Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

30 novembro 2015

Porque agradecer também faz parte!

Hallo Leute! 
Tudo joinha? Bom aqui na Alemanha está tudo bem, o frio chegou, a neve logo chegará (oramos). Faltam apenas 2 meses para terminar meu ano de au pair, as vezes parece muito, as vezes parece pouco demais. Eu passei muitas coisas boas e muitas coisas não tão boas assim nesse meu ano, apesar de ficar bem cansada por "ter" que cuidar de crianças, eu não posso reclamar, tudo tem que ter os momentos ruins para que os bons venham depois. Nesse ano de au pair eu conheci 6 países, visitei diversas cidades da Alemanha e da Holanda, amaduceri, conheci novas culturas e ótimos bons amigos, vi a neve pela primeira vez,
comprei muitas coisas que eu ficaria muito tempo no Brasil para comprar apesar do dinheiro da au pair ser baixo, aprendi a cozinhar coisas maravilhosas, dar valor aos dias de sol, dar valor ao arroz e feijão, fiz amizades incríveis.














O post de hoje está curto, admito que estava meio sem idéias. Mes que vem será bem melhor, será meu último post antes de sair daqui e casa!!! 

Se quiserem saber mais sobre a Alemanha e minha vida aqui só entrar na page do facebook "Warum Deutschland? " e/ou youtube Thais Gatto   😚

bjs e fiquem com Deus.
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29 novembro 2015

De frente a frente com o Rematch!!!


 Bom, no último post estava indecisa sobre ir na polícia e assim pegar minhas coisas na casa da minha host, ou não. Então, tomei a decisão de não ir buscar minhas coisas na casa da minha ex-host com a polícia. Por dois motivos, primeiro que eu não queria mais estress, já tinha tido o suficiente nos últimos dias e meses, e, segundo, porque não queria deixar o bebê que eu cuidava mais estressado, sabem como é, bebês sentem toda a atmosfera que os rodeiam. Pensei em mim e pensei nele, e deixei que minha host mom empacotasse minhas coisas e mandasse na casa da minha LCC, E ela fez com maestria, colocou todas minhas coisas de qualquer jeito em dois sacos de lixo. Uhum, me senti naquele dia o ser mais inferior de todos os seres do planeta, mas eu tinha problemas maiores para resolver. Tinha duas semanas para encontrar um nova fámilia.



Fiquei exatamente cinco dias na casa da minha LCC, não porque encontrei família, mas porque minha amiga tinha a melhor host family na época e a host mom dela me pediu para ficar com eles enquanto não arrumava outra família. E foi uma das melhores coisas que aconteceram pra mim naquelas duas semanas. Mudei do sofá da LCC para a cama da minha amiga. Não vou mentir, tive quatro famílias no meu perfil, falei com todas, mas elas não eram a minha família,Estava com os dois pés atras para escolher minha segunda família, lembro de sentir um medo terrível de não encontrar uma família ou de encontrar uma pior. Foi quando no meu oitavo dia falei com minha família atual, falei com a host mom. Ela foi um amor comigo e muito atenciosa e ficou pasma quando contei o que tinha acontecido comigo na minha primeira experiência. Fiz todas as perguntas que tinha que fazer, tirei todas as minhas dúvidas, e fechamos, sim, eu estava toda animada para começar uma nova fase,com uma nova família. Não tinha ideia do que iria acontecer, mas senti uma boa intuíção. Senti que meu intercâmbio estava em fim, começando!




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28 novembro 2015

Patinando no Central Park!

O inverno tá chegando!

Na real pra mim já chegou, porque o frio que tô passando aqui foi o pior que já passei na vida!

Meus amigos e minha host family falam que estão morrendo de pena de mim, porque isso não é nem uma amostra do frio de verdade que tá chegando. hashtag oremos

Não é inverno ainda, mas a pista de patinação no gelo do Central Park já abriu!
E é sobre isso que eu vou falar hoje, se tiverem a oportunidade de irem, VÃO! É sensa!



Você se diverte horrores (cai horrores também), pode ficar o quanto tempo quiser (por uma módica quantia) e se sente num filme!

fail


O aluguel dos patins + o valor pra entrar na pista (fim de semana) + aluguel do locker (que precisa ter, já que não pode entrar com nada na pista, mas quando devolve a chave eles te devolvem $6) deu um total de $31,00.

É carinho pra um bolso de aupoor, mas garanto que vale super a pena! E a parte boa é que depois que você entra no rink, não tem hora máxima, você pode sair a hora que te der na telha! Se seu pézinho aguentar, você vai ter diversão o dia inteiro =)

A parte ruim é que não pode entrar com pau de selfie e com câmeras grandes.

moço mandando pedindo pra eu guardar minha amada GoPro


Dificil gente, difícil. Parece tão facil nos filmes, mas não é. Haha eu sei andar de rollers (patins normal), mas ice skating é cruel. Minhas amigas eram patinadoras profissionais, então tive que ficar de mão dada com elas o tempo todo hehehehehehe

adivinhem quem é amadora e quem é profissional

Pra chegar lá é so descer no metrô na 5a Avenida com a 59 St. O rink fica pertinho do Central Park Zoo!

Dizem que esse inverno vai ser rigoroso, então vamos aproveitar enquanto podemos sair de casa né?

Nos vemos no próximo dia 28!



Tô sempre postando minha vida por aqui no instagrão, me segue lá! @jukhourii


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27 novembro 2015

Viajando com a sua Family… The real one

Hoje vou contar como foi viajar com a minha família, A MINHA!

Desde o início do meu processo do Au Pair já deixei claro que gostaria de levar minha família para os EUA, logo depois do meu match já avisei meus pais e minhas irmãs para irem juntando dinheiro o máximo que possível para eles poderem ir me visitar.

