tema foi de muita ajuda, mas as outras meninas sempre escrevem alguma coisa que eu quero antes de mim. hahahaha Vou tentar pensar em alguma coisa muito interessante pro próximo post, aceito sugestões! Boa sorte pra quem tá vindo, pra quem tá na espera de família e pra já tá aqui sofrendo!

Espero que tenha ajudado em alguma coisa.

Beeijo, Marielen.

*Desculpe pela hora, aqui ainda são 22:20.
Share:

12 junho 2010

Are you ready? - por Má


Quando estamos no Brasil, temos uma ideia de como é vir para os US, morar na casa da host family, cuidar das kids, aproveitar as much as we can. Todas nós já cuidamos de crianças antes--ou espera-se que, né? HAHA--, sabemos quanta responsabilidade isso é, e nos julgamos preparadas para enfrentar esse novo desafio.

No entanto, quando a gente chega aqui, a realidade bate à nossa porta. Mesmo que você já tenha cuidado dos filhos da sua amiga, ou das crianças na creche, é diferente. Aqui não tem ninguém pra você pedir ajuda na hora que der branco--ficar importunando os hosts de 5 em 5 minutos, porque você esqueceu o que faz a seguir, não é uma boa, fica a dica!--, como você pode fazer na creche. Aqui, não tem sua amiga pra você ligar e pedir ajuda com os filhos dela, afinal, ela entende que você está se sentindo um pouco perdida--ela é sua amiga e conhece os filhos que tem!

Aqui, tem seus "chefes", que trabalham o dia inteiro--ou não, mas enfim!--e que precisam de alguém pra olhar os filhos, tomar conta direito deles. São pessoas que você nunca viu antes de vir, com as quais você não tem intimidade alguma, e com as quais precisa construir confiança--base do relacionamento de qualquer au pair - host family. Você mora na casa deles, cuida dos filhos deles e ainda está aprendendo como é ser au pair.

Digo aprendendo porque, por mais informação que a gente tenha antes de vir, a prática é muito mais intensa do que a teoria. Tem meninas que travam na hora de falar com os hosts, outras que falam mais do que a boca--eu! HAHA--, menina com vergonha de abrir a geladeira, de comer na frente dos hosts... Muita menina que achava isso absurdo quando ainda estava no Brasil o faz quando chega aqui...

Minha visão do "mundo de au pair" mudou depois que eu cheguei. Coisas que antes achava absurdas deixaram de ser. Coisas que antes eu nem ligava, começaram a pesar muito pra mim. Fora, claro, o choque de realidade que dá, na hora em que você se vê sozinha com as kids, sem saber o que fazer. Hoje, entendo por que o índice de meninas voltando pra casa tão cedo é tão alto--algo que a agência não divulga, é claro!--, pois muitas chegam aqui despreparadas, com um conto de fadas em mente, e não têm estrutura física e/ou psicológica pra enfrentar a realidade na hora que bate à sua porta. Vi algumas assim na minha semana de orientação, e não é à toa que mais de 10% das meninas que chegaram aqui na mesma semana que eu já voltaram pra casa.

Fora, claro, as meninas que caem em rematch logo que chegam. Sempre achei isso absurdo, mas em alguns casos, simplesmente não dá pra sustentar a situação por mais tempo e é melhor que o rematch seja feito antes que tudo piore. Hoje vejo que algumas meninas escolhem mal quando ainda estão no Brasil, ficam tão desesperadas com a demora no processo ou com a falta de contatos que acabam aceitando qualquer coisa, só pra vir, achando que vão conseguir lidar com os pontos negativos aqui, que não atrapalharão tanto. Infelizmente, a grande maioria não consegue. Como já comentei, aqui é tudo muito mais intenso, e a grande maioria das meninas não para pra pensar a respeito, ou simplesmente não faz ideia disso.

No entanto, há meninas que escolhem bem, que não aceitam a primeira coisa que aparece e, mesmo assim, não dá certo, acontece, é a vida. Acompanhei o rematch de uma amiga de perto e, ainda assim, não consigo imaginar o que é passar por rematch. Quero dizer, eu sei toda a teoria, mas a prática é algo totalmente fora da minha realidade, porque sempre tive um ótimo relacionamento com a minha host family, e eles já deixaram claro, mais de uma vez, que estão felizes comigo aqui, que essa possibilidade não existe, pelo menos não até agora.

