Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

29 maio 2013

Happy B-day to me!

Hello 'pipou'!! Bom o título da postagem já diz tudo né! Sim, hoje é meu aniversário e meu melhor presente tem sido comemorar aqui na terra do tio Sam! E sim again, eu já comemorei! Minha host mom fez uma festa Hawaina pra mim no Sábado (25). 

A melhor parte é ver que mesmo longe eu não estou só, tenho feito amizades internacionais (Alemanhã, Polonia, Suécia, Inglaterra, Colombia, Macedônia, México...)  das quais  se depender de mim  terei pra sempre! E na minha opinião essa é uma das melhores parte desse intercâmbio nunca mais ter que pagar hotel :p . Bom, estou meio corrida então vou deixar algumas fotos pra vcs 'darem uma espiada' de como foi!








 
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28 maio 2013

I wanna be an Au Pair because...

É com muito prazer que eu digo que as postagens dos dias 28 aqui no blog serão minhas. Confesso que sempre quis postar aqui, acompanho o blog desde o início e sou uma blogueira aupairiana assídua. Já li incontáveis blogs de quem já foi e já voltou seja lá de onde tenha sido Au Pair, EUA, Holanda, Alemanha, França, etc.

Apesar dos meus 6 anos de conhecimentos sobre o programa hoje decidi falar da única coisa que tenho conhecimento de causa: minha experiência. Então vou fazer uma brainstorming.

Cada um de nós tem seus motivos para querer ser Au Pair. Motivos esses, muitas vezes clichês: melhorar o inglês, adquirir uma experiência internacional, obter o green card/cidadania, estudar numa universidade em outro país, viajar, conviver com uma cultura diferente... Mas veja bem, esses motivos não são exclusividade do programa, você pode atingir todos esses objetivos com qualquer outra modalidade de intercâmbio. Então por quê Au Pair?





Pra mim, ser Au Pair não é um objetivo e sim um caminho até meus objetivos. Cada um escolhe seu caminho de acordo com suas possibilidades, eu tive apenas uma limitação: dinheiro.

Poder aquisitivo a parte, todos nós intercambistas temos algo em comum: coragem. Conheço pessoas que ficam arrepiadas com a ideia de sair da zona de conforto para se aventurar no desconhecido, e aposto que vocês também conhecem, sabem aquelas pessoas que ficam falando sobre tráfico de mulheres? São só um exemplo. 

Quantas coisas perdemos por medo de perder, não é?

Para fazer esse intercâmbio eu tive que fazer algumas renúncias, adiar algumas coisas. Estou trancando o último ano de Engenharia e não renovando meu estágio na Petrobras, e cansada de ouvir que eu sou louca e pra eu pensar direito. Gente, a vida tá aí pra ser vivida, vamos parar com essa história de que seguir o padrão é o certo e fazer o que todo mundo faz é a receita do sucesso!

Se você ficar aí com medo de largar seu emprego, de trancar ou de não começar sua faculdade quando você encontrará tempo para fazer o que você realmente gosta e quer fazer?

Eu tive muita paciência até chegar nessa etapa (pós-match/pré-visto) e nunca me dediquei tanto a uma coisa quanto a esse programa, primeiro, eu tirei minha CNH, depois, fui atrás de experiência com crianças, tirei meu passaporte, fiz algumas aulas particulares de inglês e cheguei a trabalhar em 2 empregos, de segunda a segunda para deixar um dinheiro reservado para quando eu decidisse que era a hora. E nada disso foi do dia para a noite, foram anos. Portanto, defino meu processo como "de grão em grão, a galinha enche o papo". 

Dizer que eu sou perfeita para o programa é mentira. Eu tenho o mínimo necessário de experiência com crianças, tô aprendendo a nadar, não dirijo muito bem e não cozinho. Antes que alguém diga que eu sou uma farsa, eu deixei tudo isso bem claro no meu application. Tanto que eu coloquei que não sabia nadar mas, a agência me ligou pedindo pra eu colocar que sei e aprender, senão minhas chances de conseguir uma família seriam bem menores.

Então, eu fiquei online. Essa etapa eu posso dizer que é a pior, porque você se dedica tanto para preencher os requisitos, sabe que vai dar o seu melhor mas, fica a mercê da sorte, esperando uma boa família pegar seu application, dentro do prazo que você deseja viajar. No meu caso, eu comi muito pra tentar despistar a ansiedade.

Fiquei 41 dias online, tive 4 famílias muito boas no meu perfil. Fechei com a 4ª, foi um match quase instantâneo. Eu li o perfil deles e eles leram o meu e pronto, ambas as partes tiveram quase certeza do match, que foi confirmado após 1 skype. Isso tudo no prazo de 2 dias! Enquanto as outras famílias me deixaram de molho pelo que me pareceu uma eternidade.

Uma coisa é fato, as agência estão aí para vender o programa. Elas te mostrarão o suficiente para você se interessar, a partir daí, você decide se quer se preparar para enfrentar a realidade ou para viver como as meninas felizes nos folhetos promocionais das agências. Mas tenha a certeza que se escolher a segunda opção, provavelmente irá cair do cavalo. Creio que esse não seja o caso dos leitores desse blog que estão aqui buscando conhecimento sobre a vida aupairiana. Conhecimento é poder!

Desejo a todos os aspirantes a Au Pair muita sorte, paciência e sempre que tiverem algum dilema e quiserem uma opinião, peçam ajuda, é super válido!

E lembrem-se:

"Se é importante para você, você arruma um caminho. Se não, você arruma uma desculpa"

:)
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27 maio 2013

Last Monday Of May - Memorial Day

Hey folks, how we are?

E' com muita felicidade que estou aqui mais um mes, lindamente postando pra voces!! AEEW!
E hoje, e' feriado americano!! AEEWWW!!

E sim, o feriado de hoje pra quem nao sabe e' o Memorial Day, e eu - Sara - vou baixar a professora de historia que um dia quis existir, pra contar pra voces, o porque e como e' comemorado o Memorial Day.


E' de conhecimento da maioria das Au Pairs ( e de todo mundo), que os Estados Unidos e' um pais  briguento que gosta de defender e impor seus ideiais, e desde sempre como forma de tornar o sonho americano realidade, esse pais que hoje me acolhe, travou guerras, e continuar travando em prol de um bem comum ( sqn, o bem e' so' deles, mas minha visao geopolitica nao vem ao caso).
Com um historico bem recheado de guerras, nao e' estranho existir um feriado como esse!

O Memorial Day e' comemorado toda ultima Segunda-feira do mes de maio, e e' o feriado nacional que honra os militares que morreram em guerras, servindo aos interesses das tropas americanas.
Lembrando que o Memorial Day nao deve ser confundido com o Veterans Day. O Veterans Day e' um dia de lembrar os veteranos de guerra, vivos e mortos! O Memorial Day, e' para lembrar os mortos de guerra.

Em toda a America o Memorial Day e' celebrado com muito churrasco ( obvio, que o americano), reunioes familiares, e a visitas a cemiterios militares.
A comemoracao oficial eh feita no Cemiterio de Arlington National ( onde foi dada a primeira palestra pelo General James Garfield durante a primeira celebracao nacional), la sao colocadas pequenas bandeiras americanas em cada tumulo. A cerimonia tambem inclui o  Presidente ou Vice-Presidente colocar uma coroa de flores no tumulo do Soldado Desconhecido.

