Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

30 abril 2014

Decisão de ser Au Pair na Europa (Alemanha)



 Oi galera, meu nome é Thais, tenho 22 anos, no momento ainda moro em Santos/Brasil e  sou nova aqui no blog. 
 Eu queria ser Au Pair nos Estados Unidos mas as coisas foram mudando quando eu conheci um holandês lindo, loiro, dos olhos azuis e fofo (momento fall in love) *-* mesmo após conhecer ele eu ainda queria ir para a terra do Obama, depois ir para Holanda, mas as coisas foram mudando . Até que minha amiga Au Pair na Alemanha terminará o contrato em janeiro e me fez a proposta de ficar com a família dela, eu pensei muito, o salário da Europa é diferente, eu teria que pagar as passagens (o que não seria muita diferença do valor que eu pagaria para a agência) mas eu iria morar a 4 horas da cidade dele *-* ele e eu ficamos um tempo conversando até que eu resolvi seguir o que o meu coração mandava, SEREI AU PAIR NA ALEMANHA, irei morar a uma distância considerável dele, estou ciente que irei para trabalhar e estudar e o meu relacionamento será consequência de tudo isso, após minha decisão nós tivemos uma conversa franca e resolvemos que iriamos esperar um ao outro, estamos cheios de planos.


Estou em contato com a família todos gostaram de mim, fizeram bastante perguntas  e que agora não tinham mais perguntas, a host mom adicionou a minha referencia de cuidados com crianças e vai conversar com a mãe das crianças. Ahh a família é Mãe portuguesa e Pai alemão então eles falam português #GraçasaDeus  em junho ou julho eu inicio o curso de alemão aqui no Brasil mas não posso esquecer de estudar inglês, graças a Deus lá todos falam inglês também :)
Eu me sinto feliz com a minha decisão,  cuidarei de crianças lindas em um país que sempre tive vontade de visitar, estudarei uma língua que também sempre quis aprender, irei morar próxima do meu 'amor' e irei aproveitar ao máximo. A ansiedade está a flor da pele, rs


              Sonhar é de graça, torna-los real tem seu preço, sonhos não foram feitos para ficarem guardados.



"Se você tem a coragem de deixar para trás tudo que lhe é familiar e confortável (pode ser qualquer coisa, desde a sua casa aos seus antigos ressentimentos) e embarcar numa jornada em busca da verdade (para dentro ou para fora), e se você tem mesmo a vontade de considerar tudo que acontece nessa jornada como uma pista, e se você aceitar cada um que encontre no caminho como professor, e se estiver preparada, acima de tudo, para encarar (e perdoar) algumas realidades bem difíceis sobre você mesma… então a verdade não lhe será negada.”
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29 abril 2014

O que te motiva?

Eu comecei a escrever esse post no dia que fui aceita no blog - dia 31 de março. De lá para cá meu texto passou pelas mais loucas situações: 
1º - não conseguia ficar online - cada hora aparecia um documento novo ou que precisava ser alterado...
2º - fiquei online na quarta feira, dia 9/03, finalmente, depois de NOVE MESES de documentação. Chorei.
3º - quinta feira, quando abri meu email, já tinha o email de uma família! Chorei [2].
4º - Troquei vários emails com a família durante o dia e já gostei muito deles. Marcamos Skype para sexta feira. Chorei de pânico!
5º - Fiz skype na sexta, foi muiiiito legal, apesar de eu ter travado (claro). Conversamos por mais de 2 horas, conheci as crianças, e adorei! Foi interessante saber que eu conseguia ficar vermelha de vergonha, nunca tinha acontecido... 
6º - depois do Skype fui comer e tentar baixar a adrenalina, torcendo para eles terem gostado de mim! Quando voltei para o computador tinha um email deles falando, entre outras coisas, para eu olhar meu perfil: era o convite para fechar com eles!! Gritei um belo “I have a MATCH!!!!” e depois chorei! kkkk
Em todas essas situações eu mantive a mesma linha de raciocínio no texto,o que foi muito bom para mim e espero que seja para vocês também.
A única coisa que me manteve seguindo em frente nesses nove meses foi a motivação. Não, esse não é um texto de auto-ajuda, mas é bom para vocês saberem que vocês vão depender dela durante todo o programa de Au Pair.

                                                        Ah a espera sem fim...

Acredito que no momento em que você decide fazer um intercambio sua vida muda um pouco: você sai da zona de conforto e começa se preparar para viver uma experiência totalmente diferente. Minha mãe sempre questionava: “Você tem certeza que é isso o que quer?” e, quando eu respondia que sim, ela complementava “então você vai fazer isso direito”.
Eu passei a trabalhar somente com crianças em suas respectivas casas (todos meninos, um de 6 anos, um de 12 anos e dois irmãos de 1 ano e 11 meses e 5 anos) e passei a fazer monitoria em uma escola de inglês da minha cidade. Além disso, estudava inglês uma vez por semana em sala de aula e todos os outros dias em casa, com musica, seriado, filmes... Enfim, o que quero dizer aqui é: você realmente quer? Faça acontecer. Tente se lembrar sempre dos seus motivos – eles podem parecer pouco ou muito para os outros, mas são os SEUS motivos – são eles que vão te fazer seguir em frente quando tudo está ruim, e pode acreditar, isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Parece até um teste de paciência, quando tudo de errado acontece na sequencia, mas vale a pena. Não vejo a hora de chegar lá! <3





É isso gente linda! Esse é meu primeiro texto aqui no blog, espero que tenham gostado. Se quiserem tirar alguma dúvida é só comentar aqui, no face ou por email! Beijoooooos!! =*


liza.trombini@gmail.com


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27 abril 2014

Au Pair x Namorado! Será que dá certo?



Quando pensamos em deixar nossa vidinha confortável em nosso país, sair da casa dos papais, largar emprego e faculdade pra se aventurar por ai, já sabemos que não é nada fácil. Como solteira você com certeza não tem nada que te impeça de largar tudo e ser feliz, mas e quando a razão da sua felicidade neste meio tempo se encontra em seu querido lar? Como fica?

