Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

30 outubro 2010

O Desconhecido

Desde quando resolvi que queria ser uma au pair, tenho a sensação que estou entrando em um mundo desconhecido, confuso e surpreendente (lembrando que englobando surpresas boas e ruins, como todas nós sabemos ;)
Começa logo quando a idéia de participar do programa invade nossa mente e ficamos pensando e pensando até decidir que queremos sim correr atrás, mas por vezes bate aquela sensação estranha, aquela dúvida, e um pensamento de: - Meu Deus, que loucura to querendo fazer! Afinal, sair da nossa zona de conforto, por mais que ela esteja abalada, não é fácil não! Por isso temos que aproveitar quando a coragem vem, agarra-la e não soltar mais! =D
Logo, as decisões e as duvidas não acabam por ai. Em seguida vem a escolha da agência, que te deixa extremamente confusa, pois todas têm casos de sucessos e fracassos, parecem iguais e daí te dá aquela sensação de que por mais que escolha você está à mercê da sorte.
Ai chega o deliciosoooo preenchimento do dossiê, que vira uma enrolação e a gente pensa que não vai acabaaaaaar nunca, que a idéia vai empacar por ai, ser jogada no fundo do baú e que tudo mais tarde não vai passar de uma daquelas vontades que a gente sempre fala que tem, mas nunca faz.
Mas eis que daí você conversa com uma daquelas dezenas de garotas que conheceu no orkut e adicionou no msn e que parece sua amiga de anooos, ou da uma passadinha em um blog e mesmo que o que você lê não seja só flores... Aquela sensação volta junto com a coragem, acompanhada da vontade de abraçar o desconhecido, de arriscar, dar a cara para bateeeeer mesmo, conhecer maiiiiiiis, superar seus próprios limites e perceber que é capaz!
Então eis que faz um corre para acabar de preencher todos aqueles detalhes, montar o vídeo, a fotocolagem, entregar tudo para entrar em mais uma maré desconhecida, conflituosa, surpreendente e arriscada: a escolha da familiaaaaa!
Afinal o ciclo continuaaa... e será que em algum momento ele acaba!?

Beijooos,
Lay!
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29 outubro 2010

O tal do feeling, uma stay at home mom e a vida nas montanhas

Ha alguns posts atras eu tinha comentado que nao tinha sentido o tal do feeling pela minha familia e que isso me deixava um pouco preocupada visto que e uma das coisas que a gente mais ouve por ai. Mesmo sem feeling resolvi arriscar pois ja era minha 45 familia. Por varias vezes pensei em dizer nao, que nao me sentia confortavel em ter que cuidar de gemeas, pensei em mandar email pra mom dando aquela velha desculpa de que nao eramos um good match e ate mesmo quando recebi o email da cc falando do meu match eu pensei em ligar pra la dizendo que eu nao queria.

Por algum motivo que eu nao sei explicar, digamos que algo mais forte do que eu fez com que eu deixasse as coisas rolarem, confirmei o match e aceitei vir pra Vermont. O que? Vermont? Isso fica nos EUA? Fiquei meus 2 meses pre embarque com esse bendito nome batucando na minha cabeca, as vezes nem mesmo me deixando dormir. E com uma cidade cujo nome eu ao menos conseguia pronunciar (tente pronunciar Brattleboro e me diz se vc achou facil depois ;p).

Resumindo para nao ficar muito extenso e cansativo: Sim, eu vim pra Brattleboro, VT cuja area esta sem LCC e meu cluster tem 3 meninas contando comigo. Ainda nao tenho amigos aqui e meus passeios de fds se resumem em ir fazer compras sozinha ou com a host (sim, ela eh minha super amiga). Minha host esta em licensa maternidade ate dezembro, ou seja, tenho uma stay at home mom em casa ate dezembro. Isso foi uma das coisas que me deixaram meio preocupadas quando li o app deles ja que ao menos 90% das au pairs dizem que fazer match com stay at home mom eh a maior furada.

Pra mim tem funcionado excelentemente bem e se fosse por mim eu gostaria que minha host ficasse em casa pelo resto do meu ano (mas se isso acontecer significa que ela nao teria emprego, logo nao poderia me pagar, logo eu nao ficaria mais aqui). Minha host eh super divertida, um espirito jovem e super mente aberta. Acho que combinamos tao bem pq realmente somos bem parecidas no modo de pensar e agir. Conversamos o dia inteiro sobre os mais variados assuntos, indo de assuntos de casa ate homens. Ela faz de tudo para que eu me sinta bem aqui, compra o que eu gosto de comer e me convida pra ir onde ela vai. Essa semana mesmo ela saiu perguntando pros amigos sobre halloween parties que eu poderia ir e talz.

Enfim, trabalho sem schedule definido aqui. Acordo as 10 da manha, tomo meu cafe e dou mamadeira pra uma das bebes enquanto a mae da pra outra. Troco a bebe que dei mamadeira e ponho pra dormir. Elas comem de 3 em 3horas entao no intervalo eu subo pra fazer a laundry minha, das bebes e da kid (assim mesmo, tudo junto misturado sem frescura de cores e etc). Depois de tirar da secadora eu dobro do jeito que eu quiser(os lencois eu geralmente amasso ao meio, aquela dobrada feito minha cara - ela nao liga pro jeito que eu dobrar). Nos intervalos to sempre no orkut/facebook (ela nao liga que eu fique no pc). A ultima mamadeira eh as 9 da noite, quando colocamos no berco e a mom vai dormir. Eu fico ate meia noite pra dar outra mamadeira e vou dormir tambem. Sabados off e domingo so dou a mamadeira da meia noite e 1 fds inteiro off por mes.

