Hello there! Meu nome é Lara, vou fazer 23 anos em
duas semanas, sou a nova colaboradora do blog e ex-au pair-futura-nanny em DC.
Dos meus textos vocês podem esperar um olhar bem otimista e também realista sobre o mundo
auperiano. Sou daquelas que ama as kids e se considera parte da família, mas
também já teve vontade de jogar tudo pro alto e sabe que o intercâmbio está
longe de ser o mundo cor de rosa que as agências nos vendem (e também que pode ser muito melhor que o que elas vendem). O meu match foi bem unusual, meus 18 meses mais ainda, e vou fazer um breve resumo de tudo aqui.
A história do meu match é o tipo de história que eu
não gosto de contar porque parece mentira e todo mundo me odeia. Eu queria
poder dizer que fiquei onze meses e treze dias online, que falei com cinquenta e
sete famílias, que fiz inúmeros skypes ou que tive um visto negado, só pra
dramatizar um pouco. Mas foi actually
painless, vou contar anyway e tentarei
ser breve.
Era março de 2011 e eu tinha planos de escolher
uma agência em julho. Eu me inscrevi no GAP dia 26, um sábado, pra começar a conversar
com famílias porque tinham me dito que era bom “ensaiar” um pouco. Na mesma
noite, favoritei trinta famílias. Vinte e nove me responderam que eu não era um
good match pra eles e me desejaram boa sorte. UMA falou que talvez eu poderia
me dar bem com eles. Me mandaram uma mensagem no GAP com o email deles e eu já
mandei outro maior que o antigo testamento me apresentando. Isso dia 27. Dia 28
a host me respondeu dizendo que adorou meu entusiamo e meu inglês. Conversamos
mais um pouco, dia 30 marcamos ligação (sim, telefone, não skype, sou old school), não trocamos email nos dias
31 e 1 e dia 2 ela me ligou e falamos por mais de uma hora. A ligação foi no
sábado, uma semana depois de eu ter me inscrito no GAP, e fizemos o match na
segunda, dia 4 de abril. Pequeno detalhe: eu não tinha agência e eles me
queriam pra maio.
Disclaimer: eu não sou a louca que correu o risco de fazer match
com uma família perigo. Mas eu tive a sorte, cagada, ou o que quer que você
queira chamar, de descobrir que a família que me adorou era a família da au
pair cujo blog eu AMAVA e que só falava bem dos hosts. A host me mandou o email
dela no primeiro contato e só pelo nomesobrenome no email eu descobri que a
família era a do blog. Como eu sabia que eram uma família de verdade e que não
eram muito loucos (for au pair stardards,
anyway), e depois de ter certeza que a menina não falava bem deles à toa,
resolvi me jogar.
Um mês e meio depois eu estava em DC. Durante meus 18
meses eu visitei 11 cidades em todos os cantos do país (Nova York, Orlando, Los
Angeles, São Francisco, Williamsburg, Charlottesville e Jamestown na Virgínia,
Denver, Boulder e Erie no Colorado, e Saint Petersburg, na Flórida, durante o
treinamento. Isso sem contar as cidades
que você pode conhecer dando um rolê pelo metrô de DC, como Rockville e
Bethesda em Maryland, Fairfax, Falls Church e Arlington na Virgínia, além de
Silver Spring, que era onde eu morava, e
alguma outra cidade que eu provavelmente esqueci), fiz um curso na New
York Film Academy, tive um unlimited
summer pass pro Six Flags de Maryland, fiz trick or treat com as kids dois
anos consecutivos, fui em uma ghost tour,
fiz aula de boxe, escolhi minha abóbora numa plantação de abóboras, fiz três
amizades pra vida toda (uma delas com uma alemã que hoje está morando convenientemente
em Berlin) e – não tenho vergonha de dizer – ganhei uma família americana.
Cuidei de uma baby que tinha 13 meses quando cheguei e
um boy que tinha 3 anos (“and a half, Lara!”). Eles não eram perfeitos – o menino
era ou irritantemente obediente ou tirava o dia pra me deixar louca e a baby
era super sassy e não ouvia
ninguém... I mean, que não fosse a au
pair que vos fala. O menino já fugiu de casa enquanto estava comigo durante um playdate (contarei com detalhes no
futuro) e a baby decidiu marcar território pintando a parede da sala, a porta
do basement e os armários da cozinha com uma sharpie
preta. Mas ela também se agarrava na minha perna quando a mãe chegava em casa
pra ficar mais comigo e o menino me desenhava como a amiga pirata dele pra
depois me perguntar como se escrevia “I love you”.