Não, eu não tenho um relacionamento perfeito com a minha host family, porque isso não existe. Eu erro, eles erram, and life goes on, porque somos adultos. Não concordo com tudo o que eles resolvem, mas não estou aqui pra concordar ou discordar. Só dou minha opinião quando me pedem, porque não é meu papel decidir a maneira como a baby deve ser educada. Claro, eles me perguntam muita coisa, pois são pais de primeira viagem, e como acompanhei o crescimento de 2 crianças, é legal pra eles ter como base esse conhecimento, mas eu jamais digo "acho melhor desse jeito".

Não sou tratada como filha--afinal, a filha deles tem 1 ano e eu 24 HAHA--, e nunca quis ser tratada dessa forma. Eu e minha host temos uma relação mais de irmã do que qualquer outra coisa, pois ela é só alguns anos mais velha que eu. Me sinto parte da família, por conta das pequenas coisas... Faço coisas que não são obrigação de au pair e eles fazem coisas por mim que não são obrigação de host family. E eu sei que eu sou parte do 0,001% das au pairs que deu sorte, que pegou uma família boa, num lugar legal. Se tem dias que eu fico p*** com algumas coisas? Claro! Assim como já levei esporro por coisas que eu fiz e eles não gostaram--e eu estava errada, então tive que ouvir tudo sem abrir a boca e ponto.

Algumas meninas vieram conversar comigo, disseram que eu conversava mais quando eu estava no Brasil... E, de fato, eu concordo. O que acontece é que aqui a realidade é totalmente diferente, e a gente fica meio sem paciência pra algumas coisas... Eu sempre achei feio as meninas que já estavam aqui dando patada nas novatas, mas hoje, de certa forma, entendo. Não concordo, não acho justificável dar patada porque a menina não sabe, mas entendo de certa forma. E, pra não fazer o mesmo, eu prefiro ficar quieta... Só abro minha boca quando sei que posso ajudar e quando estou de bom humor HAHA Não me importo de tirar dúvidas, mas é aquela coisa, tudo tem sua hora. Tem dia que a gente não tem saco de ficar falando de au pair, mesmo...
Share:

11 junho 2010

Lidando com a Host Family - por Tay Ramos

Depois de um mês na casa da HF (sim, um mês já), a gente se sente muito mais à vontade. Isso não significa que estamos na nossa casa, não mesmo...

Se você tem liberdade para abrir a geladeira a toda hora não significa que vai acabar com todas as guloseimas que eles compraram pra semana.

Se você tem liberdade pra pedir algo da Grocery Store, também não significa que precisa pegar os itens mais caros. O bom senso é válido em todos os momentos, o salário é pouco, mas se sua família é boa pra você, e você tem outras vantagens, não custa nada pegar aquele sorvete no caminho de volta da casa.

Se você estava acostumada a banhos de 1 hora e meia, aqui não será bem assim, eles dizem "Feel confortable, help yourself". Mas não é nossa casa, então não podemos nos sentir totalmente a vontade e tocar o puteiro.

A minha host gosta de fazer laundry, então faz a de todo mundo, aqui não tem ferro de passar então as roupas saem da dryer machine amarrotadérrimas. Uma vez ou outra quando preciso muito daquela roupa lavada e eles tem laundry too, não custa nada fazer não é.

Detalhe importante, não é porque você é visita que precisa ser a simpática sorridente 24/7, o interessante é mostrar e perguntar pra família sobre tudo logo na primeira semana. Desde de como lidar com as birras das host pestes até o uso do carro, curfew e TV.

Falando um pouco de histórias que a gente ouve...

Para as meninas que tem os host mais lindos do planeta e também se acham as mais gostosas da galáxia, cuidado, não vá usar aquela camisola sexy pra ver o filme de sábado a noite, ou pendurar a calcinha no chuveiro pra todo mundo imaginar como você fica naquele traje minúsculo... É fato que essas coisas são chatas, não poder usar a própria camisola? Não largar minha calcinha no banheiro? Mas é a política da boa vizinhança, e a recíproca pode ser verdadeira.

Nesse momento já estou off, mas minha bebê tá chorando ensandecida e não posso deixar um anjinho de dois meses gritar né, além de tudo preciso preservar minha sanidade mental.

Pra mais informações acessem http:/tayinamerica.blogspot.com

BeijosdeCT
Share:

10 junho 2010

Comigo não! - por Sandra

Oi galerinha do mal, como vamos?