Familias visitam cemiterios e colocam flores (flores de papoula) sobre os tumulos de seus entes queridos. Muitas cidades dos EUA realizam desfiles especiais em homenagem aos soldados mortos. Algumas familias tem aulas sobre a finalidade do Memorial Day e da história do Memorial Day para as crianças, para que se tornem bem familiarizados com a sua rica herança e historia.

Ao longo dos anos, o Memorial Day se tornou uma tradicao que liga os norte a sul, leste a oeste dos Estados Unidos, dado a rica historia do Dia Memorial. As pessoas observam o dia com orgulho e honra. E este ano não será diferente, e eu pretendo presenciar isso.

Clicando em Memorial Day 2013 voce vai achar varias informacoes sobre o Memorial Day em toda a America.  Tem muitas atracoes de graca, e muita coisa pra curtir.
O Memorial Day tambem marca a data nao oficial da chegada do Verao!

Vem com tudo Summer, que eu quero lhe usar! HAHAHA



Espero que voces gostem do post!! ENJOY THE HOLIDAY!!!

Ate o proximo mes, SEUS LINDOS. <3
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26 maio 2013

Top 10 dos mitos mais ditos e repetidos no mundo au pairiano - parte I



Olá, minha gente! Mais um dia 26 e cá estou eu de volta pra dividir algo com vocês. É sempre tão difícil caçar coisas que possam causar interesse, afinal são tantos posts já publicados aqui e mesmo em blogs pessoais, o que faltaria ser dito? 
Conversando com amigas também já na reta final dos seus anos de au pairs, uma ideia interessante surgiu: por que não falar dos mitos e meias-verdades difundidos em todas as redes sociais?  Sim, porque verdade seja dita, informação a gente acha aos montes nessa internet, opinião então nem se fala, mas muita coisa é dita e repassada como verdade absoluta e bem... não é bem assim. Pesquisando brevemente com outras au pairs e em fóruns sobre o assunto, elegi as 10 frases e conselhos mais repetidos no mundo au pairiano e vou dividir com vocês a minha experiência com relação ao assunto.

1. "Host parent em casa é cilada, Bino!". 
Depende. Eu tive host mom em casa por dois anos e isso nunca afetou em nada o meu trabalho, a minha relação com ela ou com os kids. Tenho amigas que passam pela mesma situação e tiram de letra essa parte da convivência. Claro que tem host difícil, assim como tem au pair que não se esforça ou se deixa bloquear pela presença dos hosts, mas conviver é uma via de mão dupla e já que nós somos a parte que não tem poder de escolha, o jeito é tentar fazer aquela interação o mais suave possível. 
"Ai, mas a host mal fala comigo/bota defeito no que eu estou fazendo/finge que eu não existo.". Olha, uma coisa que facilitou muito a minha vida de au pair foi não ter barreiras, não ter escrúpulos de conversar com a minha host sobre tudo que incomodava e me fazia feliz. E por nunca ter colocado essa barreira, ela simplesmente se acostumou a ter um relacionamento aberto e amigável comigo. E para constar, minha host não era o que pode se chamar de "querida", ela botava medo em todo mundo, inclusive nas minhas amigas quando iam lá. 

2. "Babies dão menos trabalho que teenagers.".
Nem sempre. Vai depender MUITO da tua experiência prévia e do quão confortável você realmente se sente com crianças pequenas. Eu trabalhei em creche por um bom tempo antes de vir ser au pair, mas quando tive que controlar birra de toddler ou choro de baby, eu percebi que não era pra mim. 
Na contramão, tenho amigas que tem uma paciência de Jó e cuidam de bebês com a paciência de uma mãe de três kids, sem nunca ter tido um. Na minha humilde opinião, a palavra-chave pra cuidar de bebê é paciência. Isso e ter experiência real, porque olhar o filho da vizinha enquanto ela vai na mercearia ou sentar com o seu sobrinho na festinha de aniversário não é nada comparado a ficar com um kid pequeno por 8-9 horas por dia.

3. "Teenagers dão menos trabalho que babies.".
Aí que nem sempre mesmo. Eu tive a sorte de cuidar de dois meninos ótimos, que tiveram uma mãe de pulso firme, que quando ameaçava jogar todos os video games no lixo porque eles estavam jogados no chão, ela realmente jogava, sem choro, nem vela. Isso não quer dizer que eles não eram mimados, porque sim, eles eram, afinal a host tinha suas viagens de negócios e o que a mãe mordia, o pai assoprava. Demorou um tempo até que eu resolvesse tomar as rédeas da situação, criar regras e punições -- o que foi muitíssimo apreciado pelo pai, que não queria ser o ruim da história. Eu também nunca quis ser, mas para minha surpresa após o meu ato de coragem, não é que os kids passaram a demonstrar ainda mais afeto por mim? 
Entretanto, sei de muitos casos, até mesmo coleguinhas dos meus meninos, que não tinham tantos limites na educação e que a au pair além de dirigir, cozinhar, ajudar com homework e trabalhar por umas poucas horas, tinham que aguentar MUITO abuso e grosseria. Para as meninas que ainda estão procurando família, a dica é na entrevista tentar questionar ao máximo qual o tipo de disciplina os pais usam em casa, pedir exemplos de como eles agem e de como eles esperam que a au pair reaja numa situação X. Não tem como prever em que tipo de família você vai cair, mas tem como tomar esse tipo de medida e pelas beiradas descobrir qual educação e princípios são obedecidos em casa.

4. "Vou trancar a faculdade e terminar minha faculdade nos EUA pra ter diploma internacional.".
Que atire a primeira pedra quem, durante seus sonhos com a vida de au pair, não delirou que ia terminar estudando em Harvard/Yale/ UCLA/(insira aqui a instituição americana dos seus sonhos). Normalíssimo, ainda mais quando a gente ainda tá com a faculdade pela metade e doida pra embarcar, aí vê um post de alguém que está fazendo College durante/depois do au pair, aí junta a fome com a vontade de comer. Não é impossível, tem muita gente que tenta, arruma sponsor, muda status do visto, faz o escambau e fica mesmo. 
O negócio é colocar o pé no chão e se informar de tudo que precisa, e isso inclui uma conta bem gordinha para ao menos provar que você tem como ser estudante internacional sem trabalhar, uma vez que o visto em questão não permite isso. Depois é arrumar um jeito de fazer todos os créditos obrigatórios para a manutenção do visto e conciliar com um "jeitinho" de pagar as contas, caso você não seja ryca. Sim, e o principal, mas que na maioria das vezes só vem depois dessa burocracia toda, achar o tal curso que você quer muito provavelmente em um Community College -- porque só depois a gente aprende que pra atender às Universidades que nós um dia sonhamos, a gente tem que vender um rim e um pedaço do fígado no mercado negro pra poder pagar tuition. 

5. "Não quero essa HF porque vi no google que eles moram no interior."
Depois de dois anos googlando, estudando mapa pra fazer road trip, viajando e conhecendo um pouco mais de cada estado e suas cidadezinhas, é engraçado perceber que um dia eu também fui ingênua ao ponto de dizer uma frase como essa acima. Não vou nem usar o argumento de que com um país desse tamanho, poucas são as meninas que acabam indo morar em Manhattan, em downtown DC, Chicago, Seattle, ou qualquer outra dessas cidades grandes conhecidas. 
Entretanto, morar nos subúrbios também não significa morar no interior do interior como é no Brasil. A começar pelo fato de que as cidades deles são do tamanho dos nossos bairros, então já começa pela proporção das coisas. Depois que como qualquer amontoado de 30 casinhas eles já chamam de cidade, você vai ter pequenos shopping centers, quatro supermercados, uma dúzia de restaurantes e umas três baladinhas pertinho de casa e se quiser ir procurar aquela loja que não tem na sua cidade, você pode ir numa vizinha há menos de 20 km de distância. O que, de novo, para parâmetros brasileiros soa bem longe, mas aqui (pelo menos na região onde eu moro), 20 km não é nada, ainda mais de carro e pegando highways. 