Acabei escrevendo um livro aqui. Eu sempre me empolgo demais quando comeco a escrever... Minha vida tem sido otima aqui, o que nao significa que nao tenho homesicks ou penso em ir embora no proximo voo. Pra mim essa vida tem funcionado bem mas tenho consciencia que pra outras pessoas nao funcionaria. E o feeling? Se a familia te oferece todas as condicoes que vc considera essencial para seu ano aqui e a familia parece ser open-minded, nao tenha medo ;)

www.suhproject.blogspot.com
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28 outubro 2010

Nota da administradora

Bom, primeiro gostaria de me desculpar pelo colapso que está acontecendo no blog, fiz várias mudanças esse mês, e acreditem, tirei meu dia off pra ler e-mails e selecionar pessoas, mas parece ser uma coisa além do meu controle. Eu sei que muitas meninas mandaram e-mail pedindo pra olhar os blogs delas, mas eu recebi cerca de 200 e-mails de meninas interessadas e não dá pra ver todos os blogs. Mais uma vez vou abrir vagas e pedir que os interessados já me mandem uma foto e uma descrição (dessas igual temos embaixo das fotos). Saber português é super importante, porque eu não tenho tempo nem paciência de corrigir os erros alheios. As regras também serão diferentes, mudarei a pessoa quando deixar de postar uma vez. Sem mais desculpas, sem mais esquecimentos.

Interessados: monickvasconcelos@hotmail.com
NÃO ME MANDEM PERGUNTAS SOBRE O PROGRAMA. O velho e bom Google está aí pra isso.

Monick Vasconcelos.

P.S. As au pairs que fazem parte, mas que postam com a senha geral do blog, entrem em contato comigo também.
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24 outubro 2010

Mais um desabafo!

Vida de au pair e uma coisa engracada! Passamos pelas maiores desavencas, somos pisadas, maltratadas, enroladas mas se alguem pergunta se voce desistiria do programa sempre arrumamos uma desculpa para nos prendemos a ele.

Meu post do mes passado foi logo seguido da minha mudanca de familia, eu estava toda empolgada com a nova regiao, novos ares e schedule fixa. Pois bem, a lua de mel acabou. Nao existe familia perfeita, nao existe mesmo. Gosto mais do meu trabalho aqui do que com a minha familia anterior, meus dias aqui sao mais sossegados, o que nao quer dizer que nao seja explorada.

Sou a terceira au pair na casa, entao nao existe a desculpa de nao conhecer as regras. Minha agenda comeca todo dia meia hora antes do que deveria, o que a principio nao achei que fosse me encomodar, mas sendo insatisfeita como sou, estou ficando farta. Principalmente porque agora minha host deu pra atrasar na volta para casa. O que eram 2 horas passaram a ser 5 no fim da semana.

Problema numero 2: a gasolina! Na minha familia anterior nao tinha carro aqui eu o tenho, mas a minha familia "esquece" que o carro que precisa de combustivel para se movimentar. E nem estou falando de gas para o meu bel prazer! Levar criancas para praticas esportivas, ir ao supermercado e aos playdates do pequeno tudo por minha conta e 15 dolares que recebi na primeira semana!

Mais um e a educacao. Estou fazendo um ESL, o que e otimo para socializar e aprender mais com os erros alheios do que com o que se tem na sala em si. Comecei esse curso porque nao queria ficar parada por mais um semestre mas tenho duvidas de quao efetivo ele e no meu processo de aprendizado ou na minha vida. Estou fazendo um outro curso aos sabados o dia inteiro ( e estou tao feliz que esta acabando porque ninguem merece passar o pouco tempo que temos efetivamente free dentro da sala o dia inteiro). E nenhum desses era o que eu queria, afinal aqui a gente aprende que as nossas vontades ficam em segundo, terceiro, quarto plano ou onde elas couberem.

E por falar em planos e vontades me lembrei o que queria falar no principio desse post: Eu sou o tipo de pessoa boazinha/ troxa mesmo. Se voce for assim tambem: TOME MUITO CUIDADO E APRENDA A ABRIR A BOCA, caso contrario, voce se dara muito mal, porque o povinho pra tentar se aproveitar da inocencia alheia!!!

Nao sei dizer nao, se alguem precisa estou eu la fazendo das tripas coracao pra ajudar o necessitado. Neste caso, a host family. Toda vez que eles me pedem pra fazer uma horinha no fim de semana, babysitter por uma noite, acordar mais cedo porque eles precisam sair antes do horario la estou eu que nao sei dizer nao para ajudar, afinal me ensinaram que ser solidaria e bom!

Aqui, no entanto, mesmo conhecendo as regras o povo abusa da sua boa vontade, se fingem de desentendidos pra te fazer trabalhar mais, ou te pagar menos - hora extra no valor de hora de au pair estou na campanha diga NAO - E se voce e do tipo boazinha so vai se foder = a mim!
Portanto, se tenho um conselho hoje e o ABRA A BOCA porque aqui nao existe semancol! Sabe, aquele que esperamos ja que agimos de boa vontade, ele nao vem. Ninguem vai te recompensar por ser a au pair mais boazinha da face da terra, suas vontades, planos, desejos estarao sempre em segundo plano. Somos coadjuvantes mas temos direito a falas, entao usemo-nas para tornar as nossas vidas menos sofrivel.

Enfim, queria ser do tipo estimuladora, aquela que vem e ajuda as meninas que estao no processo, mas sou assim do tipo pessimista/ realista(?). Essa e a minha vida, fora da minha vida real, mas se voce me perguntar se eu desistiria agora a resposta e nao! Nao tenho desculpa concreta, nao tenho nada que me prenda aqui, somente a esperanca de que isso possa melhorar, mesmo sabendo que isso e improvavel! Entao me pergunto ha todo momento: Por que estou aqui? e a resposta e por que nao gosto de desistir!

Esse foi mais um diario de bordo de Lucas Silva e Silva diretamente do mundo da lua... Vejo voces no proximo veado!!!
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22 outubro 2010

Eterna Saudade! by Andrea


Ola meninos e meninas,

eu nao tenho nenhum post montado, nada bem pensado pra falar pra voces hoje e peco desculpas por isso, cheguei ontem das minhas ferias na Korea(que por sinal foi maravilhooooso) e ja estou de volta a luta. Cansada ainda da viagem e pra ser sincera minha mente e coracao nao estao bem preparados pra voltar a realidade nao, mas ja que to aqui neh, vamo que vamo!


