Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

21 junho 2010

“I’m going home, back to the place where I belong…” - por Luciana Germano

Esse é meu último post no blog das 30 Au Pairs. O motivo? Eu não sou mais uma au pair, então não tem sentido continuar por aqui, vou abrir espaço para outra pessoa que vai ter coisas para dividir com vocês. Enviei esse post para a Dani postar para mim para eu dizer as últimas impressões sobre minha experiência. Muitas meninas acompanharam minha saga no Orkut, no meu blog, e eu contei as dificuldades no meu último post (dia 06/06) e o resultado de tudo foi: voltei pro Brasil, cheguei aqui dia 13. Então vou tentar fazer um balanço de tudo.

Eu fiquei praticamente um mês nos EUA, embarquei dia 9/5. Eu dediquei bastante tempo pra isso, e dinheiro também. Estava correndo atrás de tudo desde agosto do ano passado e tinha certeza absoluta que eu iria me dar bem, que seria um ano ótimo, aquela coisa que toda au pair sonha, mas não foi bem assim. Durante todo o rematch, eu joguei pro destino, sabia que aconteceria o que fosse melhor pra mim. Claro que não cruzei os braços, mandei e-mails pra LCCs, fui atrás de contatos, falei com a agência, mas as 2 semanas se passaram e só falei com 2 famílias (uma sumiu e a outra tinha 3 meninos pequenos e o quarto da au pair era dentro do deles) e foi isso. Nunca imaginei que voltaria 11 meses antes do esperado, é difícil ver a cara de espanto das pessoas quando te vêem de volta bem antes e ter que explicar todas as vezes por que não deu certo (e ter que lembrar da cara da minha querida host mom todas as vezes), pensar em como teria sido se eu tivesse ficado por lá, saber que não aproveitei nem um terço do que eu queria, e mais ainda, ter que pensar no que fazer por aqui agora.

Mas nem tudo foi ruim, muito pelo contrário, colocando na balança teve muito mais coisas boas. Meu sonho sempre foi conhecer New York, e eu nunca vou esquecer a sensação de desembarcar no JFK, ou de chegar em Manhattan pela primeira vez, de ver a Times Square. Eu tive muita sorte, porque fui colocada numa LCC que morava a 30 minutos de trem de NYC, e tive a chance de ir pra lá 3 vezes enquanto estava hospedada na casa dela, uma delas com mais 3 au pairs, o que foi muito importante, porque eu estava bem sozinha lá. Nunca vou esquecer a sensação de andar pelas ruas, ver aquelas lojas enormes e aqueles lugares que eu só via em filmes. Fui na Times 4 vezes, e foi um dos lugares mais incríveis que já vi na vida, se eu voltar lá 50 vezes, vou ficar de boca aberta todas elas. Só por isso, tudo que passei já valeria a pena. Mas toda a semana e meia que eu passei na LCC valeu muito à pena, foi quando consegui me sentir mais à vontade e descobrir algumas coisas que os EUA tem de bom, ir no shopping, na Target, comprar um notebook, andar de trem, sentar no Dunkin Donuts pra um chocolate quente (recomendo!), comprar aquelas tranqueiras todas pra comer...

E mais que isso, aprendi a dar valor a tudo o que eu tenho, a achar a coisa mais gostosa do mundo comer arroz, feijão e frango, a poder me sentir à vontade dentro de casa, a apertar e beijar muito muito mais meus priminhos (de quem eu senti mais falta), a estar perto das pessoas que realmente gostam de mim, e a muitas outras coisas que parecem mínimas quando a gente tem, mas que sente a maior falta do mundo quando não tem mais. Como eu disse no outro post, “don't take anything for granted”.

E a experiência foi super válida, faria tudo de novo. E com certeza farei, não desisti de jeito nenhum, provavelmente não tentarei ser au pair de novo (não sei nem se posso e se quero) e não sei se vou tentar ir pros EUA ou outro lugar... Mas isso não acabou por aqui. Foi só o primeiro carimbo no passaporte.

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O Blog das 30 Au Pairs

4 comentários:

  1. Meu.... essa foi a minha situação!!!!
    A diferença é q eu fiquei um pouquinho mais.
    Que Deus nos abençoe!!
    bjoss

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  2. Antes de vir pra cá eu pensei que fosse fácil, pensei que ia dar conta, pensei que as au pairs que já estavam aqui eram umas fdp por ficar colocando areia nos sonhos alheios... E quando a gente vem, a realidade é chocante. O povo é diferente, as crianças são diferentes. Cada caso é um caso, mas a maioria é difícil de suportar. Eu pensava que dava pra aguentar, que não ia querer voltar pro Brasil, mas a verdade é que quando você não é acostumada é ser tratada como cachorro, é difícil. Muito.
    Torço pra que dê tudo certo pra ti, Lu. De verdade.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Luciana, comigo aconteceu a mesma coisa. Apos muitas humilhaçoes pelos Hosts e kids, pedi o rematch. Infelizmente nao tive sorte. nem a agencia e muito menos a CORDENADORA me ajudaram Voltei para casa depois de 45 dias nos USA. Sei bem o que eh ter que explicar para as pessoas o motivo etc...Mas acontece. Hoje, penso que ser aupair e feliz eh uma questâo de sorte.

    Vou tentar ser aupair novamente. Sò nao sei se posso.

    camila

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