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Daremos uma pausinha no nosso top 10 porque vocês já viram que eu falo mais do que o Homem da Cobra, mas mês que vem a gente conversa sobre as outras cinco frases mais repetidas por aí. Eu fiz uma seleçãozinha do que andei ouvindo e lendo por aí, mas se vocês quiserem deixar sugestões nos comentários, são mais que bem vindas. Por fim, só queria dizer que tudo que foi dito acima é baseado na minha experiência e claro pode ter gente que viveu o oposto de tudo o que eu comentei, mas é isso, ninguém é dono da verdade, esse é só o ponto de vista de alguém que tem motivos empíricos para refutar algumas dessas afirmações, mas a moeda sempre tem dois lados.

Um beijo e até mês que vem!
Belle


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25 maio 2013

#medodeseraupair


Oi meninas, tudo bem?
Estes dias, participei de uma palestra sobre intercambio e fui falar sobre minha experiência em ser AP nos EUA. Fiquei impressionada como as pessoas estão preocupadas em serem traficadas por causa da novela Salve Jorge.... Ai resolvi escrever este post para tentar ajuda-las. ;)
Para quem esta pensando em ir, eu sugiro procurar uma agencia conhecida (como Experimento, CI ou STB) e ir lá conversar. Quanto mais informação você tiver, melhor. Na minha época, so fui na Experimento porque queria ir com a APIA – Au Pair in America, eu achava que ela era melhor e me identifiquei com a agencia; nem comparei nada mas acho que hoje, farias as coisas diferente e iria em todas as disponíveis no mercado.
Cada pessoa curte mais uma agencia: as vezes pelos benefícios, pela localização, pela processo.....Tantas variáveis mas acho que o importante mesmo é ir com uma, qualquer uma delas que seja reconhecida pela BELTA – Brazilian Education and Language Travel Association que você ta no caminho certo, ok?
Por mais que algumas pessoas reclamem das agencias, elas te proporciona m seguro saúde, passagens aéreas, uma conselour para te ajudar e mais importante, elas estão ali caso você precise de um rematch. Vai por mim, é melhor não arriscar!
Eu conheci gente que queria ir sem agencia, eu acho isso a maior loucura da vida.... Sei que tem uns sites de procura de AP e que a economia de grana pode ser atrativa mas não faria isso jamais! Teve uma amigona que conheceu a host family num site destes, ai ela disse pra família que so iria por agencia e a família entrou na APIA so por causa dela.... Deu tudo certo porque a família era seria! J
Não corra o risco de ir parar no fim do mundo e sem nenhuma assistência, caso precise de algo, ok? Va com uma agencia e nenhuma delas esta patrocinando este post, é bom sendo mesmo! Rs
Beijos,
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24 maio 2013

Já não se fazem Au Pairs como antigamente.

Conversando com uma de minhas melhoras amigas e parceira de crime (uma ex-au pair), realizei uma coisa que vem sendo apresentada à um bom tempo: Não se fazem mais Au Pairs como antigamente!
A espécie antes conhecida como "brasilis-auperarius" esta sendo extinta e eu vou explicar o porquê.
(Au Pairs dos anos 70, the old good times)

Sou estudante de psicologia e como vocês já podem esperar, tenho uma incrível capacidade de fuder com a vida das ouvir as pessoas. Enquanto nos Estados Unidos, ouvia muitos papos entre as Au Pairs, entre as host families e conversava muito com minha adorada ex-LCC. Sempre reparei uma diferença grande nas au pairs brasileiras, sempre caracterizadas por uma personalidade forte. Minha LCC mesma, dizia que adorava trabalhar com au pairs brasileiras: "brasileiras estão sempre de bom humor, não reclamam muito das famílias, cuidam bem das crianças e sabem se divertir. Nunca tenho problemas com brasileiras".
(Au Pairs brasileiras são famosas por dançar bem e sempre ter disposição)

Nessa vida de au pair você conhece muita gente e, especialmente, muito au pair do mundo todo. Começa a reparar que cada nacionalidade tem uma particularidade (não generalizando, mas estabelecendo uma curva média): Au Pairs colombianas, por exemplo, são geralmente super sexy, adoram uma festa e são ótimas cuidadoras mas o inglês nunca será muito bom. Au Pairs francesas são sempre muito divertidas quando começam a criar intimidade mas não são muito boas com crianças. Au Pairs da Africa do Sul são sempre muito divertidas, têm um ótimo gosto musical e adoram festejar mas geralmente bebem demais, etc.

Percebi que as brasileiras eram sempre as mais amadas pelas famílias por trazer o pacote completo. Mas desde que retornei e comecei a acompanhar os casos do pessoal que foi depois de mim, comecei a notar uma diferença enorme nos novos au pairs. Uma certa mudança de hábito, como se fosse uma nova raça, uma raça mais "cocky", mais "picky".

No meu tempo, quando você tinha problemas com a sua host family você conversava com eles, chorava no skype com sua familia pedindo pra você voltar (porque seu pai acredita que você merece mais do que ser babá nos USA), depois falava com a LCC e falava cazamiga au pair pra desabafar. Au Pair de hoje já pede por rematch, já diz que o programa não atendeu as expectativas e que a família é muito seca com ele/a.

No meu tempo, quando uma kid te xingava, você falava com os pais, ficava com uma raiva imensa no peito, saía no final de semana com os amigos, esquecia disso e estava pronto pra outra. Hoje os au pairs já querem ligar pra LCC pra denunciar abuso e humilhação.

No meu tempo, Au Pair ia pros USA e comia muito McAngus, tomava muito café na Starbucks e quando não tinha dinheiro ia pra 7ELEVEN pra comer um taco de $1 por pelo menos uns 3 meses pra só depois começar a sentir saudades das comidas brasucas. Hoje, na semana de treinamento as au pairs correm pra Berta Brazil em Manhattan porque já faz QUATRO DIAS que eles não comem arroz e feijão.

Futura au pair antes entrava em todos os blogs sobre o assunto, pesquisava, tinha pasta no computador com tudo sobre o assunto e não fazia pergunta idiota. Hoje, a galera entra nos grupos do Facebook pra perguntar qual é o salário e qual a idade limite pra ser Au Pair. AH VÁ!



No meu tempo au pair era duro, até pensava em largar tudo e voltar pra casa mas não tinha dinheiro pra pagar a passagem porque gastou tudo na Forever 21 e não teria dinheiro pra voltar nem que vendesse o corpo na Hell's Kitchen. Hoje em dia, as au pairs são tudo RYCAS, vão com umas 15 malas, ganham o salário + mesada dos pais e tem dinheiro na poupança.


Sei que falando assim eu pareço um tio de 50 anos reclamando de uma vida que não existiu. Mas só queria que vocês soubessem que a vida de au pair não é fácil. Não é qualquer um que pode ser au pair, tem que gostar de criança e ter paciência, tem que saber que as vezes você vai ter que abaixar a cabeça e engolir sapo pro seu próprio bem. Tem que saber que não precisa postar no Facebook que esta desesperada porque já fazem 2 SEMANAS que esta online e nenhuma familia entrou em contato.