Pra mim, ser au pair é um trabalho como qualquer outro
e você tem que aprender tanto a engolir sapo quanto a não se deixar ser
explorada. Aprendi a dizer “não”, aprendi a lidar melhor com as pessoas,
aprendi que cada pessoa tem um jeito diferente de demonstrar que gosta de você,
aprendi a ser mais flexível e ter mais paciência e que se eu posso chegar em
Nova York e me localizar sozinha, posso me localizar em qualquer lugar do mundo. Valeu
MUITO a pena e se eu pudesse voltar no tempo, viveria tudo de novo.
Nos próximos meses eu pretendo contar tudo sobre minhas
famílias americanas (no plural mesmo), minhas viagens e férias, minhas dicas de
como eu domei as feras (hosts e kids), as emergências que passei com as kids,
as muitas besteiras que fiz e histórias aleatórias sobre o meu tempo como au pair,
assim como minha saga atual pra voltar como estudante. Pra quem ainda não foi,
eu espero ter te animado ainda mais e pra quem está aí, aproveite muito porque
passa mais rápido do que você imagina!
E até o próximo dia 30!
oi, lara! adorei o post e a historia do match hehe eu nunca tinha visto nada parecido. só fiquei com uma duvida: voce foi com o agencia, no fim das contas? pq tu citou o treinamento, e quem vai sem agencia, nao tem treinamento. certo?
ResponderExcluirenfim, aguardarei ansiosa os próximos posts dos dias 30, pq pelo visto, vem historia por aí!
beijos
Oi Duda! Brigadaa :D
ExcluirEu fui com agência sim, entrei na que a família já tava, a Expert Au Pair. Nunca tentei outra agência pra comparar, mas recomendo muito a Expert! Sem agência não tem treinamento mesmo não, e o da Expert acho que é o único que não é em NYC ou NJ, é na Flórida, perto de Orlando :)
Beijoo
Post muito bom!!!! Quanta experiência vc parece ter! Vou aguardar até dia 30 para ler mais! bjss
ResponderExcluirBrigadaaa! :D
ExcluirBeijão
Resolvi comentar só pra dizer que gostei do seu post e da sua história =)
ResponderExcluirBrigadão Manu! Espero que continue gostando! :D
ExcluirAdorei a historia!! Como foi o curso na New York Film Academy? queria muito fazer um curso lá..
ResponderExcluirBrigadaa! O curso foi muito bom! Os professores lá são muito legais, a turma mais ainda (um bando de americanos e eu) e foi só um dia de teoria e o resto tudo prática, de sair na rua com câmera e tudo pra gravar filme e essas coisas. Foi bem legal, faria muitos outros!
ExcluirGostei muito do seu post! :)
ResponderExcluirBrigadão! :D
ExcluirQue bacana Lara!
ResponderExcluirEspero que minha experiência como au pair seja tão legal quanto.
Vai ser sim, Larissa! :D
ExcluirBeijão
Oi Lara!! Estou na fase online.. me cadastrei no GAP e no Au Pair World.
ResponderExcluirFavoritei algumas familias no APW.. vou esperar contato. Mas no GAP. a maioria não consigo porque eles exigem que a pessoa seja de lá. Tem como reverter isso?
E outra, quando eu curto uma família.. a chance dela vir pra minha agência é muito pouca? Eles se ofendem..haha como é?
Parabéns pelo texto :)
Oi Thais, brigada! :D
ExcluirEntão, eu também tinha esse problema e geralmente essas famílias querem americanas ou meninas que já morem por lá. Não sei se tem muito o que fazer a não ser colocar que você mora em tal area. E geralmente quem não quer entrar em agência deixa isso bem claro no perfil. Minha dica seria colocar sua agência já no perfil e falar que você não vai sem agência, porque aí so te contata/responde quem for da sua agência ou estiver disposto a entrar.
Beijoo
Amei o seu post, me deixou mais animada com essa nova aventura. Parabéns :)
ResponderExcluirAdorei. Ansiosa para ler o próximo post :)
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