Hoje so vou dividir com voces o que to sentindo: SAUDADE! Eita palavrinha pra significar tanto viu!


Para aqueles que estao iniciando na vida de au pair preparem-se, porque essa palavra vai ta frequentemente no vocabulario de voces! Primeiro quando vierem, saudade da familia e dos amigos no Brasil. Depois quando voltarem, saudade da familia e dos amigos nos EUA. Hoje minha saudade na verdade eh dessa pessoa especial que ficou na Korea, meu coracao ta la com ele!


Mil desculpas aos leitores por nao ter planejado nada, prometo que mes que vem eu tento postar algo mais util! So aviso aos navegantes, que entrar nessa vida de au pair e viajante eh pedir pra sentir uma eterna saudade! Preparem-se queridos! Coracoes a mil!


Boa sorte a todos!

bjuuu!

Dea...
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20 outubro 2010

Pense muito!!!

Oi gente!

Bom dia pra todo mundo, hoje vim aqui falar de uma coisa que toda aupair sabe, mas quase sempre passa por cima antes de vim (eu passei!)

As perguntas pra família....

Toda aupair antes de ficar online faz aquela famosa listinha do que quer numa família, a´sai buscando mil perguntas na internet, nas comunidades, mil e umas dicas do que fazer e do que não fazer ( eu fiz!)

Aí tudo bem, fica online, começam as famílias a chegar! Pergunta isso e aquilo, e chega uma hora que geralmente a gente se desilude e pensa: acho que vou ter que abrir mão de certas coisas...A família “perfeita” aparece, mas sempre tem um “mas...” Acredite se pra você é um “mas” aqui, não vai mudar quando chegar lá!

Eu admito que só me lasco nessa vida de aupair, porque eu peguei minha lista e limpei a bunda com ela....

Eu queria uma família na costa leste, só de bebes ou só de adolescentes, com carro, quarto, banheiro e kids acima de tudo e qualquer coisa: EDUCADAS...

Disso tudo aí a minha família não tem nada!

Fechei pra ir pra Minnesota, sem carro, 3 meninos, banheiro dividido e as kds acima de tudo são: DEMONÍACAS!!!!!!!!

Eu se que a maioria vai odiar esse post, mas essa é a verdade meninas, não existe família perfeita, mas existe sim aquela que mais combina com sua listnha!

Por mais que demore, nunca, NUNCA, desista da sua lista, porque você fez ela por um motivo, não jogue ela fora, siga a risca!!!!Pois as chances de ser feliz por aqui vão ser muito maiores!

Bejinhos...

Natalia Oliveira

nyaoliveira.blogspot.com

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19 outubro 2010

Reta Final

Hello people! Antes de tudo queria pedir desculpas por nao ter postado mes passado. Nao foi preguica, eu realmente nao pude postar... Mas hoje to aqui! Daqui 3 dias fazem 7 meses que eu estou aqui nessa *maravilhosa* vida de au pair. E como eu nao tenho planos de extender, esses ultimos meses serao de muita correria e, principalmente, economia, pra dar tempo e ter dinheiro, claro, de fazer mais algumas coisinhas que estao na minha lista.

Olha gente, nao vou mentir pra voces: salario de au pair eh baixo, nao da pra nada, mas se vc planejar tudo muito direitinho e apertar o cinto uma vez ou outra, vc consegue fazer/comprar muitas coisas. Eu ainda nao consegui juntar nada nesse tempo que eu estou aqui, mas eu nao estou arrependida. Logico que eu gastei uma quantia razoavel de dinheiro em bobagem, mas a grande parte do meu suado paycheck foi gasto em viagens e compras. Eu sei que algumas meninas vao dizer que gastar com roupa/sapato/maquiagem se enquadra na categoria "bobagens", mas pra mim, eh um dinheiro bem investido... Mas essa eh a minha opiniao :)

Outra coisinha que vai chegando no fim junto com o seu ano de au pair eh a sua paciencia. Com host parent, com kid, com as outras au pairs, com a comida, enfim... Com a ROTINA. Eu, particularmente, ja adotei uma filosofia de vida pra esse tempo que ainda me resta aqui nos EUA. Pra todo e qualquer problema/situacao/perrengue que a host ou as kids inventam pra mim, eu respiro fundo e digo: whatever. Vou dizer que funciona, viu. Ta me salvando muitas aspirinas e fios de cabelo na cabeca. Acho que a host ja percebeu que eu to absurdamente de saco cheio dessa vida de au pair, pq ela nem toca mais no assunto de extender o ano comigo haha.

De resto, agora eh so se preocupar em comprar mais umas 7 malas, juntar dinheiro toda semana pra comprar todas as bugigangas que eu ainda quero, e... Tentar nao matar a host family nessas ultimas semanas de America! Mas tai uma missao dificil :P

Beijos,
Marina


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17 outubro 2010

E você perceber que ser au pair as vezes é estar muito só...


