Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

14 dezembro 2017

E se fosse verdade? Superação de 2 rematchs e volta por cima. (parte 2)



Galerinha, tudo bem? Então, vamos fechar o desenrolo dramático de se ter um rematch nas férias plus 2 acidentes na conta? Simbora! Quem perdeu a primeira parte, chega aqui: Superação de 2 rematchs e volta por cima (parte 1)


Cara, pensa numas férias que você passa o ano inteiro planejando e no fim das contas ela acontece completamente diferente, em um lugar diferente, com pessoas diferentes e numa situação que eu poderia dizer improvável e desagradável, mas que deu tudo certinho! Então, após as loucuras da minha antiga família, e a forçação de barra do meu host pra me fazer ir embora, ele conseguiu. Estava eu entrando em rematch na terça, com viagem de férias pra sexta e a minha cabeça entrou em um turbilhão de pensamentos… Por que? Caramba, eu já tinha sentido em mim a vibe do host nos primeiros meses e fui descarada o suficiente em não pedir rematch achando que ele ia mudar ou que não iria piorar. Acredito que a host “potato” foi em parte uma salvação e ela ficou meio que entre nós dois pois, se dependesse dele, eu já cataria minhas coisas do quarto e iria embora na mesma noite, tendo um lugar pra dormir ou não. Dói sabe, você dedicar o seu tempo na educação, aprendizado e crescimento dos filhos, e se dar conta de que em parte (não posso generalizar) eles nos descartam como se fossemos nada, e tenho plena certeza que ninguém se coloca em nosso lugar pra refletir ao menos “ela não é desse país, vai precisar de algum outro tipo de suporte.” Bom, amigos eu tinha de braços abertos, o que me confortou muito, mas não posso negar que o suporte da minha Lcc foi fundamental, a criatura foi incrível mesmo.

Fiquei bastante animada, pois antes mesmo de viajar, tive minha primeira família no perfil, entraram com 2 dias e de onde eram? SIM, CALIFA! A família tinha 1 kid só e menino, o que pra mim seria o famoso “sonho de princesa”, porque eu adoro trabalhar com meninos, gosto da loucura deles. Tentei manter o controle, fiz o primeiro skype com a mãe e já me surpreendi, a conversa rendeu quase uma hora, sendo que ela já iniciou a conversa dizendo “essa será uma conversa rápida”, mas de alguma forma, mesmo ela sendo vegetariana, ateia e eu evangélica comedora de carne, nem isso foi barreira pra ela deixar de conhecer minha história (que sirva de exemplo pra quebrarem as barreiras do medo do que é diferente), foi uma experiência incrível. Eu pude sentir que o match tinha escorregado entre os dedos quando falei pra ela do acidente (ela não tinha lido no meu perfil), pois a sua postura mudou completamente comigo, mas seria muita negligência da minha parte omitir isso. Segui eu para as férias, sem match. Sobre road trip e custos com férias, mais pra frente eu posso fazer um novo post galera!

Todo o glamour das férias tinha chegado ao fim e de volta a realidade, a diretora do programa me ligou, informando que por eu estar em férias e de rematch, quando eu retornasse eles me dariam mais 2 semanas pra achar uma família, o que pra mim foi de grande ajuda porque eu não saberia como lidar só com uma semana após férias pra achar família. Eu tentaria claro, as chances eram bem baixas. Um grande problema que eu tive, foi estar na casa novamente, onde o pai não me queria lá e onde eu não estava mais trabalhando. A mãe dos meninos conversou com a diretora do programa, ela concordou nas 2 semanas de rematch pós férias e seria a minha chance de partir pra cima, porém novamente, a vida me deu outra rasteira (vulgo pai), quando após 3 dias a minha volta, ele perguntou quanto mais tempo eu ficaria na casa dele, e ao explicar que eu tinha mais 2 semanas ele virou pra mim e disse: “não, você não vai ficar aqui nesta casa duas semanas, é tempo demais…” Estava feito, logo a noite a Lcc me manda uma mensagem, pra dizer que iria me buscar na sexta feira e eu já saquei: Não tão rude, mas ele estava me botando pra fora antes do prazo que a mãe tinha acordado com a diretora do programa e novamente ela não fez nada ao meu respeito. Respirei fundo, e comecei a empacotar todas as minhas coisas. A Lcc chegou na sexta feira pra me buscar e eu morta já, carreguei as minhas coisas, uma a uma e de quebra 5 sacolas plásticas por não ter mais mala pra enfiar os trecos, hahaha lamentável. Quando entrei no carro, respirei fundo e a Lcc me perguntou como eu estava e só pude dizer: Estou livre. Ela me entendia, por ter iniciado como Lcc à um mês e meio e já ter presenciado várias ligações e posturas loucas da minha família, inclusive o pai na reunião pra assinar os papéis do rematch, onde reclamou pra ela das coisas que eu falava pra os meus meninos sobre o Brasil, alegando que aqui não tinha nada a ver pois era “américa”. Claramente, uma família que não compreende os princípios básicos da troca de cultura, e só queria mesmo um serviço barato, porém não estavam dispostos a aceitar e superar as diferenças.

Os dias voaram na casa da Lcc, eu não saía do computador morando nos grupos do face, enviando e-mail, inbox comentários pra cada família que poderia ser um possível match, e falhava miseravelmente. Falei num total de umas 12 famílias, tive um quase match com uma família de Oregon (que eu queria muito), onde até dirigi a Lcc por rotas na cidade pra ela avaliar minha direção e responder a mãe minhas skills (pois a mãe estava em rematch por conta de direção), e não é que me rejeitaram também? Que dó, mas finalmente chegou A FAMÍLIA na Georgia. Eles não são perfeitos, cuido de 3 meninos agora e são doidos como eu (ou até pior kk). Encontrei o perfil da minha atual família no grupo do face, assim que enviei e-mail pois só restavam apenas 3 DIAS pra eu fechar o match, ela já respondeu com o número para que pudéssemos conversar. O fato curioso é: ela já tinha visto o meu perfil em outros grupos antes mesmo de receber meu e-mail, e já me achava um possível match. Sim! Corri pro abraço, fui bastante honesta e falei o quanto estava sendo difícil por conta dos acidentes no meu perfil, mas como eu acabara de voltar de uma road trip, isso foi um plus pra me retirar do limbo! Expliquei a ela o quanto me sentia confortável agora para dirigir, dos medos que tive no início e o quanto me estava tranquila agora. Ela ouviu o meu lado (o que foi essencial pro match), ligou pra minha antiga família, conversou com a mãe e... me aceitou! IRRAA! A minha felicidade foi de ter realizado o impossível praticamente, pois quem tá aqui sabe o quanto é difícil, famílias te aceitarem quando você tem acidentes no perfil, imagina eu com dois e segundo rematch? Armaria! Pois bem amores, estou dirigindo as kids e a host, com aquela sensação de liberdade reconquistada. A vida aqui é ralação pura, sufoco, perrengue, mas a gente ama! Preview das férias pra quem chora mas se diverte:



Boas festas galera, que todos encham a boca de peru no natal!(chester okay) Até 2018 com o próximo post. 


Vem, segue o bonde:






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