Assim que cheguei nos EUA e abri a minha conta no banco abri também a minha conta poupança, e defini o propósito de salvar pelo menos 50% do salário semanal, como havia escrito no post “Economizando nos pais das compras”.

Logo em seguida eu defini a melhor data para as férias das minhas irmãs baterem com a minha, e assim foi desde a minha chegada (março) até a data da minha viagem (novembro) fui juntando os 50% semanal, fui ajudando minha família com o processo do visto e toda burocracia que é necessária para entrar nos EUA.

Resumindo, minha família veio e ficou comigo durante 2 semanas antes do Thanksgiving, e foi a melhor férias da minha vida, espero que a deles também, principalmente porque nenhum deles havia saído do Brasil antes.

Se você assim como eu é apegado a sua família do Brasil e faria de tudo para passar as férias juntos e fazê-las as melhor possível aqui vai algumas dicas.


  • Juntar boa parte do seu salário semanal para que possa fazer um bom proveito de suas férias
  • Só compre a sua passagem depois de sua família ter o visto, salvo os casos que sua família vá te visitar na cidade onde mora (como acontece bastante).
  • Caso o visto da sua família seja negado ou esteja com medo da negação do visto existem outros lugares que podem ser visitados como por exemplo, Cancun no México, Bahamas e outras ilhas paradisíacas que nós brasileiros não necessitamos de visto para a entrada, é uma ótima opção e sempre fica mais barato.
Muitas Au Pairs dizem que 2 coisas podem acontecer depois de encontrar sua família no meio do programa:
1- Você querer voltar para o Brasil, e caso foi para o Brasil visitar querer ficar por lá mesmo.
2- Ter suas forças e energias renovadas para continuar o programa e volta para a casa da Host Family com força total.

O que posso dizer que eu fico com a segunda opção, as férias foi simplesmente incrível, ver a felicidade da minha família é inexplicável e estou pronto para mais 1 ano =).

Aqui vai algumas fotos, você pode encontrar o resto delas no meu Instagram:

Planet Hollywood

O encontro no aeroporto

Minha irmã matando a saudade ou talvez eu

Ensopados na Universal Island of Adventure

Tentando esquiar no gelo, eu disse tentando...


PS: Peço desculpas pelo post curto e sem muitas dicas, estou fazendo este post no avião voltando da viagem, quase dormindo e super cansado. Foi um tempo muito bom que me desliguei de tudo, a despedida foi a parte difícil, se despedir pela segunda vez. Consequentemente não deixei pronto o post.  

Até o próximo dia 27.

Dúvidas ou sugestões só comentar ou me mandar um e-mail.

Me siga nas redes sociais:
Instagram: @gabriel_evb
Facebook: Gabriel Bacelar

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26 novembro 2015

Por que au pair tem que ser flexível?

Quando você começa a pesquisar sobre o programa de au pair em qualquer lugar, você se depara com essa palavra again and again. São posts em blogs, descrição do perfil ideal de au pair enviada por uma agência, seus amigos que já tiveram a experiência. Todo mundo praticamente enfatiza que a pessoa que deseja ser au pair "tem que ser flexível".

Tá. Mas por quê?


No geral, au pair não é um programa barato aos hosts. Existem diversos custos envolvidos, valores que nunca chegarão aos bolsos da au pair (que ganha o pocket money). São impostos, agência, screening, visitas, documentação, seguros, etc. Então... se é caro, porque ainda existem famílias que preferem ter uma au pair? Justamente pela flexibilidade que uma au pair oferece. Uma nanny (que também não é barata) tem hora de entrada e saída certinhas e uma descrição de suas atividades muito mais clara. E muitas famílias tem necessidades mais dinâmicas, como que a pessoa trabalhe uma horinha pela manhã depois mais algumas a tarde e quem sabe faça um babysitting a noite. E tudo isso sem ultrapassar as 8h máximas diárias que ela pode trabalhar. Uma nanny não poderia fazer isso, não desta forma (ou se fizesse, não seria nada prático porque ela teria que se deslocar de sua casa até a da família diversas vezes ao dia).

Então, ter au pair se torna um grande atrativo para essas famílias. Que as vezes tem uma emergência e precisam pedir um socorro à au pair, que como mora com eles, fica mais fácil de ajudá-los nessas situações. É mais cômodo. 

Sim, morar junto apresenta diversos perrengues tanto à au pair quanto aos hosts e em geral, eles são receptivos a isso justamente pela flexibilidade que morar junto também representa.

Ah... mas só au pair ser flexível é roubada. É sim! Tem razão. Flexibilidade é algo que tem que existir DOS DOIS LADOS. A família que recebe uma au pair normalmente sabe que além de poder contar com a flexibilidade da moça (ou do moço), deverá devolver flexibilidade também. Se você quebra um galho, fique atenta a que eles também possam fazer isso ocasionalmente.

Mais do que atenção a isso, é você ter bastante discernimento para ver as diferenças entre flexibilidade e abusos. Sim, a linha é tênue. Ser flexível e adaptável à rotina, às emergências e eventuais bagunças no seu schedule é parte de ser au pair... mas a partir de quando isso passa a não ser saudável (para você)? Veja as diferenças:

Ser flexível é:
  • Aceitar uma ocasional mudança de schedule
  • Fazer algumas horinhas a mais num dia ou outro, quando for necessário 
  • Quebrar um galhinho quando por exemplo, você está em casa tranquila (off) e seus hosts precisam ir meia horinha ao mercadinho ao lado
  • Ser parte da família as vezes (aceitar convites para sair com eles, jantar, ver tv com os hosts), mas também ter seu espaço (e direito de dizer não) respeitado

Fique de olho:
  • Mudança de schedule todda hora (e nunca lhe avisaram que o schedule seria extremamente maleável)
  • Fazer horas a mais sempre e nunca conseguir que eles lhe deem um dia de folga para compensar ou lhe paguem a mais por essas horas.
  • A ida ao mercadinho dura muito mais que a meia horinha falada. Sempre!
  • Ser convidada para sair com eles só porque na verdade eles querem largar as crianças com você, com a desculpa de ser "parte da família". Normalmente não aceitam "não" como resposta ao convite.
O que mais vocês adicionariam à lista? 
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25 novembro 2015

Vamos falar de algo bom?



