Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

28 outubro 2018

Preferências X Escolhas

Quando comecei a procurar minha primeira família como Au Pair, tinha tudo muito definido na minha cabeça:

Queria uma família que morasse em uma cidade grande, em um país de lingua inglesa onde poderia melhorar o meu inglês, de preferência que não fizesse muito frio. Também queria que as crianças fossem já pra escola, e tivessem em torno dos 6 anos. 

Alguns meses depois estava indo para uma cidadezinha de 100.000 habitantes na Alemanha com dois pequenos de 3 e 5 anos. 

Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido: conheci uma família incrível, aprendi uma nova língua, viajei pela Europa e me senti como um ano de férias, para descansar e organizar para minha vida pós-graduação.


Com meus pequenos e queridos alemães

É importante definir alguns objetivos e preferências, mas conte também com a sua intuição, até porque pode ser complicado encontrar um match que se encaixe exatamente em todos os requisitos.

Para aquelas que ainda estão em dúvidas sobre o perfil ideal de família, aqui estão algumas características a serem consideradas:


Cidade grande X Cidade pequena


As cidades maiores oferecem mais opções no geral, cultura e entretenimento, além de um aeroporto próximo, para eventuais viagens durante o programa. No entanto, normalmente também são mais incomodas para o dia a dia de uma Au pair. O trânsito, as maiores distâncias, a maior preocupação com a violência e pessoas estranhas acabam deixando as tarefas mais estressantes, como buscar as crianças na escola, fazer uma compra no mercado ou ir para a aula de idioma.

Cidades pequenas costumam oferecer um estilo de vida mais tranquilo e prático para uma rotina familiar, uma vizinhança mais próxima e segura, e consequentemente, uma vida mais leve para au pairs.

Crianças pequenas (até 5 anos) X Crianças grandes (5 a 10) X Pré adolescentes e acima:


Crianças pequenas normalmente exigem mais esforço físico, já que não podem ficar sozinhas e nem fazer tantas coisas autonomamente (se arrumar, tomar banho, etc). E apesar de também não serem superfáceis psicologicamente, são mais fáceis de convencer, distrair, e de se conectar. Normalmente são as que demonstram mais carinho. Única coisa chata é que se esquecem depois de grandes. 😂

Crianças grandes são mais independentes, já vão para a escola, te dão mais espaço, mas também podem ser mais desgastantes psicologicamente, já não é tão fácil convencer a ir tomar banho e comer, por exemplo. 
Adolescentes costumam ser os mais difíceis de lidar, pois são mais rebeldes e não querem saber de receber muitas ordens da Au Pair. Podem ser ótimos amigos depois de conquistar o coração deles, mas são os mais desconfiados no início também. 
Já trabalhei com crianças de dois anos a dezesseis anos, e eles seguiram estas tendências, mas claro que não é uma regra.


Casal X Pais solteiros


Penso que seja mais tranquilo lidar com uma família que divida as funções com o pai e a mãe, se eles tem um bom relacionamento. Mas já ouvi ótimas experiências de amigas que foram Au Pair com a mãe solteira, acabaram ficando superamigas da host e tinham até mais dias livres por que as crianças dividiam o tempo com o pai. 

Importante: vale dar uma atenção redobrada specialmente com pais solteiros, já vi vários perfis estranhos por aí, provavelmente fakes. Mas independente do tipo de família, vale sempre fuçar nas redes sociais, ter conversas em vídeo pelo Skype e com as crianças presentes, para saber melhor a realidade e como tratam uns aos outros.


Pais em casa X Pais fora

A Elisa já falou um pouco sobre isso nesse post, então vou tentar resumir. Segundo a minha visão, eu evitaria escolher uma família onde um dos pais que estão em casa, especialmente quando as crianças são pequenas e normalmente mais agarradas aos pais ou se parecem que estão em casa “sem fazer muita coisa”. 
Mas se você curtiu sua família, acho válido conversar bastante com eles antes de ir, para saber quais serão suas funções, porque pode ser chato estar em casa, sem saber muito bem o que fazer ou fazendo tudo sozinha mesmo quando os pais estão em casa.
Na Alemanha o pai trabalhava alguns dias em casa, mas era como se ele não estivesse, e desde pequenas as crianças sabiam que não podiam ir ao escritório. 
Em Luxemburgo a mãe estava procurando um trabalho, então também ficava um tempo no computador, mas também ajudava com as crianças, buscando e levando à escola e outras atividades.


Filho único X Irmãos



Tem muita gente que pensa que filho único é definitivamente melhor, porque é um só para tomar conta, mas não é bem assim. Além de filho único ter a fama (direi que não totalmente ilógica) de ser mais mimado, ele também pode exigir mais atenção que dois ou três irmãos, que brincam e fazem outras coisas juntos.

E vocês, tem alguma coisa que não aceitariam em uma família? 

Para o próximo post vou contar um pouco da minha última experiência como Au Pair na Itália, com pais “famosos”. 28 de novembro eu volto!

Você também pode acompanhar um pouco da minha rotina na Itália através da minha página no Facebook.


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Ana Paula Souza

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