Gente, vamos ser mais espertos, menos fresquinhos e mais tranquilos. Chega de reclamar. Se não é do jeito que você queria, tenta mudar. Se não da pra mudar, se satisfaça ou pede pra sair. Au Pair não é bagunça não!

UFF! Saiu do peito.

Beijo galera, até a proxima, usem filtro solar.


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22 maio 2013

REMATCH , TIME TO CHANGE !

Nunca falei publicamente sobre o meu rematch, gostaria de compartilhar com vocês hoje algumas das razões que fizeram o meu sonho virar pesadelo , e depois o pesadelo em um novo sonho. E o que eu aprendi com estas mudanças. 



Eu tive meu match com a primeira família que falou comigo. Um pouco por desespero porque eu estava online à quase dois meses e as famílias apenas entravam no meu app e saiam sem dizer nada , entāo quando esta família entrou em contato eu me apeguei instantaneamente , falamos por telefone e já marcamos o skype para a mesma noite, vi uma das 4 kids pelo skype ( uma baby ) e conversei muito com a host mom. O match depois disso foi muito rápido, embarquei 40 dias depois para Manhasset - NY e os primeiros  4 meses com a família foram muito bons. Eu tinha um relacionamento ótimo com os pais e com as kids, tudo estava indo perfeitamente bem, obrigada. Mas em algum lugar no meio disso tudo uma coisa nova começou a surgir, as responsabilidades estavam aumentando cada vez mais, não era nada fácil lidar com as 4 kids durante o dia, e a minha host exigia cada vez mais de mim, eu não estava dando conta de todas as coisas que ela me pedia para fazer, queria que ela percebesse mas eu não me manifestava, eu ficava frustrada porque tinha que ficar com as kids mesmo os pais estando em casa sem fazer nada, nāo achava justo também . Alguns conflitos começaram a surgir, desentendimentos, falta de conversa e eu sempre guardava tudo pra mim, um grande erro que cometi pela falta de maturidade, eu tinha vergonha de expor os meus sentimentos, e a família cada vez mais se aproveitava da minha boa vontade, eu já não me sentia feliz, comecei a cometer erros, e o rematch foi inevitável. 
Chegamos a um ponto sem volta, nem na casa da família eu fiquei durante as minhas duas semanas de rematch, a convivência tinha se tornado algo constrangedor entre nós, eu não me sentia a vontade para comer em casa, não estava mais trabalhando com as kids, tudo estava estranho, a minha LCC me levou para uma cidade próxima para ficar na casa de uma outra LCC. 
Passei quase as duas semanas na casa desta LCC, sinceramente , uma das melhores pessoas que eu conheci, me deixou completamente a vontade, me dava suporte em tudo, uma LCC modelo para as outras hahaha , fiquei lá até conseguir o meu match com uma família em Massapequa Park - NY . 
Foi onde eu tive uma vida totalmente nova. Meus hosts eram pessoas simples e boas, simpáticos. As minhas 3 kids eram legais, me diverti de verdade, me tornava criança quando eu brincava com elas. Essa família sim era aquela que eu sonhava em ter quando eu me imaginava sendo au pair, rolando na grama e brincando de guerrinha com arminhas de agua, ENFIM hahaha
Vivi o resto do meu ano com estas pessoas maravilhosas que me receberam de coraçāo aberto, vivi um conto de fadas , tinha finais de semana livres, tinha tempo pra malhar, pra sair , pra ler, com esta família sim eu tive os melhores meses da minha vida. 
Por isso a minha grande saudades e a minha grande nostalgia toda vez que me lembro deles e da vida que eu tinha. 

O rematch foi algo que eu nunca imaginei que fosse acontecer comigo, mas aconteceu e foi bom, talvez pudesse ter sido evitado, talvez se eu tivesse esperado mais um tempo para escolher a família, muitas hipóteses poderiam ter mudado a minha historia em NY mas foi esta a que eu escolhi, e nao me arrependo. Com esta historia eu aprendi que nem tudo é como parece ser, descobri a bondade de pessoas estranhas, fiz amigos,  encontrei almas incríveis e inesquecíveis que me ajudaram a crescer como ser humano. Aprendi com os meus erros, acertei tentando , ganhei sorrisos e abraços que levarei para a vida. 
E como sempre digo, eu faria tudo de novo <3 

PS* It's my birthday :) 

Quem gostou desse post e quiser conhecer mais o meu trabalho, acesse o Pensamento Livre  e curta a minha página no facebook.

Vanessa Guimarães 


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20 maio 2013

DMV, DL, LP..... PQP to confusa!!!!!


Ola galera, como estao? Tudo beleza?

Hoje o post vai relatar um pouco sobre minha experiencia pra tirar a Drive License daqui de NY state, e acreditem ou nao eh facil demais porem tem sempre um JaumSemBraco que atrapalha e atrasa a vida da gente neah?!?!? Pois bem, vamos la....

 

Tudo comecou em novembro quando minha HM me levou na DMV de uma cidade aqui pertinho (nao me lembro o nome da cidade) e perguntamos se eu poderia dirigir com minha ***PID e com minha *DL do Brasil, ai a moca deu uma palestra... falou uns 20 minutos mais pra resumir pra voces ela basicamente disse: - “ SUA DL E SUA PID NAO EH ACEITA AQUI, VOCE PRECISA TER A LD DE NEW YORK STATE, E SE POR ACASO EU FOSSE PEGA EU TERIA SERIOS PROBLEMAS”. Depois disso me fez pensar que todo aquele discurso da agencia de TER a PID era balela e desperdicio de dinheiro que a maioria de nos gasta sem ter (considerando tudo oque nos temos que providenciar e comprar antes do embarque). Entao eu comecei o processo para tirar a bendita DL.



Eles me deram um livrinho pra estudar para a prova teorica, falaram tambem que eu tinha que ir a uma auto-escola para ter as aulas teoricas e as praticas. Minha HM pagou pra mim e eu fiz o pacote basico com 3 aulas na sala e 4 na rua, o preco foi +- 250$. Depois que eu fiz tudo isso tive que ir na DMV de Massapequa (que nao eh perto de onde eu moro mas nao eh tao longe) para fazer o teste teorico.... passei e acertei 95% das questoes [facil demais], e depois me falaram que eu tinha que pagar 73,25$ para eles me enviarem a **LP … #comassim#meu povooooo, mais taxaaaaaaaa?!?!?!?!?! affff ao quadrado... E eu nao tinha money enough pra pagar, ai a senhora falou que eu podia voltar outro dia pra pagar. Beleza, mas acriditem se quiser eu voltei la mais 3 VEZES PRA TENTAR PAGAR e as criaturas comecaram a implicar comigo por causa do meu nome que nao cabia no cartao de credito.... afff.... entao gastei um mes e meio trocando cartoes e indo a DMV pra ver se as dondocas aceitariam. Nao sei pq de tudo isso mais eu consegui finalmente.
(book online to study and practice http://www.dmv.ny.gov/dmanual/)

Um tempo depois eu fui fazer a prova pratica, e a crica do meu instrutor da auto-escola nao foi com a minha cara.... antes do teste e tive uma aula antes pra dar uma praticada, contudo foi a pior aula que eu tive, o instrutor comecou a fazer pressao e falar que eu nao ia passar e ja estava falando oque eu tinha que fazer pra refazer o teste... FIQUEI PUUUTTAAAAA da cara com aquele ashole... como assim producao, isso pode?????
Minha vez de ser avaliada e o senhor era muito velhinho, me lemrava meu avo, e ele /com muita dificuldade/ entrou no carro olhou pra mim e disse: - Miss, let’s rock. Aquilo me tranquilizou demais da conta e ele falou que se eu nao entedesse era pra eu falar - can you repeat, please?
O teste durou 5minutos e eu PASSSEEEEEEIIIIII grazaDeus, voces imaginam a cara do instrutor depois que eu falei que eu fui aprovada..#naotempreco#... a vinganca nunca eh plena, mata a alma e envenena.