Nesse tempo maluco no qual parece que ninguém mais se importa com nada e ninguém além de si mesmo, eu quero falar de carinho, de amor, de coisas boas!

E hoje o tema será o beijo de boa noite!

Às vezes bate aquela saudade louca, doída, gigante e saltitante, porém gostosa. Penso que a saudade nem sempre é ruim, afinal quer dizer que algo bom te aconteceu, né não? Ou, por acaso, tu tens saudade daquele dia em que bateu o dedo pequenino do pé na porta? Foi o que imaginei ;D

Então, naquele dia eu cheguei com dois abraços e um beijo; todos sorriram desconfortáveis, mas eu sorri feliz o que os forçou à felicidade, também, mesmo que por um segundo ou dois. Naquele dia ninguém me quis além da mãe, para me explicar como o mundo deles funcionava, afinal eu só servia para um “Guten Tag” com sotaque abrasileirado.

Um tempo depois eu comecei a ler histórias, só pra treinar mesmo, “não precisa ler certo”, ele me dizia “vai lendo aí que eu tô entendendo”. E só o fato de ele entender o que eu lia já era algo maravilhoso, como a primeira vez em que eu conversei em inglês com alguém que não falava português; a pessoa me entendeu e me deu uma resposta! A sensação foi ma-ra-vi-lho-sa!

Na minha família eu fui acostumada à beijos de boa noite. Mãe, pai, vó vô, tios, tias e os primos, quando pequenos, também. Só porque eu mudei de continente, não seria diferente – ao menos com as crianças, afinal eu não queria invadir o espaço de nenhum alemão.

Certa noite, depois de ler uma história ao pequenino de oito anos, eu disse boa noite e beijei-lhe as duas bochechas. Ele me olhou com os olhos arregalados e sensação de êxtase, sorriu e me deu boa noite.

Um fato engraçado foi um dia, depois do café da noite, em que a mãe disse que iria levar o pequeno pra dormir, e ele disse que queria que eu fosse e não ela. Logo eu que não queria invadir o espaço de nenhum alemão, olha o que fiz! Mas que pensamento mais besta esse também, né não? Eu estava na casa deles, na cozinha deles, na sala deles, eu já tinha invadido o espaço todo!

A mãe dele ficou um tanto surpresa, mas ficou onde estava e deixou que eu o colocasse pra dormir. (Isso foi muito estranho!!!)

O pequeno era o único que eu precisava mandar dormir, levar pro quarto, ver se ele deitava mesmo, cobri-lo e ainda ficar um tempo lá pra ler. Os outros dois iam sozinhos. Mas certa noite o do meio pediu que eu o cobrisse, e também pediu beijo de boa noite.

Foi algo interessante, já que nas primeiras semanas eles me evitavam e queriam me prender no galpão de brinquedos.

Quando a situação for de guerra, de indiferença; dê amor, dê carinho, dê um sorriso.


Bom final de novembro e não se assustem com dezembro.
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24 novembro 2015

Se um dia eu pudesse ver meu passado...



E fizesse parar de chover nos primeiros erros ...

Se eu pudesse voltar no passado, com a experiência de quase um ano e meio como au pair, de 4 crianças e com a mesma família, eu teria dado a mim mesma os seguintes conselhos: 

1. Quatro crianças: no way ! Pelo menos com idades tão próximas como as minhas (8, 6, 4 e 2). Sempre há conflitos entres eles e personalidades, gostos e temperamentos diferentes e administrar isso ao mesmo tempo não é fácil. E não se iluda, porque todos vão para escola. Lembre-se das férias, dos dias de neve, a hora de prepara-los para o café da manhã e os horários que você tem que lidar com todos ao mesmo tempo. Pense nisso. Não é impossível, mas também não é nada fácil.
2. Dado maior atenção ao meu match. Eu tinha vindo de quase dois match com famílias que eu realmente queria fechar e que no final acabaram não dando certo. E quando minha família atual apareceu, estava tão cansada de tudo e acabei fechando nas "coxas" e não parando para pensar sobre as entrelinhas: quatro crianças, mãe divorciada... Portanto pensem bem, sejam criteriosas, perguntem tudo e mais um pouco, é o ano da vida de vocês. Mesmo assim não é garantia achar a família ideal ou a perfeita como chamam, que aliás não existem, podemos chamar de famílias boas.  
3. Mãe divorciada: no Brasil mais do que comum ter mães solteiras, divorciadas e que criam seus filhos com dedicação e esforço próprio. Mas falando em americanas, isso não é bem assim (não vou generalizar, porque conheço ótimas mães americanas, mas na maioria que eu conheço) elas não fazem muito esforço para educá-los e criá-los. Acabam terceirizando isso. No meu caso, acaba sobrando para mim, a "ausência do pai" e acaba sempre desestruturando as crianças, tanto no aspecto emocional e comportamental. Porque sempre existe aquela "guerra" quem eles amam mais, o pai ou a mãe, e as crianças vivem no mundo de mimos, de que tudo pode. 
4. Saber se impor: muitas vezes a insegurança com o inglês, fez com que me calasse várias vezes, em que eu estava certa e devia falar. Erro grave ! Falem, não fiquem caladas, exponham tudo, se não pessoalmente, façam por e-mail (além de servir como documento, caso eles queiram inverter a situação para o lado deles). Tenham em mente que temos nossos direitos e eles devem ser respeitados. Lute por isso! E não deixem ninguém humilhar vocês. Rematch dá medo, sim, tive medo e não optei pelo rematch (outra falha minha).  Se a família não entender seus direitos, tenha certeza de que eles não são a família para você. 
5. Vir com namorado: assunto polêmico, porque tenho até um post aqui que meu ex-namorado escreveu antes de me aventurar no intercâmbio. O fato é o seguinte, isso é minha opinião, namoro à distância é complicado, ainda mais se tratando deste programa que muda nossas vidas complemente. É um programa de vivência e amadurecimento diário. Se eu soubesse o quanto doloroso seria manter o relacionamento à distância, teria terminado estando no Brasil. Ainda mais, quando se existe o término, aí torna tudo muito pior, a dor, a saudade, o pensamento será que fiz a escolha certa? Será que vale a pena ? Eu digo que sim, vale a pena a experiência de ser au pair, não tenha dúvida, perdas e ganhos fazem parte da vida. Eu teria vindo solteira, encerrado meu ciclo no Brasil e vir aberta para um novo ciclo, uma nova vida. Nossa cabeça muda. Tudo muda ao nosso redor, as coisas de antes não fazem mais sentido na nossa cabeça. Sempre se coloque em primeiro lugar ! Sua felicidade em primeiro lugar, sempre ! 

