Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

25 setembro 2017

Saindo com a família...




Esporadicamente fizemos passeios juntos e eu achava meio estranho. Era divertido, mas eu nem sempre sabia como agir. Principalmente no começo, quando eu ainda não me entendia com as crianças e frequentemente pedia para que eles repetissem o que quer que tivessem dito.

A primeira vez que saímos todos juntos foi na primeira semana em que eu estava com eles; fomos jantar em um rodízio de comida japonesa e eu mal abri a boca para falar por diversos motivos – um: na mesma semana que eu cheguei, também chegaram de viagem o pai e o irmão mais velho, todos com coisas para contar; dois: meu alemão ainda era muito limitado. Todos foram muito compreensivos, todavia, inclusive as crianças, que ao me fazer uma pergunta, esperavam eu pensar ou olhar no meu dicionário qualquer palavra que eu quisesse (lembrando disso agora era extremamente ridículo! Mas era assim que eu fazia rs e quando eu esquecia de levar o dicionário comigo me chamavam a atenção para que eu não esquecesse haha).

Logo quando cheguei também, fomos a uma feira, a mãe postiça, uma amiga dela, o guri do meio, o guri pequeno e eu. O guri pequeno não me dava muito bola, e pra ser mais feliz ainda eu estava com o braço engessado pois tinha quebrado o dedão da mão \o/ Era uma loucurinha de todo mundo tentando fazer dar certo, tentando conversar, tentando achar coisinhas em comum.

Nesse início eu não me sentia muito confortável em quase nada nessas saídas, desde o trajeto no carro (com a impaciência das crianças) até a chegada no lugar o passeio em si.

Em contrapartida, depois de oito meses que eu já estava lá com eles fomos em um Biergarten a família toda, eu, e uns amigos e pareceu super normal com as crianças, com os pais, com os amigos. Tudo questão de tempo, né?

O segredo é ter paciência, dar tempo para as coisas de ajeitarem, tempo para se conhecer, afinal esse é o jeito.

Uma das coisas que aprendi nesse ano como Au Pair é dar tempo para que minha escolha desse certo.

Bom restinho de setembro

Até mês que vem o//
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23 setembro 2017

Último post no blog: Vida pós au pair

Ola pessoal, mais um dia 23 e o ultimo que eu posto no blog! 

Com coração apertado esse será meu último post , no blog que ajuda e ajudou muita gente inclusive a mim mesma. A principal razão é: Eu não sou mais au pair, desde o dia 1 setembro embarquei em uma nova aventura e após 1 ano e 11 meses deixei esse mundo que me deu muito choro, aprendizado, felicidade, etc.

Londres

Eu aprendi muita coisa durante esses quase dois anos, superei muitos limites, e vivi intensamente, viajei, bebi, conheci gente, tive dates, sofri, comemorei, enfim... eu amadureci mais em dois anos do que em 22 anos anteriores de vida.


Luxemburgo

Hoje numa nova fase, to vivendo longe desse mundo au pairiano ora aliviada, por ter meu canto e privacidade ora com saudade dos meus kids e host family.
Aqui fica meu conselho para quem ainda não é au pair:
Se joga, tenta, persiste, e se der, VAI COM MEDO MESMO.


País de Gales

E para quem ja é au pair:
aproveite, viva, aprenda, porque o que fica é a saudade gostosa das boas lembranças e o bom aprendizado.

Viena

To muito feliz com a nova vida e nova fase, e mega feliz e orgulhosa de mim mesma por ter sido au pair por dois anos sem rematch e problemas.

Eu venci, e vocês também podem!

Caso tenham dúvidas, principalmente no processo de au pair na Alemanha ou Austria, deixarei meu instagram vocês podem entrar em contato, que responderei todas as perguntas.


Amsterdã 

Ps. Pra quem tem curiosidade, estou fazendo o Ano Social na Alemanha e morando num WG, fiz um post sobre isso,só clicar aqui .


Zurique

Muito força e coragem e saiba que ser au pair é um dos maiores desafios de uma vida!

Boa sorte à todas!

Samanta

Instagram: @samancamachado



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21 setembro 2017

O dia que eu perdi meu host dog

Oi pessoal, como vocês estão? Espero que estejam bem! 

No post de hoje, como prometido, vou contar para vocês como eu perdi meu host dog. 

Fonte: arquivo pessoal

Como vocês podem ver, além de culta, a Maya era um doce de cachorro. As crianças pintavam e bordavam com ela (e eu também). 

