Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

07 outubro 2013

Qual é o destino de uma au pair?

Durante a experiência como au pair, a gente passa por uma fase de começar a comparar a vida na gringa e a vida no Brasil, não preciso nem dizer que a vida fora é mais fácil. Ganhar dinheiro, comprar, viajar, ter carro, viver com conforto, tudo exige menos esforço. Fora que a segurança pública que da de 10 a 0 no Brasil. Questiono eu, quem não gostaria de morar num lugar assim? Quando vc está uma vez fora, fica pensando numa forma de ficar, de não ter que enfrentar a dificuldade de novo de que é a vida no Brasil. A gente fica inconformada com a tamanha diferença que é o desenvolvimento entre os dois países.

Pois então, quando fui au pair, passei por essa fase, de revolta com o Brasil, quando estava mais ou menos no meu sétimo ou oitavo mês. Fiquei pensando em formas de trocar meu visto, de estudar e trabalhar e tudo mais. Conheço muitas au pairs que ficaram, mudaram o visto para estudante ou casaram. Comecei a pesquisar como funcionava os esquemas pra ficar, até então só uma coisa eu tinha certeza: ilegal eu não fico. 

Conversei com uma porrada de gente, pesquisei na net, analisei as situações, avaliei os prós e contras e cheguei numa conclusão que não era tão fácil quanto eu imaginava. Aqui vai uma ideia de como funciona: 


Muitas au pairs trocam o visto para estudante, que funciona o seguinte: primeiro tem que ter um sponsor (que é uma pessoa que vai provar que tem uma grana preta no banco e ser responsável por vc), ai vc se matricula numa escola que dê o visto, pode ser Faculdade ou Escola de ESL (English as Second Language) e vc pega um visto que permite que vc fique no país até acabar seu curso. Detalhe: com visto de estudante não pode trabalhar, a galera trabalha por baixo dos panos.

Muitas começam a fazer facu porque assim já pega um visto de longo prazo, ou seja até o fim da facu. O esquema que elas fazem é arrumar uma família americana que seja seu sponsor, e assim vc trabalha como nanny deles, tem todos benefícios que uma au pair tem (mora com eles, tem comida, carro, cel etc) e eles pagam um salário muito maior que o de au pair e vc tem condições de pagar sua facu, ou algumas famílias também oferecem de pagar sua facu e pagar um salário inferior, o que dá na mesma. Essa foi uma opção descartada por mim, primeiro porque eu não aguentava mais olhar criança e morar na casa dos outros. Segundo que eu já sou formada e não estava mais a fim de estudar por longo prazo.






Pensei em tentar visto de trabalho, mas pra isso, teria que fazer outra facu ou mestrado e depois tentar a sorte e arrumar um emprego, mas depois de muita pesquisa vi que visto de trabalho é quase uma lenda. Não é impossível, conheço brasileiros que conseguiram e hoje tem um emprego bacaninha e seu visto bonitinho, mas realmente o processo do visto de trabalho é muito complicado.

O último esquema que sobrou foi: Casar! Esse esquema ai é o mais popular entre as au pairs, conheço meninas a rodo que casaram. Na minha época de revolta com o Brasil, pensei, se eu arrumar um namorado que eu goste eu caso sem dó quando estiver acabando meu programa de au pair, ai pego green card arrumo um emprego bacana e pronto. 

Mas isso também não é tão fácil, primeiro que arrumar um cara que eu gostasse tava difícil (eu nunca casaria por interesse) e segundo porque eu sou ambiciosa profissionalmente e até hoje ainda penso mais em carreira do que em casamento. 
Depois de analisar bem essa possibilidade, pensei, isso não é pra mim, não adianta forçar a barra. Outro esquema descartado!

O que me sobrou agora? Bem, acabei tirando da minha cabeça essa idéia de ficar pra sempre nos Estados Unidos. Acabei percebendo que era uma fase de revolta mesmo e que cada um tem algo na vida a seguir, se as coisas não favoreceram pra eu ficar então o jeito foi voltar. Cada au pair sabe o que será melhor pra ela (ele), e no meu caso, um Green Card não me faria feliz.
Share:
Entre na Mente de Mari

4 comentários:

  1. Mari, já me senti muito como você. E quando parece que o mundo não favorece para que eu fique na gringa, eu começo a achar bons motivos para voltar para o Brasil (que também não é fácil, mas já conforta muito!)
    Boa sorte para ti! :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eh um sentimento complicado ne Karen! No fim eu voltei pro Brasil e por um lado me arrependi mas por outro nao. Hoje estou de volta nos Estados Unidos mas so vim pra fazer um curso q eu queria e voltarei pro Brasil de novo.

      Excluir
  2. Muito bom seu post, Mari! Eu já ia sair do Brasil pensando em como eu ia ficar fora, e por uma obra do destino dois dias antes de eu me mudar pro primeiro ano de au pair, conheci meu namorado e hj sou au pair pela segunda vez, no país dele e isso foi realmente um presente que a vida me deu, pra eu poder continuar fora, escrevi sobre isso no meu ultimo post. Aqui na Suécia não precisa casar, só morar junto, já facilita muito e não força a barra.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Leticia!! Nossa q historia bacana a sua! Vou ler seu post :)

      Excluir