Mas hoje não posso voltar atrás e corrigir meu erros, mas posso vir aqui e compartilhar com vocês. São vários, e eles vem diariamente na minha cabeça, como uma retrospectiva de tudo vivido até aqui. Mas vou deixá-los para os próximos posts ! É isso ae ! Até próximo mês e Happy Thanskgiving :)  


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23 novembro 2015

The Second One

Olá pessoas!! Como aqui em New Jersey já passa da meia noite hoje eu comemoro 8 meses de USA! E por um lado como eu acho que passou rápido, por outro parece que é outra vida! 
O post desse mês eu vou contar um pouco de como foi passar pela primeira vez o aniversario da minha mãe e o meu longe de casa! Para a grande parte das meninas que fazem intercambio o aniversario é uma das partes mais difíceis! Foi um dia bem chato devo dizer pra mim pois caiu numa segunda e eu tive que trabalhar! E não ganhei nada de mais no dia! A minha HF vida louca só se lembrou de fazer algo na terça feira! 
Devo admitir que a melhor parte do meu dia foi vir para o meu quarto e falar com a minha melhor amiga e A PARTE MAIS IMPORTANTE: Fazer FaceTime com meus pais e irmã! Eles cantaram parabéns para mim com uma vela em cima de um sonho!! (sdds Sonho de goiaba) eu sei que as vezes não escolhemos ficar tristes a tristeza simplesmente se povoa em nós! Mas durante todo esse dia eu fiquei meio que repetindo uma frase que acabou por se tornar um mantra: é o preço que você tem que pagar por tudo que você está vivendo aqui! Tem NYC, ganha em dolar, tem boy magya (hahahaha I wish), tem balada de limo, tem viajem pra Europa e isso tudo vem com um preço! 
A vida sempre cobra esse preço, e resta a nos pagarmos ou simplesmente entrar em parafuso por querer desfrutar de todas essas coisas sem querer que se exista uma taxa por elas! E posso dizer que durante meu aniversario que foi dia 26 de outubro eu não me senti triste! Mas me senti velha! Sim velha! Eu me tornei aquele tipo de pessoa que não tem mais aquela revolta da idade! Agora eu tenho no lugar disso a maturidade comigo! Não chorei, não fiquei triste (mas isso não é uma teoria excludente de quem chora e se revolta não pode ser adulto! Mas eu estou falando do tipo de adulto que eu estou me tornando! Até porque eu não tenho muita certeza nem de mim... vou ter dos outros)
Eu simplesmente peguei esse dia pra mim e encarei de uma outra forma! Sei que o meu grande desafio será passar o natal longe de casa! Data essa realmente importante para a maioria de nós! Ainda terei o fato de passar essa data com uma família judaica ortodoxa! E acho que mais uma conquista desse dia foi que eu comprei minhas passagens para a Europa sozinha sem ajuda de ninguém algo que eu JAMAIS conseguiria no Brasil com o salario de pedagoga! 
Bem gente para concluir esse post eu termino dizendo que todos nos devemos ter ciência que a vida não nos dá coisas maravilhosas! Ela troca conosco! Experiencias por outras! E o nosso eterno aprendizado é saber trocar com a vida e com outras pessoas! E creio isso ser mais uma coisa que estou aprendendo nesse intercambio! Já que o mesmo até no nome mostra What is all about... 
E termino com um trecho de um poema chamado Invictus de William Ernest Henley: 
Sou o senhor do meu destino,
E o capitão da minha alma


Sei que esse mes a postagem foi mais introspectiva, creio que seja o reflexo dessa nova idade que chegou! Até dezembro pessoal! :) 
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20 novembro 2015

A tal da Expectativa

Oi pessoal, como vocês estão? Espero que estejam bem!

No post de hoje vou falar sobre expectativa. A tal da expectativa que colocamos sobre as outras pessoas e sobre nós mesmos.

Fonte: Google Imagens

Não adianta. Sabe quando sua amiga ou seu amigo começa a namorar e as pessoas (ou até você mesmo) começa a imaginar como serão os filhos desse casal? Pois é, isto é mais comum do que a gente imagina.

Acredito que todo o processo do nosso intercâmbio gira em torno de expectativas. E digo mais: a expectativa dos outros pode machucar a gente. Por isso, aquela tal história de quanto menos pessoas souberem dos nossos planos se encaixa muito bem aqui.