Ela me ajudava com a limpeza do chão quando as crianças derrubavam comida e protegia a casa. Tirando o carteiro e um dos vizinhos, a Maya gostava de todo mundo e não dava trabalho nenhum. 

Ela ficava feliz com duas caminhadas diárias e muitos, mas muitos cochilos. A Maya era como uma filha de quatro patas. Antes da Maya, o Scotty era o único cachorro da casa. 

Quando meus hosts decidiram ter filhos, eles compraram uma boneca pra acostumar os cachorros antes do bebê chegar. Que fofos!

Em um belo dia de reforma da cerca do quintal, a Maya estava conosco em casa e decidi deixá-la sair para usar o banheiro (leia-se quintal) depois que o pessoal da reforma tinha ido embora e nada da Maya voltar. 

Chamei, chamei e nada. Decidi descer as escadas e o portão estava aberto. Gelei. Saímos, eu e o meu host baby atrás da Maya e não a encontramos. 

Mandei mensagem pra minha host mom avisando e em dois minutos meu host dad me ligou.  Ele estava calmo, mas me deu 10 minutos para achá-lá, se não ele ia sair do trabalho para me ajudar a procurar. 

Peguei o carro e o bebê e saí dirigindo por onde ela costumava passear junto com o biscoitinho favorito dela, chamando e assoviando. Nada. Perguntei para todas as pessoas que estavam na rua e ninguém tinha visto um labrador cor chocolate. A esse ponto eu só pensava na minha extradição (ou rematch é claro). 

Detalhe que estava quase na hora de buscar o outro host kid na escola. Voltei para casa desolada, a ponto de fazer a ligação que eu nunca pensei em fazer na vida e para a minha surpresa, a Maya estava sentada em frente ao portão, toda plena. Desci do carro, tirei o bebê da cadeirinha e corri pra abraçar a Maya. 

Liguei pro meu host dad e avisei que a Maya estava sã e salva. Que alívio!

Tenham bastante atenção nos animalzinhos da host family de vocês e não se esqueçam que eles fazem parte do pacote ano de au pair, quer vocês queiram ou não. 

Se tiverem alguma dúvida ou sugestão, escrevam nos comentários. 

Beijos e até o próximo dia 21!

Bárbara Albuquerque
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20 setembro 2017

Do campo para a cidade: minha extensão em São Francisco


Olá leitores! Faltando 23 dias para acabar meu primeiro ano (sim, eu estou contando até as horas), venho aqui contar para vocês sobre as mudanças que vou “sofrer”. A maior novidade é que eu tive match e vou estender o programa por mais 6 meses com uma host family de São Francisco, CA. Depois eu conto um pouco melhor sobre o meu processo.


Eu, que sempre morei em subúrbios, tanto no Brasil, quanto aqui nos states, estou bem curiosa para saber se vou me adaptar a essa vida de garota da cidade. Dentre as vantagens estão, claro, estar mais perto de tudo e levar menos tempo de deslocamento, além de acesso mais fácil ao transporte público. Onde eu moro atualmente, por exemplo, a estação de trem mais próxima fica a 10 minutos de carro, somados aos 50 minutos de trem se eu quiser ir ao centro da Philadelphia; fora que o último trem de lá pra cá sai antes da meia noite, tornando minhas saídas à noite bem sofridas. O que torna menos mal é que eu divido o carro com os host parents, mas às vezes você precisa quer beber, ou o carro não está disponível. E como eu odeio depender dos outros, transporte público pra mim é bem importante.

Passeios de bondinho em San Francisco
Em SF eu não só vou transporte acessível, como um transporte bem estiloso.
 Esses bondinhos são ou não são um amor? <3


Por outro lado, todas as pesquisas que eu já fiz sobre meu novo lar me atentaram ao fato de que eu vou ter mais gastos. Viver no centro tem seu custo, como, por exemplo, academias, cursos e lazer em geral serem mais caros. Outro ponto que também é desvantajoso é a falta de segurança em comparação aos bairros familiares fora da cidade. Mas eu não quero focar nesse lado! Estou feliz em poder ter duas experiências tão diferentes. Uma no leste do país, com estações bem definidas e uma vida pacata de subúrbio, e outra na costa oeste, com o solzão e glamour de cinema haha.