Um dia você foi um espermatozóide, e venceu sozinho.
Ser au pair é quase a mesma coisa. No fim das contas é uma batalha que você vence sozinha.
Eu tinha escrito um post super animadinho mas graças ao excelente computador que eu tenho perdeu-se, estou postado tarde, e agora as idéias simplesmente fugiram da minha cabeça, é simplesmente muito díficil escrever dois posts excelentes no mesmo dia.
Essa semana foi uma montanha russa, ultimamente eu estou tentando separar o joio do trigo entre minhas amizades au pair.
Acontece que quando eu ainda não era au pair não tive uma mentora, uma pessoa que me ajudasse com tudo que eu precisava saber sobre o mundo au pair, eu pesquisei tudo por mim mesma, e nessa mesma época eu acabava ajudando pessoas que como eu estavam perdidas tentando encontrar informações sobre o programa, algumas se tornaram grandes amigas, outras simplesmente sugaram a informação e se perderam pelo caminho algumas gratas outras sem um muito obrigada, eu tive uma grande decepção com uma dessas pessoas, uma pessoa a qual eu ajudei no application, nas entrevistas com famílias, traduzindo emails, perdi madrugadas treinando essa pessoa para a entrevista do visto, dando dicas, e falando tudo que eu podia e sabia do assunto que pudesse ajudar, eu reservei o assento dela do avião, fomos para NYC juntas, eu ficava no quarto dela a noite depois do treinamento planejando nosso ano de au pair, essa mesma pessoa me apunhalou pelas costas, eu queria ter força pra desabafar a história, mas a verdade é que está tão entalada que se eu tentar por pra fora vai acabar me machucando.
E ai essa semana tive uns dias de homesick, que geralmente vem com a TPM, e fiquei me sentindo a mais sozinha dos seres humanos dessa terra, com todos meus amigos de verdade longe de mim.
Ás vezes eu só queria ter alguém para ligar e desabafar o quanto eu odeio morar na cidade mais gay dos EUA, não porque eu odeio Gay, mas porque depois de 4 meses de EUA eu só peguei resfriado, e desgosto pelos gatos da academia que correm rebolando.
Então sim, a família que você escolhe é o ponto número um na hora de decidir onde será sua vida de au pair, mas o lugar onde você vai morar dividi um importante espaço, do que adianta uma família awesome se você vai morar no meio da floresta, ou se você vai morar numa cidade que você só vai pegar resfriado.
Aqui a carência fica a flor da pêle, e se você for somar todo o tempo que eu já estava sem ninguém no Brasil tipo uns dois anos, chegando aqui essa falta de alguém para tomar um sorvete no domingo a tarde devasta.
Tem au pair do meu cluster namorando entre si, sim uma au pair com outra au pair, nada contra a não ser pelo fato que perde-se duas amigas de uma tacada só, afinal elas tem que ter o tempo particular lá para entre outras coisas tomar o sorvete de domingo a tarde.
Então se você ainda tem aquela ilusão de que vai fazer sucesso aqui e vai pegar geral porque é brasileira eu tenho uma coisa para te falar principalmente se você for para um grande centro urbano: aham Cláudia, senta lá.
Apesar de ter tomado no cú aí com essa guria, eu não vou parar de ajudar as pessoas, inlcusive eu abri um espaço no meu blog particular para responder perguntas, porque algumas me mandavam por email e eu simplesmente não tenho mesmo tempo de ficar mandando emails para todas infelizmente.
Está meio sem sentido o post hoje gente, mas eu estou meio sem sentido essa semana, mas TPM é uma maldição né... =)

Se você quer acompanhar minha saga particular acompanhe meu blog: http://srtadanidaquiparaomundo.blogspot.com ou siga-me no twitter @SrtaDani
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16 outubro 2010

Let's get started

Get ready, set, and go!!!!

Bem o assunto q quero abringir eh por onde comecar quando vc chega na casa da familia Americana. Algumas coisas quando vc ja tem o match vc pode obter pela internet (essa eh a maior aliada), como por exemplo se o Estado exige carteira de motorista, coisas pra fazer na cidade, escolas, faculdades, igrejas, biblioteca, utilize o google map pra ver como sera a tua neighborhood, navegue o sistema de transporte etc.
Anote tudo num caderno, vc pode nao ter coneccao a internet ou depender de usar o computador dos outros.
Sao muitas as coisas a assimilar, eu por exemplo quando cheguei nao sabia q nos onibus nao existia cobrador e que o motorista tb nao troca o dinheiro, passei vergonha, tb nao conseguia entender porque a moeda de 10 centavos era menor q a de 1 centavo, perdi alguns centavos jogando as moedinhas la na catraca.

2 coisas q eu demorei a fazer foi tirar meu social e abrir conta no banco tudo porque minha host ou lcc nao se dispuseram a me levar e quando eu perguntei a resposta q recebi foi: Vc nao quer q eu pegue na tua mao pra fazer as coisas, seja mais independente. Entao um dia eu pedi uma carona porque o escritorio do social era longe mesmo e pro banco eu fui com outra au pair q chegou, peguei o carro e fui (tinha juntado por uns 3 meses, se no caso de um incendio eu perderia tudo).
Para diversao tem o site official/governamental da cidade ou regiao, tem sempre a parte de eventos/shows, nao espere que alguem va te convidar pra algo legal, seja vc a pessoa q vai “abalar”, convide o povo.

Agora vou falar sobre 2 “feriados” – Halloween e Thanksgiving:
No Halloween, nada mais American que ir trick or treating pela vizinhanca, ir nos haunting houses, corn maze, hayrides da vida. Sabe aquela frase q vc falou quando chegou “parece que estou num filme” entao vc a repetira e quando mais tarde assistir outros filmes tb vai lembrar. Se fantasiar e sair pra balada vc pode ate fazer no Brasil mas essas outras coisas nao!!! Aproveitem ao maximo!!!!

Thanksgiving depois do natal eh claro eh o maior feriado dos EUA, as pessoas fazem uma super ceia e isso eh de qualquer religiao, eh hora de juntar a familia e dar gracas (quando eu fui au pair minha host agradeceu por estar com eles, e eu fiz discurso agradecendo por ter uma hostfamily mara e pela oportunidade nos eua , a comida achei otima, fora todos os primos gatos!!!). Mesmo as meninas q vao viajar neste feriado, comprem um cartao na dollar store e deixe pra familia.

E isso ai folks!!!
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Saindo dos EUA....

Olá pessoas!
Cá estou eu novamente. Exageradamente eu digo, congelando! Gente, que issooo! Na minha terrinha 15 graus já é quase glacial. Essa semana peguei 6 aqui!

Bom, vamos ao que interessa.
Vou falar um pouco sobre sair do país durante o seu ano.
Para mim era quase uma obrigação (de desejo meu, claro!). Seattle tá do ladinho do Canada, tem trem, barco e a vida toda para ir lá.
Sem contar as tão sonhadas férias na Europa que muiita gente quer.