Apos sofridos 4 meses de burocracia eu finalmente consegui, mas so pra consta, o processo eh rapido porem a galera implicou comigo e me tomou muito tempo.

Gentemmmm, muitooooo obrigado pela atencao, e se vc minha amiga(o) tem uma experiencia com DL escreve ai nos comentarios, vamos compartilhar e ajudar outros que estam e/ou iram passar por esse processo. BJOOOOOOXXXX

*DL Drive License
**LP Learner Permit
***PID Permisssao Internacional para Dirigir

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19 maio 2013

Host Family Brasileira! E aí?



Olá pessoas do meu Brasil!

Mais um dia 19 e eu vim aqui contar mais uma experiência do mundo Au Pariano!

Quando você esta na hora de escolher a família, aparece perfil e.... Mãe ou pai ou os dois são brasileiros.... E agora José?



Depois de quatro meses (de volta) na terra do tio Sam, as minhas impressões e conclusões:

Aqui na minha HF, o pai e brasileiro, da Bahia, estão há pouco tempo nos EUA, ele nao fala tão bem o inglês.
A mãe e americana! Morou por anos e anos lá na Bahia, tem horas que gramaticalmente o português dela e melhor que o meu! (Shame on me!)
Minha host kid mais velha e nascida no Brasil, ela fala português também, com um lindo mega sotaque, mas ela se confunde bastante!

Prós:
A adaptação e realmente mais fácil, não tem comparação! Eles vão te entender e você e entendida, não tem aquela coisa de ficar fazendo mímica pra eles terem que te entender, quando eu não sei alguma palavra, pergunto pra minha host o que significa e pronto.
Apesar de serem brasileiros, sim, estou imersa em outra cultura... Eu sou paulista, então ouço muitas historias da Bahia, aprendo termos regionais, experimento comidas regionais.
Não rola a tão temida frieza do americano aqui! As crianças também são mega carinhosas, bem aquela coisa de brasileiro mesmo! As vezes acho que minha host e mais brasileira que eu.

Contras:
Não sou livre pra falar o que vem na minha cabeça, eles vão me entender.... Eu era acostumada a falar palavrão o dia inteiro! Não sou mal educada, mas era uma coisa natural de mim! Ainda mais que eu trabalhava num ambiente masculino antes de vir! E sim, eles vão me entender!

Pra quem esta vindo pela primeira vez, aconselho conversar muito antes do match e acordar o qual a língua que será falada durante o dia e com as crianças! Imagine ou não, tem dias que eu falo português 90% do meu dia e isso realmente pode atrapalhar no desenvolvimento do inglês!

Mas sinceramente, não precisa recusar uma família que pareça ( sim, digo pareça porque a gente só tem certeza depois que convive!) boa, por ter brasileiro no meio!

Andei conversando com outras meninas aqui do blog, só ouvi opiniões positivas:

De uma futura Au Pair: " O pai fala em português com as crianças, e ele quer que eu fale também, eles entendem, mas respondem em inglês" Eu acho que nesse caso não vai atrapalhar o desenvolvimento da Au Pair, pois as kids vão responder em inglês! Bom para o listening!

De uma current Au Pair: " ajudou a adaptar mais rápido, pois nos e-mail's conseguimos nos entender bem também. Minha HM faz comidas brasileiras e me ensina também, pois eu era péssima em cozinha. A gente fala tudo misturado, o pai é alemão então com ele sempre é alemão, com a mãe ela fala sempre português comigo, ou quando tem amigos ou nas conversas da janta ela me corrige e me ajuda em alemão a formular as frases. Com as crianças, falo os dois também, mas tento algumas vezes mais em alemão e se falo errado eles me corrigem. Acho que não tá atrapalhando o fato de ele serem metade brasileiros, pois a minha HM me manda fazer coisas básicas para eu desenvolver o alemão, por exemplo: ir ao mercado, na feira, fazer compras e tal, coisinhas básicas e que eu tenha que usar alemão. Mas por mim, me envolvi com a biblioteca e coral, onde posso conhecer pessoas que não falam português e que eu tenha que usar meu alemão."

Mais uma current Au Pair deu opinião:" Aqui em casa eu ja convivo ha qse 1 ano com o pai brasileiro e mãe tcheca, mas as crianças só falam alemão e não entendem português. No começo me forçava a falar alemão até com o pai, só quando eu não entendia mesmo que ele me explicava em português, mas agora que tá no final falamos qse sempre em português se é algo que não é importante pros outros. Ele faz algumas comidas brasileiras, tipo feijoada e sei la, pizza de frango com catupiry, e o bom é que quando ele viaja pra lá leva coisas minhas pra minha família e vice-versa. Não acho que foi vantagem nem desvantagem, porque de qualquer forma iríamos nos comunicar [já que eu ficava mais com a mãe das crianças e nem ingles ela fala direito, sempre demos um jeito], entao nao fez muita diferença pra mim, e ele mora aqui ha muito tempo."

Depois desses depoimentos, e você? Iria para uma família com brasileiros? De sua opinião nos comentários e sugira assuntos para os próximos meses!

Beijos e até o mês das festas juninas (vou morrer de saudades)!


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18 maio 2013

E ai Ivi.. 6 meses de EUA, o que me diz?

Um bom dia, boa tarde ou boa noite caro leitor do Blog das 30 Au Pairs!

Radiante com a ideia de que falta menos de um mes para eu tirar minhas ferias e pegar o aviao para o nosso maravilhoso, lindo e de um povo super friendly, BRASIL; eu venho aqui desabafar sobre 6 meses de programa de au pair.

                                                                        Salvador-BA

Antes de adentrar o territorio da Super Potencia "AMERICA" (porque eles sao a America, viu?! A gente nao eh nada!!), eu achava que chegaria aqui e a minha vida seria super legal. Acreditava eu que teria uma vida super feliz: iria morar na California, em LOS ANGELES, cuidar de uma menina de 7 anos que jogava futebol (que nem eu). Pessoinha esta a quem daria aulas de capoeira, ensinaria portugues, brincaria de bonecas, de barbie, de comidinha, faria altos penteados no cabelo e ia amar como se fosse a minha irma mais nova. Quando o baby chegasse, eu ia ter o maior prazer de cuidar, pois bebe eh facil, so chorar so pode ser: frio, sono, fralda suja ou FOME. Easy!



Dai quando acordei desse meu sonho, eu estava aqui. Uma familia americana legal, mas a cultura americana nao ajuda (sao frios mesmo). A menina como ela mesmo disse eh: "half girl, half boy". Nao gosta de brincar de bonecas, nao tem nenhuma Barbie, odeia as princesas e, praticamente, so quer saber de Pokemon, Star Wars e lobos. Coisas estas que nao me agrada. Ah, ta bom.. lobos sao lindos. Mas eh so isso.