Fonte: Google Imagens

Talvez você esteja começando o seu processo e só consiga pensar sobre como será sua vida durante o intercâmbio, como será sua host family e seus host kids, será que vai fazer muitos amigos, será que vai ter o melhor ano da sua vida? 

Talvez voce esteja durante o seu intercâmbio e esteja pensando sobre extensão (que é o meu caso). Ou sobre a próxima viagem, ou somente sobre o próximo final de semana.

Ou quem sabe ainda você esteja prestes a terminar o seu ano ou até já tenha terminado e se pergunta: existe vida após au pair? Não sei. Posso vir contar pra vocês quando descobrir.

Sabe o mais importante? Viva o hoje, onde quer que você esteja. Deixe a expectativa dos outros de lado e faça o que te faz feliz. Mas e se pra isso você precisar abrir mão de alguma coisa? Vai e vai com tudo. Só nao se esqueça de viver o hoje, porque amanhã pode ser tarde demais. E não queira olhar para trás e ver o quanto deixou de viver por um futuro que talvez nem exista.

Fonte: Google Imagens

Se tiverem alguma dúvida ou sugestão a fazerem, escrevam nos comentários. 

E se quiserem acompanhar meu dia a dia, me adicionem no Snapchat e no Instagram: @albuquerque_ba :)

Beijos e até o próximo dia 21! 

Bárbara Albuquerque
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Tudo novo de novo

Essa semana saí com duas amigas au pairs para me despedir de uma delas. Foi o fim do 1º e único ano de au pair dela nos EUA. Não que esse fosse o plano, lá em janeiro desse ano, quando nos conhecemos. A idéia era ficar 2 anos, com a mesma família, bem linda. Mas não é que tudo mudou?

Mas o que eu quero dizer contando a história da coleguinha? Quero dizer, amig@s que nessa vida de au pair NADA é certo, nada é previsível. Pode até ser que você venha com um plano extremamente definido, e confiando nele e, no fim das contas, até manter-se fiel ao mesmo. Mas, posso falar? Você é uma em um milhão.

Não só essa amiga minha teve uma completa mudança de planos e perspectivas, como a outra amiga que estava nos acompanhando também e, por que não, eu mesma! Sim, nós estávamos surpreendidas com o fato de que tudo estava saindo diferente do que havíamos projetado 11 meses atrás.

As mudanças de plano podem vir das mais variadas formas, tamanhos e intensidades. Você pode ter uma completa mudança de paradigmas, uma leve adiantada de planos futuros, ou mesmo uma nova estratégia para chegar a um ponto comum da idéia inicial. Mas, garanto, não adianta se apegar a planos nessa jornada. Esteja abert@ para mudanças, principalmente as relacionadas ao seu *eu interior* - auto ajuda mode on.  É um ano intenso, cheio de nuances, e tudo pode acontecer. Inclusive decisões que você não está dispot@ a tomar, ou tem medo, ou apenas acredita que é um erro, podem se tornar as melhores coisas que você já fez na vida...






Minha experiência pessoal: cheguei aqui dizendo que seria um ano nos EUA e FIM. De volta pra casa, pra minha vida, minha família. Mas... 11 meses depois, decidi ficar, não estender o programa, mudar de área de estudo, começar um novo relacionamento... Absolutamente NADA do que eu pretendia restou. Mas estou bem feliz de ter abraçado uma nova perspectiva e, principalmente, ter me descoberto em muitos sentidos. Foi uma grande (e continua sendo) jornada de auto-conhecimento. A esse ano, ao que mais sou grata é ao fato de que foi uma oportunidade incrível de me enxergar e refletir, de mudar e crescer. Utilize cada momento, sejam eles bons ou maus, como aprendizado. Eu já disse até isso em um post passado....




Mas pra concluir esse devaneio todo, o que eu quero dizer é: ABRACE AS MUDANÇAS! Velho ditado: Se a vida te dá limões, faça limonada. É isso, basicamente.

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19 novembro 2015

O que trazer na mala?

Oi gente! Tudo bem?

Eu vejo várias pessoas nos grupos perguntando o que trazer na mala... Eu sempre xereto os comentários e há itens que eu acho desnecessários, pois aqui tem, se vende e se encontra! 

Vou listar os itens que eu vejo em comentários e a minha opinião sobre eles: 