Antes de mais nada, gostaria de dizer que estou muito decepcionada com o andamento do blog. Pessoal vamos ter comprometimento com as postagens. É tão broxante entrar aqui e não ter nada :(

Segundo, queria dizer que adorei a idéia da Nana de postar um vídeo. Muito criativo!

Agora sim, voltamos à programação normal.

Estou a 2 dias do meu casamento. Nossa, gente, é uma sensação de ansiedade, com alegria, com medo. Tudo junto. Mas é maravilhoso. Já está tudo pronto - com excessão dos meus bem-casados, que estão neste momento me dando um trabalho da moléstia! - e se sair tudo de acordo com o que eu estou pensando vai ficar lindo :)

Eu ainda me lembro quando cheguei aqui há um ano, no verão, e apesar de tudo foi maravilhoso meu começo aqui nos EUA. Fiz amigos maravilhosos e tive experiências fantásticas.

Acredito que esse meu ano como au pair tenha, de alguma forma me trazido algumas experiências que eu possa dividir com futuras au pairs.

Não ganho nada pra ajudar ninguém, meu trabalho é olhar criança. Mas eu gostaria que ninguém passasse pelo que eu passei. Eu não gosto de ver ninguém sofrendo.

O que me chateia é que 99% das meninas antes de vir sofrem da sindrome do "Comigo não!". É mais ou menos como aquele seu irmão ou primo adolescente que acredita que ele pode transar sem camisinha que com ele não vai acontecer gravidez ou doença ou como aquele tonto que acredita que ele pode beber todas e dirigir que com ele não vai acontecer acidente.

Toda vez que alguém tenta alertar ou dar um conselho que não esteja no prisma "Só-porque-estou-nos-EUA-tudo-será-perfeito-e-cor-de-rosa" vem aquele discursinho batido de kamikaze: "quero ter minha própria expêriencia" ou "pessoas que tentam nos desencorajar", "ver com meus próprios olhos" entre tantas outras abobrinhas que eu já li.

Eu não deveria me incomodar. Porque não sou eu quem vou ficar de homesick, não sou eu quem vai sofrer, não será minha experiência que vai ser uma bosta. O que eu tinha que passar aqui como au pair eu já passei e olha não foi fácil não.

Eu não fui melhor que ninguém. Antes de vir pra cá eu também acreditava que comigo não aconteceria de eu passar fome, humilhação, problemas, dificuldades. E mesmo que pessoas que já estivesse lá tentassem me alertar eu achava que comigo seria diferente. Guess what? Não foi!

Acho que o que falta um pouco na gente antes de vir pra cá é humildade!


Humildade pra entender que nós na verdade não sabemos de nada a não ser o que as outras pessoas dizem e se basear nisto para que tomemos as melhores decisões antes de vir pra cá e destruir com nossos próprios sonhos. Ouvir é uma sabedoria que a juventude não têm. Isso me incluí também afinal eu sou jovem o/.

Tem que escutar "os mais velhos" meninada!

Talvez esse post não tenha utilidade NENHUMA. Mas fo**-se eu precisava desabafar. Dá uma tristeza não ter crédito sabe. Enfim.

Se eu pudesse eu abriria a cabeça de todas as meninas que estão pra vir e colocaria um monte coisas la dentro e tiraria a ansiedade para mostrar pro mundo que - eu não fiquei pra trás, EU TENHO UM MATCH (RA como sou foda! Fechei antes de fulana ou cicrana) , não importa se minha familia vive na farm com 50 cachorros e 12 cavalos tem 12 filhos, não tenho carro, tenho curfew de 8 horas da noite, tenho que fazer a laundry do bairro todo eu amo eles e eles são a family perfeita, mto fofos, a host é um doce, blablabla whiskas sachet.... - fez um match. Isso não é uma competição. Take your time. Realmente tenha tempo para passar pelo processo. Nada de "quero ir o quanto antes" ou "estou desesperada, quero ir logo"

Enfim, não se suicidem.Não matem o ano que tem tudo para ser mto legal cheio de aventuras e descobertas e emoções. Seja inteligente!

Boa sorte pra todas! Do fundo do coração eu só quero que o mundo seja feliz!

Mês que vem vou falar de segurança com as kids, fiquem ligadas.

Ah! também serei Sra Newman hahahaha

Beijos =*
Share:

09 junho 2010

Não é tão fácil quanto parece ser! - por Lady Nana

Oi meninaaas! =] Hoje ja é meu dia de postar no blog de novo. Mas a partir de hoje meus posts serão em vídeo, espero que gostem!

