Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

02 fevereiro 2018

Meu primeiro mês de Au Pair na Holanda



Oi, people, tudo bem?

O meu último post foi escrito 3 dias antes da minha vinda pra Holandinha e eu era pura ansiedade. Agora, 3 dias pra fazer um mês, já tenho algumas boas histórias pra contar. O engraçado é que a sensação é de que estou aqui há meses.

Costumo dizer que sou rainha em passar perrengues. Do tipo: "olha, um perrengue! Vou passar!". Já comecei no aeroporto mesmo. haha. Cheguei no aeroporto antes da minha hostmom. Ela foi me buscar sozinha porque era bem tarde já e o host ficou em casa com as kids. Se por foto eu já achava ela uma rainha, pessolamente nem se fala. Chegou toda fofa me abraçando, perguntando como tinha sido de viagem, sobre minha família, sobre o voo, tudo. Ainda no aeroporto, fomos no mercado (sim, tem um mercado no aeroporto) comprar algo pro meu café da manhã do outro dia. Só pra que eu ficasse bem a vontade quando acordasse. E aí comprei uma bandejinha com frutas e um pote enorme de iogurte. Só esperei mesmo sair do mercado pra derrubar o pote da minha mão e estourar no meio do aeroporto, fazendo uma mega sujeira. 

Como cheguei na noite da sexta, meu primeiro final de semana foi com a família, pra nos conhecermos. Obviamente, minha primeira noite foi quase em claro de tanta ansiedade pro outro dia, que eu iria conhecer as kids e o host. Acordei e fui vê-los. Todos muito simpáticos e receptivos comigo, as kids super fofas e ansiosas pra abrirem os presentinhos que eu trouxe. hahaha. Foi legal porque eu ensinei como usar os brinquedinhos (regionais) e isso deu uma ajudinha pra que eles me dessem uma abertura pra brincarmos juntos. Depois, almoçamos na praia que tem perto da minha cidade (Zandvoort) e papeamos muito. Quando voltamos, eles me deixaram mais a vontade pra descansar e dar uma organizadinha nas minhas coisas. No domingo eu já fui conhecer a cidade vizinha, que é uma cidade grande e linda (Haarlem). Foi quando minha ficha caiu e eu tive aquela sensação de que eu nunca tinha saído daqui. Definitivamente eu me sinto em casa na Holanda.

A primeira semana oficial, vida real, não foi diferente do que eu imaginava. As kids estavam ainda muito apegadas a antiga Au Pair deles, claro, e eu sabia que a nossa relação seria construída. Assim como tem sido ainda. Normal. Então o momento de ir buscá-los na escola e creche foi bem delicadinho e exigia paciência e muita conversa. Em casa já era mais fácil porque é aquele momento delícia de brincarmos juntos. Mas ainda assim, sem muita brecha. haha. Agora, quase 1 mês depois, tudo tem sido mais fácil, mas ainda está sendo construído. Eu percebo que o carinho já existe (por parte deles, claro, porque pela minha já existia antes mesmo de chegar haha), que eles gostam da minha presença e se importam comigo. Estão sendo super doces e amorosos cada vez mais. É uma delícia poder sentir isso no dia a dia. Tudo tem ficado mais fácil.

Uma das coisas que eu mais temia, mesmo antes de chegar, era a bakfiets. Quem não? Aquela bicicleta enooooorme com uma caixinha de madeira super pesada pra transportar as crianças. Se eu sou aquela pessoa que não tenho equilíbro nem em pé, que posso facilmente cair tropeçando em mim mesma, imagina que responsa pedalar a bike. Mas era algo inevitável. hahaha. O host foi super paciente e deu umas voltinhas comigo no quarteirão da minha casa pra que eu entendesse bem. Minha partida foi linda: virei a bicicleta todinha pro lado e quase caí. Depois peguei o jeito e consegui pedalar. Mas, né, eu tava sozinha. Eis que chega o belo dia de andar com as kids. E seria bem amor: os dois de uma vez só. Saí com a minha kid mais nova pra buscar o mais velho em um playdate. E com o gps na mão. Sente só a pressão: pedalar a bakfiets com uma kid e com o gps na mão. Até tava indo bem, mas meu celular descarregou e eu fiquei completamente lost no meio do caminho. Não fazia ideia de onde era a casa que meu kid tava e precisei voltar pra casa pra carregar meu celular. Estava indo tudo bem (tirando meu celular descarregado) até que eu consegui cair da bike parada, já com os pés no chão. E com minha kid mais nova também. É aquela frase de: nunca conte vitória antes da batalha acabar. haha. Apesar do susto, não foi nada demais, não nos machucamos. Machuquei mesmo só o meu coração que já estava aliviado por não ter caído durante o percurso. hahaha. Acabou que não precisei mais buscar meu kid porque a mãe do amiguinho dele o trouxe em casa. Sou grata a ela, que foi fofa e compreensível.

Porém, contudo e todavia, escapei da bakfiets naquele dia, mas sabia que uma hora nao poderia mais evitar. Até que precisei, novamente, ir buscar meu kid no playdate dele, na mesma casa. Dessa vez eu fui tão determinada e cuidadosa pra chegar lá, que deu tudo certo. Parecia que eu tinha ido dormir sem saber pedalar a bike e acordado expert. Foi muito fácil, zero desequilíbrio. Pedalei com os dois e com o GPS na mão, sem medo nenhum. Hoje em dia eu adoro (porque ela é elétrica). haha. Mas também tudo isso me serviu pra constatar: não precisa ter medo de nada. Você só precisa encarar. No final, tudo é adaptação. Tudo mesmo.

E é assim que as coisas aqui estão sendo: se estiver com medo, com vergonha ou o que for, vai assim mesmo. Porque não há nada a perder. O medo só deixa de existir se for enfrentado, né? Além do mais, tudo é adaptação. E se as coisas não derem certo, viram aprendizado (e talvez boas gargalhadas depois). 

E é assim que vou seguindo pro meu segundo mês aqui: me adaptando mais e me desafiando o tempo todo.

Beijinhos!
Rahy
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ikmisje

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