  • Roupas: sempre vejo a mulherada dizendo... "Venha com uma mala só! Aqui você compra tudo! Discordo! Tragam roupa confortável e batida para trabalhar (nada de shorts curto e blusinha decotada, galera) você não quer gastar o seu rico dinheirinho e a kid vomitar em você. Tragam suas roupas preferidas do Brasil pra passear também, se seu foco for viajar, traga roupa o suficiente para pelo menos 3/4 do seu ano. As lojas preferidas das Au Pairs são Forever 21, Aeropostale, GAP, Old Navy, H&M, Hollister, Abercombie, etc, etc... Sim, elas têm roupa em conta, porém pecam muito em qualidade e durabilidade. Então eu pensaria duas vezes entre gastar com roupas ou aproveitar o ano aqui passeando e estudando... Hoje em dia, o salário não é o suficiente para fazer tudo.
  • Calcinhas: Vejo meninas fazendo um estoque de calcinha para trazer, assim como fiz da primeira vez que fui Au Pair... Como dizem por aí... Miga, para! Se vc tem outras prioridades, não precisa trazê-las. E as calcinhas americanas não são tão ruim assim! E não me sinto sozinha no meu amor pelas calcinhas americanas , a Juliana escreveu nesse Post o amor que ela sente pelas calcinhas daqui!
  • Biquíni: Se você não curte a idéia de tampar a bunda inteira, traga o seu Brazilian Bikini, mas se preparem para comprar um modelito americano para sair com a host family e para ir em determinados lugares. Muitos clubes e piscinas tem como regra: NO BRAZILIAN BIKINI.
  • Remédios: Se você é usuária de anticoncepcional, traga o suficiente para pelo menos 1 ano! Anticoncepcional aqui só com receita prescrita por médico americano! Planned Parenthood tem consulta de graça somente em alguns estados, e dependendo da unidade, eles são bem ruinzinhos (tive uma experiência bem desagradável com eles). Remédios de uso contínuo prescrito por médico, também traga... Muita coisa não se consegue sem prescrição! Traga DORFLEX, aqui não se vende nada parecido sem receita. Remédios para gripe, dor de cabeça, cólica, anti ácido e anti gases, é super de boa comprar aqui, e às vezes sai até mais barato que no BR.
  • Kit unha: Super necessário! Aqui, alicates e lixas não são tão boas! E as viciadas por esmaltes, como fui um dia....tragam suas cores favoritas extravagantes! Esmalte americano: Os baratos não prestam e os caros são muito caros... 7/8+ em um vidro de esmalte... As cores não são tão bonitas como as nossas!
  • Havaianas: Tragam! Às vezes se acha em promoção por aqui, mas não são as lindas que temos no BR, o preço é na casa dos 30 dólares!
  • Sapatos: tragam os seus confortáveis e preferidos... Sapato bom aqui é caro e não tem muita opção de coisa bonita, já tênis é muito mais vantajoso comprar aqui.
  • Comida: tem alguns itens totalmente desnecessário trazer: é possível achar a mesma coisa ou similar : leite condensado, bolacha Maria, creme de leite... Procure saber se há mercado brasileiro na região que você vai morar, às vezes o trabalho não compensa!
  • Presente pra host family: na minha história como Au Pair, vi muita menina reclamando que a host family não deu bola... E é verdade... Não se estresse com isso... Se couber no seu orçamento, tudo bem! Se não, não precisa trazer um monte de coisas! Americano que é bem estruturado culturalmente, aprecia muito mais um artesanato feito por você ou da sua região, ou um presente criativo que você tenha montado/feito pensando neles.
Espero que tenham gostado do post e se alguém tiver alguma idéia pra complementar ou discorda, tem diferente visão, sinta-se a vontade para comentar!



Muita sorte pra você que ainda está para arrumar a sua mala!
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17 novembro 2015

Alguns conselhos que eu queria ter tido:

Levei 5 anos planejando para ser Au Pair e mesmo assim, com todos os blogs lidos, todos os conselhos que outras pessoas me deram, todos os skypes com Au Pairs da época não foram suficientes para me preparar pra a roller coaster que foram meus dois anos no programa. 

Publiquei algumas experiências sobre a escola de treinamento no meu blog e acho que a parte que explico sobre o banheiro, por exemplo, não tinha visto em nenhum outro blog até então. Nunca explique, porém como foi meu convívio com as 5 host families que tive e posso dizer, com certeza, que, apesar de ter tido 3 rematches, e só ter parado por mais de 3 meses na primeira e última famílias, todas as boas experiências também vieram convivendo com elas.

Aqui vão alguns conselhos pra quem tá em qualquer etapa do processo, inclusive quem já terminou ou está prestes a terminar:

1. Confie em sua intuição
É normal estar ansiosa, é normal querer ouvir opiniões, mais normal ainda é procurar conselhos com quem já está no programa, mas nada melhor que ouvir a si mesma. Parar, ponderar, decidir sozinha o que é melhor pra você.

- Aconteceu comigo: desde que vi as fotos das crianças com a primeira família com quem morei, sabia que tinha alguma errada com a menina. Não deu outra! A menina era desequilibrada, ainda não ia ao banheiro sozinha aos 4 (quase 5) anos de idade, não sabia usar uma tesoura, não se esforçava para fazer os exercícios da escola. Ela foi meu estresse maior.

2. Não confie na sua host family
Eles não são sua família, eles são seus patrões. Por mais que você esteja confortável na casa deles, a casa é deles e vocês só moram juntos porque um contrato os uni. E ponto.


- Aconteceu comigo: na primeira e na quarta famílias eu acreditava que tinha um relacionamento bacana com as mães, mas, no final das contas, elas não gostavam tanto assim de mim e decidiram que, porque não aceitei ser mãe de filho dos outros e não escondia que os filhinhos delas não eram nada perfeitos, entramos em rematch.

3. Você deve ser respeitada
Não importa seu credo, sua religião, sua cor, seu status social, seu sexo, você deve ser respeitada em todos os âmbitos. Não se conforme com tratamento medíocre ou "destratamento". Claro que, antes disso, respeite.
imagem usada fora do contexto feminista
- Aconteceu comigo: cuidei de adolescentes quando morei com o primeiro single dad e ouvia muitas coisas desrespeitosas do moleque (casal de gêmeos), MUITA COISA. Decidi não contar nada e me arrependo até hoje. Foram os dois meses mais difíceis em relação a tentar me relacionar com outro ser humano. Nunca me senti tão menosprezada.

4. Privilegie sua individualidade
Seu quarto, suas coisas, seus planos, seus méritos. Goste, em primeiro lugar, de você. Eles não tão nem ai pra seu conforto. Sabe por que? Porque a casa é deles, então tem que tá confortável pra eles. Falo em relação a tudo! Schedule, horários de folga, exigências sem-noção que algumas família fazem (ter que jantar todas as sextas/os sábados a noite, obrigatoriamente, com eles? A vá! #vátomarnocu), planos pessoais, saber do seu weekend de folga com antecedência...

