Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

25 julho 2017

Na hora eu ri. Venha rir também!



Esses dias eu estava em uma sessão nostalgia e resolvi rever fotos, e ao revê-las lembrei de algumas situações divertidas que vivi. Enquanto Au Pair eu cuidei de três meninos, o menor de 8 anos, o do meio de 10 e o maior de 13, numa cidadezinha-inha lá no sul da Alemanha. Vou te contar algumas:




Historinha 1: O menor tinha uma melhor amiga e, geralmente, íamos nós três ao parquinho. Na primeira vez que isso aconteceu a situação foi bem cômica. Fomos a pé, os dois e eu. Ao chegar no parquinho, eles começaram e correr e subir e pular e eu toda preocupada que eles fossem cair e se machucar e que era muito algo. Mas eu não conseguia dizer frases completas em alemão para expressar o que eu realmente queria dizer que era “Não suba tão depressa essa escada!”, ou “Não desça em pé no escorregador!”, então eu apenas os chamava pelos nomes e dizia “Não!”. Nem os nomes dos brinquedos do parquinho eu sabia, pra minha frustração. No minuto seguinte, estávamos nós três sentados dentro da casinha do escorregador e os dois pequenos me dizendo como falar as coisas. “Qual o nome daquilo?”, e eu apontava para a balança/escorregador/gira-gira. E eles me diziam.  Ainda me explicavam como era a frase correta se eu quisesse dizer pra eles não fazerem algo. Pode isso? rsrs


Historinha 2: Outra ida ao parquinho, dessa vez apenas o menor e eu. Era inverno e o parque estava todo coberto de neve. Nesse parquinho tinha um morrinho, de onde as crianças escorregavam com trenós. Em cima do morro, encontramos uma criança com a mãe e ela nos pediu que emprestássemos o trenó para o filho descer. Emprestamos, e então eu tive a brilhante ideia de descer rolando o morro. Disse pro pequeno ficar lá em cima e eu fui. No que cheguei lá em baixo eu estava tão tonta que nem consegui levantar, fiquei deitada na neve. Escutei a seguinte conversa entre o meu pequeno e a mãe do outro garoto:
Mãe: “será que ela tá bem?”
Pequeno: “Tá sim. Ela só gosta bastante da neve.”
Mãe: “Ela é tua mãe?”
Pequeno: “Não, é minha Au Pair. Olha lá, ela tá se levantando...”
Então os dois riram lá em cima, e eu ri lá em baixo. Subi e disse pro pequeno “Não faça isso, tu vai ficar muito ton..” – e antes de eu terminar a frase ele já tava rolando morro abaixo.

Historinha 3: Uma tarde de inverno e o pequeno queria ir na casa de um amigo. Terminamos a tarefa e fomos. Como era ali perto, pensei: “vou apenas colocar casaco, não vou por luvas nem gorro”. Fomos de bicicleta, e eu nunca me arrependi tanto de uma decisão. Minhas mãos congelaram e minhas orelhas ardiam de dor. Cheguei em casa e coloquei um gorro na cabeça para esquentar as orelhas. As mãos eu não mexia mais e pensei em enfiá-las debaixo da água quente. Esperta, né? Doeu ainda mais. Aprendi que isso não se faz. Se a mão congelou o certo é esquentá-la secamente não com água. Então as enrolei em um cachecol e fui para a cozinha pegar um café – de gorro na cabeça e mãos em cachecol. O menino maior estava lá fazendo tarefa e ao me ver começou a rir. “Por que tu tá de gorro dentro de casa?”, foi tudo o que ele perguntou. Eu disse que estava com frio nas orelhas. E ele continuou rindo.

Historinha 4: Agora era um lindo sábado de verão e eu combinei de ir passear com uma amiga em uma cidade perto da minha. Coloquei um vestido longo lindinho que eu tinha levado e passei na cozinha, onde minha família postiça estava, para dar tchau para eles. Ao passar pela porta todos me olharam e, depois de três segundos, o pequeno me pergunta “Tu vai sair assim?”. E eu respondi “Sim. Tá feio?”(e a família toda lá rsrs). E ele disse algo nesse sentido “Não, mas isso não é bem roupa de sair de dia” o que eu entendi como “vestidos longos não são muito normais por aqui, portanto tu és estranha” haha

Historia 5: Outro dia de verão. Íamos ao parquinho a pé o menor, a amiga da historinha 1, mais um amigo e eu. Os guris tinham um papo de guri que eu não lembro qual era, mas que eu e a amiga discordávamos. A amiga tentou fazer com que os guris nos entendessem,  mas não funcionou, então ela revirou os olhos para os dois, segurou minha mão e disse “Vou andar contigo e não dar bola pra eles, já que tu me entende”. Girl power! Yeah!! Haha Então seguimos eu e ela na frente e os dois guris atrás. Ao chegar no parquinho ninguém mais lembrava da “briga” e todos brincavam juntos.

Mais historinhas (algumas desesperadoras, outras bonitinhas) eu conto nesses posts:
Não adianta fugir
Oops, e agora?
Estranhices alemãs
Situações desconcertantes


Esses de hoje foram mais curiosos que amedrontantes, fiquei com um pouco de medo quando o menor decidiu rolar morro abaixo, mas nada apavorante.

E você tem alguma historinha divertida (ou não) pra me contar??
E quer que eu escreva sobre alguma coisa específica? Tem alguma dúvida? Deixe um comentário que farei meu melhor ;D
Fiquem bem e até mês que vem o/
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Mel SSchiewe

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