Minha experiencia nao esta sendo perfeita, se eh que pode existir uma experiencia perfeita. Diria que esta sendo BOA, nao OTIMA. E se voce me pergunta se eu me arrependi de vir pra ca, eu digo que nao, pois so saberia que o programa era assim se viesse.

O que tenho a dizer sobre o programa de au pair?



Tenho a dizer que eh um programa barato que vai te dar um suporte muito bom aqui, pois voce tera: casa pra morar, plano de saude, a maioria das familias vai te disponibilizar um carro (que eh um fator muito importante a depender de onde voce vai morar), comida e remuneracao.

Tenho a te dizer pra encarar isso como trabalho. Brincar com criancas por meia hora quando voce vai na casa do seu vizinho, nao eh a mesma coisa que trabalhar como baba. Aqui as criancas sao super mimadas e eh dificil lidar com isso.

O programa de au pair pode ser perfeito se voce acha uma familia maravilhosa, como minha amiga Akila. Ela eh a primeira au pair e os hosts dela sao maravilhosos e as 2 meninas super cute. Cada pessoa conta uma coisa do programa e isso vai depender da experiencia de cada uma. Entao, voce pode vir pra ca e ter uma experiencia maravilhosa e abrir a boca babando pra falar: EH O MELHOR PROGRAMA DO MUNDOOOOO! Como pode se sentir super humilhada, um lixo e querer ir embora. E ai vai falar: NAO VAI DE AU PAIR NAO!! CORRA DESSE PROGRAMA.

Entao minha amiga, venha e tenha sua experiencia. Se nao tiver bom, rematch. E ai vai tentar ser feliz em outro lugar.

No meu caso, eh pelos motivos que expliquei nesse video: http://www.youtube.com/watch?v=f93hKQtkLH4
Nao vou contar tudo aqui, mas vou resumir:  mudamos ha 4 meses e
-  ainda nao instalaram a luz no meu quarto (tenho 2 abajurs);
- so tenho um guarda-roupas pequeno que nao cabe minhas coisas;
- nao tenho onde botar meus sapatos;
-  minhas jaquetas estao num closet do corredor (fora do meu quarto).
Acordo todos os dias de manha com a zuada (comeco as 8, mas sempre acordo 5, 5:30, 6, 6:30....) - e a zuada inclui: aspirador de po as 5:30, a guria cantando no quarto (ja conversei com ela mil vezes mas ela simplesmente nao respeita), os hosts conversando, etc etc etc...


A menina eh muito mimada, nao me respeita. Grita e responde. E eles nao sao firmes na punicao.

O programa de au pair me permitiu, de forma barata, conhecer os EUA. Me permitiu entender como as coisas funcionam e racionar uma forma de poder permanecer pra estudar, mas nao como au pair.
Se eu pudesse voltar atras e vir em outro programa que geralemente voce fica numa casa de familia, mas nao trabalha, so estuda (e gasta uns 30 mil), ainda assim viria como au pair. Pois, com a visao de Estados Unidos, que tenho agora, os 30 mil (se tivesse) poderia ser aplicado de forma a proporcionar mais tempo e melhor estudo.

Percebi que voce aqui nao precisa estudar ingles num college. Aqui voce pode estudar ingles numa community school (que eh muito mais barata) e guardar seu $ pra fazer um curso melhor.

Percebi que aqui a gente pode tentar trocar o visto pra estudante e ralar pra pagar um lugar pra morar, estudar e trabalhar com varias coisas (garcom, nanny, limpeza, etc).

Percebi que aqui o povo nao vai te olhar estranho por voce estar limpando a casa dos outros pra ganhar 100 dolares. Isso aqui eh investimento. Aqui voce corre atras e consegue as coisas.

Entao, o programa de au pair pode ser maravilhoso, so depende da familia que voce vai pegar e como voce vai conviver e otimizar seu tempo aqui.

Hoje nao sei que vou extender. Estou pensando se mudo o visto pra estudante (o que eh arriscado, porque podem negar) e tentar ter meu canto. Eh caro, mas nao eh impossivel. E eu quero ver se fico, mas pra estudar, pra ter mais tempo pra mim e nao pra cuidar de crianca. Se seu american dream eh so o ingles e viajar pelos EUA, ta de boa. Eu nao.. quero mais. Muito mais.





Aquele abraco!

Ivi

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17 maio 2013

Queen's Day: a maior festa de todos os tempos na Holanda!

Só que não! HAHAHAHA 
Brincadeiras a parte, o Queen's Day (King's Day a partir do ano que vem!) é a mais tradicional festa popular holandesa! Acontece todo dia 30 de abril (muda pra 27 de Abril a partir do ano que vem!) e tem como objetivo celebrar ao Rei (ah, cê jura?)! E pra quem tava em marte (por que até no Jornal Nacional passou sobre bjins) esse ano foi ainda mais especial: A Rainha Beatrix abdicou o trono em nome do seu filho Willem Alexander e só pra dar um toque a mais ele é o primeiro rei a assumir o trono desde 1890! 

O Rei Willem Alexander, a agora Princesa Beatrix e a Rainha Maxima 

O povo holandês é um grande entusiasta da sua família real, desde bem antes de chegar aqui tudo o que se ouvia já era sobre o dia da rainha e sobre o fato de esse ser o último por algum tempo. W.A. já tem 3 filhas,  e a mais velha é quem vai herdar o trono e transformar a data em dia da rainha de novo! hahaha E o engraçado é que, apesar de ser o Willem que está assumindo o trono (é certo falar assim? HAHAHAHA) existe um grande... como dizer? Um grande WOW ao redor da Rainha Maxima? 
Maxima na verdade é argentina e foi completamente adotada pela Holanda e por seu povo! Até eu que acabei de chegar aqui e nem entendo muito bem qual é dessa vibe de família real tenho todo um carinho pela Maxima (mesmo ela sendo argentina!!!!!!) e reconheço que a rainha é dona de um carisma sem fim e tudo o que li a respeito dela até o momento só me fez ter mais carinho por ela ainda! 
Acompanhar a cerimônia foi algo bem bonito, infelizmente não consegui chegar até a Dam Square onde ela efetivamente acontecia pra acompanhar de pertinho, mas os telões da Museumplein foram mais do que suficientes! 
Holandeses são mais frios que nós brasileiros, ou pelo menos é o que nós acabamos achando ao ver as diferenças culturais... E foi exatamente por isso que achei emocionante ver o povo "reagindo" ao evento sabe? Foi quase como um "olha! eles tem sentimentos! que bonitinhos!" 
E eu, bem besta que sou, me emocionei juntinho com eles! Via os sorrisinhos de cantinho de boca que a Bea dava pro W.A. e achava a coisa mais fofa, ela toda "proud mamma" e ele todo tendo que se conter... Maxima quase fazendo careta pra segurar as emoções, com os olhinhos brilhando. E as princesinhas morrendo de tédio! <3 As princesinhas foram um show a parte! 

carinha de quem ta se divertindo demais, só que não! 