Pois é minha gente, não estou criticando as solteiras, mas pode -se  dizer que largar tudo sozinha é muito mais fácil do que largar tudo e deixar alguém muito importante te esperando. Para quem namora sempre complica um pouquinho mais a questão de deixar tudo pra trás e posso me colocar como exemplo nesta história.

Para mim não foi nada fácil decidir pelo programa de intercâmbio sabendo que precisava deixar aqui o homem da minha vida. Namoro a bastante tempo (2 anos e 7 meses completados hoje!) e isso complicou bastante em minha decisão, sempre me questionava: será que devo deixá-lo aqui e ir viver a vida? Mas descobri que se a pessoa que esta ao seu lado te ama e entende que isso é importante pra você, você não terá que fazer essa escolha, pois ele ficará do seu lado e ficará feliz em ver que você quer ir atrás do seu futuro!
Posso dizer que entre o fechamento do programa e nosso namoro ouve muita conversa e mesmo assim muitas coisas graves aconteceram neste meio tempo, até pensei em desistir de tudo só pra ficar com ele. Porém justo ele, a pessoa que eu menos esperava me empurrou e não me deixou desistir. Fez questão de me acompanhar em cada etapa do processo, me ajudando, me dando palpite e me encorajando. Por mais que eu esteja com o coração na mão de deixá-lo, sei que preciso fazer isso. Quem sabe até não seja bom pro nosso namoro este tempo de saudade? Eu sei que será incrível quando eu voltar e vê-lo me esperando no aeroporto, vou querer curti-lo ainda mais do que quando o deixei.

Quando me perguntam se vale a pena você ir fazer o intercâmbio namorando, eu digo que não tem o porque não tentar. Afinal, se a pessoa for mesmo apaixonada por você e quiser viver com você pro resto da vida, ela com certeza vai te esperar e até mais, quem sabe ela não vá te fazer uma visita? Não tem porque do seu amor impacar algo bom para o seu futuro. Não deixe esta oportunidade passar e digo mais, se a pessoa ao seu lado não apoia ver o seu crescimento, aí sim: vá solteira!

Eu não sei se dará certo nosso namoro a distância, já vi muitas histórias que acabaram no meio do caminho ou que terminaram antes mesmo de começar. Mas arrisque, converse muito e muito e muito para que você não se decepcione mais tarde, estabeleça limites (sem se privar das coisas é claro) e não o deixe preso aqui por causa de ciúmes. Lembre-se que você viverá coisas novas e que a pessoa ficará aqui com sua rotina de sempre!

E que o amor prevaleça a qualquer distância e viva as au pairs compromissadas!



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26 abril 2014

Diminuindo as saudades

Olá, neste mês, algumas dicas para diminuir a saudades da chegada! Muitas vezes, quando você acaba de chegar, tudo é novo e você não conhece ninguém e mal conhece a rotina... as coisas podem ser estranhas. A adaptação pode ser difícil! Então... aqui vão umas diquinhas!

1. Faça amigos desde antes de embarcar. Procure conhecer pessoas da sua que moram próximas aos seus hosts através de grupos e comunidades para expats na internet. É fácil procurar, no google ou facebook digite apenas "Expats in (nome da cidade ou região)" e você começa a se aventurar. O Couchsurfing é uma ótima maneira de fazer amigos internacionais, e na Holanda é bastante conhecido.
 
2. Procure o site oficial da sua cidade. Toda cidade tem, por menor que seja. Lá há listas de atividades, grupos e locais a serem visitados e você pode se programar para suas primeiras semanas, quando tudo ainda for novidade.
 
3. Socialize-se com os Hosts. Sim, você quer ter seu tempo livre e privado, mas especialmente no início é legal se socializar bastante com os hosts. Puxar assunto, perguntar sobre a vida deles, falar da sua, sua animação e preparação para ir, descobrir o que eles gostam de fazer (ler, ver filmes, etc) para vocês encontrarem algo em comum e que talvez possam fazer juntos ou conversar sobre.
 
4. Se você chega na Holanda em uma época fria, é mais difícil a adaptação. Pois o inverno na Europa é uma época tradicional de reclusão, onde as famílias tomam chá quente, não saem tanto e se refugiam no quentinho das casas. Pode ser mais difícil de sair e fazer amigos, ou dos seus hosts desejarem te levar pra sair. Planeje atividades de inverno para aproveitar a estação: ice skating, fazer bonecos de neve, sair com as amigas para tomar chocolate quente encapuzadas e ver filmes. Também é propício passar tempo com os hosts, puxar papo e pedir a eles dicas do que fazer.
 
5. Bateu a saudade? Skype!!! Procure ter um celular legal que você possa durante seu tempo livre bem no meio da tarde quando não tem como fazer nada, ligar a um amigo ou familiar no Brasil e bater um papinho. Não espere um horário fixo para falar com sua família (toda noite, depois das 21hs por exemplo). Isso terá o efeito oposto, se as coisas estiverem mais ou menos na sua adaptação, você passará o dia todo ansiando pelo skype às 21hs e a saudade aumentará ao invés de ficar mais fácil. Por isso, se sobrou um tempinho de dia, passe alguns minutinhos no skype que já vai ser de grande ajuda. Se você tiver vídeo melhor, vai poder mostrar os arredores e você vai ver como a animação de seus amigos vai dar um "up" em você!!!
 
6. Não tenha preconceito com outras au pairs. Você quer conhecer a cultura, cisma em ter amigos locais e foge de brasileiros e au pairs. A tendência é você se afastar. É importante ao menos as vezes estar próximo de pessoas que te entendem e que passam pelas mesmas coisas que você. Eu, durante meu ano, só queria fazer amigos holandeses, e realmente fiz muitos, mas eles já tinham há turma deles há anos... e eu era uma pessoa de fora e que ía embora. Por mais que eu fosse convidada a ser parte deles, eu era a novidade de fora, temporária... além de que viajar e conhecer locais turísticos se tornou muito mais difícil... Au pairs tem o mesmo objetivo que você, conhecer tudo. Por isso, unam-se!
 