Então, primeiro passo: Mandar seu DS para a agência assinar

Sim, a agência é seu sponsor no país e precisa assinar o DS falando que você tem autorização para sair do país e bla bla bla.
Ok, conheço uma menina que foi pro Canada sem o DS assinado e não deu nada, mas melhor não arriscar - mesmo!

Segundo passo - Visto

Europa não precisa de visto. Mas o Canadá, Méximo e tantos outros precisamos.
Minha experiência com o visto Canadense foi tensa. Todas as meninas que foram comigo foram chamadas para entrevista, e eu não. Achei mesmo que meu visto ia ser negado, mas no final não foi. Ok, me deram um visto de 2 míseros meses, mas me deram. Seria pior se negassem e eu tivesse que pagar de qualquer maneira.

Terceiro passo - planejar a viagem

Data, passagem, hotel, o que fazer lá... Quanto mais pré-planejado, melhor para você. Gastos extras aparecem sempre - quanto mais organizada você for, mais preparada você estará

Quarto - e não menos importante: ENJOY YOUR TRIP!

Fotos, muitas fotos sempre!!!




Até mês que vem
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11 outubro 2010

Lidando com bipolaridade (a sua e a alheia)

Antes de mais nada peço desculpas por não ter postado dia 11. Estava na viagem mais louca da minha vida em Vegas e sem conexão com o mundo digital mas isso eu conto daqui a pouco.

Enfim...esse post é pra falar um pouquinho dos sentimentos auperianos. Que não é fácil morar onde trabalha e trabalhar onde vive todo mundo já sabe, que esse é um programa de TRABALHO e ESTUDO e não de ESTUDO e TRABALHO todo mundo também já sabe. Mas e quando isso começa afetar sua sanidade, seu estado de espírito e os sinais de depressão começam a aparecer?

Primeiro vamos com calma. Identificar o problema é o primeiro passo. É saudade de casa? Amigos, família, namorado, comida and such? Se for isso tem cura. Não to dizendo que é rápido e indolor mas ninguém passa os 12 meses com homesick. O problema é sua família aqui? É, não é sempre divertido lidar com choros, wining, bunda suja e vomito. Acordar no sábado as 8 com o barulho dos anjinhos irrita por demais. Porém, tem que por na balança. Os prós vencem os contras? There you go! Então vale a pena...Nenhuma família é perfeita por mais perfeita que seja. Não é fácil pra eles terem alguém em casa também e todo mundo tem seu dia de cão. Realmente ser au pair emburrece se você se isolar, eu me isolei os 2 primeiros meses ficando 100% do tempo com a minha family e agora que quero sumir quando to off já não tenho essa liberdade, ou pior eles tem a liberdade que eu dei no começo.

Sentimentos são sempre difíceis de lidar, principalmente quando agente tá sozinha. E sim, nós estamos sozinhas aqui. E falar com a galera do Brasil nem sempre é a melhor idéia, me diga se isso nunca aconteceu com você. Você liga pra casa fala com mãe, pai, cachorro e melhor amigo, se sente sozinha e diz que quer voltar que aqui é um mundo gelado, que o ar engorda e você não entende porra nenhuma. Aí sua família fica preocupada, seu pai diz que te apoia em tudo e aí e então aí? Você dorme, acorda e tem um dia excelente e se questiona sobre extension...Pois é agente se torna bipolar nesse mundo, aprende a se conhecer e aprende a lidar com os próprios impulsos.

Mas no final e somente no final você vê que valeu sim a pena e ninguém vai te entender melhor do que você mesma.

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Las Vegas e 5 meses de américa.

Pra quem foi sabe do que eu to falando, pra quem não foi VÀ! E prepare-se, ninguém sai ileso de lá.

A cidade respira balada, álcool e putaria. Mulher não paga nas baladas e nem pra beber.

O que eu fiz de extraordinário? Bom o que acontece em Vegas fica em Vegas e muuuita acontece por lá. Mas destaco o pulo de paraquedas e a viagem de 945 km pro Grand Canyon. Vá com alguém que você confie e determine pelo menos um responsável por noite. E aí depois agente conversa pra ver se to mentindo.

Eu! Eu to aqui em CT ainda, não sei se fico ou se vou. Conheci amigas pra uma vida toda, possíveis amores, to congelando no outono e lidando muito com a minha bipolaridade e a da loca da minha HM...só isso mesmo!

Bjos de CT com folhas coloridas caindo.
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10 outubro 2010

Depois da Ressaca vem a Calmaria!

Oi garotada. Não sou o Bozo mas to chegando. Rs... piada de velho!

Acho que estou ficando velha mesmo. Primeiramente gostaria de agradecer a Monick - com K e não com A que em grego significa viúva - que está postando pra mim uma vez que estou aproveitando esse feriadão - coisa rara nos EUA - para visitar a familia do meu maridão que mora em Portbridge, CT.

Uma vez que ainda posto nesse blog, que está desmoronando mas sobrevivendo, quero pegar o gancho do post da Mari e da Monick - Stay at home mom

Eu não sou mais au pair, mas a saga ainda continua agora como nanny. Eu tive MTO azar nas minhas familias quando fui au pair. Mas fui abençoada com a melhor familia do mundo para ser nanny.
Eu sempre rejeitei e sempre aconselhei meninas a não virem para familias com a mãe em casa, mas acabei vindo parar em uma.
A minha chefe é programadora e trabalha em casa. O dia inteiro no PC, não sai por nada, coitada. As vezes eu dou um jeito de arrastar ela pra fora de casa.