Beijosss. Lady Nana *

Share:

07 junho 2010

Desde que cheguei - por Monick Vasconcelos

Eu pensei em várias coisas para escrever hoje, mas acabei ficando sem tempo.

Bom, todo mundo sabe o que aconteceu comigo, estava numa casa em que as crianças eram mimadas, mãe ocupada, pai falecido e menino autista. Geralmente todas as casas aqui tem uma regra: não se pode assistir TV, mas se pode, apenas meia hora por dia. Para muitas de nós soa como um absurdo, afinal não ficamos alienadas por assistir Chiquititas ou Show da Xuxa, mas os americanos acham que isso não faz bem para os filhos, então devemos respeitar. Enfim, quando desliguei a tv, o menino ficou com muita raiva, me bateu com controle, mãos, espada, pilhas etc.
Então com uma semana aqui - rematch.


Essa foto mostra apenas uma das coisas que aconteceu. Desde já espero que fique claro aqui que ninguém veio para cá para apanhar. Se isso acontecer com você, chame a polícia e processe a família. Eu fiquei com pena e não fiz, mas eles não ficaram com pena de mim, e provavelmente não ficarão com pena de você.

Depois disso, veio CASA DA LCC, a minha experiência também não foi boa, não me sentia à vontade para comer, andar, nem respirar na casa. Logo, perdi alguns quilos. Até mesmo quando eu comprava comida, eles me olhavam torto. Depois de uma semana lá, contato com uma família que não deu certo, me surge uma família de 4 kids em Massachusetts.

Por sorte o application deles era aberto, liguei para a Cultural Care, falei que não os queria, mas salvei o e-mail. Uma das partes chatas do rematch é que não tem só você em rematch, então você precisa ficar ligando pra agência daqui, lembrando que você precisa de uma família. Isso é horrível se você chegou a pouco tempo e seu inglês não é tão bom.

Depois de um dia se passar, nenhuma família com meu app e o desespero começando a bater, mandei um e-mail pra tal família de 4 kids.

Contarei um segredo sobre as famílias: elas mentem.

Nas duas famílias me disseram que eu NUNCA trabalharia nos fds, mas quando cheguei, meu schedule estava pra trabalhar no Sábado também. Se for discutir, é uma palavra contra a outra, logo, quando eles disserem no tel que você não precisa trabalhar, dê uma de João sem braço e pergunte por e-mail, aí você terá uma prova.

Depois de fechar com a família, no outro dia já estava dentro do avião. Nada de balões, cartazes ou presentes quando cheguei, apenas o pai foi me pegar no aeroporto porque ele também estava chegando de viagem. Cheguei numa Quinta, e desde a Quinta comecei a "trabalhar" na casa. No final de semana fomos para New Hampshire - casa do lago, e lá estava eu trabalhando... Eu não os cobrei, nem eles me pagaram, mas tudo bem, foi bom para enturmar com as kids.

O lado positivo de ter 4 kids é que geralmente eles brincam entre si e você só tem que olhar, mas o lado negativo é que você não pode os deixar só, e infelizmente você não pode tirar o seu braço do corpo e esperar que ele ande só pela casa para recolher as roupas, colocar para lavar e arrumar tudo o que deve. Então o que acaba acontecendo é você trabalhando no seu tempo off, para dar tempo de fazer tudo.

Para completar, a mãe trabalha em casa. Tem gente que tem ótima experiência com isso, como a Amanda Yes Ok, mas para mim é diferente. Eu fico com vergonha de comer, e os dois mais novos por tudo querem ir para o escritório falar com a mãe.

Outra coisa que acontece aqui, é que você percebe que ser au pair é um tédio, então várias vezes você pode pensar "eu não preciso disso."

Também não liguem muito para a ignorância dos americanos, já me perguntaram coisas do tipo: no Brasil tem barco? No Brasil tem semáforo? E o mais absurdo: O que é o Brasil? Um país ou uma cidade?

Você tem todo direito de achar ruim, mas eles se acham o centro do mundo.

Uma vez eu li uma coisa que a Alice falou na comunidade, achei super verdade. A melhor coisa de ser au pair é seu tempo off. Nesse momento você ama muito estar aqui, sair, conhecer coisas novas e perceber o quanto roupa e comida podem ser baratos. O resto do tempo você só resmunga internamente ou se diverte brincando com as kids. É, às vezes é legal. Das minhas 4 kids, eu adoro 3 e não gosto de um. Não se preocupe, é normal sentir vontade de sufocar com um travesseiro quando você não gosta, mas você não vai fazer isso. Só respira fundo e faz o que tem que fazer, afinal, você não é paga para gostar de todos eles.

