Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

20 maio 2014

Entrevistando antigas au pair's

E ai galera, tudo certinho?! 

O post de hoje vai um pouco diferente e especial :D  Eu entrevistei 3 antigas au pair's da Holanda, fiz a elas perguntas que normalmente são motivos de duvidas pra futuras au pair's (como eu). O Legal é que eu fiz as mesmas perguntas pra três, e as respostas foram diferentes, afinal.. as perspectivas são diferentes. Vale a pena conferir!  Espero que vocês gostem! 

                                   



1° entrevistada: Bruna 

Tempo de intercambio: abril/ 2013 - abril/ 2014

• Porque você decidiu ser au pair?
Decidi ser au pair pela necessidade de uma experiencia internacional e também para aprimorar o meu inglês. Foi o intercambio que coube no meu bolso. Eu escolhi a holanda pelo fato de terem o inglês comi segunda língua e lá se trabalha apenas 30h semanais.
• Vale a pena ser au pair?
Sim, vale muito a pena. Foi uma experiencia incrível. Tive a oportunidade de conhecer pessoas novas, vivenciar uma nova cultura, viajar e aprimorar o meu inglês. • Quais são os pontos positivos e negativos do programa? Pontos positivos: custo beneficio, imersão cultural, desenvolvimento pessoal e maturidade. Pontos negativos: o valor destinado aos estudos é pouco e baixo pocket money. No meu caso nunca fiz extra e meus pais nunca me ajudaram. Fiz milagre com os 340 euros! Meu foco era passear, eu não gastei com roupas e eletrônicos. Então os 340 foi suficiente.. no meu caso.

• Como você define/ explica a experiencia de morar com seus chefes (hosts)? Morar com os chefes foi um desafio para mim. Sou uma pessoa bem reservada e morar com os chefes foi uma experiencia que eu não repetiria. Meu quarto era no terceiro andar, em frente da lavanderia de seg a seg ela começava a laundry 6h da manha e parava meia noite. Eu evitar chegar tarde, não dar descarga a noite e seguir todas as regras. Eu não poder receber amigos e nem meu namorado em casa. Eu ficava free de sexta a domingo e sumia rs. Meu relacionamento com meus hosts era bem profissional e deu super certo. Foram otimos para mim.. rolou alguns desentendimentos mas tudo se resolve conversando. A casa é deles, então somos nos au pairs que devemos nos adaptar a eles, eles não mudarão por nós.
• Sobre o idioma.. é difícil viver em um país onde a língua nativa não é o inglês?  A maioria la fala inglês, e falam muito bem. Nunca tive dificuldades nesta minha segunda host family. Porem na primeira era uma kid de 3 anos que não me entendia e entrei em rematch. Sem comunicação com kid mimada foi complicado! A dica que eu dou é pegar kid bebe ate 2 aninhos ou maior de 8 anos. As minhas kids falavam inglês desde os 6 anos. Mas tenho amigas q penaram! Eu tinha o nível intermediário quando viajei, mas para meninas que desejam aprender inglês eu indico os EUA. Outra coisa... acho importante fazer amizade com nativos e evitar sair apenas com brasileiros.

• O que você diria para as futuras au pairs? Alguma dicas? Eu quero dizer para as futuras au pairs para que venham sim! Com garra e coragem! Tenham em mente que não é conto de fadas, é um trabalho e tem que tem que trabalhar muito. Cuidar dos filhos dos outros exige atenção redobrada. Pra morar com os chefes é preciso ter postura, afinal somos observadas 24h por dia. Outra dica.. tragam dinheiro e se possível uns 1000 euros. Eu tinha tempo para viajar mas não tinha money, eu poderia ter aproveitado muito mais o meu ano se eu tivesse me planejado financeiramente.
                                 

2° entrevistada: Flávia Minassa

Tempo de intercambio: fevereiro/ 2013 - fevereiro/2014

• Porque você decidiu ser au pair? Bom, primeiramente eu resolvi ser au pair porque eu estava em uma época meio confusa. Era meu último ano do ensino médio e eu ainda não tinha resolvido o que queria fazer. Então eu achei melhor sair do país pra pensar e ter novas ideias. Uma amiga da minha mãe trabalhava em uma agência de intercâmbio e comentou sobre o programa au pair comigo e eu achei que era perfeito pra mim. Por adorar cuidar de crianças e o contato tão vívido com a cultura ia me dar uma perspectiva diferente de vida.