Ela é um anjo pra mim. Vive me dando coisas pra minha casa, pagando extra e fazendo minhas vontades.
Quanto as crianças, o que eu falo é lei. Se o menino de 5 anos não me escuta, vai pro time out e muitas vezes apanha, porque não me ouviu ou fez alguma coisa ruim pra mim. Ela é até mais rigida com o menino que eu. Ela é linha dura. O muleque em si eh bem dificil, mas com a ajuda da mãe tudo fica mais tranquilo.
O bebê de 19 meses é mais complicado de manter longe da mãe. Quando a gente começou a fechar os portões ele chorava, mas minha chefe nunca desistiu, mesmo que ele chorasse ela não vinha pegar ele. Resultado, hoje quando ela precisa trabalhar e não pode ficar com ele, fechamos o portão e ele fica quietinho brincando comigo.

Todas as sugestões - de comidas a atividades pras crianças - que eu dou, ela trata de realizar rapidinho e qualquer coisa que eu precise eu posso pedir - de comida a adiantamento de salário.

Além do que ficamos as duas aqui nessa casa, praticamente todo dia o dia todo e por incrivel que pareça ela se tornou minha amiga - almoçamos juntas, conversamos sobre assuntos intimos e ela diversas vezes faz questão de dizer quanto eu sou importante pra ela e quanto eu a ajudo.
toda vez que saimos ela faz questão que eu vá com ela e paga tudo pra mim.

Ela é flexivel, todo dia eu saio do meu trabalho pra buscar meu maridão que trabalha ha 10 minutos daqui. Se precisar posso dirigir o carro dela. Nem preciso avisar que estou saindo com as kids, pego elas e saio e pronto.
Pra vcs verem como eh outro dia trabalhei extra pra ela e ela me trouxe uma caixa de cupcakes de Georgetown em DC.

Enfim, está bem corrido pra mim esses dias , mas queria comentar minha experiência, e também não tinha muito sobre o que escrever esse mês.
As novidades minhas são que eu estou dando entrada no meu processo do green card, me desejem sorte.

Aproveitem o Halloween, se fantasiem, vão fazer trick or treat com as crianças, vão para os os bares da vida encher a cara - é o melhor feriado dos EUA então aproveitem se não só o ano que vem.

beijao!
Sandra !
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07 outubro 2010

A bagunça de sempre. Por Monick Vasconcelos.

Como sempre começo pedindo desculpas por fazer do meu post uma bagunça. Eu queria muito ter feito um vídeo, mas a correria dos dias anda me impossibilitando até de fazer xixi.
Quero começar elogiando o post da Mari, é bem como eu me sinto aqui. Cada um tem uma experiência diferente com stay-at-home-mom, vou falar um pouco da minha, é um pouco diferente. Quem acompanha sabe que essa é minha segunda família, vim de uma família que a criança fez o favor de me espancar e cortar meu rosto na primeira semana, então rematch. Enfim, falei ao telefone com a host family e desde sempre achei estranhíssima a conversinha de que a ex au pair tinha voltado pro México porque estava homesick. Não sabia o que me aguardava. Cheguei aqui e no primeiro dia descobri que a ex au pair fugiu. Literalmente. Arrumou as malas e na calada da noite, abriu a porta do basement, entrou no carro da carona e foi ser feliz no México. Como eu soube? A carona dela virou minha amiga. Voltando pra mãe (e o pai) que são pagos pra respirar. A mãe trabalha duas horas por dia, na verdade da noite. Ela passa o dia inteiro entre academia, fazer compras e escolher novos quadros pra casa. O pai viaja muito, mas quando tá em casa, também não faz nada. A mesma coisa, academia, compras, aula de mergulho... Ao contrário da host da Mari, os meus não aparecem para fiscalizar, o problema é que as crianças sabem que eles estão em casa. Se a mãe tá no escritório, mas com a porta aberta, eles podem entrar, chorar e falar que eu tentei matá-los. E se ela dá um segundo de atenção, pronto! Motivo pra passar o dia inteiro correndo pro escritório, inventando quedas pra ir chorar no colo da mãe. As crianças americanas são burras, não percebem que os pais não os querem por perto. Mais uma vez concordando com a Mari, eles dão tudo para suprir a falta de atenção. E sim, eles são extremamente mimados. Darei um exemplo básico e que me fez perceber que a gente não veio para educar, e sim, para ser empregada deles. Certo dia estava eu a brincar com o meu de 6 anos, usamos carrinhos, lego, várias coisas. A brincadeira acaba, peço pra ele me ajudar a arrumar a bagunça, ele olha pra mim e diz: É seu trabalho! Subo para reclamar com a mãe, já que tinha chegado a pouco tempo... Depois de explicar tudo ela me diz: mas é seu trabalho! Ele não tem que te ajudar a arrumar. Como dizem lá no Nordeste “Morreu Maria preá.” Percebi qual era o meu lugar, e não era um lugar ao sol. Desde então passei a fazer meu trabalho, se quer ter filho mimado, não é problema meu.
Próximo tema: Curso.
Quando eu tava no Brasil não entendia nada como funcionava, mesmo que tentassem me explicar. Esse é um dos principais (se não o principal motivo) que faz uma pessoa normal querer viver um ano de insanidade. Como funciona? É o seguinte, são 6 créditos. O que são créditos, Monick? Créditos são as horas de curso. Geralmente um curso tem 3 créditos, 3,5. Eu tou fazendo o curso de preparação pro TOEFL, tenho aula Segunda e Quarta à noite. Das 7 às 9h. O curso dura 2 meses. A minha faculdade fica há 23 minutos daqui, contando com o tempo que passo pra achar uma vaga, 30 minutos, ok? Eu trabalho até umas 6:15, vou com a roupa que passei o dia trabalhando, chego cansada no college, com fome, sede e por mais que a aula seja interessante, desejo que acabe logo pra que eu possa dormir. Aí que entra a nossa ilusão. A gente acaba fazendo o curso pra cumprir as normas do programa, e não porque é uma coisa que a gente quer e precisa. Você é só a babá, então se pra família ficar melhor você estudar às 3 horas da manhã, é nesse horário que você estudará.
Isso dá abertura ao meu terceiro ponto: As perguntas que devemos fazer.
Antes de vir pra cá, só ouvia as meninas comentarem que você tem que perguntar tudo, mas o que é tudo? Você quer fazer a social com os hosts, vai perguntar o que eles gostam de brincar e comer, beleza. Onde é que você se fod*? Quando você tenta agradá-los demais e esquece que passará um ano vivendo na casa deles, então tem que saber de algumas coisas desde já.
Na minha primeira família, por exemplo, meu quarto não trancava. Na casa de uma amiga, a porta dela não tranca. As crianças vivem entrando no quarto. Você não tem liberdade nenhuma com isso. Já pensou se você é uma amiga au pair que gosta de assistir vídeo pornô? Imagina a cara das crianças vendo. Mas não é culpa sua. Meu quarto atual tem tranca na porta, mas o que acontece? Simplesmente eu tenho um outro quarto dentro do meu quarto. É um quartinho que usam pra colocar as tranqueiras. Se minha host quer pegar a decoração do Halloween passado, o que ela faz? Atravessa meu quarto para ir pegar. E sim, já aconteceu de virem bater no meu quarto tarde da noite pra pegar algo. Nessa minha amiga sem tranca, o closet dela era para as roupas do pai, e por aí vão vários outros absurdos. Uma coisa que considero fundamental, quarto tem que ter janela. Se não tem janela é hospício. O meu não tem. Às vezes você só quer sentir o vento sem ter que sair do seu quarto, saber se tá chovendo ou fazendo sol, mas simplesmente não tem janela. À parte o quarto, outras coisas que acho importante perguntar: Se tem carro, como farão com a gasolina?; O que a família pensa a respeito da au pair ter que estudar?; O que eles farão em relação a comida? Sim, porque eu em 5 meses nunca me perguntaram o que gosto e o que não gosto, nunca pediram pra eu dar uma lista e mesmo eu indo fazer as compras, não me autorizam a pegar o que quero. Mas se você quer emagrecer, pode pegar uma família assim, já perdi 5 quilos, sendo que não preciso perder. ¬¬’ Aqui vai a dica da vida, não pergunte essas coisas por telefone, pergunte por e-mail. Tenha uma prova, porque as minhas 2 famílias mentiram pra mim em vários aspectos, e eu não tenho como provar.
O que você precisa para ser au pair? Inglês intermediário, carteira de motorista, ser solteira, não ter filhos, ter entre 18 – 26 anos, e coragem, muita coragem para superar tudo o que pode acontecer.
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06 outubro 2010

