Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

05 novembro 2018

Vivendo o sonho americano: entrevista com ex au pair casada com americano


E quem não gosta de um bom romance, de uma linda história de amor? Algumas pessoas pediram para eu falar sobre relacionamentos, dates, namoro durante o ano de au pair, e hoje eu resolvi trazer tudo isso para vocês!!
   Oii pessoal, tudo bem? Para quem ainda não me conhece meu nome é Júlia, fui au pair em 2009 e hoje sou psicóloga aqui no nosso Brasil varonil e trabalho também com acompanhamento online para au pairs e intercambistas.
   Well, sobre o tema de hoje, conheci muita gente durante o meu ano de intercâmbio, e achei que seria legal trazer aqui para vocês uma entrevista com uma das meninas que era próxima a mim durante o tempo que fui au pair, que casou com americano, é mãe e ainda mora lá nos EUA! Ela pediu para que eu não divulgasse o nome completo dela, então coloquei apenas as iniciais, ok?!

      1)      Em qual Estado você foi au pair?

 A.A: Fui au pair em Connecticut.

     2)      Como conheceu seu marido?

A.A: Essa é clássica! Foi pelos famosos aplicativos! Eu cuidei de gêmeos e quando cheguei, eles tinham 2 meses; eu precisava treinar inglês e encontrei ali uma boa alternativa. Baixei o Tinder e o Okcupid. No Brasil há bastante preconceito com esses aplicativos (tinder né, Okcupid nem sei se tem), mas aqui quebra um galhão com o nosso inglês no começo! Ah, e a gente se conheceu pelo Okcupid!

     3)      Nos outros países os homens são mais reservados. Como foi a paquera?

A.A: Olha, alguns são, mas tem uns que era só falar que a palavra “brasileira” que eles mudavam o rumo da prosa! Mas a maioria era bem mais reservado que no BR. Saí com alguns, o F. sabe, e inclusive a intenção de sair com ele no começo era somente para aprender inglês (e ele queria aprender mais sobre a cultura do BR e um pouco de português pois iria a trabalho para lá em 2010).

     4)      E esse primeiro date? Foi muito diferente dos dates do Brasil?

A.A: (risos) foi engraçado, porque a gente já conversava há uns 3 meses, éramos amigos mesmo! Eu já tinha saído com outros guys nesse meio tempo e ele sabia (eu voltava dos dates e ligava pra ele pra contar as gafes com o inglês). No dia do “date”,  ele precisava comprar um terno para o casamento de um primo, pois ele era padrinho, e não queria ir sozinho; ele me chamou e eu fui! Engraçado que nem lembramos que não nos conhecíamos e quando nos vimos pela primeira vez ele ficou com vergonha! É, foi BEM diferente dos dates do BR, né?!

     5)      Como era seu inglês nos primeiros dates? Achou que o inglês evoluiu com os dates? Com o tempo, seu marido aprendeu alguma coisa de português?

A.A: No primeiro date, nos primeiros minutos eu travei! O inglês evoluiu legal e parte disso foi graças a ele, porque a gente conversava todos os dias, ele me ensinava muita coisa, e como quando cheguei os gêmeos eram bebês, acabava não conversando tanto em casa porque ficava o dia todo sozinha com eles. O F. aprendeu um pouco de português sim, e agora com as crianças mais ainda, pois com elas só falo português! Não quero que elas esqueçam, pois assim a comunicação com a família no Brasil fica mais fácil, e a dele também, porque na minha família quase ninguém fala inglês.

     6)      Já faz quase 10 anos que está ai, mas como foram os primeiros meses de relacionamento? Havia muita diferença entre as culturas? Como faziam para se adaptar?