Agora aquele resumão sobre as coisas que interessam à toda Au Pair. Eu vou cuidar de dois meninos de 8 e 3 anos de idade, não vou ter carro, vou trabalhar alguns sábados e um curfew “a ser combinado” (medo). Não são condições perfeitas como eu estava procurando. Eu havia decidido que dessa vez eu só queria crianças grandes OU apenas um baby/toddler, além de todos os finais de semana livres. Não rolou. No final das contas, minha balança pesou mais para o local, afinal depois de 23 anos sem conhecer essa sensação de morar de fato numa "civilização", eu mereço ter essa experiência, não é mesmo?

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19 setembro 2017

O que meus pais tem a dizer sobre o Au Pair?


"Mãe, vou ser au pair!

Vai ser o que?

Au pair mãe, vou para outro país, estudar inglês e morar com uma host family, ajudar com a casa e com as criança e...

VOCÊ VAI SER BABÁ?


Mãe, não é bem assim..."

#dialogosreais #mumsbelike

Hi there!
Brincadeiras a parte, pensando nas futuras au pairs que ainda estão tentando convencer os pais de que o programa é uma boa idéia (ou de que elas não vão ser traficadas para a Turquia...rs) eu pedi aos meus pais que contassem um pouquinho sobre o que eles acharam da minha experiência!

Olha só o que eles disseram:



"Nos últimos dois anos vivemos uma situação que começa a acontecer com maior frequência nos lares brasileiros. Nossa filha primogênita, Bruna, decidiu ser "Au Pair".

A princípio, houve preocupação com essa sua incursão rumo ao desconhecido. No entanto, como sempre, ela foi cautelosa e detalhista e realizou pesquisas, efetuou contatos e encontrou a família para a qual iria prestar seus serviços. Um casal e dois filhos pequenos​ (4 e 6 anos na época)​, nascidos e residentes em Londres.

Malas prontas e o desconhecido nas mãos. Ficamos apreensivos para que tudo desse certo. Para nossa surpresa e alegria ela desembarcou no seio dessa família e nos transmitiu impressões positivas do primeiro contato. Passou a cuidar das crianças em dias e horários pré-determinados, com folgas, que-lhe permitiam tomar conhecimento com a realidade local.

Graças ao uso do whatsapp e skype nossa distância​ diminuiu.​ A comunicação frequente foi um dos principais motivos que fizeram com que a nossa experiência com o programa tenha sido positiva. ​O delay era muito pequeno, pois a cada dia nos contava sobre os cuidados com as crianças, desde levar e buscá-las na escola, atividades recreativas e no convívio dentro do lar.

Também passou a administrar determinados afazeres domésticos, tais como cuidar da compra de alimentos e cozinhar para as kids; o relacionamento favorável com os pais selou os sentimentos de afinidade e afeto com toda a família. Sua sensibilidade para lidar com as crianças ganhou contornos​ ainda mais​ positivos e o relacionamento se estreitou de forma a gerar muitas lágrimas em sua partida.

Além disso, começou a ocupar ​o tempo ocioso em sua agenda com novas atividades. Assim, nas horas vagas fez cursos na área de Psicologia, trabalhou aos finais de semana em pubs e quiosques que vendiam desde bebidas até doces, alguns jobs freelance na área de fotografia e inclusive, passou a escrever regularmente para este blog contando as suas experiências enquanto "Au Pair". Teve também a oportunidade de conhecer e firmar amizades com pessoas nativas e de outros países da Europa, além de viajar para outros países europeus em suas férias.

Enfrentou com firmeza alguns pequenos percalços de saúde, mas nada que comprometesse seus afazeres. Nossa aflição foi grande por estarmos longe, mas ela superou cada episódio serenamente​ e a família sempre foi compreensiva e a apoiou onde possível. No decorrer de sua estada também teve que se deparar com o problema do terrorismo, que se desencadeou em várias capitais da Europa. Londres não ficou impune. Nossa preocupação foi enorme, contudo ela sempre nos avisava ante qualquer situação desfavorável para nos tranquilizar.

Depois de dois anos participa​ndo​ do programa ponderou que era hora de retornar ao Brasil, para ficar com sua família e decidir seus próximos passos. Era hora de voltar para casa.

Nossa filha voltou e a mudança é notável. Está mais madura, independente e confiante. Afinal, viver tal experiência força a pessoa a superar as diferentes adversidades do caminho e a se virar sozinho. Sem colo de pai nem de mãe. Em momentos, foi difícil para nós e foi difícil para ela, mas o saldo foi positivo."


E os pais de vocês, meninas? O que acharam? Também viram mudanças positivas?

