Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

17 setembro 2014

Afazeres não muito legais




Na minha casa tinha um coelho. De olhos vermelhos e pelo branquinho, mas não pulava, tampouco pulava bem alto, mas ainda assim era um coelhinho. E a história foi a seguinte: O guri mais velho tinha ganhado de presente de aniversário há uns 3 anos, e aí ele deu pro irmão do meio que, adivinhe só!, deu para o menor!! E para não fugir à regra quem cuidava era a mãe. (já entenderam que no final sobrará pra Au Pair, né?rsrs)

Eu gosto de bichinhos, acho fofo e gutxi-gutxi, e eu tinha uma pena danada daquele coelho! Ele morava no quintal, numa casinha cercada rente a parede da nossa casa e ele não fazia nada além de comer. Nas primeiras semanas que eu estava por lá, era a mãe das crianças que cuidava do bicho, mas depois de um tempo ela passou a responsabilidade pro filho menor sob a minha supervisão! E aí o que frequentemente acontecia era o guri não querer dar comida pro coelho e me dizer “Mas vai tu lá! Tu tem que saber como faz também!” E eu ia. Por dois motivos: 1. Eu tinha pena do coelho; e 2. A mãe dos guris perguntava pra MIM quem tinha dado comida pro bicho e não era nada legal ver a cara dela quando eu respondia “ninguém”.

Na sala lá de casa tinham vasos de flores em todos os peitoris de janelas, t-o-d-o-s! E na varanda e perto da porta de entrada também. Eu acho flores lindas! Cheirosas! Mas detesto cuidar delas. E eis que num belo dia a mãe postiça me pede para que eu regue as plantas todos os dias. Ok, eu digo. Às vezes eu esquecia, mas quase sempre eu as regava. Então depois de algum almoço ela me pergunta: “tu regou as plantas hoje?”, e eu digo que sim toda alegre. Aí ela faz uma cara de braba e diz “tu ta matando as plantas! O L (marido dela) as molha de manhã!” Err, é, pois é.. Depois dessa eu nunca
mais reguei as plantas e metade delas morreu. E não, ninguém me falou mais nada.


Por outro lado eu adoraaaava passar roupa! Não faça essa cara estranha aí, vou te explicar. Geralmente quando eu passava roupa, os guris estavam fazendo algo ou a mãe estava cuidando deles, então eu não precisava me preocupar com nadica de nada além de colocar água no recipiente do ferro pra ele soltar vapor. Quando eu tinha que cuidar de algum dos guris, era do pequeno, e enquanto eu passava roupa ele tocava piano, pois a sala da música era a sala da bagunça e a sala de passar roupa, então juntava tudo. Eu dizia pra ele treinar o que tinha que treinar enquanto eu passava as roupas. E tinha a vista da sala da bagunça/música/passar roupa que era assim, nessa ordem: o quintal verdinho de grama da casa, uma cerca de mato, um lago com patos, a Floresta Proibida. E era liiiindo e calmante!

Mas eu detestava cozinhar! Na verdade eu detestava cozinhar para alemães que não estavam acostumados com a minha comida. haha Eu fazia brigadeiro, nega maluca, pipoca doce, pizza de chocolate, pão de queijo e tererê, pois era o que eles gostavam, nada além disso. E uma vez eu fiz pinhão! E eles adoraram!! Foi bem engraçado, pois as crianças não queriam comer, e um queria comer com casca, antes de eu ensinar como fazer..

Eu não fazia grandes faxinas. Às vezes, num sábado de manhã, minha mãe postiça fazia a tal da faxina; se eu estivesse em casa, e acordada, eu ajudava, senão não. E assim deu certo.

E você aí, como faz/fazia ou pensa que vai fazer?


*excepcionalmente hoje posto no lugar da Isabella Kawassaki.
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Mel SSchiewe

9 comentários:

  1. Na minha primeira semana aqui eu não precisava fazer nada também, mas como eu sentia uma certa saudade de fazer algo em útil decidi perguntar se não poderia fazer algo. Agora que já se passou um mês da minha vinda, eu já tenho que fazer tudo, arrumar, limpar e passar aspirador. Ok, não é nada difícil, mas de "somente uma Aupair" eu passei a ser costureira, faxineira, enfermeira e todas as outras funções existentes... É um aprendizado e tanto!

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    1. às vezes tinham coisas que eu não fazia. No início eu limpava o quarto do guri mais velho, mas depois eu parei, pq aquele lugar vivia uma zona, cheio de garrafas e latas vazias e pacotes de bolachas e salgadinhos vazios, o guri já era grande, podia fazer isso sozinho. e quando eu ia arrumar o quarto do guri pequeno eu levava ele junto.. Com certeza é um aprendizado e tanto! ;DD

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  2. Ótima história e post! Adorei Mel :)
    Como foi sua adaptação em uma família alemã? Sente saudades da cultura?
    Beijokas!
    Nath,
    www.brazucaupair.blogspot.com

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    1. Oi Thália! No começo, eu estranhei um pouco a demonstração de carinho deles. A primeira vez que o avô das crianças foi lá em casa ele cumprimentou os netos com um aperto de mão!! Eu achei o fim do mundo aquilo! Os guris davam tchau pra vó falando "Tschüss Oma!", não tinha abraço, não tinha beijo, nada!!! Depois eu acostumei, não deixei de dar beijos e abraços (rsrs), mas assim como eles respeitavam a beijoqueira aqui, eu respeitava a economia deles.

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  3. Olá, Mel! Faz quase uns dois meses que estou aqui na Alemanha e, de modo geral, minhas tarefas têm sido exclusivamente com as crianças (poucas vezes precisei cozinhar). Aqui tem uma diarista, mas percebi que ela não "visita meu quarto" então essa limpeza sobrou para mim. :)

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    1. Acho um alívio não ter que cozinhar! hehe Boa sorte aí! ;D

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  4. Ah, gostaria de convidar as meninas aqui para participarem do Desafio fotográfico Au Pair que criei no meu blog. Quem se interessar, dá uma olhadinha em pergaminhoamarelo.blogspot.com

    beijinhos

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  5. Que experiência de vida heim?
    De todos os serviços o pior para mim é passar roupa, ainda mais no verão.

    Bjs

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  6. Tu é folgada, nada além disso.

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