• Vale a pena ser au pair? É um programa de altos e baixos sim! Mas vale MUITO a pena pra quem tá preparada e pra quem tem o perfil, porque senão seu intercâmbio pode se tornar um pesadelo. • Quais são os pontos positivos e negativos do programa? Pontos positivos: crescimento pessoal; contato direto e intenso com uma nova cultura; criar laços com pessoas que provavelmente não conheceria se não fosse nesta situação; aprender a se virar sozinha; perceber que é você por você apesar de amigos e famílias... Etc etc. Pontos negativos: estão mais relacionados com o match em si, na verdade. Porque é isso que vai ditar o seu ano todo. Uma família que você se identifique, principalmente com as crianças, as regras da casa, seus interesses e objetivos, tudo isso influencia pra você ter um ano bom ou ruim como au pair.

• Como você define/ explica a experiencia de morar com seus chefes (hosts)? Na minha experiência eu nunca tive problemas em morar com meus chefes porque eu não tive chefes. Eu e minha host family éramos um time. Tudo era definido em conjunto (schedule/bbt/viagens/passeios/dormir fora e trazer amigos/regras para as crianças) e a minha autoridade com as crianças nunca foi desrespeitada por eles. Eu sempre me senti em casa para comer/fazer o que quisesse (menos andar de toalha pela casa), porque nós tínhamos princípios e valores iguais. • Sobre o idioma.. é difícil viver em um país onde a língua nativa não é o inglês?  No caso da Holanda é super tranquilo. Basicamente todo mundo fala inglês, mas algumas coisas são necessárias saber em holandês como, placas/sinais e alguma coisa específica que você queira comprar • O que você diria para as futuras au pairs? Alguma dicas? Tenho muitas dicas haha. Primeiro não chegue na casa da sua host family já se colocando na posição au pair-empregada. Lógico que tem algumas host families que não tem noção disso, aí é hora de pensar em rematch. Do contrário, chegue disposta a ser uma au pair-amiga da família, que está lá para dar uma mão e ser um apoio para eles, Dica 2: O google é seu melhor amigo. Seja independente e madura! Lógico que é muito mais fácil perguntar à uma au pair que está lá a mais tempo, mas que ganho você terá? Tente procurar as coisas por si própria e se não achar (o que vai acontecer sim) recorra aos hosts, amigos, expats, outras au pairs. Dica 3: Fale! Seus hosts não são obrigados a saber o que se passa na sua cabeça e nem você na deles. A diferença cultural é gritante, então converse sobre como as coisas funcionam no seu país e procure saber/perguntar como funciona no deles e coloquem-se uns no lugar dos outros. Isso vai fazer as coisas ficarem bem mais fáceis.
                              

3° entrevistada: Nadja Paes Leme

Tempo de intercambio: junho/ 2009 - maio/ 2010



• Porque você decidiu ser au pair?
Eu sempre quis fazer um intercâmbio de longa duração. Já havia tentado antes quando era mais nova, mas por causa dos custos tive que abandonar a ideia. Queria aprender um novo idioma, que não fosse inglês, então desde o início foquei em algum pais que eu tivesse essa oportunidade.