Beijos e até mês que vem!

https://www.instagram.com/brunatoriello

Aqui vocês encontram fotos das minhas andaças pelo mundo :)

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18 setembro 2017

Como que come nos EUA?




Olá!
Tudo bem?

Hoje eu gostaria de falar sobre a principal diferença entre a alimentação do que eu estava acostumada no Brasil e aqui nos EUA. Só gostaria de dizer que essas são as minhas impressões, de acordo com a minha experiência, vivência e dia-a-dia.

Bom, uma das principais dificuldades que tenho sentido aqui no EUA é o tipo de alimentação que eles têm. Diferentemente do que muitas pessoas pensam, eles não vivem a base de fast food, comidas fritas e gordurosas. 

A maioria das famílias compram comidas orgânicas, frescas e naturais. Mas até aí tudo bem. O que me deixou mais encafifada é a maneira que eles comem. 
Eles não fazem refeições grandes, com frutas, pães, café com leite e queijo e presunto de manhã. Nem aquele pratão de arroz, feijão, bife, salada e ovo no almoço. Muito menos aquele saladão, sanduíche ou pizza na janta.

Vou falar agora sobre como é aqui em casa no dia-a-dia. De manhã eles costumam comer cereal com leite.

O almoço e a janta costumam ser bem parecidos, porções pequenas de algum vegetal (tomate cereja, pepino ou brócolis), uma fatia de presunto, bolacha de agua e sal e às vezes algum resto de ontem (linguiça, frango ou batata) hahah. E uma fruta. SIM, A FRUTA JUNTO DENTRO DO MESMO PRATO. Outro dia foi nuggets e melancia junto e só.

E entre cada uma das refeições eles têm esses snacks, que variam entre frutas, iogurte, queijo, suco, bolachinha, etc. Na verdade a cada 30 minutos eles costumam comer alguma dessas coisas. Eles têm snacks o tempo todo. O TEMPO TODO.

Como eu achei muito diferente ao que estava acostumada no Brasil, no começo eu tentava acompanhá-los nesse ritmo de comidas, mas não consegui. Eu sou “pedreira” e tento sempre comer como estou acostumada. Um dia fiz arroz e feijão e deixei porções congeladas, e quando sinto que preciso de “sustância”, eu esquento elas. 

Uma dica que dou é essa: procurem coisas que vocês sentem que vão sustentar, prepare mesmo que uma grande quantidade e congele. Não dá para mudarmos os hábitos deles, mas podemos nos adaptar a situação, afinal precisamos de energia o suficiente para tantas tarefas de au pair.

Um beijo!

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11 setembro 2017

Agências

Olá pessoal, tudo certo por aí? Hoje eu vou falar sobre agências, um assunto que a galera tem dúvida e que tem aparecido bastante para mim nos útimos tempos. Eu já falei um pouquinho sobre isso em um post bem antigo, que vocês podem conferir AQUI.


Antes de pensar em escolher agência, você precisa escolher para onde ir, existem destinos para todos os gostos, apenas tenha em mente que cada país tem suas regras e pré-requisitos para o programa de au pair e agências também. É muito complicado recomendar e escolher uma agência quando o destino não esta definido. A STB por exemplo, não oferece o programa de au pair na Europa, quando eu fui para a Holanda a CI oferecia, mas não tenho certeza se ainda oferecem

Além dsso, diferente dos USA, alguns países da Europa não exigem o intermédio de uma agência, o que significa que a au pair e a host family resolvem tudo sozinhos, desde a primeira entrevista até o contrato, nesse caso a busca pela família, pode ser feito atráves de sites como o APW

Caso você escolha um país que exija agência, como a Holanda (onde eu fui au pair) por exemplo, as opções aumentam ainda mais, pois existem as agências brasileiras como por exemplo: 

-Intercultural (uma amiga está inscrita por mais de um ano e até hoje não falou com nenhuma família), 
- World Study (eu ouvi bastante reclamação em relação ao programa de au pair na Europa), 
Travelmate (são atenciosos, tem um bom suporte, mas parecem não ser tão focados no au pair na Europa), 

e também as agências do país em questão que provavelmente terão apenas o serviço online no Brasil, na Holanda por exemplo:

- Triple C que eu super recomendo, não é a agência que eu fui, mas a que a minha host family escolheu para as próximas duas au pairs que nunca reclamaram sobre ela,
- Au Pair Amsterdam pela qual minha amiga foi e também não teve problemas. 
- HBN uma das mais famosas, a que eu fui e tive problemas, por isso não recomendo.