A.A: O F. fala que ele ficou com vergonha no primeiro date porque naquele
momento ele percebeu que estava apaixonado por mim. Eu percebi poucas semanas depois, quando ele foi para esse casamento e não nos falamos todos os dias, e eu senti muita falta. Nós nunca vimos uma grande diferença, pois somos muito parecidos. As coisas que a gente acha mais esquisito são “bobas”, como por exemplo colocar catchup na pizza ou cantar parabéns sem bater palmas. Sei que tem casais que tem mais dificuldade pois as culturas são diferentes, mas o esquema é ter flexibilidade, ver o que realmente importa para o outro e para você e conversar (principalmente)! Eu aprendi muito a não ficar só de bico!

     7)      E no casamento, como foi a adaptação? É muuuuito diferente de viver com uma hostfamily (além da diferença de estar trabalhando para os hostparents)? Como é ter um marido americano?

A.A: Casamento a gente sempre tem que adaptar um pouco mais, mas eu posso dizer que aprendi muito vivendo com a minha hostfamily! Aliás, foi um treinamento, viu?! Ter um marido americano é muito bom, mas nunca tive um marido de outra nacionalidade pra comparar (e não quero não – risos)!

     8)      Seus filhos são todos americanos? Eles sentem diferença quando vem para o Brasil?

A.A: São. Todos são nascidos aqui. Eles sentem principalmente a diferença do carinho, colo, cafuné, que aqui só quem dá sou eu e o F. Os pais e irmãos do F. são ótimos, adoro eles, mas a cultura é outra, é diferente e as crianças amam isso de serem ninadas, aninhadas, e isso elas só tem aí!

     9)      Se você tivesse a oportunidade de ter uma Au pair, teria?

A.A: Às vezes eu penso que sim, mas às vezes penso que não. Sim pela troca cultural que pode ser muito rica para as crianças, e não pois fico pensando em como é para as kids ter que se despedir que alguém que amam tanto 1 ou 2 vezes por ano (e isso é culpa sua, Júlia, sobre o que conversamos sobre apego); fico pensando que isso deve doer no coração dos bichinhos, não sei...  Meus gêmeos hoje tem quase 10 anos, moram aqui do lado e toda vez que vou visitá-los, eles choram quando vou embora! Eles se apegam demais na gente, e a gente neles...

     10)   O que mais gosta ai nos EUA? Se pudesse escolher, gostaria de morar com sua família no Brasil ou ficaria nos EUA?

A.A: Ah, gosto da segurança, gosto dessa proximidade com a natureza (poder ver esquilinhos ou até um cervo no quintal é muito legal – a menos que eles pulem frente do seu carro – risos), gosto do sistema de ensino, gosto muito de dirigir aqui, de conseguir comprar as coisas que quero, poder viajar. Gosto de muitas coisas! Se eu pudesse escolher? Hoje acho que ficaria aqui. Morando aqui eu tenho a oportunidade de ir para o Brasil todo ano para visitar a minha família e passar um tempo com eles. Talvez se eu morasse no Brasil não teria a oportunidade de vir para os EUA todo ano para visitar os avós, tios e primos, e não acho justo privá-los desse contato. Tenho saudades, claro, mas hoje tenho que ser justa e coerente, né?!

   Bem gente, esse foi meu post desse mês! Agradeço desde já a minha amiga por ter respondido essas perguntinhas e penso que dá para a gente aprender bastante com tudo o que ela falou sobre o relacionamento, namoro e/ou casamento com pessoas de outros países, aliás, para qualquer relacionamento o que importa é flexibilidade e comunicação!

   Espero que gostem do texto tanto quanto eu gostei de fazê-lo (desde a elaboração das perguntas, a entrevista mesmo por vídeo e a edição aqui no blog)!

   E agora que venha dezembro!!! Já dezembro!!!

   Beijos, ótimo mês para vocês!!

   Júlia

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Um comentário:

  1. The Chinese yuan is the Chinese currency. The symbol used for this currency is ¥, and is abbreviated as CNY. 4.7% of the country's population is unemployed. The total number of unemployed people in China is 66,507,159. Each year, China spends about $ 2210 billion and about $ 1950 billion. The country’s Guinea Index is 46.9. China has a Human Development Index (HDI) of 0.719. http://www.confiduss.com/en/jurisdictions/china/business/company-formation/

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