Por fim, só quero dizer que... Existem experiências boas e ruins, eu sei que é importante para mim estar aqui, então aguento certas coisas que em outra situação, jamais aguentaria.

Mantenha-se firme, saia sempre que puder e tente olhar o lado positivo das coisas. A vida de au pair não é fácil, certamente não é o emprego dos sonhos, mas acaba te proporcionando experiência e maturidade. Então se está em dúvida, digo que venha. Porque cada caso é um caso, e você pode tirar a família premiada. :)
Share:

06 junho 2010

Ilusões e a importância das pessoas - por Lullys

Eu estou nos EUA há quase 1 mês, e nesse tempo eu acho que aprendi mais coisas do que em 21 anos que passei no Brasil. Muitas meninas acompanharam minha saga, pelo Orkut e pelo blog, e eu digo: não foi fácil.

Resumindo. Arrumei família pela comunidade do Orkut, 3 meses antes de embarcar, e parecia a família perfeita. 2 meninos de 2 e 5 anos, pais policiais, morando a 1 hora de NYC, carro, etc e tal. A host parecia uma fofa, tanto nas ligações, nos emails, nos comentários do Facebook. À primeira vista a família também pareceu ser bacana. Me receberam bem, mas não teve nada pra agradar muito. Não teve sair pra jantar, não teve mil presentes (depois de eu me desdobrar pra comprar presentes pra todos eles, mas enfim), não teve cartazes de boas-vindas com balões, nada. Mas tudo bem, é jeito deles.

Nos primeiros dias eu não trabalhei, mas já comecei a me sentir meio estranha naquela casa. Não sei explicar bem o que era. Em menos de 1 semana lá a host já gritou comigo (não vou dar detalhes aqui, já falei muito disso no meu blog) e naquele dia eu já comecei a considerar um rematch. Comecei a trabalhar e as coisas ficaram menos piores. Conversei com algumas pessoas e resolvi tentar até ver o que dava.

Mas eu não conseguia me sentir à vontade naquela casa. Tinha receio até de ficar no mesmo cômodo que a host, achando que ela ia reclamar comigo. E ela reclamava muito. MUITO. Eu não gosto de gente que só reclama, então acho que esse foi um dos fatores. Ela reclamava que tudo era muito caro, só falava de dinheiro até com os filhos, mas não falava que tinha uma casa enorme, linda, com um monte de tecnologia, brinquedos, carros, etc etc etc etc. Ela ADORAVA falar mal das au pairs antigas, contar histórias etc. Era acho que um passatempo pra ela. Eu ficava puta por 2 motivos: 1, É uma puta falta de respeito com as meninas que se dispuseram a trabalhar pra ela e 2, F*** as que já foram, era EU que estava lá, não as outras.

Enfim, eu tinha medo de fazer qualquer minima coisa errada, deixar uma migalha de pão sem glúten do menino mais novo em cima da mesa que ela já ia vir falar alguma coisa. No meu primeiro dia off eu acordei pensando "não dá pra viver assim".

Acho que eles leram meu pensamento, porque nesse mesmo dia vieram os 2 hosts falar comigo, falaram uma hora mais ou menos, resumindo, não estavam felizes com o meu trabalho. Teve muito mais coisas mas nem vale à pena contar. Me deram até de noite pra pensar no que ia fazer, se ia ficar ou não. Eu já sabia a resposta, mas esperei. De noite falei pra host que tava fora. Meu rematch oficial saiu 2 dias depois, e a situação, que já tava desconfortável, ficou pior ainda. Eu evitava a host a todo custo, chegava até ao ponto de esperar eles saírem pra trabalhar (2 e poco da tarde) pra ir almoçar. Ela me ignorava a maior parte do tempo, e quando falava comigo vinha bronca. E eu aguentava porque não tinha pra onde ir, e não respondia porque estava na casa dela. Mas teve um dia que não deu mais. Ela me humilhou mais uma vez, e meus pais exigiram que eu voltasse pro Brasil. Falei com a program director da agência, já que a LCC não resolvia, até minha mãe mandou um email pra ela, e no dia seguinte ela me tirou daquela casa.