Mas parando de falar um pouco sobre a coroação em si e falando mais sobre a festa! 
Queen's Day sempre está no calendário como uma das festas que não se pode perder na Holanda durante o ano como au pair! 
Tudo começa na noite do dia anterior, Queen's Night! A cidade já está TODA laranja e todo mundo sai vestindo laranja pra entrar no clima! Queen's Night is about encher a cara no meio da rua e party hard até você aguentar. O que, pros dutch não é lá grandes coisas! 
Como aqui não se é permitido beber na rua durante os dias normais, quando isso é liberado em ocasiões especiais como o Queen's Day pra eles é um super big deal
E aí no dia seguinte, Queen's Day oficialmente falando, temos os eventos pela cidade. Não sei dizer como funciona nos anos normais por que esse ano tudo girou ao redor da abdicação seguida da coroação. Mas na Museumplein montaram um palco que teve show de celebridades dutch durante a tarde/noite todinha e pode ser bem divertido se você conseguir ignorar a falta de energia  dos dutch! HAHAHAHAHA 
Desculpem insistir nessa tecla, mas é que quando se passa meses ouvindo falar sobre A MAIOR FESTA HOLANDESA e sobre como todo mundo party super hard nesse dia, você imagina algo do tipo carnaval de Salvador feat. todo mundo de laranja ouvindo música holandesa certo? Errado! 
O X da questão é que holandeses nunca estiveram nem perto do carnaval de Salvador e não sabem o que é uma festa de verdade! A festa deles é "civilizada", "comportada", "organizada"... Não que isso seja ruim... Só não dá pra falar que é uma FIESTA MUTCH LOCA por que né? Eu sou brasileira meu amor, festa louca pra mim é OUUUUUTRAAA COISA. 
Não é que o Queen's Day não tenha sido divertido... Longe disso! Eu estava num grupo de 12 brasileiras e se tem algo que brasileira sabe fazer muito bem é criar a própria festa sozinha! 
Mas quando falamos em expectativas criadas x realidade da festa foi um pouquinho decepcionante sim! 


a-ha u-hu o Queen's Day é nosso! 

Mas em defesa do povo holandês eu posso dizer que parte da culpa talvez tenha sido do trauma do ano passado. Em 2012 a galera tomou conta da cidade mesmo, todas as torres de celular pararam por conta de sobrecarga, todas as linhas de trem pararam por que tinha gente que desistia de esperar e saia andando pelos trilhos, demorava mais de 1h pra atravessar a pé por lugares que mal demoram 15 minutos... Enfim... Isso sim sounds like a REAL party
E com isso muita gente desistiu de ir pra rua com medo de que se repetisse e acabasse preso no meio da confusão e houve reforços na organização também! O que somados gerou esse Queen's Day relativamente calmo e organizado. 

Caso você queira detalhes e informações mais precisas a respeito da história do Queen's Day, aqui vai um vídeo muito bacana de uma das minhas vloggers dutch preferidas: http://youtu.be/JeywI0k7v8Y

Se você ainda está em processo pra ser au pair aqui na Holandinha já anote aí na agenda: 27 de Abril - King's Day em Amsterdam! Com festa animada ou não é uma data imperdível e muito interessante de acompanhar! 
Se você já estava aqui, conta aí nos comentários... O que achou? Concorda? Discorda? 
Se você não está e nem vai vir, mas gosta de mim mesmo assim: Curta a página do blog no facebook e siga a gente no twitter

E por último e importantíssimo: quero todo mundo no coro junto comigo PARABÉNS PRA VOCÊ NESSA DATA QUERIDA MUITAS FELICIDADES MUITOS ANOS DE VIDA por que hoje é meu aniversário (e eu estou comemorando em Paris, beijos) e quero amor de todos vocês! HAHAHAHAHAAHAH 
Agora já sou uma senhora idosa de 23 anos e exijo respeito, ta bom? 

Beijos e vejo vocês no próximo dia 17! 

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16 maio 2013

Application – Tutorial - Parte V (última).

Olá queridos leitores.

Mais um dia 16 e finalmente chegamos ao final da nossa série Application – Tutorial.
E o tema de hoje será: fotos, vídeo e carta para a HF.

Fotos

São sua oportunidade de mostrar por meio de imagens tudo o que você descreveu ao longo do seu longo application.
Indica-se enviar no mínimo 15 fotos. Não há limite máximo.

Coloque muitas fotos de você com crianças brincando, dando comida, passeando, etc., de você com sua família e amigos (não exagerar na quantidade), pets, de você tocando algum instrumento ou praticando um esporte.
Não é muito indicado colocar fotos suas com o namorado. Muito menos na balada, se você for baladeira!

A dica é: tire fotos em vários momentos, com crianças diferentes (lembre-se que pelo menos 2 experiências são necessárias), com roupas diferentes (sim, já vi HM reclamando de AP com a mesma roupa em todas as fotos, e com razão, até eu pensaria que é armação e a bonita tirou todas as fotos no mesmo dia). 

Também é legal você guardar algumas fotos, ou tirar mais depois, pra ir atualizando seu perfil de vez em quando. Perfil bom é perfil atualizado.


Vídeo

Algumas agências exigem, outras apenas recomendam, mas é bom ter.
Através do vídeo sua HF vai poder avaliar seu nível de inglês e se se identifica com você para então pensar sobre entrar no seu perfil e marcar uma entrevista.
Indica-se 3 minutos de duração, mas pode chegar até a 5.

 Atenção para as dicas da agência.

As dicas são:

Vista-se adequadamente, não se esqueça de que é uma entrevista de trabalho (inclui maquiagem e cabelo).
Fale devagar e claramente. Se estiver nervosa, você pode treinar antes.
Faça um roteiro para que o vídeo tenha uma sequência que faça sentido.
Cuidado com a iluminação e o barulho no local de gravação.
Se for colocar música de fundo, não deixe que ela atrapalhe ouvir você falando.
Comece se apresentando (nome, idade, de onde é) e termine agradecendo a HF e se despedindo dela.
Bole algo criativo. Explore seus pontos fortes (habilidades e hobbies).
Sorria, e mostre seu encanto pessoal. Seja sincera.

Carta para a HF
  
A carta é o último dos recursos e creio eu que o mais pessoal de todos eles. 


É onde você junta todos os sinais de personalidade que deu ao longo do app. É sua grande oportunidade de mostrar sua personalidade para a HF.

Se apresente, fale sobre sua família, o local onde você mora, sua vida aqui no Brasil ou onde quer que você more, fale o motivo pelo qual você decidiu ser AP, quais seus objetivos com o programa, o que você pensa sobre auxiliar na criação de crianças, como você se sente trabalhando com crianças, o que você faz no seu tempo livre, etc.

Aí você usa a criatividade... pode falar sobre o que quiser, desde que seja pertinente à situação.

E finalmente chega a tão esperada hora do submit! YEAAAH

Tenham em mente que a família vai olhar cada palavra do seu application, então seriedade ao preenchê-lo.

E, uma última vez, a mesma dica de sempre: sejam vocês mesmos.

Não adianta você inventar um application lindo pra conseguir um match rápido e quando chegar lá a família se decepcionar e você passar aperto ou até mesmo entrar em rematch.
Pense que da mesma forma que você espera que a família seja sincera com você, eles também esperam o mesmo de você. E se você falar a verdade no application as chances de ter uma ótima experiência no intercâmbio aumentam.

E assim chegamos ao fim desta longa e cansativa série. Ops.. igual a preencher o app. HAHAHA
Espero que ajude ou pelo menos mate a curiosidade das meninas que ainda não se inscreveram ou que estão preenchendo o app.

E não deixem de conferir as instruções e dicas da agência nas imagens (as que estão pequenas você pode salvar e ver no seu pc).
Espero voltar mês que vem pra contar pra vocês sobre o meu match. Todo mundo torcendo! (:
Mas, por precaução, aceito sugestões sobre um tema legal pra postar. É só comentar aí embaixo.
E não se esqueçam de curtir nossa página no facebook e ficar por dentro de tudo o que rola com os (beijinho pro Eddy) 30 loucos que aqui vos escrevem.