Além de todas essas agências que eu citei, existem várias outras, por isso a dica é: escolha o país, informe-se sobre as agências que oferecem o programa de au pair para lá, ouça a opinião de outras pessoas, visite as agências se possível, ou converse por vídeo com as agentes e escolha a que você se sentir melhor, mais confiante, melhor amparada. Eu sempre digo que a escolha da agência além de bem delicada e importante é algo muito pessoal, por isso eu não posso escolher por você, posso apenas dar minha humilde opinião.

Por hoje é isso pessoal, eu espero que vocês consigam ter uma ideia melhor de por onde começar a busca e tenham muita sorte com a escolha. Qualquer dúvida, sugestão, ideias, estamos por aqui, beijo, até dia 11!


camihfeer@gmail.com



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09 setembro 2017

Como é minha relação com a host family?





Hey! No post de hoje eu contar pra vocês como é morar com 2 host dads. Mas antes eu vou contar como funciona tudo.

Meu host era casado, com dois filhos e depois se separou da mulher. E depois conheceu o atual namorado ele. Os dois moram juntos, e as crianças ficam uma semana aqui, e uma sema com a mãe. Eu acredito que já tenha falado isso no post em que falo sobre a minha rotina como au pair. 

Quem me conheceu pelo menos uma vez, já me ouviu falar do meu host, por que eu sempre tenho uma história dele pra contar. Ele tem uma personalidade bem diferente da minha, e as vezes isso me deixa bem estressada.

Meu relacionamento com os meus hosts é total profissional, a gente só conversa sobre trabalho, ou muito raramente sobre alguma outra coisa.

Eles não são chatos, são divertidos, sempre convidam amigos pra jantar lá em casa, e etc. Mas a minha relação com eles é que não é boa, sabe? Na verdade não é que não seja boa, mas acho que o santo não bateu, como dizem.

Como eu trabalho semana sim, e a outra semana não. Por algum motivo na cabeça deles eu fico disponível 24 horas. ERRADO. Muito errado.  E agora até que eles estão entendendo melhor.

Meu host tem mania de limpeza, então se ele entrar no meu quarto e ver que tem poeira embaixo do sofá, ele vai reclamar. Mas por que ele entra no meu quarto? Reza a lenda que uma vez ele encontrou drogas no quarto de uma das au pairs, alguma coisa do tipo. Mas já falei que não gosto, então ele não tem entrado mais. Não que eu tenha percebido. Eles são muito organizados, e por mais que seja uma coisa chata, é ótimo. Por que a casa está sempre super organizada.  Então fica mais fácil de manter.

Na semana que as kids estão lá eu sou a "mãe" da casa. E meu host espera de verdade que tenha tudo sob controle. Risos.

A nossa relação tem uns altos e baixos. Eu confesso que depois de tanto tempo como au pair eu já perdi o saco. Termino o meu horário e não quero ficar batendo papo com host dad, sabe? Quero ir pro meu quarto e relaxar. Mas tenho tentado me excluir menos, e conversar mais com os meus hosts. 

Eu não sinto falta nenhuma de ter uma host mom, mas sinto falta de ter uma amiga em casa sabe? A mimha Host mom Holandesa ela sabia de tudo o que estava acontecendo comigo no momento. E sempre shippou muito eu e meu namorado, e facilitou muito as coisas pra gente. E meus hosts daqui da Bélgica não, eles são bem mais reservados.

No geral acho que todo mundo tem que tentar ter uma relação amigável, porque morar e. Uma casa onde você não se da bem com a pessoa pode ser bem complicado.

Pra terminar esse post, quero avisar a vocês que finalmente voltei a postar vídeos nvos no meu canal, e agora toda semana vai ter um vídeo novo falando sobre o meu intercâmbio, meu dia a dia e etc.

Me sigam no Instagram @ingridcostablog

Até o proximo dia 9!

Beijos,
Ingrid Costa

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07 setembro 2017

Mais 11 tipos de au pair: esses são os amigos que você terá!


Relembrando um post de muito sucesso aqui do blog e pensando no quão diversificado pode ser esse grupo de serumaninhos com quem temos contato, tô aqui pra mostrar o amor e admiração às/aos amigas/os que todos temos.

E minhas amigas (dos dois anos) que me perdoem, mas declaro abertamente que várias categorias foram inspiradas nelas!