-Aconteceu comigo: a mãe na primeira família não me dava espaço "pra onde vai? com quem?", batia na minha porta se eu não saia do quarto no final de semana. Na terceira família, a mãe era uma controller freak e contava quantas uvas eu colocava no lanche da menina, e quantas almôndegas iam no espaguete. Na quarta família não tinha privacidade alguma, a porta do meu quarto não tinha tranca e não tinha nem guarda-roupa direito, porque o quarto original destinado a nannies/au pairs tinha sido dado para o caçula porque, aparentemente, uma criança de 7 anos precisava de uma quarto maior para dormir... além de ter que trabalhar nos finais de semana pra completar as 45h, mesmo que isso significasse 10h no sábado e 10h no domingo (eles só chegavam em casa às 3pm, e ela chegava às 7-9pm), e a poha da folga era na segunda!

5. Priorize!
Parece brincadeira, conselho antigo/sem sentido, conselho de mãe pegando no seu pé, mas não é. O que você quer fazer aqui? Quais suas metas? Curtir? Viver? Casar? Estudar? Não faça planos a longo prazo, mas faça. Depois que fizer, foque e se esforce para seguir em frente. Mudanças são possíveis e algumas vezes necessárias. Não se fixe no plano, mas tenha um! Pelo menos UM!
-Aconteceu comigo: Eu não tinha planos quando vim pra cá. O único plano que dia era sair de onde estava. Os meus fantasmas me acompanharam, pra dizer a menor das coisas que me seguiram e meus primeiro meses não foram apenas sofridos, mas foram martirizantes, porque não me encaixava nessa vida de au pair (e ainda acho que não me encaixo) e sofri todos os dias durante um bom tempo. Depois que superei o mimimi, consegui planejar algo pro meu segundo e consegui cumprir: cuidar de mim, ser feliz, me pôr em primeiro lugar e, literalmente, não tá nem me lixando para os problemas familiares da família que não é a minha.

No mais, ladies, #SucessoPraNós! Sempre! Cada umã que entra nesse programa tem uma experiência diferente, cada uma terá uma visão diferente antes, durante e depois. Eu não tive uma boa experiência como Au Pair, mas faria tudo de novo! Os perrengues e situações que passei fizeram de mim a pessoa que sou hoje: ainda mais forte, ainda mais mulher, ainda mais humana.


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E quando a vida de au pair acaba?



Vida de au pair não é fácil. Raríssimos são os casos onde a pessoa decide e dali dois meses já está lá vivendo ryka e poderosa com a host family maravilhosa gastando rios de dinheiros internacionais e viajando o mundo. A maioria tem que ralar muito até conseguir. São meses de preparo psicológico, estudando a língua, ganhando experiência, juntando a documentação, esperando ficar online, esperando família, esperando match, rezando por visto... Enfim... A montanha russa de emoções não é fácil! 
E mesmo assim, com toda essa dedicação e preparo, é muito difícil encontrar alguém que realmente estivesse pronto pro fim. O fim da experiência de au pair é algo que a gente quase não discute... O que acontece depois? Existe ex au pair? Como sair desse mundo que te sugou de corpo alma e coração e que antes que você pudesse perceber estava tomando conta de todos os aspectos da sua vida? O que acontece depois do fim? 
Tem au pair que casa e nunca mais volta. Tem au pair que muda o visto e vira nanny. Tem au pair que vai embora fugida e nunca mais olha pra trás e não quer nem ouvir falar nisso de novo. Tem au pair que vai embora contrariada e passa eternidades se lamentando e sentindo saudades. E tem au pair que segue com a vida. 
Ahn? Au pair que segue com a vida? Que bicho é esse? Onde vivem? Do que se alimentam? 
Depois do meu primeiro ano como au pair foi muito difícil voltar pra casa. Eu não queria. Não via motivo e razão pra isso. Não tinha plano nenhum pra depois. Então fui ser au pair de novo. O que pra mim funcionou maravilhosamente bem. Foi o tempo que eu precisava pra me desapegar de todas aquelas idéias e memórias e planejar o que eu realmente queria pra minha vida. 
Não são poucas as au pairs que eu conheço que ficaram presas naquela vida perfeita. Tem muitas que eu nem sei se um dia irão superar. Vivem em função de reviver os bons momentos que tiveram enquanto moravam fora. Mas uma hora é preciso seguir em frente. Traçar novas metas e objetivos, fazer novos planos. Já dizia minha vó que quem vive de passado é museu! 
Não vou dizer que estou 100% resolvida na vida living the dream sem nenhum problema na cabeça. Mas hoje eu consegui uma clareza muito maior em relação ao que eu quero pro meu futuro que eu não tinha quando voltei pra casa em 2014. Finalmente tomei algumas atitudes pra mudar minha vida e me mover em direção ao que eu queria verdadeiramente e aqui estou, me tornando uma adulta de verdade. 
Não estou criticando ninguém, eu sei na pele como é sentir tanta falta de uma vida que se viveu que parece que nada será capaz de se igualar aquilo nunca. O que eu to dizendo é que, se a gente se permitir, se abrir e olhar verdadeiramente pro futuro também conseguiremos ver um milhão de outras oportunidades que não são necessariamente ligadas a viver vida de host family pra sempre. Todas nós podemos ter nossas próprias vidas independente de onde estivermos. 
Pra mim foi necessário atravessar meio mundo pra perceber isso? Foi. Pra você pode ser que seja necessário muito mais. O importante é saber que existe sim vida pós au pair e que aquele não foi o único e melhor momento maravilhoso da sua vida! 
Até o mês que vem, com muita paz e amor e retrospectiva 2015 pra vocês! haha 

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16 novembro 2015

Au pair que ama, educa!

Ontem a noite eu estava colocando as crianças pra dormir e o meu boy, que odeia bed time, (E quando eu digo que ele odeia bed time eu quero dizer que na quarta, por exemplo, eu escutei do meu quarto ele indo e vindo do quarto pra sala gritando com os pais porque não queria dormir), achou que seria uma boa idéia escalar a cabeceira da cama depois de eu ter dito que era hora de fechar os olhos e dormir.