• Vale a pena ser au pair? Sim. Independente dos problemas que a gente tem durante o ano, é uma época de extremo aprendizado e crescimento. Mesmo se a família não for aquela que a gente havia sonhado, as kids forem mimadas ou se você mesma se imaginou diferente. A gente amadurece, se conhece melhor. E também constrói um novo mundo de lembranças.
• Quais são os pontos positivos e negativos do programa? Huuuum... Pergunta difícil. Um dos pontos positivos é a troca de cultura, morar com uma família com outras regras (com as quais você tem que se adaptar e respeitar), ter a oportunidade de conhecer muita gente nova, construir um relacionamento duradouro com seus hosts e principalmente com as kids, viajar de maneira mais fácil e barata, entre muitas outras coisinhas Os pontos negativos são mais delicados. Quando você volta, a saudade é tanta que mascara um pouco o lado negativo e você começa a ver coisas boas nele também! Mas eu diria que viver no mesmo local de trabalho é muito complicado, é preciso ter paciência, flexibilidade e entender que não da para apertar um botão e estar "on" e depois apertar outro e estar "off", você ainda é parte da família e deve participar. Outro aspecto é o financeiro, nós vivemos de mesada quando estamos lá, mas normalmente já passamos da idade da mesada e já estávamos acostumadas a ter uma income e completo controle das nossas finanças. Como Au Pairs, voltamos a ter mesada, voltamos a estar sob regras de pais e ainda somos as responsáveis pelas crianças e pela casa. Hoje, eu já penso que ter mesada foi bom, fiquei mais atenta aos meus gastos e dinheiro, aprendi a me planejar melhor (síndrome da saudade e do retorno?). Mas sim, receber mesada (e ainda pouca) é um dos aspectos negativos e você deve estar muito preparada para ir e não desejar extorquir seus hosts em tudo, só porque considera sua mesada muito pobre.
• Como você define/ explica a experiencia de morar com seus chefes (hosts)?  Eu nunca os considerei meus chefes. Acho que por isso que mesmo com tantos problemas tudo deu certo e somos amigos até hoje. Eu me sentia como uma irmã mais nova de um dos hosts, aquele filho temporão sabe? Uma tia das kids que esta passando uma temporada com a família. Lindo, né? É, mas é também bastante complicado... Por acaso você poupa a sua tia querida (ou qualquer familiar) de qualquer pedido em cima da hora, trabalho extra ou coisa assim? Família a gente tem mais intimidade, ou seja, menos receios e menos medos, a gente fala na lata, briga, pede e até abusa. Ser Au Pair também é assim, por isso flexibilidade é a palavra chave (se não fosse para sermos flexíveis eles contratavam nannies)! Mas é também muito bom, pois há uma troca legal. Eles me incluíam nos passeios, lembravam de mim quando saiam, e até ganhava presentinhos das kids. O interessante é ter equilíbrio, ficar de olho para ver se a troca entre as partes esta acontecendo (se eles pedem de você, mas também dão em retorno) e também saber falar com eles sobre assuntos delicados se necessário.
• Sobre o idioma.. é difícil viver em um país onde a língua nativa não é o inglês?  Agora você tocou numa pergunta que é a minha cara, tudo que eu queria era me jogar de corpo e alma em um país que não falasse inglês. Queria sofrer um pouco, acredita? Queria aprender a língua nativa, cometer erros que riria mais tarde. Bom... A Holanda não é o melhor país para sofrer... Pois todo mundo praticamente fala um inglês extremamente fluente e ela adoram aprender novos idiomas, então não se assuste de antes de você começar a soltar seu holandês, eles já estiverem soltando um português só no convívio com você.
• O que você diria para as futuras au pairs? Alguma dicas? Au Pair é um programa maravilhoso, mas também bastante exigente. Você tem que ter um certo perfil se quiser curtir o programa e aprender com ele. Também tem que pensar que sim, você vai viajar horrores, mas SIM, você vai trabalhar horrores. 30 horas por semana parece pouco... Mas são crianças e as vezes, dependendo do dia, uma hora com uma criança já pode te deixar de cabelo em pé. É preciso lidar com isso,como em qualquer emprego. Mil beijos e todas e mais informações no meu blog pessoal www.acacadoradeesmeraldas.blogspot.com
E também, aqui mesmo no blog das 30 Au Pairs, no dia 26. Ah e para as curiosas sobre as cidades holandesas, nosso novo blog: www.oranjelamp.blogspot.com.br



Enfim galera, é isso! Tentei fazer algo diferente, e que ao mesmo tempo fosse útil pra vocês, acho que consegui meu objetivo.



Never give up your dreams!



PS: Se vocês tiverem duvidas e/ou sugestões de assuntos para o próximo post é só falar :D



See you next month!


beeijo :*

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Isabela Gesteira

10 comentários:

  1. Adorei o post!!!! ^.^ É sempre legal ver perspectivas diferentes de um mesmo programa! E adorei ser lembrada!

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    1. Eu também gosto de ver perspectivas diferentes sobre a mesma coisa. Obrigada pro ter participado Nadja :D

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  2. Muito bom o post! Como assim Isa Gesteira, nunca vi ningm com o mesmo sobrenome que eu hahaaha, sou Amanda Gesteira :**

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    1. Obrigada! É muito bom receber feedback.
      Ahh que coincidencia; as únicas pessoas que eu conheço que tem o sobrenome "Gesteira" é a minha família hahaaha.

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  3. Muito legal, esse post! Bastante informativo e com muitas dicas importantes. Já anotei tudo, Isabela! bjs!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Olá, bom vou ser Au pair, é minha primeira vez então... tem toda a papelada e tals...e hoje recebi o Application form e outros documentos necessarios, eu tenho uma semana para preencher tudo e não tenho ideia de onde começar...OQUE FAZER? HELP!

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