"Just dance"

Olá, classe!



O tema do meu post de Outubro estava definido há algumas semanas já...e tem a ver diretamente com alguns pequenos abacaxis que eu tenho descascado todos os dias por aqui. Falar sobre a educação das crianças americanas é um negócio meio genérico, e sempre cai no chavão auperiano "ah, as kids são mimadas, têm tudo na hora que querem, bem coisa de americano". Claro que há controvérias, cada família cria os filhos de um jeito, e há quintilhões de famílias nesse país miúdo que é os EUA né.

Mas é fato que esse comentário generalizador é o mais ouvido nas rodas de conversa das au pairs, e eu devo dizer que tenho vivido isso na pele. O meu caso é o seguinte: eu trabalho numa schedule fixa (seg a sex, 8h30 - 5h30), e a minha host trabalha em casa. O meu host trabalha em casa de vez em quando, mas eu só sei que ele está aqui se vejo o carro na driveway. Já a minha host sempre me lembra que está em casa, e é ai que mora o problema: o kid também lembra que a mãe está em casa.

Como o ponto aqui não é discutir o trabalho da minha host, e sim o trabalho que ela me dá, vou direcionar o assunto para outro ponto: a velha história da au pair com a stay-at-home-mom. Aquela coisa que a maioria das antigas au pairs te falava pra evitar a todo custo, e vc mesmo assim deu de ombros, do alto da sua sabedoria de caloura.

O que acontece muito por aqui é eu estar no playroom com as crianças e a host descer "para ver o que está acontecendo". Se está tudo bem, fica tudo mal quando ela vai embora, e se está tudo mal, fica tudo muito pior. Porque o menino vê a mãe e não entende a cronologia do dia, que diz que só é "mommy time" depoooois do "Mariana time". Pra ele, se a mãe está ali, porque raios ele não pode ficar com ela?

Mais que isso. Eu não acho que a host desconfie do meu trabalho, e ela nunca deu a entender nada parecido com isso. Mas se o menino está chorando, invariavelmente ela desce para o playroom. E considerando que eu não espanco minhas crianças, não as deixo passar fome, nem frio, e o índice de machucados é ínfimo aqui em casa, "quando o menino está chorando" pode ser subentendido como "quando o menino está fazendo manha e/ou birra". Choraminga porque quer o terceiro copo de leite seguido e eu digo que não vou dar, choraminga porque não quer ajudar a guardar os brinquedos, choraminga porque está de mal humor/ cansado/ sem dormir direito.

Como eu reajo a isso? Bem, eu diria que como qualquer pessoa que quer manter a sanidade mental até o final do ano, e mais, como meus pais reagiram comigo e com todos os meus irmãos. Simples, se eu disse que não, eu disse que não, ponto final. Se tem que recolher os brinquedos depois de brincar, então TEM que recolher os brinquedos depois de brincar, fim de papo. Quer chorar? Então senta e chora, não vou impedir.

Como a host reage a isso? Mais, como os outros hosts de que leio e ouço falar reagem a isso?
Eu costumo dizer que americano tem alergia a choro de criança. É proibido criança chorar (!) hahahaha, por isso essa ideia de que eles fazem tudo o que a criança quer.

Mas falando sério agora. Depois de revirar o Au Pair Mom noites e noites seguidas, eu achei uma pequena resposta para a reação que a gente bem conhece dos hosts. Eu diria que os americanos, em geral, educam seus filhos baseados nos seguintes princípios:

1) Choose your battles.
2) Give a YES to every NO.

