Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

07 junho 2017

Au Pair sob duas rodas: como a gente se vira em Amsterdam.




É, minha gente.. Ser au pair aqui em Amsterdam requer muita desenvoltura em cima de uma bike! Pq acreditem em mim: tombos desse tipo acontecem!

Bom, vamos começar pelo começo? Não, antes de eu vir eu não tinha ideia do quanto minha vida dependeria de uma bicicleta aqui.. Claro que sabia que não faria tudo de carro como no meu primeiro ano de au pair em Seattle, mas pedalar esse tanto nunca me passou pela cabeça.

Aqui em Amsterdam o trânsito não é dos melhores. Na rua que passa o carro, passa também o ônibus, a moto, a bike e o tram (trem). Além disso, a cidade plana facilita muito a locomoção por bicicleta. Aí acontece o que? Crianças e adultos: todos andando de bike por todo o lado.. Ciclovia por todo o canto.

Parece sonho?!

Às vezes chega mais perto do puro caos!

É tanta habilidade que essa galera aqui tem pra andar de bicicleta que é difícil entender! Grupos andam lado a lado, com uma bicicleta quase grudada na outra, ultrapassam as pessoas, pedalam bêbados com alguém na garupa e tudo parece tão natural que a gente faz o que? Quer copiar!
Claro que com muito esforço a gente chega lá, mas antes de aprender a gente acumula MUITA memória.. Com sorte, sem hematomas. Mas é muito comum ficarmos com o corpo todo roxo, principalmente no começo.

Na minha primeira semana eu levei um tombo como o do GIF! Que nem um saco de m* no chão. Com a minha host do lado, voltando da escola das crianças, meio da tarde, a vergonha foi tão grande que eu nunca mais quis repetir aquilo!

Mas vou me explicar aqui: a bicicleta que eu tenho é bem diferente das que eu já pedalei no Brasil.

Primeiro que ela não tem freio! Posso dizer que pra eu me acostumar com isso não foi de um dia pro outro.. Pra parar a bike eu preciso pedalar pra trás. Mas não é sutil, uma empurradinha que eu dou pra trás no pedal, a bicicleta já para, então o próximo passo seria colocar o pé no chão e sucesso. Mas aí entra o segundo ponto: eu não encosto o pé no chão enquanto estou sentada.


Nessa imagem dá pra ver que se eu estou com o pé no chão, não estou sentada. Então se a gente para de pedalar, já tem que saltar da bike.. Foi aí que eu fui direto pro chão! Manquei por uma semana, me ralei, mas a vida continuou..

Logo depois, fui apresentada ao que parecia ser meu pesadelo:

É assim que os holandeses levam as crianças pra todo canto.

E quando eu olhei esse trem


Eu pensava: não vai rolar!

E todo santo dia de manhã minha host me falava: É só uma questão de tempo, vc aprende tudo com facilidade que eu sei, continua tentando!


Nas primeiras tentativas foi tragédia pura. É muito instável e só a ideia de colocar três crianças ali naquela caixa já me dava certeza de que os holandeses são estranhos demais.

Minha mãe não acredita nisso até hoje!

E levou umas semanas mas hoje eu to assim:


Assoviando e chupando cana!

Hoje eu coloco minhas três kids nessa caixa e vo que vo! Duas vezes por semana eu levo os dois mais velhos numa atividade há 7 quilômetros da minha casa. Nesses dias posso dizer que as pernas sentem o impacto.. Mas até isso é questão de costume.

A melhor parte de todas é a liberdade que a bicicleta nos proporciona aqui. No começo eu não entendia tanto mas hoje eu de fato penso que posso fazer tudo de bicicleta em Amsterdam. De dia, de noite, sóbria ou bêbada. No inverno muda.. Mas por enquanto eu to aqui:


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