Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

18 outubro 2015

Longe de casa há (muito) mais (que) uma semana

Estou voltando pra casa!

Sim! Estou voltando pro Brasil e, há 6 meses, não pensei que falaria isso de coração tão leve. Pensei que estaria arrasada, que não conseguiria respirar, que me sentiria divida e me sentiria a pessoa mais fracassada do mundo pois "inúmeras meninas ficaram, por quê isso também não aconteceu comigo?"

Há 93 semanas e 4 dias saí do Brasil e me aventurei numa jornada que mudaria tantas convicções, verdades, onde perderia todas as esperanças, onde meu coração seria esmiuçado em pequenos pedacinhos e que apenas uma coisa me traria de volta a reconhecer quem sou eu e do que sou capaz: EU! Eu sou capaz! Tendo fé em mim e Fé em Deus, não há obstáculo que não possa enfrentar.

Foram 2 voos, 5 famílias, 11 crianças, 3 rematches, 7 mudanças (6 delas em um intervalo de 8 meses), 1 acidente de carro, 4 multas (1 de estacionamento, 1 de excesso de velocidade, 2 por uso de carteira internacional), inúmeras lágrimas derramadas, outras tantas inúmeras orações, inúmeras pequenas viagens, inúmeros amigos feitos, inúmeros momentos únicos, inúmeros encontros inusitados (como encontrar a Isa ao vivo e a cores!!!), não sei quantas viagens a New York City e encontrar uma família que, afinal, me fez viver o programa como ele realmente deveria ser: prazeroso.

Os planos pra voltar pra casa são simples: reencontrar família e amigos, ir ao meu Núcleo, comer meus tão saudosos quitutes baianos! Voltar pra casa tem sido uma motivação constante de que a vida continua, de que minha vida vem voltar a ser minha, que minhas decisões não estarão mais a mercê de ninguém, que meus finais de semana serão meus, que eu vou voltar a andar de ônibus! sabendo onde parar e a que horas passa no ponto lá de casa.  

Que eu vou brigar com a chave de casa por ficar "encrencada" na fechadura e que tem que dar um impurrãozão na porta pra conseguir abrir. Vou dormir na minha cama, no meu quarto, abraçar meus travesseiros, reclamar com minhas roupas (ai, meu guarda roupa!), que vou reclamar do valor alto das coisas, que vou voltar pro trabalho todos os dias e, no final do dia, vou dormir numa casa totalmente separada da dos meus chefe e coordenadores e domingo vou ligar pros amigos e ir pegar uma praia, mesmo que seja inverno.

Vem ser bom tomar rédea das coisas, das minha decisões, do que quero fazer nos meus dias. Estou cá com medos, claro. Mas minha jornada de retorno inicia com a mesma afirmação com a qual me guiei durante toda a minha estadia aqui:
"Acima do medo está a coragem, minha filha!" (D. Lelê, minha avozinha)
E lá vou eu, enchendo cada pedacinho do meu coração maltrapilho de esperança, fé, Luz, Paz, Amor e coragem! Pois é preciso amornar a alma, acalentar as ideias, aquecer o sangue e agir!

#58dias


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