O número um seria como que escolher o que você vai exigir da criança, partindo do pressuposto de que você não pode exigir tudo. Você não deveria dar o terceiro copo de leite para a criança, mas pode colocar isso como moeda de troca para que ela vá pra nap time sem reclamar. O que você escolhe, manter firme sua decisão sobre o leite ou uma criança entupida de leite, mas deitada e dormindo?

Há quem vá dizer que no Brasil a criança ainda corria o risco de ficar a semana inteira de castigo sem tomar leite se desse mais um pio sobre o assunto E se não fosse pra cama naquele exato instante. Aqui não. As regras são flexíveis, e esse "responsável" (pai, mãe, au pair, vó, professor) autoritário não existe.

Esse número um me comeu noites de sono, mas me fez mudar minha postura. Veja bem, se a mãe do menino cede quando ele pede miando pra ter alguma coisa, e eu não cedo, pra ele é muito simples: basta chorar um pouquinho mais alto que a mamãe vai vir e dar o que ele quer. Como eu evito que a mamãe apareça e me desautorize/ desmoralize na frente da criança? Simples, eu cedo primeiro. Nem deixo ele miar.

"Ah, mas você vai fazer tudo o que ele quer?" Veja bem, meu bem: eu vou fazer tudo o que os pais dele fazem, exatamente como os pais dele fazem. Eu é que não vou tentar educar um filho que não é meu, pra ele me ver como a vilã da história e complicar o meu trabalho aqui.

O "choose my battles" se resume a decidir que regras são realmente necessárias e aplicadas pelos pais da criança, e que regras são as regras que eu tive quando era criança, que fazem parte da forma como eu fui educada e que eu acho que são melhores pra criança. Todas as regras que se encaixarem na segunda opção estão banidas. Acreditem, minha vida ficou MUITO mais tranquila, e o coisinho gosta mais de mim agora que eu sou menos chata com ele. "Ah, mas ele vai ficar um nojento, mimado, insuportável". Veja bem, meu bem, de novo: ele só é problema meu durante um ano (:

(Deixo claro que eu tomei essa posição única e exclusivamente porque eu tenho a mãe da criança, que por acaso também é minha patroa, colada no meu cangote 24/7. Se, e somente se, eu ficasse sozinha com o garotinho o dia todo, ai seguir as minhas regras facilitaria muito mais a minha vida.)

O número dois é a caracerização do que a gente considera "mimar" a criança. Sabe quando sua mãe respondia "Porque não e pronto!"? Aqui tambééém não existe isso. Todo não vem acompanhado de um sim. Todo não é justificado. Todo adulto deve uma justificativa de suas decisões para a criança. E as crianças sabem e abusam disso.

Tem desde "você não pode bater em mim, mas pode me explicar porque está bravo" até "você não pode desobedecer a Mariana, mas pode comer esses cookies especiais que a mamãe comprou até se sentir melhor pra poder começar a arrumar os seus brinquedos". Sim, a primeira vez que eu ouvi isso eu entendi de fato o que significa a expressão CHOQUE cultural, e a minha vontade era sentar e chorar de desgosto, porque né...

Resumo da ópera na visão auperiana da minha situação: pouco importa a educação que os hosts dão para os filhos. Se eles mimam ou não, veja, os filhos não são meus. Por melhores que sejam as minhas intenções e ações, elas não vão funcionar na cabeça de uma criança de três anos se forem diferentes das intenções e ações da mãe. Eu não vim pra cá para me sentir desrespeitada. Muito pelo contrário: pra mim, estar longe das pessoas que eu amo já é difícil o suficiente, sem que eu precise criar mais problemas aqui. Por um ano de Sazunidos mais leve e mais feliz, eu decidi apenas dançar conforme a música.

(:


Mariana J. Guterman
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04 outubro 2010

Sou feliz e agradeco, por tudo que Deus me deu... By Bia Freitas

Oi pessoas...

Vou tentar fazer um post curtinho, rapidinho! A gripe domina o meu ser hoje!
Bom estou sem acento...e como o note e do meu host nao vou mexer em nada aqui...

Daqui 2 dias completo 1 mes de EUA...e ai, o que mudou na minha vida?
Muita coisa...sabe aquele papo que voce cresce 10 anos em um? Entao...em um mes sinto uma baita diferenca...em pensamentos, algumas opinioes, sonhos futuros e assim vai indo!

Quando ainda estava no treinamento eu ja sentia falta de casa...e vivia me perguntando, o que eu to fazendo aqui?! Na verdade acho que sentia mais falta da comida de casa, do que outra coisa...hehe. Mas sobrevivi...conhecer gente do mundo todo e uma coisa inexplicavel!

Cheguei na minha Host Family com um unico sentimento...MEDO!

Medo de nao gostar das kids, dos hosts, de nao me adaptar, de apanhar, de nao conseguir entender o que eles falavam, de nao ter comida pra au pair, e meu maior medo era descobrir que eu tinha feito a escolha errada...e ver que aquela familia que parecia dos sonhos antes do match, ter se tornado a familia dos pesadelos de qualquer au pair!

Mas foi so um sentimento pasageiro...me adaptei, entendo as kids, ja sei as manhas de cada uma, tenho comida a qualquer momento, e eles ainda me chamam pra todas as refeicoes que eles fazem...sabe aquela historia da au pair ser parte da familia? Eu vivo isso aqui...se e bom ou ruim eu ja nao sei responder, cada um tem sua opiniao ne?! Enfim, tenho todas aquelas regalias que eles me informaram antes do match...nao era um sonho, acho que fiz a escolha certa...ou simplesmente tive sorte.

Claro que nem tudo e perfeito...tem dias que eu quero matar meus neguinhos, tem dias que a maldita Homesick pega, e alguns dias voce quer simplesmente fugir!

Mas era isso que eu sempre quis...vou curtir cada momentinho aqui...e seguir o que o Mestre Zeca sempre fala...

Deixa a vida me levar...
=D

Por hoje e so...proximo post sera com acentos!
hehe

Bjs me twitta!
@freitasbianca
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