7. Xô preguiça! Deixe a preguiça no Brasil. ter tempo livre também traz reflexões... saudades... e tristeza! ocupe-se. Se está com sono, aguente mais um pouco (não passe o intercâmbio dormindo), se está cansada, tome uma banho e se produza. Sinta-se bonita para ter ânimo. E no começo force o ânimo a aparecer. Saia para caminhadas pela vizinhança, ande de bike sozinha só para conhecer os arredores, faça jogging. Movimente-se. Ocupe sua cabeça e seu corpo! Sempre!
 

8. Mantenha um blog. Poucas arrumam tempo, mas quando você estiver sem fazer nada, escreva em um diário, blog ou qualquer lugar sobre sua experiência. Relatar sobre como foi seu dia, como você está se sentindo lhe fará valorizar mais a experiência, além de também propiciar que você faça novos amigos blogueiros (brasileiros no exterior e na Holanda) e mantém sua família e amigos felizes. Saia para tirar fotos específicas para por no blog, procure por aventuras e assuntos para escrever e você vai aproveitar cada minuto só para ter o que falar. Também serve como desabafo, quando não esta bem, poste, você vai ver como outras pessoas se relacionarão com sua dor e você se sentirá menos solitária.

E quais outras dicas vocês adicionariam a estas?
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25 abril 2014

Sobre a geladeira e coisas geladas





"Abro a geladeira e fico olhando para as possibilidades. Não foco em nada porque não sei exatamente o que eu quero. Será que a gente pensa que a geladeira é um portal para outro mundo? E que ao abri-la a gente vai descobrir para onde quer ir ou o que quer da vida?" - Tati Bernardi

Ah, eu quero falar sobre a geladeira! Eu adoro a geladeira! Tem um mundo inteiro lá dentro, mesmo que às vezes eu esqueça parte dele. Não é sempre que eu vou lembrar que as uvas estão atrás do iogurte, ou até que tem iogurte!

Eu tenho uma amiga que quando me visita é como se aqui morasse. Ela chega e nunca fecha a porta de entrada, já larga a bolsa na cadeira da sala, tira os sapatos e vai para o sofá. Ela só não liga a TV porque nunca aperta o 'power' do controle certo, então ela me espera para que eu o faça. Estranho é quando ela quer água gelada e eu pego o copo para servi-la. Já nos conhecemos há bastante tempo, então podemos nos dar o luxo da intimidade. Inclusive o da geladeira.

Claro que não foi sempre assim. Nas primeiras vezes era eu quem pegava, eu quem servia, eu quem mostrava. Ocorre que eu fazia 'jantinhas' aqui em casa para amigas e elas me ajudavam; então, com o tempo, foi ficando mais fácil eu dizer onde as coisas estavam e elas próprias pegarem.

Ao chegar na casa da minha família postiça não foi tão diferente. Aquela seria a minha casa, minha cozinha, meu corredor, tudo meu; por tempo determinado, mas meu. E assim eu gostava de pensar: é tudo meu também! Afinal, escreviam-me que eu seria a "irmã mais velha", e irmã mais velha também é dona da casa não é? Durante a primeira semana em que eu estava lá minha mãe postiça me apresentava para os cômodos e utensílios da casa, como usá-los e me mostrava quais panelas não poderiam em-hipótese-alguma ir para a lava-louças. Foi me dito mais de uma vez que eu poderia pegar o que quisesse da dispensa e da geladeira.

O meu desconforto começou com a geladeira. E meus pensamentos invertiam-se todos: a geladeira não é minha, o iogurte não é meu, o achocolatado também não.. O menino pequeno gosta daquele queijo, o do meio gosta do outro queijo, qual eu posso comer? (sério que eu pensava isso)

Nunca chamei a casa onde eu estava morando de casa sem aspas, era minha 'casa'(com aspas), pois eu receava tirar coisas da geladeira e pôr coisas nela também. No começo eu era bem encucada com isso de comida e não me sentia nada à vontade para abrir a geladeira ou entrar na dispensa. Até que certo dia eu me empolguei no supermercado e comprei um iogurte! E o coloquei na geladeira! Na hora do almoço o guri mais velho pergunta para a mãe "Por que tu comprou esse iogurte ruim?"

Em outra ocasião eu estava ajudando a minha mãe-postiça a preparar o almoço. Geralmente eu só ajudava. Nunca fiz o almoço sem a gastmutter, a não ser quando eu estava sozinha em casa com as crianças, o que não era muito comum. Ela, então, me pede para pegar o iogurte natural que tinha na geladeira. O mesmo iogurte que, horas antes, eu tinha comido com cereal como meu café da manhã. "O iogurte acabou. Eu comi hoje de manhã", eu disse querendo não dizer. Fizemos outro molho para a salada.

E refrigerante? Nem pensar em colocá-lo na geladeira! Os engradados ficavam na dispensa. Numa bela manhã de verão eu peguei duas garrafas e encontrei um lugar para elas num cantinho da geladeira. À noite, fui procurar uma garrafa para beber e não as encontrei na geladeira! Alguém havia as devolvido para o engradado na dispensa. Ah, eu não sei vocês, mas eu adoro refrigerante gelado! Especialmente no verão! Mas eles não; para eles o lugar de refrigerante e cerveja era no quentinho da dispensa!

Certo dia eu perguntei ao meu pai postiço o porquê de tudo ser quente! Ele me explicou sobre a cerveja, assim "Não se sente o gosto da cerveja gelada. A cerveja de vocês, no Brasil, é ruim, por isso vocês a deixam sempre gelada. A nossa cerveja é boa, nós bebemos em temperatura ambiente para sentir o gosto dela..." E depois dessa resposta eu não ia perguntar do refrigerante, né?? kkkk

Adorei quando o inverno chegou, pois eu podia deixar garrafas do lado de fora da janela do meu quarto e em meia hora eu tinha a bebida gelada que eu quisesse! \o/




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24 abril 2014

Fase de adaptação - Eu, eu mesmo e Thai.