Eu falei uma vez, falei duas vezes. Na terceira vez eu falei em um tom bem firme que se ele não deitasse e fechasse os olhos naquele momento eu ficaria crossed(inglês britânico pra p. da vida haha) e que ia por ele pra dormir no quarto dele sozinho(ele estava deitado na cama da irmã).
Ele bufou e disse que eu estava sendo meio rude com ele, mas deitou.
3 minutos depois ele disse:
S: Bruna, posso falar uma coisa?
Eu: Não S, durma!
S: Mas Bruna, é muito importante...
Eu: Ok, fale S.
S: Você é uma au pair muito legal. Eu te amo.





Logo que eu cheguei a última coisa que eu queria fazer era ter que "disciplinar" as crianças. Porque?

1- Porque eu me imaginei no lugar deles. Da noite pro dia aparece essa pessoa na sua vida, morando na sua casa e te dando ordens? Eu ia odiar essa pessoa.
2- Porque eu queria que eles gostassem de mim.
3- Porque educar é exaustivo.


Eu percebi logo de cara que os pais era bem tranquilos em relação a disciplina. As crianças não são mal educadas comigo, mas elas são bem, bem... livres.
Na volta da escola elas jogavam a mochila no chão e deixavam o sapato em cima do sofá. Elas comiam uma banana e jogavam a casca no chão. E olha, I'm so sorry, mas eu não ia ficar catando coisa do chão, especialmente cascas de banana. Além do que, pensando como educadora/professora esse comportamento é inaceitável, gente haha



E aí eu tive que começar a me impor, ensinar que os sapatos iam ficar naquele cantinho, que a mochila a gente ia pendurar ali e que a casca da banana, por mais bizarro que pareça, tem que ir pro lixo... hahah
Eles odiaram tudo isso. Perguntaram porquê. Disseram que com a mãe deles não era assim. Falaram que eu era chata.



Lógico que sim né. Quem gosta de regras?
Os primeiros dias foram mais difíceis. Mas aos poucos eles começaram a automaticamente pendurar a mochila. Eles quase sempre deixam o sapato no lugar certo agora. Mas vira e mexe algum deles tem uma crise porque precisa brincar e não quer pendurar o casaco.
As vezes essas crises são só uma manha, as vezes elas duram 40 minutos no dia que eu to com dor de cabeça, fui no banco pela décima vez em duas semanas e ainda sim não consegui abrir minha conta. Mas eles não tem nada a ver com isso.

Educar não é fácil. Enche o saco, toma tempo e requer toda a paciência do mundo. Talvez por isso muitos pais acabem deixando tantos comportamentos errados se desenvolverem. Não quero julgar ninguém porque ainda não tenho filhos e não sei como é ser pai/mãe 24hs por dia. Mas como educadora e au pair queria muito que os pais entendessem que aquela meia hora colocando a criança na cama e lendo uma história, ou que ser mais firme e lidar com a crise que segue valem muito a pena. Na verdade, todo mundo que está diariamente com crianças precisava entender isso. Quando se trata de educação o melhor caminho raramente é o mais fácil. E disciplina é essencial.



É claro que como au pair não podemos impor a rigidez de uma escola, afinal criança também tem que ser livre, brincar e se expressar. Mas limites e estrutura não fazer suas host kids deixarem de te amar. Elas vão reclamar, vão te chamar de chata, vão fazer cara feia... Mas 10 minutos depois elas vão te abraçar e dizer que te amam. E por mais que cada gesto seja muito importante pra uma criança (minhas kids vivem me lembrando de coisas que eu não lembro) elas perdoam muito fácil. Portanto, não tenha medo de exercer autoridade se você sabe o que está fazendo!

Só não pode confundir ser firme com ser ruim haha Porque tem muita gente que não sabe se impor sem gritar. Se você grita com uma criança, muito provavelmente ela vai assimilar aquele comportamento e reproduzir. Fora que poxa, vejo muita au pair reclamando das kids, que são terríveis, mal-educadas, estão lá só pra empatar a vida delas... Oi?



Claro que tem crianças terríveis e que não vai rolar aqueeeela conexão entre toda criança e sua au pair. Mas na maioria dos casos, com um pouquinho de boa vontade dá pra construir uma relação muito legal. É importante mostrar que você se importa, querer saber como foi o dia da criança, fazer um esforço pra de fato brincar com ela e não só "supervisionar"(nem que seja só as vezes!), inventar jogos e atividades divertidas e ser divertida (colocar a música preferida das kids bem alto e dançar junto!), respeitar e entender os diferentes momentos.
No dia-a-dia tento ao máximo ser gentil com eles, dar carinho, ser educada... Tento muito ser um "bom modelo". Vivo falando pra eles que devemos tratar os outros como gostaríamos de ser tratados (e isso vale pra todo mundo, inclusive pras au pairs!), ajudar quem pudermos e respeitar todo mundo.
Se funciona? Sim.
Sinto eles muito diferentes de quando os conheci. Pelo menos quando estão comigo... haha

Minha conexão com as minhas kids não foi tão instantânea quanto eu gostaria, especialmente com a girl (embora eu tenha mais problemas de disciplina com o boy), mas fomos aprendendo a conviver e a nos divertirmos juntos.
Hoje eu amo minhas kids e sinceramente não entendo como alguém consegue ser au pair sem amar crianças. Não, não é só um trabalho. 
Óbvio que não dá pra ser a Mary Poppins todo dia, mas acho que ter essa consciência ajuda a gente a pensar duas vezes antes de perder a cabeça e dar aquele grito quando eles decidem tacar o terror. Ou quando pela milésima vez, eles "esquecem" que a casca da banana se joga no lixo.



See you soon :)

Personal Blog
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