Eu
sempre fui muito impulsiva. Existe uma coisa dentro de mim que eu não consigo
controlar. Talvez com o tempo, alguns
anos mais madura e com algumas sessões de psicanálise eu consiga superar essas
atitudes tomadas no impulso.
Não
vou dizer que eu não penso. Pelo contrário, eu “queimo a mufa”, penso e
repenso, faço até lista de prós e contras! Mas na hora H, na hora de tomar a
decisão final... Eu jogo tudo pro alto e ligo o botão do f**a-se, e faço
exatamente o que eu desejava ardentemente fazer! Isso é tão biológico, tão visceral que as
vezes eu fico pensando que anos e anos na faculdade estudando Freud ainda não
está surtindo muito efeito!
Sou
assim com relacionamentos,amizades, em discussões familiares, na hora de voltar atrás e pedir
perdão, quando estou insatisfeita com algum emprego, etc. Por que seria
diferente com o processo de au pair?
Lembro
me como se fosse ontem e não há um ano atrás, quando iniciei essa louca jornada
chama “ processo para ser au pair”.
Há anos eu pensava em morar nos EUA. Estudava numa escola de Inglês no
Brasil onde todos os professores tinham histórias maravilhosas para contar (a
maioria sobre a Califórnia, diga-se de passagem) e todos me diziam : “Tu vai adorar! Não vai
mais querer voltar!”
Minha
empolgação era tanta, e aliada a minha insatisfação momentânea com meu atual
relacionamento, plus o meu medo de
encarar a vida adulta e deixar de vez de ser recém formada mas ainda estagiária
no Brasil, todos esses fatores me levaram a tomar mais uma atitude impulsiva.
Então
num certo dia de fevereiro de 2013 eu saquei o dinheiro no banco e paguei a
agência! Simples assim! Foram-se 7 longos meses até meu embarque. Os sete meses
mais intensos da minha vida, so far!
Eu curti muito minha família e meus amigos, viajei, descansei, fiz festas
lendárias e aprendi a ser uma das single ladies, porque conforme minha
amiga eu namoro desde que nasci!
Então
cheguei aqui nos EUA e descobri que meus professores estavam certos! Eu amo
este lugar e se pudesse não voltaria mais para o Brasil! Tirando os obstáculos
do caminho que incluem morar no subúrbio de DC sem carro e morar uma host Family ,eu amo estar aqui!
Mas
e quanto a minha vida no Brasil? Aquela que eu resolvi sublimar, guardar dentro de uma gaveta num momento de impulsividade?
Seis meses de EUA cuidando de apenas um cute baby (portanto tendo muito tempo livre para pensar e repensar
na vida) me tornaram, talvez... A mesma impulsiva de sempre!
E se
eu já me sentir satisfeita com minha
aventura no hemisfério norte? E se eu falar que já viajei o que eu desejava,
conheci pessoas do mundo todo e melhorei meu inglês? E se eu já estiver pronta e com muita vontade
de encarar a “vida de adulta” lá fora? E se eu estiver sentindo falta de
emprego de verdade e do meu curso de psicologia?
E se eu me der conta que jamais deveria ter ficado tantos meses longe das
pessoas que eu amo? E se eu for o tipo de pessoa que apenas ama viajar e se perder no mundo mas que volta
para casa ASAP ? E se morar com
uma host family for too much pra mim? E se?
E se? Onde está minha impulsividade? Não percam os próximos capítulos desse
drama mexicano!
Me identifiquei com você... Muito bom o texto!
ResponderExcluirObrigado! Bjos da Bia!
ExcluirEu já pensei tudo isso, pra depois pensar "e se o que eu penso tá tudo errado?"
ResponderExcluirComo toda boa impulsiva eu diria q só saberemos se nós jogarmos de cabeça! Para um dia se arrepeder de algo eh preciso viver a experiência , certo?
ExcluirSuper me identifiquei também! Sou a rainha dos " e se" :D
ResponderExcluir"e se" a gente não se questionasse tanto? Talvez nem estariamos aqui vivendo essa aventura! hehe
ExcluirNossaa .. me identifiquei suuper!!! Meo e eu achando que só minha cabeça dava nó e minha impulsividade me fazia parecer louca rsrs
ResponderExcluirAcho q eh um dos requisitos para ser uma au pair!! hehehe
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