Eu
acho que esse é o grande problema das pessoas que se entregam com tudo e se
jogam de cabeça. Eu sou uma eterna apaixonada, sou intensa, sou dramática e
visceral… Não adianta é assim que eu sou.
Quando se trata de um assunto ou alguém que eu gosto, eu praticamente
amo tudo que me apresentam. Na faculdade de psicologia, por exemplo, eu adorei
a psicologia hospitalar, mas também acho a psicanalise fascinante, amo desenvolvimento infantil, porem acredito que a Terapia
cognitiva comportamental faz todo sentido para algumas questões. Quando eu estava viajando, eu amei Chicago,
mas San Francisco é tao a minha cara e NY… Ahhh sem palavras! E ainda existe um
enorme espaço pra Maryland dentro do meu coração! Enfim, eu não acho justo ser radical e arbitrária em minhas opiniões (apesar de ser uma pessoa bastante teimosa ao
defende – las) . Eu acho que a riqueza de tudo é ser aberta ao novo! E nessa
de me “abrir” a novas descobertas, eu simplesmente fico fucking divida… E meu amigo, não é fácil.
Eu
poderia falar que prefiro morar no Brasil,
andar de busão lotado, passar calor/frio sem ar condicionado em todos os
lugares, ter muito mais cuidado ao sair na rua porque é mais inseguro, ter mais dificuldades pra
adquirir as coisas porque e tudo mais caro, etc. Mas ao mesmo tempo eu
iria falar que estar próximo a minha família e pessoas que realmente se importam comigo é muito bom e reconfortante.
Abraço faz muita falta. Lutar pelos meus ideias e ir em busca da realização profissional que eu tanto acredito é o que da sentido a minha vida. Me sentir “em casa” em qualquer lugar, me sentir feliz
pelo simples fato de saber que todos alias amam o mesmo lugar que eu, ahh isso
faz alguma diferença.
Mas
ao mesmo tempo eu posso falar que amo a facilidade e a segurança do dia a dia,
que adquirir bens materias e viajar aqui é mais fácil e barato, que as coisas são mais desenvolvidas no primeiro mundo, que as pessoas são mais educadas e reservadas, etc. Mas que não é fácil estudar anos, se graduar, planejar seu futuro profissional e acabar no
subemprego, talvez para sempre. Só quem vive no exterior sabe o quanto é difícil e quase (eu falei quase) impossível conquistar um lugar ao sol, do jeito que queremos. Que ser o “intruso” imigrante não e muito fácil, que estar longe de
quem realmente te ama é muito difícil, é como estar rodeado de pessoas e
sozinho ao mesmo tempo.
Enfim, é uma faca de dois gumes, dois caminhos completamente diferentes… Mas por ser
uma pessoa realmente intensa, eu amo e odeio ao mesmo tempo os dois lados. Por
isso, que para mim, é muito, muito, muito difícil me decidir. A verdade é que
não existe A verdade absoluta. Cada
um sabe o que guarda dentro do coração, mesmo sabendo das dificuldades que virão em seguida.
Acho
que o mais me conforta é o que uma “dazamiga au pair” um dia me falou : Bia,
isso não é o fim de tudo, e sé o começo. Pois então, vamos lá, ver no que da.
Se não der certo como o planejado, nós voltamos atrás, ou seguimos adiante em
busca de outra paixão!
Olá. Adorei o seu texto!
ResponderExcluirEu já estou "internalizando" que nunca serei feliz por inteiro, pois sempre irá faltar algo. Eu gosto de tudo ao mesmo tempo e odeio fazer escolhas...
Nunca mais seremos felizes por inteiro...Sempre havera uma parte do nosso coracao pelo mundo!
ExcluirQue lindo seu texto!!
ResponderExcluirfaz a gente pensar em tanta coisa, e é isso, bora de jogar de cabeça em tudo, curtir que quando passar passou e a vida é assim!
Curtir o presente, eh isso ai !
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