Resolvi postar logo cedo, para que caso seu dia não tenha começado bem.. o meu post não vai ajudar em nada! hahahah.




Minha querida amiga Maira, me inspirou a falar desse assunto hoje. Nada mais justo, já que essa semana fará 2 meses que larguei tudo no Brasil. Pouco tempo, mas posso dizer que mesmo não saindo todo final de semana para baladas e não fazendo muitas amizades, eu estou MUITO feliz! Sabe quando você acorda com aquela vontade de limpar a casa, lavar uma louça? Pois é, ainda não cheguei nesse nível. Mas eu acordo empolgada para trabalhar, cuidar das kids e enfrentar mais um dia aqui. Aí você me pergunta: "Nossa Thaís, mas você ainda não fez amizade?" Fiz. Mas era melhor que não tivesse feito. Eu já fui para balada 2 vezes aqui. Tudo é muito lindo. Gente fina, elegante, sincera e música boa. Mas tem gente que abusa da nossa boa vontade, né? Uma das meninas que conheci nesses encontros de au pairs, ficou bêbada na 1ª noite em que eu saí aqui. Não foi nada demais, ela apenas abusou dos bons drink aliás, dos MEUS. Mesmo sem conhecê-la direito, como boa brasileira, cuidei dela. No dia seguinte, recebi sms agradecendo por ter sido tão legal com ela. Afinal, meu dia de deprê também vai chegar.

Na 2ª noite em que saímos, ela sambou na minha cara. Ela, - vamos apelidá-la carinhosamente de Aretuza*, logo entenderão por que - pediu para eu levar uma amiga dela em casa - que por sinal só tinha visto uma vez -. As duas chaparam o globo, com outro bêbado "X" que estava pagando bebidas para elas, esse estava tão sóbrio que até me deu o número do celular dele escrito em um dólar. A Aretuza ficou quase em coma alcoólico - engraçado se não fosse trágico - e a colega dela quase chegando no mesmo nível. Foi um parto de trigêmeos para tirarem elas da balada. As luzes já estavam acesas mas elas ficavam dando trela para os caras. A pior parte de ficar sóbria é assistir a tudo isso, simplesmente lamentável - fora a dancinha do acasalamento em cima do balcão do bar -. Enfim, com muito custo fomos para o meu carro. Quando finalmente coloquei a Aretuza no meu carro, ela começa a vomitar. Sim!! Aretuzooou meu carro todo. Eu até conseguia rir, mas acho que de tanto desespero. Porque como se não bastasse ela ter vomitado na calçada, ela caiu do carro e sambou no próprio vômito hahahahahahahaha e depois sentou no meu banco. ¬¬

Prazer, Aretuzaaaaaaaaaaaaaaaaaaarrhhhhbleeeh:




Bom, aconteceu que eu fiquei tão puta que fiquei sem agir. Tanto porque não era minha amiga, então eu não sentia nem vontade de ajudar. Estava desesperada demais pra ser carinhosa com a Aretuza naquele momento. A colega dela até que ajudou. Deve ter ficado com medo de mim. Até cheguei a pensar que ela estava sóbria. Mas na hora que a deixei em casa, ela caiu do carro e se espatifou na calçada que nem b... Só sei que tivemos que entrar na casa da Aretuza e colocá-la na cama dela!! 
Acordei domingo cedo, desesperada para ir ao lava-rápido. Mesmo a amiga dela tendo limpado tudo, não podia deixar aquele cheiro de lavanda no carro. Aliás, contei sim para minha família, tanto porque eu não fiz nada de errado e ficaram todo orgulhosos com a minha atitude. Óbvio que estou cobrando a menina pelo lava-rápido. Então, saibam que gente sacana existe em qualquer lugar. Não sejam bobas. Você está longe de tudo e de todos. Não pode ser boazinha. Aqui é cada um por si. 

Porque pagar 1/4 do seu salário em algo que você não fez, é demais pra mim, sociedade!



Eu ainda não me inscrevi em nenhum curso. Dependo do meu security number que não tirei ainda. Sim, estou meio enrolada. Mas essa semana resolverei. Aliás, isso é a primeira coisa que vocês devem fazer ao chegarem, meninas. Então, vira uma bola de neve e por isso não fiz muitos amigos ainda. Mas para me distrair um pouco, dou aquela brincada no Tinder e realmente me divirto! Minha amiga, ex-au pair - beijo Koguinha - me aconselhou a não sair falando para os boys que você é au pair logo de cara. Pois pode parecer que vocês está desesperada pelo green card. Então, vá com calma. (mas eu tô mesmo! brinks.)
Aqui eu vou na academia, mas parece mais um asilo. A YMCA é ótima mas não há muitos boys magias malhados. A dica da minha digníssima Maira é: saia sozinha! Isso mesmo, divirta-se com você mesma. Vá ao cinema, parque e se tiver pique por que não uma baladinha? Você veio sozinha até aqui. Nada mais natural. Não espere muito - para não dizer NADA - dos outros. Já que não vejo outra solução, começarei a colocar esse plano em prática o mais rápido. Desejem-me sorte! =)


Beijos!!


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23 abril 2014

Como me tornei Au Pair de 5 crianças

Oiii gente =))

Meu nome é Fernanda Vitiello,  e é com muito prazer que agora faço parte da equipe do blog! :) Para começar acho legal me apresentar um pouco, e com isso vou entrando no assunto do post de hoje. Tenho 19 aninhos e sou de São Paulo.

Em 2012 fiz um intercâmbio de idiomas no Canadá, no qual fiquei 1 mês e me apaixonei totalmente. E foi quando percebi que 1 mês era muito pouco, e eu precisava de mais. Muito mais! Aí descobri o intercâmbio de Au Pair e me joguei. Fiquei online pela CI - APC por 6 meses, louca para embarcar e sem nada de família. No total, tive 2 famílias no perfil.

Totalmente desanimada, resolvi que me inscreveria em outra agência. Entrei na Cultural Care, fiz o processo todo bem rapidinho, e logo fiquei online. 1 mês depois apareceu uma família que não entrou em contato (Indignação com essas famílias que nos deixam esperando, apenas!), e 15 dias depois entrou uma outra família. Logo em seguida, recebi o e-mail da Host Mom me dizendo que era uma Big Family, e que a Au Pair cuidaria, nada mais - nada menos, do que de 5, sim, CINCO crianças! Idades: 0 a 8 anos. Parece loucura? E é! Mais loucura ainda porque respondi o e-mail, e fomos trocando mensagem, e no começo nem minha mãe sabia dessa família, porque sabia o que ela diria.



Conversamos de quarta até sexta a noite por e-mail. Vários e-mails quilométricos, milhares de perguntas, e de pouquinho em pouquinho eu ia me apaixonando ainda mais por aquela família enorme. Quando fizemos Skype, na sexta a noite, já sentia como se conhecia eles a muito tempo. Continuamos com os e-mails, uma semana depois fiz skype com as 4 crianças (a quinta ainda não tinha nascido) = LOUCURA TOTAL! Duvidei muito que conseguiria, mas confiei no feeling forte que eu tive, confiei em mim, e o que deu? MATCH! Em 1 mês fechei o match, consegui meu visto, e embarquei!

Cheguei em Missouri - USA em Janeiro. Um lugar que eu nem sabia que existia, com muito mais crianças do que imaginei que seria capaz de cuidar, uma LCC incrível, e uma Host mom que nada mais é do que uma mãezona para mim. Pouco mais de três meses se passaram, o meu baby number 5 chegou no começo desse mês, mas eu já estava bem adaptada com as regras, rotina e as outras kids. Posso dizer uma coisa? Embarquei em uma loucura de marca maior, e estou FELIZ demais!!!! Arrisque-se!!

Bom pessoal, esse foi o mais breve que consegui fazer de uma introdução sobre como vim parar nesse mundo maluco, e agora estarei aqui todo dia 23 para contar um pouco mais sobre essa experiência difícil, mas incrível que estou vivendo. Também tenho um blog pessoal onde vocês podem achar muito mais sobre mim: AQUI!


Um beijão e até o próximo dia 23 =)
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22 abril 2014

Momentos de tensão na host family


Por mais que sua host family seja um amor, quem nunca teve momentos de tensão ? Isso acontece em casa , com nossa família, acontece também quando temos uma host family. A diferença é que, brigar com a sua mãe porque ela invadiu sua privacidade ou fez algo que você não gostou ou vice versa ,é uma coisa, briga vem e briga vai, os sentimentos não mudam facilmente.  Agora imaginem “brigar” com a sua host family , que na realidade são os seus patrões?  Se você não estiver preparada para lidar com este tipo de situação, a experiência pode ser meio estranha, assim como foi para mim.
Não adianta, ser au pair é um trabalho como qualquer outro. Você NÃO é a irmã mais velha das kids, raramente a família tem real interesse pela sua cultura e pelo o que você tem para acrescentar na família por ser uma pessoa estrangeira. Você é uma mão de obra barata e flexível, nada mais do que isso. Então , o primeiro passo é não ter expectativas em relação a família, não ficar achando que eles tem que entender seus erros e suas atitudes.
Acho que eu não lidei muito bem com as situações, hoje tudo parece ser tão óbvio que eu tenho até vergonha de admitir que errei em coisas estúpidas. Como por exemplo, na primeira semana de trabalho, a mãe sempre deixava as jaquetas e as luvas separadas para as kids, ela escolhia as roupas e ponto final, eu não questionava e as kids também não, tínhamos esta rotina. Um dia ela separou determinadas roupas para todos, e quando chegou em casa estava extremamente irritada comigo porque eu não tinha dado uma blusa para o menino, pois ela não havia separado. Claro, eu deveria ter escolhido uma jaqueta qualquer para ele, se ela não separou nenhuma, mas pensei , vou seguir as regras que ela colocou, se eu pegar a jaqueta , ela pode não gostar também. Vai entender ?
Outro exemplo ridículo, foi quando a baby de 09 meses estava aprendendo os primeiros passos, vivia caindo, chorava, levantava e caia de novo. Para mim isso sempre foi algo normal, mas para a mãe era inaceitável. Sendo que , diversas vezes quando a baby estava com a mãe , ela caia e se machucava de verdade, do tipo level hard, ter que tomar pontos e bater a cabeça no concreto, coisa que comigo, au pair bobinha e inexperiente JAMAIS deixei acontecer.
Mas , quem era eu para discutir situações como esta não é mesmo ?
Eu ficava triste, quando aconteciam coisas assim eu me sentia péssima e desvalorizada, pois, tudo de bom que fiz durante o dia , era esquecido por causa de um erro , que nunca eram graves . Mas como falei anteriormente, ser au pair é um trabalho e em todos os trabalhos existem dificuldades e lições para aprender e superar. Talvez hoje eu fizesse diferente, talvez eu desse mais minhas opiniões e idéias sem medo de ser criticada, talvez eu fosse mais ativa para me defender e para tomar atitudes sem depender tanto de opiniões bobinhas dos pais.
Outro exemplo foi quando entrei em rematch e continuei por uma semana na casa da família, sem trabalhar, porque os pais não queriam que as kids ficassem confusas. Eu me sentia uma invasora, por estar morando ali, não trabalhando, não brincando com as kids e nada. Todos os dias que eu saia e tinha que voltar para casa eu me sentia como se estivesse quebrando a fechadura para entrar a força, abrir a geladeira para comer então era um momento péssimo. Eu comecei a sair para comprar comida e ficar no quarto a maior parte do tempo, só para não ter que abrir a porta para entrar e me deparar com alguém. Era ridículo, eu deveria ter continuado a agir normalmente, pois existe uma coisa chamada contrato, se a família assinou, ela deve proceder de acordo, e a au pair não deve se sentir mal em cumprir a sua parte no contrato haha.
Como falei, momentos de tensão, estes foram apenas alguns exemplos dos meus momentos, e que eu aprendi com eles.
Se eu pudesse dizer hoje para as futuras au pairs, um conselho amigo em relação a este assunto é : NÃO SE CALE diante de injustiças, NÃO SEJA tão emotiva,  se for para conversar sério, não se emocione, não traga rancores e angústias pessoais para assuntos de trabalho. Encare tudo como um negócio, você deve manter sua cabeça fria e não misturar o lado pessoal com o profissional. Isso pode ser um pouco difícil, mas vale a pena exercitar. Uso isso para a minha vida até hoje, foi uma das maiores lições que aprendi como au pair.

Quem gostou desse post e quiser conhecer mais o meu trabalho, acesse o Pensamento Livre  e curta a minha página no facebook.



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20 abril 2014

Califórnia, Las Vegas e Grand Canyon: Road Trip


Este intercâmbio não faria sentido para mim  se eu não fizesse essa viagem! California trip ,  party hard em Las Vegas e apreciar a beleza do Grand Canyon! Vejo muitos posts nos grupos de facebook pedindo dicas para essa viagem , e eu mesma fiz um post quando estava planejando a minha! Vou tentar deixar aqui algumas dicas de planejamento, o que eu não indicaria fazer e algo sobre nosso roteiro. Boa viagem! (post longo)
O primeiro passo é pesquisar! Leia blogs sobre todas as cidades que deseja visitar. Pesquise em sites de viagens, sites para comprar passagens aéreas baratas, endereços de hostel, aluguel de carro, atrações, etc.  Compre as passagens aéreas com antecedência e então comece a planejar todo o resto. Uso estes aplicativos para achar passagens aéreas com desconto : Expedia, Kayak, lmt mobile e skyscanner. Sempre uso também o app do Super Shuttle para ir para o aeroporto ou ir para o hotel. Para checar as dicas de hospedagem, atrações, restaurantes, etc. uso os apps do booking.com e do trip advisor.  Acompanho sempre alguns blogs de viagem como www.viajenaviagem.com  www.hotelcaliforniablog.com    www.blogdicasdeviagem.com   e   www.behappynow.com.br .
Você pode começar a trip em San Francisco e descer em direção ao sul.  Esta é uma cidade encantadora! Eu amei, porque é uma cidade grande com ares de praia. Alguns lugares imperdíveis são o  bairro Castro, que é o reduto gay, o Golden Gate Park, a Lombard Street, Painted Ladies, Palace of Fine Arts e a linda Golden Gate Bridge! Existem muitos bares e vida noturna , nós conhecemos a região da Marina.  O transporte público em San Fran é ótimo, você não precisa de carro lá. Você paga $2,00 por dia e anda o quanto quiser de ônibus, metro, etc. Achei isso o máximo! Super  indico o Hi Hosteling City Center, que é o hostel em que nos hospedamos.

A tão famosa Highway 1 em direção a Los Angeles é imperdível!  Esse caminho é mais longo, passamos mais de 10 horas dirigindo, mas a vista vale muito a pena! É lindo! Não tivemos muita sorte porque estava chovendo, mas eu recomendo muito fazer essa viagem e ir parando nas praias pelo caminho! Big Sur, Monterey, Carmel, Santa Barbara, Malibu e Santa Mônica são paradas obrigatórias!



Los Angeles é exatamente como eu esperava: Pessoas excêntricas e diferente pelas ruas, lugares super famosos e tudo lembra filmes  e fama! Dirigimos até o ponto mais próximo para fotografar o Holywood sign, coloque o endereço no seu GPS e tire muitas fotos! (Mulholland Hwy,Los Angeles CA) A calçada da fama é maior do que eu pensava! Uma dica é pesquisar no site oficial a exata localização da estrela dos famosos que você quer fotografar.  Beverly Hills e Rodeo Dr também são lugares interessantes de visitar. Fizemos um passeio guiado pelos estúdios da Warner Bross, e foi maravilhoso! Fãs de Harry Pother e Friends vão pirar!

Las Vegas é uma loucura! Sério, é too much! Baladas, cassinos, hotéis maravilhosos, as luzes ,pool parties,  a badalação, o agito! Tudo que eu amo! Vá preparado porque a Sin City não é pra qualquer um! Nas ruas você encontra com os promoters que facilitam sua entrada nas festas e desconto em restaurantes. Eu levei uma semana pra me recuperar de Las Vegas e espero voltar mais vezes , mas como diz o famoso ditado: O que acontece em Vegas, fica em Vegas!

O Grand Canyon tem uma das vistas mais lindas que já vi na vida! Dirigimos até o lado sul, conhecido como Grand Canyon National Park South Rim. Fantástico e imperdível!


O que eu aconselharia que você fizesse diferente: Eu fiz essa viagem em 9 dias, se você tem mais tempo e dinheiro, fique no mínimo 15 dias por lá! Ficamos 2 dias em San Fran e 2 dias em  LA , um dia no Grand Canyon , um dia na Hwy 1 e 3 dias em Las Vegas. Isso foi muito corrido e cansativo. Se puder, pegue um voo de LA até Vegas, pois é barato, você economiza tempo e não cansa de dirigir na estrada. Caso tenha tempo, acampe ou se hospede no Arizona, aos arredores do Grand Canyon. É melhor para descansar e curtir um pouco mais da vista.  Reserve alguns dias para San Diego, que  é uma cidade linda mas que não pude visitar dessa vez.
Espero que as dicas ajudem outras pessoas, eu  já planejo voltar em todos estes lugares que são maravilhosos e minha dica final é: APROVEITE cada segundo!


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19 abril 2014

Alfabetizando toddlers

Olá pessoal! Tudo bem?

Hoje vim falar de um assunto que as vezes é discutido por aí...

Alfabetizar uma criança entre 1 e 3 anos? Como assim?



