Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

05 janeiro 2018

Preciso ir para o intercambio falando inglês?

   
   Olá pessoal, como vocês estão?! Já estamos em 2018, dá para acreditar? Acho que já falei algumas vezes mas hoje, justo hoje, dia 05 de janeiro, faz 9 anos que desembarquei pela primeira vez em solo americano! Esta é uma data muito nostálgica, recheada de saudades e é impossível não lembrar com carinho daqueles (dia 04 e 05) dias. Este mix de sentimentos aumentam ainda mais pois um dia antes do meu “aniversário de embarque”, era aniversário da minha avó (até já comentei dela aqui no blog). É uma surra de saudade, nostalgia, tudo junto e misturado. Isso tudo faz a gente refletir em um monte de coisas, né?!
  
    Esses dias, estava pensando na morte da bezerra sobre o intercâmbio (chorando o leite derramado), nas coisas que poderia ter feito diferente, e recebi uma pergunta no inbox da minha fanpage Bate papo com pensamentos. Como recentemente comecei a abordar temas ligados à intercambio pelo quadro Põe na bagagem, algumas pessoas começaram a me acompanhar por lá. A pergunta era exatamente uma das minhas reflexões daquele dia: Olá, Júlia, boa noite! Quero fazer intercâmbio, mas não falo nada de inglês. Você acha que devo ir mesmo assim ou devo aprender um pouco antes?
          



   Essa pergunta divide bastante as opiniões e confesso que me deu um “friozinho na barriga”, pois lembrei de quando fui para os EUA, falando super pouco, mas achando que falava bem. Como é um assunto que escuto com frequência, resolvi transforma-lo em texto e vou falar sobre isso aqui, baseado em minha experiência pessoal (meu intercâmbio) e também na profissional (no que vejo com os intercambistas que oriento).
   
   Well, muita gente me diz: Júlia, estou indo para aprender inglês, então por que preciso aprender inglês aqui?
Primeiro de tudo é importante esclarecer que estou pensando aqui em países que tem o inglês como língua mãe. Se você está pensando em ser au pair em Portugal ou em qualquer país que tem o português como língua principal, isso não se aplica. Ah, e se você está indo para um país que tem outra língua como a primeira (francês, espanhol, holandês, mandarim), a “regra” é a mesma, penso eu, mas com línguas diferentes!

   Quando vamos morar em um país diferente, com cultura, língua, hábitos e costumes diferentes, a mudança é visível, e acho que falo isso em quase todos os meus textos. Agora vamos pensar: somos seres humanos, relacionáveis e vamos morar em uma família que fala uma língua diferente da nossa. Se não falamos o idioma, como essa comunicação vai acontecer?
   No caso de au pairs, tudo é passado através da comunicação: schedule, regras da casa, regras do carro, horários das kids, curfew (quando tem), tudo! Por e-mails, chats, whatsapp “todo google tradutor santo ajuda”, mas ao vivo, muitas vezes, a coisa muda de figura, e a comunicação fica bem difícil (não só senti isso na pele, como vejo muita dificuldade com algumas meninas).

   Claro que não estou dizendo que o inglês precisa ser fluente, avançado! Se for, melhor ainda! Mas desde quando fui (em 2009) até hoje,  tenho observado e acompanhado meninas (nunca acompanhei um male au pair, por isso falo meninas) que foram com níveis melhores e piores de inglês e a conclusão que cheguei é que ir para o intercâmbio “só” com o básico é um tiro no pé, pois com pouco vocabulário a probabilidade de travar e não conseguir falar é bem grande, e com um ouvido pouco adaptado ao idioma, a compreensão no início é bem difícil (e também tem a questão de que MUITA gente vai te falar para “correr, fugir” dos brasileiros – e este tema também dá bastante polêmica e merece um texto exclusivo)!

   Mas e aí Júlia, como eu faço? Já estou tendo um gasto grande com o intercâmbio, presentes, malas, despesas de passaporte e visto; não tenho dinheiro para mais um investimento. Como faço para aprender mais Bem, a primeira dica que vou passar são aulas de inglês com ex au pairs. Geralmente elas postam anúncios das aulas nos grupões do facebook, e o valor é super acessível, além de terem opções de aulas em grupo, o que facilita ainda mais o aprendizado, pois a comunicação (em inglês, claro) é maior.


   Outra dica “curinga” e que acredito que muita gente já faz é começar a assistir à filmes e séries em inglês e com legendas em inglês. Ajuda bastante a treinar o ouvido, a leitura e a compreensão das palavras. Ouvir músicas em inglês e, de vez em quando, acompanhar com a letra também ajuda, principalmente porque algumas bandas e cantores usam gírias, e quanto mais cedo você “familiarizar” seu ouvido, melhor! 
   
   Dá para “caçar” programas de televisão infantis ou desenhos pelo Youtube ou Netflix (em inglês, claro), tipo a Peppa pig, a Dora Aventureira, Masha e o Urso ou ainda esses que tem mais músicas; pesquise de acordo com a idade das suas kids, aí você aprende não só vocabulário mais usado por eles, como também as musiquinhas para se divertirem juntos. 

   E a última, mas não menos importante: faça grupos de conversações no whatsapp, e tente fazer encontrinhos online (em aplicativos de videoconferencia), mas para falar inglês! Acho super válido, pois vocês terão objetivos e assuntos em comum, e o papo vai fluir, mas é bem importante que vocês coloquem como meta só falar inglês, nem que for para fazer mímica quando não souber a palavra (fica até mais engraçado, né?!)

   Por hoje é isso, pessoal! Espero que tenham gostado e principalmente que este post ajude vocês!
   Quero desejar um excelente ano, e que possamos em 2018 continuar plantando e colhendo o que temos plantado para nós no decorrer dos outros anos!

   Aguardo vocês no próximo dia 05!
   Beijos,

Júlia B. Benedini - Psicóloga (CRP: 08/14965) 
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Bate papo com pensamentos

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