Começando pelo caso mais comum, como em qualquer situação na vida:


1. AU PAIR TROUXA

Au pair trouxa, na sua forma mais simples, pode até ser boa no inglês, ter habilidades ótimas para solucionar problemas e argumentar dentro de uma discussão mas, por algum motivo, na frente da host family seu vocabulário se reduz a uma expressão: NO PROBLEM!

HF: Eu sei que vc já trabalhou as 45 horas essa semana, mas será que vc poderia ficar com as crianças esse sábado à noite? Só das 16 às 2 da manhã, pouca coisa.


2. Uma derivada da anterior, que requer mais atenção: AU PAIR TROUXA QUE GOSTA DE SER TROUXA

Podemos concordar que, assim como a anterior, a gente tem um amigo desse em qualquer outro assunto na vida.. Mas au pair dessa categoria merece o troféu .

HF: Isaura, essa semana eu decidi que vou pro pilates, yoga e massagem tailandesa dia sim, dia também, o Ricardão não pode olhar as crianças pq precisa jogar golfe, vou precisar que vc fique mais 6 horas por dia até domingo, vou adicionar 15 dólares no seu pagamento do mês.

Ela/ele:


3. AU PAIR ALCOÓLATRA

Quer levar pro cinema? Desista! Esse tipo de au pair só acha que o rolê está valendo se tiver uma cervejinha envolvida. E, como A + B = C, tendo uma cervejinha, topa qualquer coisa!


4. A TINDERELA

Preciso dissertar sobre?


Afinal, vai que o rolê do final de semana dê ruim.


5. AU PAIR NANNY

Essa pessoa gosta de um biquinho! Trabalha pra host family todo dia das 9 às 17, vc chama pra sair fora desse horário, "Não posso".
"Não pode pq? O que vai estar fazendo?"


6. A POR FORA

Cá entre nós, au pair tem bastante assunto pra prestar atenção e muitos outros assuntos que não valem nem 1 dos nossos segundos. Mas daí a não saber de nada que se passa ao redor, há uma diferença.

Essa au pair não lê os grupos, não responde no whatsapp, não acompanha facebook, nunca sabe o que ta pegando ou onde vai ser a bebedeira do final de semana. Mas, em defesa desta categoria, posso te dizer que sempre estamos ocupadas com assuntos muito importantes do tipo: o que posso fazer no tempo livre que a minha host family me dá (ou não) com 2 reais?


Observação importante: se vc não sabe qual das suas amigas é a au pair por fora, a chance de ser vc é enorme!


7. AU PAIR SITIANTE

Esta categoria tbm possui mais de uma possibilidade, afinal, esse tipo de au pair nem sempre mora num sitio! 
Para que seja considerada uma au pair sitiante, basta que de final de semana ela seja capaz de fazer uma singela mala e ir em busca de aventuras na CIDADE.



8. AU PAIR MISS INSTAGRAM

Rapaz, esse tipo de au pair tira foto de tudo o tempo inteiro! Sabe as melhores poses pra selfie, de corpo inteiro, sabe achar o lugar com a luz perfeita e domina todos os efeitos. Uma boa companhia pra vc que, assim como eu, não tem a menor noção de como sair bem em uma foto.

Ela: Arruma a coluna, murcha a barriga, se colocar o pé direito um pouco pra trás a gente consegue disfarçar seu culote.. Agora faz uma cara de sensual mas não muito vulgar, pra mostrar pro crush que vc é pra casar!

Eu:




9. AU PAIR P* LOCA

Cá estamos na categoria que mais me inveja! Esse tipo de au pair está fazendo nesse ano coisas que até Deus duvida! É uma adrenalina que corre naquela veia, que poderia tanto correr na minha..

Algumas dessa categoria preferem ficar no modo light, dão uma festinha aqui e outra ali escondido quando os hosts viajam. Mas as do modo hard, meu bem, Ludimilla mandou avisar o CRUSH dela que hoje a festa vai ser no quarto da fofa!



10. A PRESIDIÁRIA: SÓ ESTÁ ALI CUMPRINDO PENA

Com esse tipo de au pair vc terá conversas do tipo:

Você: Mas pq vc não pede rematch? Eles te fazem de escrava!

Ela (AKA eu mesma): Eu sei, mas são só mais 3 meses, preciso comprar um iPhone antes de ir embora.



11. Por último, mas não menos importante: A RICA DE ESPÍRITO

Ahh esse tipo de au pair conquista nosso coração! Pra onde vc chama, ela vai.. Quer comer fora? Sem miséria.. Topa a balada que vc quer ir, mesmo que não seja de graça pra entrar.

Na segunda semana do mês, porém, se dá conta de que confirmou 7 eventos até o dia 31 mas continua com salário de au pair européia:


"Miga, vc sabe que eu sempre topo tudo, mas acho que o happy hour vai ter que ficar pro mês que vem."


Esse post foi inspirado NESTE outro.

Caso tenham sentido falta de alguma categoria, manda pra gente pq, se tem uma característica que todo tipo de au pair tem em comum, é:



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06 setembro 2017

Save your money



E ai galeraaa que saudade de vocês, demorei mas cheguei!

Estou sempre em contato com o meu grupo de embarque mas não só isso, estou tendo a oportunidade maravilhosa de conhecer galera que está em processo para vir, outros ainda no sonho e alguns precisando de um empurrão de coragem mesmo. “Mas Kessia, qual o conselho que voce daria para quem esta indo?” Devido a tantos questionamentos sobre esse assunto, resolvi responder da melhor forma:
Esteja preparado para o pior. Acredito que essa frase coloque medo em muita gente, mas não é nesse ponto que quero chegar... Estou me referindo ao preparo emocional, físico e um bem importante que as vezes costumamos deixar de lado que é o FINANCEIRO. “Ué, mas como isso me afeta?”

Agora entramos no meu caso. Segui todo aquele protocolo da agência, tudo como manda o figurino, e para fechar com chave de ouro (e também porque eu estava pobre) achei que 300 dólares me seriam suficientes para as minhas primeiras 2 semanas, porque claro como muita gente pensa.. “uma semana na escola de treinamento, uma semana na host family, e no final de semana eu já recebo, então estou bem.” Isso faz completamente sentindo, pelo menos para mim e por isso fiquei no meu modo confortável sem me preocupar. O QUE ACONTECEU FINALMENTE?
Claro, aquele velho e chamado imprevisto, que te quebra quando voce menos espera...
Primeiro que eu nunca tive NY dream, mas cara é inevitável me chegar naquela Times Square e seu bolso não coçar para ser feliz nas comprinhas e ai já começam os gastos... HAHAHA (se vc tem controle de cada centavo e anota tudo, acho que não tem muito com o que se preocupar em NY)
Caramba, cada loja um mimo, emoção de estar num lugar tão famoso e misto de culturas pra cada passo que voce dá uma etnia diferente, isso me contagia demais! Beleza, além desse detalhe times, esqueci de mencionar quando voce chega na escola e descobre que a sua família não te pagou tour, nem zorra nenhuma. Nossa, vi tanta guria “ahazzada” com isso já na primeira semana, mas na minha cabeça a minha host tinha esquecido de pagar porque ela era muito ocupada, então estava tudo “certo”.

Resumo da opera: Gastei em media 130 dólares (sim, antes do temido acidente do post anterior) do meu dinheirinho suado (isso por opção minha, claro) pagando do meu bolso o tour, porque eu queria zoar com as migas e de recordação o moletom e garrafa. Sim, muita gente se recusa em pagar do próprio bolso o que já ajuda na economia, mas se voce quer viver cada momento no seu período inicial e a sua HF não “colaborou” no role, não se prive, SE JOGA! Não me arrependo nenhum segundo do dinheiro investido, mas fica aqui mais um conselho da tia Ke, porque economizar para viver esse sonho, não tem preço! Claro que conheço inúmeras amigas que vieram e não tiveram com o que gastar (principalmente aquela HF cremosa que te paga tudo), mas se analisar o seu perfil e sentir que vai precisar economizar um pouco mais: SÓ VAI, E VEM LOGO!
Coisas que podem te ajudar no Brasil a levantar uma grana extra para trocar os “dola” do seu intercâmbio:

- Brigadeiro (beijinho)
- Casadinho
- Bolo de pote
- Pipoca gourmet (ou normal; colorida)
- Sanduiche natural
- Coxinha de copo (aquelas pequeninas)
- Doce de leite ninho
- Cocada
- Pudim no pote
- Gelatina fitness
- Suco de frutas (para acompanhar a refeição caso pedido)



Então amores, espero de coração que essas dicas possam ajudar vocês.

Para o próximo post extra será: O DIA NO BUSCH GARDENS! AGUARGEM!

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05 setembro 2017

Você sabe o que é brothersick?

    Hoje eu decidi escrever um texto diferente, e que acredito que será bem difícil para mim. Não olhei todos os textos desse blog, mas sei que a maioria é direcionado para quem quer ser ou já é au pair, ou quer fazer intercâmbio, e realmente é este o propósito, mas você já parou para pensar como ficam nossos familiares quando embarcamos nessa aventura?