Lá em 2008, quando fui Au Pair pela primeira vez, ao meio do discurso que a host anunciava meu rematch ela falou que precisava de alguém que alfabetizasse a menina que na época tinha 1 ano e 3 meses. Fiquei espantada, até cheguei a sugerir que ela ao invés de fazer o match com uma Au Pair regular, que fechasse com uma Extraoridinaire (para quem não sabe, é o programa da APIA o de meninas formadas em pedagogia aplicam e recebem alguns dólares a mais no salário por ter essa qualificação extra)
Após o rematch, fui para a nova casa, e aprendi qual é o método que eles usam pra alfabetizar os bebês. Não é nem um bicho de 7 cabeças, mas é um hábito que eu nunca tinha visto no Brasil, e também não é preciso ser professora pra fazer essas coisas.
Primeiramente, sempre converse com a criança, não importa se é bebe, se o inglês é ruim... Mas converse! Diga onde estão indo, o que você está fazendo (trocando a fralda, por exemplo), para estimular a fala.
Tire um tempo do seu dia para ler livros para a criança. Por mais que eles não entendam, vão observar as figuras e assi começarem a desenvolver o gosto pela leitura.
Ensine os amimais e os sons que eles fazem, toda criança americana aprende isso até antes de começar a falar.
Quando ver letras grandes aponte-as e diga quais são, funciona bastante depois que a criança completa dois anos.
Sobre cores eles sempre usam o método de falar a cor antes de mencionar o objeto, por exemplo, red. car, yellow banana, brown bear.
São pequenos detalhes que vão fazer diferença no desenvolvimento da criança e evitar um rematch, dependendo da família!

Espero que a dica tenha sido válida! 

Beijos e até o mês que vem! 

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18 abril 2014

Sobre virginianos, leoninos e [pqp] cancerianos!

Eu me considero bem limpinha. Aliás aquele bordão, "sou pobre, mas sou limpinha", nunca fez tanto sentindo.

Minha hostfamily não é das sujas/sem higiene, mas não é das mais organizadas either. O que quero dizer é, em outras palavras, que sou virginiana com ascendente em gêmeos ponto-final-e-não-se-discute. Não sei vocês, mas sou bem organizada na minha bagunça. Não sou um modelo, vale ressaltar, mas você nunca me verá acumular coisas que não uso, por exemplo. Pra vocês terem ideia, ainda não completei  4 meses na terra do tio Sam e já doei roupa que tava parada há tempo "demais" no closet.

As kids têm 4,5 e 2,5 anos. No basement ainda tem coisa de quando as mais velha era bebe e que o mais novo não usou. Tem pilhas e pilhas de presente de casamento que ainda não foram abertos. Tem brinquedo novo. Tem brinquedo velho. Tem capa de celular fechada que não é compatível com nenhum dos modelos da casa. Tem comida. Tem poeira. Tem laundry. Tem...! Tem tudo, menos espaço! Sem contar a garagem, claro.

Ah! Garagem aqui não é garagem. É depósito. Depósito de coisa que nem se usa, nem se joga fora.

Um coisa bem de brasileiro é, se você tem casa grande ou pequena, tem o quartinho da bagunça. Mas é só um quartinho. Não é a casa toda! E outra: quanto mais espaço nós temos, mais idéias de cômodos novos teremos. Se não tivermos dinheiro, vamos construir em 3 anos (ou até mais). Se tivermos nos programado, em menos de 1 ano! Ou 6 meses! Ou menos! Não vamos porém acumular porqueira em cima de porqueira sem nunca parar para reorganizar o cômodo! Nem que seja antes das festas de fim de ano!

Saldo do mês: meu projeto de ano como Au Pair é auxiliar minha hostmom - que é leonina e casou com um canceriano - a arrumar o basement e a garagem


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17 abril 2014

a volta pra casa

Um mês desde que voltei. UAU. 
Eu preferi deixar esse post pra esse mês pra poder dar um panorama mais completo de como é a volta pra casa, ou pelo menos como foi pra mim. 
Mas não sei se um mês já foi o suficiente pra absorver e assimilar o que é voltar pra casa depois de um ano fora. Os sentimentos são muito conflitantes e confusos ainda, mas vou dar o meu melhor. 
Vamos por partes então... 

A PARTIDA

Não sei o que aconteceu, mas nas últimas semanas/meses eu e minha família estávamos vivendo uma grande lua de mel. Ao contrário do que geralmente acontece, nossa relação terminou milhas de distância a frente de como começou. Tudo estava em tão perfeita sincronia que pra mim não fazia sentido algum ir embora. Não logo quando tudo havia finalmente se encaixado daquele jeito. 
Eles foram maravilhosos comigo nos últimos dias, deram uma festa pra eu poder dizer goodbye pra todos os vizinhos, me levaram pra jantar, me deram uns presentes lindos... enfim... eu realmente deixei eles pra trás com o coração partido. 
O aeroporto foi uma das coisas mais difíceis pelas quais passei na vida. Saber que você está indo embora e deixando pra trás aquelas crianças que você ama tanto e "nunca mais" na vida vai vê-los novamente ain't easy my friends! 

A CHEGADA

Depois de 12h dentro do avião durante o dia eu finalmente cheguei em São Paulo. A alça da minha mala de mão havia quebrado, tive que carregar 16kg no braço, mais as outras tralhas que tinha levado. Tava um calor dos infernos e eu de calça comprida e moletom. Eu tava com duas malas gigantescas e tive que pega-las sozinha... Ou seja, meu humor não tava dos mais... amigáveis. Minha mãe e minha madrinha foram me buscar, e enquanto elas seguravam as lágrimas eu só sabia reclamar do calor e do cansaço. É... #meujeitinho
E essa é a pior parte, enquanto todo mundo se mostrava super feliz de me ter de volta e me enchiam de amor, eu só conseguia ser simpática. Nada além disso. Fora que não existe non-awkward way de responder a pergunta "E aí? Gostou de voltar? Ta sentindo falta de lá? O que ta achando?" Tudo uma bosta, por mim nem teria vindo. Mas enfim né... 



A READAPTAÇÃO

Still going on. Porém, não está sendo tão difícil quanto imaginei. Acho que em partes por que não me permito parar pra pensar muito nisso. Já comecei a trabalhar 10 dias depois de chegar, fui pro Rio me lembrar das coisas que mais gosto daqui, fiz novos amigos, conheci novos lugares, revi os melhores amigos e assim tenho me mantido ok. Claro que existem dias ruins em que não consigo tirar minhas kids da cabeça. E que acordo no meu quarto aqui pensando que ainda to no meu quarto de lá. Ou esquecendo que aqui não existe bicicleta e não posso mais ir e vir conforme eu bem entender. Tudo precisa de organização, planejamento e requisição de caronas. Isso tem sido a pior parte, eu perdi toda uma liberdade e independência conquistadas lá e não consigo mais voltar ao que era antes. Porém sinto que estou vivendo uma vida de adulta pela primeira vez. Sem mais faculdade, sem mais assunto de crianças, sem mais preocupações com cada centavo gasto... Se não fosse a questão da locomoção eu diria que tudo vai indo muitíssimo bem, obrigada. Ou pelo menos se encaminhando para estar. Mas ainda existem dias e momentos em que coisas ridículas fazem uma falta tremenda, em que as crianças não saem da cabeça e as memórias parecem fazer parte de uma outra vida. 



É engraçado como as coisas mudam tanto e continuam as mesmas em um ano. Encontrar todos os  amigos que continuam aqui, indo aos mesmos lugares, fazendo as mesas coisas... Ao mesmo tempo em que muitos trocaram de emprego, casaram, tiveram filhos... É estranho. Os mesmos bares, as mesmas tretas, relacionamentos que terminaram, relacionamentos que começaram... Tudo igual ao mesmo tempo que tudo diferente. 
Eu acredito que esse período logo depois da volta é crucial. Pelo o que entendi é geralmente nos primeiros meses logo após voltar que a maioria das meninas decidem que não conseguem mais viver no Brasil e que precisam ir pra algum outro lugar. Esse, por enquanto, ainda não parece ser o meu caso. Mas eu ainda não tive muito tempo pra assimilar e absorver tudo o que aconteceu nos últimos tempos. 
Mas só digo que: você aí, que ainda está em dúvida... SE JOGA. Sem dúvida essa foi a melhor experiência de toda a minha vida. Olho pra trás e desacredito do quão feliz eu consegui ser nesse um ano. 
Agora é respirar fundo e aguardar pra ver o que vai ser da minha vida de volta ao br! 

Até mês que vem gente linda!
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15 abril 2014

Time to say: I have a match!

Hey guys!! Como vcs estão??

Mês passado eu escrevi sobre ser Au pair na Suíça, as dificuldades, o preço das coisas, como é o país a moeda e tudo mais. Aí algumas pessoas me mandaram e-mail perguntando como eu consegui ser Au pari lá. Bem, eu não sou =D. Como meu namorado é de lá e eu vou para lá visitá-lo, a gente correu atrás disso só por curiosidade mesmo

Bom, mas o post de hoje é realmente sobre o meu programa de Au pair! Eu tava nessa luta de correr atrás de família, as dúvidas de quando ir, pra onde, que língua estudar e, há três semanas tudo se resolveu e eu consegui meu match. Vou pra uma pequena cidade no sul da Alemanha que chama Schwäbisch Hall (se lê chivébichi ral), cuidar de três kids: um boy de 5 anos, um de 2 e meio e um que vai nascer em outubro. Eu chego em janeiro do ano que vem.

 
Essa é a cidade onde vou ficar


Felicidades a parte, eu queria contar para vocês como funciona o processo para ser au pair lá, mais ou menos como eu fiz com o da Suíça. Daí, se vocês tiverem dúvidas podem me escrever no e-mail do post anterior.




Bom, para ser au pair na Alemanha vc precisa:
1. Ter entre 18-27 anos
2. Ter conhecimentos na língua Alemã
3. Não ser casada e nem possuir filhos
4. Ter experiência em cuidar de crianças


Características do trabalho:
1. Acomodação e comida  na casa da Host Family
2. Um quarto só seu com janelas grandes e de preferência banheiro exclusivo
3. Jornada de trabalho de 30 horas por semana, com máximo de 6 horas por dia
4. Domingo off e um final de semana off por mês, pelo menos


Benefícios:
1. Seguro saúde pago pela HF
2. Salário de 260,00 euro mensais
3. Ajuda de custo de 50 euros mensais se você for fazer cursos (não é obrigatório)
4. A passagem de ida e volta é paga por você.


Bem simples né, muito mais do que as exigências loucas da Suíça. O que pega é esse a parte do conhecimento na língua Alemã. Para conseguir o visto você precisa saber o correspondente ao nível A1 do quadro europeu de línguas. Esse quadro explica o que se deve saber em cada nível de uma língua para ser considerado: iniciante, básico, intermediário, avançado ou fluente.


O nível A1 é o mais baixo de todos e corresponde a saber responder perguntas simples e saber falar de si, se localizar, atender ao telefone, entender textos curtos, escrever coisas do seu dia-a-dia.  No consulado vc pode escolher entre levar um certificado do Goethe Institut (a maior escola de alemão do mundo) ou fazer uma entrevista na hora. A prova do Goethe custa 200 dilmas.
Esse é o quadro comum Europeu, pra quem se interessar


Só para aliviar vocês, quando eu comecei o processo eu não sabia nada de alemão. Agora, tenho estudado em casa e com uma professora particular, que tá me cobrando bemmmmm menos do que uma escola de alemão e me ensinando muito mais, outro dia fui fazer um simulado online da prova do Goethe e dá pra arriscar, não é tão difícil, não. Eu vou me submeter ao visto em Agosto ou Setembro, daí trago mais informações para vocês.


Bom, gente, por hoje é só, espero que tenham gostado.

Beijinhos
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