Beijo beijo
Carol.



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15 maio 2013

Sobre decisões…



Sobre a liberdade e livre arbítrio que temos de construir nossas vidas a partir delas

 

Hey girls,
No meu primeiro post citei o quanto foi difícil tomar a minha decisão final. A  experiência que tive me faz acreditar o quanto essa escolha pode modificar nossas vidas. Vejo muitas meninas perguntando se vale a pena abandonar emprego, faculdade, carreira, namorado, amigos, família... enfim, a vida que construiu para se tornar Au Pair. Por esta razão, escolhi o tema para post do mês. Não venho com uma resposta, porque infelizmente não existe. A decisão certa vem do nosso coração e depende da nossa história e de nossas metas. Hoje venho aqui  compartilhar minha experiência sobre como escolhi trilhar por esse caminho de aventuras, medos, experiências, aprendizado...
           
Conheci o programa de Au Pair quando cursava faculdade, estava no segundo ano. Existe uma agência na praça de alimentação da universidade que estudava. Um dia parei do lado de fora e juntadora de papeis que sou, peguei os panfletinhos que falavam sobre os intercâmbios. Li todos, mas, o que mais entrava na minha realidade financeira era o Programa de Au Pair. No mesmo ano conheci umas meninas que foram au pairs e me fizeram cultivar a ideia. Conversei com meus pais, mas eles falavam que era melhor eu terminar a faculdade. Como meu sonho sempre foi fazer um intercâmbio na Europa por conta de amar história e pela facilidade que é de viajar pelos países decidi esperar, para talvez, ir só como estudante para a Europa, porque as agências de au pairs que conhecia só enviava au pairs para os Estados Unidos, e este, era o último país da minha lista. Por fim, entrei no terceiro ano da faculdade e consegui um excelente estágio. Fiquei muito feliz porque era na minha área, tinha minha própria sala, ramal, salário digno, horário certo (era vendedora em shopping e sempre trabalhava muito mais), pessoal super legal... então decidi que realmente aquele não era o momento.   Guardei o sonho numa caixinha.
           
Me formei, fui efetivada no estágio. Minha vida estava caminhando perfeitamente.  Mas, o sonho despertou e não conseguia mais dormir na caixinha e então ele começou a me deixar ansiosa de novo, a querer me fazer sair da zona do conforto, enfrentar meus medos, a querer o novo... A rotina que levava estava me sufocando.  Expliquei novamente para meus pais sobre o programa, agora já formada, eles me apoiaram, mas não queriam que eu viesse como Au Pair, falaram que eu deveria trabalhar mais um ano e juntar dinheiro para então ir só estudar. Mas, eu já estava com a decisão tomada. Então, um belo dia sem ninguém saber peguei meu cheque,  o ônibus e fui a agência fechar o programa.
           
 Naquele momento estava certa e queria ir o quanto antes porque apesar de estar em um ótimo emprego,  ja estava na rotina e cansada dos mesmos assuntos. Não tinha pra onde crescer. Queria aventuras, novidades...  Quando recebia anúncios de vagas para trainee me sentia a mais incapacitada. Parava ali, no primeiro requerimento: - Ensino superior completo. O segundo sempre era inglês (o bonito sempre me fu***)... vi que se ficasse no Brasil fazendo os cursinhos de inglês iria demorar mais uns 5, 6 anos até conseguir uma comunicação de índio, porque após três tentativas de cursos de inglês confirmei que não tinha a mínima facilidade e nem paciência. Gosto da prática, da vivência, de quebrar a cara.  Com mania de fazer lista escrevi os prós e contras. Os prós fortaleciam minha decisão. Comecei a preencher meu perfil.
           
No meio do caminho surgem os personagens da história que vão lhe falar que: você é louca, que é formada e vai ser babá, que tem emprego bom e vai largar, que você nunca teria paciência com criança, que não vai suportar morar uma semana com estranhos, ainda mais americanos, que  são a pior raça do mundo... Mas você não liga, porque ninguém entende o quão grande é o seu sonho de morar fora, de viver novas experiências. E então você não acredita. Mas, em alguns momentos essas “vozes do mal” vão ser fortes pra lhe por pra baixo.
       
        Foi o que aconteceu comigo.  Após conversar com algumas famílias (ou pelo menos tentar – com ajuda do santo google tradutor), uma que você sem explicação sentiu um feeling e de repente você entende o que ela fala, vocês passam uma semana conversando por Skype todos os dias, conhece as crianças, falou com a atual Au Pair e a host mother fala que é você mesmo e lhe envia todos os rules, o schedule, mas no dia seguinte misteriosamente some do seu perfil. É... tentei acreditar que fazia parte do processo de match. No fim do dia enviei um email perguntando e a fofa respondeu que tinha falado com o marido e estava super triste porque ele gostaria de uma menina que já tivesse morado fora e ele é quem dava a decisão final, então o match dela não era válido. Isso acabou comigo. Tive um match, só que não. Aí comecei a acreditar que aquilo realmente não era para mim, que americanos são loucos, superficiais e inconstantes.  Desisti! Algumas famílias entraram no meu perfil, enviaram email, mas nem respondi.
      
        Decidi tocar minha vida, me matriculei em um curso, comecei um novo romance e comprei novos sapatos hahaha.  Entrada de ano novo 2011 para 2012  estava numa vibe de me permitir e pensei: ‘’bom vou voltar a falar com essas famílias loucas, pelo menos to treinando o inglês’’. Mas não estava empolgada, não senti feeling com nenhuma. Respondia normal, sem entusiasmo, sem esperança alguma. Por fim, depois do carnaval entrou uma família, trocamos emails, fizemos Skype e senti que eles iam pedir Match. Esse foi mais um momento delicado, achei que ia ficar louca... Vou ou não vou? Será a coisa certa? E meu emprego? Até papelzinho de sim e não fiz para tirar na sorte... Pedi aos céus e ventos para me dar um sinal de qual seria a decisão certa.  Estava desesperada. Achei que estava louca.  Se revelação é ter certeza e mansidão, então tive uma revelação maravilhosa. Após um momento desespero de loucura entre o sim e o não tive minha resposta. Senti uma paz, que não sentia há um bom tempo e uma voz falou na minha mente: “Você tem dois caminhos a seguir, não existe certo ou errado. Se você escolher ir será o caminho certo, Se você escolher ficar também. A diferença é que são caminhos diferentes e sua vida vai tomar rumos diferentes a partir da sua escolha. Mas qualquer que seja, ela vai dar certo”. Eu chorei, porque tive minha resposta. Se escolhesse ficar ia continuar infeliz, na mesmice, arrependida, só pensando e não realizando o que realmente eu desejava... E então tudo ficou mais claro, eu precisava viver isso. No outro dia estava marcado Skype com a host family e já tinha avisado meus pais que tive minha resposta e que sentia q eles iriam pedir Match e então I said YEEEES, I HAVE MATCH. Tive vinte dias para organizar minha partida. Foi uma surpresa para família, amigos, companheiros de serviço. Foi maravilhoso receber o apoio de todos.
Apesar de todas dificuldades que enfrento aqui, não me arrependo nem um segundo pela minha decisão.

Boa sorte para todas que estão no Brasil e para as que estão aqui. Porque as decisões não param, são diárias!

Larissa Alves

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