Eu contei tudo isso pra chegar ao objetivo do post, ou seja, o que eu aprendi com tudo isso. Eu passei 3 semanas numa casa que eu não me sentia bem, confortável nem feliz, que ninguém ligava pra mim, nem se eu tava comendo (aliás, não compraram quase nada pra eu comer, só reclamaram que eu tava comendo os nuggets dos meninos), tinha que me virar pra comer qualquer coisa pra não ficar com fome, ninguém se importava nem um pouco comigo e principalmente, fiquei numa casa onde ninguém me queria (como a própria mãe disse, eu era um "huge inconvenient"). Comecei a querer desesperadamente a minha casa, todas as pessoas que se importavam comigo e gostavam de mim estavam em outro país, e eu percebi que nunca dei realmente valor pro que eu tinha em casa, só o fato de morar com pessoas que dão um sorriso sincero de bom dia quando me vêem, de ter um almoço de domingo com todo mundo em casa, mesmo que seja carne de panela que eu sempre reclamo que não gosto.

Tem uma expressão em inglês que é muito usada, e acho que é uma das que eu mais gosto, e eu nunca achei uma tradução à altura, que é "never take anything for granted". Eu só comecei a dar valor pra tudo o que eu tenho agora, quando eu vivi o inferno aqui. E outra coisa, acho que o que eu passei serve de exemplo pras meninas (eu inclusive) que se iludem achando que tudo vai ser maravilhoso, como a agência diz, nós vamos ser membros da família, ter 1 ano perfeito, viajaretc. Isso não existe. Claro que existem famílias muito boas, mas você não é parte dela de verdade, por mais que eles tentem mostrar que é. Estejam preparadas pra qualquer surpresa que possa aparecer, que nem sempre vai ser uma cesta de presentes em cima da cama.
Share:

04 junho 2010

Vou confessar que... por Bianca

Confesso que eu planejei um super post legal pro blog mas não consegui terminar...como Au Pair tem mania de se confessar aqui vai:

Confesso que meu processo está indo... Não sei bem pra onde... Mas está! Hoho

Pra quem não sabe, estou on line pela CC hà exatamente 2 meses... Sei que muitas fazem match rápido e outras demoram muito. Espero ficar nesse meio termo, tive algumas briguinhas com a agência, mas todas resolvidas. Agora é só manter a calma...

Confesso que nunca imaginei viver em uma montanha russa de sentimentos como estou vivendo agora, é tudo tão intenso, tão diferente de tudo que eu já senti. Um dia você acorda confiante, e após alguns minutos já se sente uma loser. Outros dias acorda super mal e termina o dia radiante!

Confesso que o melhor amigo de uma futura au pair deveria ser o Google... Se joga, povo! Se você é acostumada a ter tudo mastigadinho, se fica esperando as respostas de suas dúvidas caírem no seu colo, admita, você não serve pra isso, não!

Confesso que eu fico admirada que ainda existam pessoas que não conseguem pegar a “essência” do programa. Presta atenção... Você esta indo para TRABALHAR, e não ir fazer uma ponta em algum filme da Disney...

Confesso que eu acredito no The Secret... Você aí que está rematch, está sofrendo com a entrevista do visto, ou nessa angústia da espera do seu match, mentalize e acredite! Confie... Mantenha o pensamento positivo, sempre!

Confesso que eu leio sempre os post desse blog... E é tão chato chegar aqui e não ter nada pra ler... Um simples post pode ajudar, e muito, as pessoas! Sei que é fácil falar quando não sou eu que tenho que aguentar host monster... Ou kid mimada... Mas todos nós temos compromissos! Pense nisso... Ah, e se precisar de ajuda ou algo do tipo estou aqui!

Confesso que as pessoas que mais me apóiam nesse processo eu não conheço pessoalmente! Pois é... Eu já me sinto uma exceção pois tenho apoio total da minha família e dos meus amigos, mas isso nem se compara ao apoio que temos das nossas companheiras digamos de “sofrimento”.
Quem aqui nunca teve uma palavra amiga quando chegou lá na comunidade contando seus problemas, aflições, ou simples casos do seu cotidiano.

Confesso que agradeço essas pessoas que sempre tentam ajudar as outras sendo na comunidade, no chat, no MSN, ou até mesmo no Twitter! Poderia citar muitos nomes aqui... Mas esse não é o meu intuito... Pois as mesmas sabem! Sim, já fiz amigas de infância nesse processo... Tenho certeza que você que está lendo também fez!

Confesso que já confessei demais... É o que tem pra hoje! Prometo que no próximo mês terei um post melhor... Ou não! =D
Share: