Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

25 janeiro 2017

Minha família veio me visitar!!! – parte 1



Um dia eu tive um sonho. Eu queria sair de casa, viajar por aí, ver coisas novas e diferentes. Cantar para o mundo e ver o que eu podia ver. Eu via pessoas indo e voltando, indo e ficando por lá, pessoas que não queriam ir e o meu tempo que nunca chegava. Amiguinhos que durante o ensino médio já se jogaram num intercâmbio e aqueles que iam com a família toda pra Disney nas férias. E eu fui ficando. Fui ficando e pensando que fosse ficar para sempre.

Até que as estrelas brilharam diferente, o mundo girou ao contrário e o universo decidiu que era a minha vez. Isso porque eu ouvi Bocelli e Judy Weiss, achei bonito e decidi aprender alemão pra poder, quem sabe um dia, falar igual a ela. Isso foi no meu terceiro ano da faculdade.

Então depois de terminar meu curso, mais precisamente duas semanas depois da festa de formatura, eu embarquei naquela que seria uma das minhas maiores e mais lindas aventuras. Fui indicada para ser Au Pair de uma família alemã numa cidadezinha no sul da Alemanha. O início eu conto nesse post.

Voltei para o Brasil em abril de 2013. Naquele ano troquei três ou quatro e-mails com a família. Depois mais nada. No final de 2014 eu pensei em mandar uma caixa de natal, mas não mandei. Decidi, então, que da Páscoa não passaria. Eles têm chocolates bons, sei que sim. Têm doces bons também, sei que tem. Eu tinha 98765 motivos para continuar inerte, no mesmo pensamento desse meu post aqui , mas decidi que não!

Montei uma caixa com ovos de chocolate para as crianças, bolachas confeitadas para os pais, balas de coco e de banana e fiz um cartão. Como sou muito atrasada com tudo, acabei mandando a caixa mais tarde do que o previsto: na semana anterior ao domingo de Páscoa. E eis que na segunda-feira seguinte eu recebo um e-mail da minha mãe postiça agradecendo a surpresa da caixa que chegou no sábado, antes do domingo de Páscoa! E ainda me passou o número do celular dela e do menino pequeno para que pudéssemos conversar. Ocasionalmente trocamos mensagens.

Então num dia monótono de outubro eu recebo uma mensagem em alemão me perguntando se eu estaria em casa no início de janeiro. Oi? Como? Calma! Espera! Eu li isso mesmo? Li a mensagem quatro vezes já com lágrimas nos olhos! Primeiro a mãe postiça me contou que o mais velho fazia planos para o aniversário e que logo o inverno chegaria, mas que dessa vez eles trocariam o frio pelo calor e viriam para o Brasil!!! Outra Au Pair deles também mora no mesmo estado que eu, e eles visitariam nós duas! MEUS ALEMÃES FAVORITOS VIRIAM PARA O BRASIL!!! ALOOOOOU!!!! Fiquei encantada!

Escrevo esse texto dia 04/01 – o dia seguinte ao que eu passei com minhas duas famílias: a brasileira e a alemã. E ainda estou em êxtase. Sinto uma felicidade imensa de um carinho tão gigante que eu não imaginava que eles tinham por mim. Eu tenho esse probleminha, penso que só eu gosto bastante das pessoas e que elas não gostam de mim. Tudo imaginação minha.

O passeio deles pelo Brasil seria o seguinte: Natal com a Au Pair antes de mim, uma semana na praia, um dia comigo, Rio de Janeiro e de lá de volta para Alemanha. Minha cidade até é turística, mas não muito, e eu queria mostrá-la lindamente para eles e que tudo fosse bonito e desse certo. Ajeitei roteiros com meus pais, combinamos o que fazer, onde levá-los, lugar para almoçar e como iríamos nos locomover. Aqui em casa somos quatro, minha avó também viria e já seríamos cinco, e minha família alemã são cinco: seríamos dez pessoas! Resolvi alugar uma van!

Eles chegariam em uma terça-feira e, às 07:45h, eu recebi uma mensagem da minha mãe postiça: “Estamos saindo!” Então em uma hora eles estariam comigo! Se a BR101 não estivesse toda parada por causa do congestionamento...

Eu já estava acordada, claro, a ansiedade quase não me deixou dormir. Eles chegaram na minha cidade depois das 10, e às 11:30h fomos buscá-los no hotel. A van parou bem frente e ao entrar no hall a recepcionista me olha e eu digo: “Vim buscar hóspedes seus. A Família X.”

Então minha mãe vê pelo corredor e diz “Mel, acho que são eles!” E eu já tremia de alegria!!

E o resto da história eu conto no próximo post, pois esse já ficou gigante!
Feliz ano novo \o/
Até fevereiro!
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Mel SSchiewe

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