    Olá, meu nome é Júlia, sou ex au pair e hoje psicóloga e trabalho com assistência emocional para intercambistas.
Well, eu posso dizer que já senti os dois lados da moeda. Fui aquela que foi, em 2009, quando fui au pair, e também fui aquela que ficou, quando meu irmão foi fazer intercâmbio na Austrália. Aliás, fui não, eu ainda sou (aquela que ficou)!

    Nós podemos até imaginar o sentimento de quem fica, mas hoje resolvi contar para vocês como é. Claro que cada um sente de um jeito, mas acredito que pela minha experiência, eu consiga passar para vocês como “se sentem os que ficaram” quando decidimos voar.


    Meu irmão é o caçula aqui de casa, aquele que eu lembro exatamente quando nasceu (meus pais compraram presentes mim e para a minha irmã e falaram que foi ele quem mandou! Ótima estratégia para as mamães de plantão, btw), ele foi crescendo e me lembro que eu sempre chorava, pois ele não queria ficar no meu colo (eu tinha só 7 anos, não sabia pegar! Provavelmente eu o apertava).

    O tempo passou, eu cresci, ele cresceu. Eu fui fazer faculdade em outra cidade, já estava adaptada a morar longe da família, porém o que senti quando o vi indo para o seu intercâmbio foi completamente diferente!
Pouco tempo depois que eu voltei (não me lembro exatamente quando), meus pais começaram a preparar os papéis e o coração para dar tchau para outro filho, e dessa vez o “neném” da casa! Eu estava tranquila, achei que estava habituada a viver longe; ledo engano!
Ter alguém para falar inglês, alguém para comer meus lanches do BK quando eu não queria mais, cantar músicas em inglês (como I don´t wanna miss a thing) enlouquecidamente, sermos agora só nós dois (de irmãos) em casa (minha irmã já estava casada) e principalmente ter rodinhas nos pés nos aproximou, e aí ele decidiu ir!


    Não lembro se chorei no aeroporto, mas acredito que sim ou talvez eu tenha segurado.
Nós, quando vamos, damos tchau para nossos familiares, choramos com eles, entramos pelo portão de embarque, enxugamos as lágrimas e parece que começamos uma nova vida. As vezes nem olhamos para trás, para ver nossos queridos chorando, e dessa vez eu era aquela que estava “atrás”, e foi estranho, BEM estranho!

    O tempo passa e alguns dias a gente parece se acostumar, é aquela história de parecer que a qualquer momento ele vai chegar.
E assim foi! Ele foi, voltou, foi de novo, voltou e agora (em 2016, na verdade) foi para ficar mais tempo e concluir a faculdade lá.
Às vezes a saudade aperta mais, mas nós (que ficamos) nem sabemos ao certo se é saudade. Sabe aquele sentimento que, só depois de um tempo, aprendemos que é homesick? Acho que é isso, é uma homesick, parecida com “brothersick”.

    Eu me lembro que quando fui, passei alguns “perrengues” (quem já leu meus primeiros textos aqui sabe que passei por 3 rematches), mas sabe aquele ditado de “quando a água bate, o patinho aprende a nadar”? É exatamente assim. Quem fica já sabe nadar, está acostumado com a cultura, o ambiente, o trabalho; quem fica não precisa aprender a nadar, porque as águas não são novas, e nadar é rotineiro, não é novidade! Quem fica precisa aprender a lidar com algo que, até então eu não conhecia.

    Agora resta esperar, esperar mais um pouquinho ou até ele voltar, ou a crise de “brothersick” acalmar e assim então, ficar com o coração menos apertadinho!

    E então é isso, pessoal! Espero que tenha conseguido passar para vocês o que sentem os que ficam, não na intenção de faze-los desistir do intercâmbio, mas da valorização de cada segundo que se tem enquanto ainda estão por aqui, e para saber também um pouquinho do outro lado da moeda!



    Espero que tenham gostado e que este texto ajude vocês!
Gostou? Deixe o seu like, comente, conte como você sente que seus familiares e amigos estão durante o seu tempo de intercâmbio, compartilhe o texto com eles (quem sabe assim ele também não chega no meu irmão? Gostaria muito que ele lesse, mas sem eu ter que mandar ou marca-lo!

    Até o próximo dia 05, beijos!


Júlia B. Benedini – Psicóloga (08/14965)
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