Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

20 dezembro 2014

Primeiras Semanas + Natal + Ano Novo = Homesick

Cheguei no meu destino galera! Houston - Texas. Mais exatamente essa semana, na quinta-feira a noite. E foi automático: eu cheguei, me vi num lugar estranho com gente desconhecida e a maldita homesick bateu NA HORA! Não tô nem acreditando nisso...

O treinamento foi bem sossegado. Me diverti, fiz novos amigos, aprendi algumas coisas, bem úteis até. Na quinta de manhã parecia que tinha uma montanha-russa na minha barriga. Peguei meu voo de 4h de New Jersey até o Texas e voilá! Aqui estou.

Minha família foi bem legal logo de cara, fomos jantar em um lugar tipicamente texano e me abraçaram quando me viram. Mas isso foram os pais. As kids, bom, elas apenas notaram minha presença. hahahaha 

Hoje foi o último dia de aula das kids, serão duas semanas de schedule atípico. Mas ok, bem tranquilo, nada demais. Minha kids são bem independentes e fazem muitas coisas sem precisar de ajuda. Por sorte, o fim de semana está chegando e os pais estarão sempre por perto, o que me dá mais tempo para entender o funcionamento das coisas.

Mas sobre o Natal e a Homesick, título do post. Ai gente... Não dá pra ficar sozinha um segundo! Tenho que procurar coisas pra fazer e ocupar minha mente, se não, no instante seguinte, já tô chorando, cheia de pensamentos malucos de "querer voltar pra casa" ou "não vou dar conta disso aqui" ou "vou passar um ano inteiro sozinha".

Racionalizando: eu sei que nada disso é verdade. Farei novos amigos, em breve conhecerei tudo, e saberei mais sobre o funcionamento dessa casa do que os próprios hosts. Mas só quero compartilhar com vocês que é difícil e dói, dói mais que tudo, e é um trem desgovernado sem destino! Mas já vejo a luz no fim do túnel, e sei que vai passar.

Vendo que eu já tava me tornando meio paranóica com a coisa, fui conversar com minha Host. Já teríamos uma espécie de conversa hoje a noite, apenas para alinharmos algumas questões da casa e com relação ao handbook da família que ela preparou (achei isso ótimo! Inclusive, ótima idéia da Au Pair Academy da Au Pair Care - faça com que seus hosts escrevam sobre as regras por você. No fim das contas isso lhe dá um certo poder com as kids e pode ser contestado com os hosts caso algo fuja à regra).

Mas voltando a conversa: falei que eu precisava, necessitava, participar das atividades da família nas próximas semanas durante "the holidays", porque eu estou sentindo muita falta de tudo e de todos, e quanto mais sozinha eu ficar, mais difícil será superar esse primeiro momento. FOI ÓTIMO! Tirou um peso de mim, e juro que já me sinto melhor. Mas graças também à resposta dela, que foi a seguinte: Você é livre pra participar de toda e qualquer atividade em família. Você nunca será obrigada, mas sempre será ótimo que você participe. Sempre te direi quais são nossos planos e se você quer se juntar a nós.

Outra questão que coloquei, que me faz me sentir mais desconfortável ainda, é a falta de domínio da língua. Eu entendo o que eles dizem, especialmente as instruções (acho que é o mais importante), mas às vezes não consigo entender uma só palavra do que eles dizem, fora o fato de me expressar mal, ou as palavras não virem quando preciso responder ou perguntar algo. E, cara, essa é uma das horas que me faz mais querer voltar correndo para terras brasileiras. Pedi a eles que tivessem paciência comigo, e que tentassem falar devagar, e me permitissem perguntar mais de uma vez se fosse preciso. Mais uma vez, a resposta foi muito boa, com participação especial do host dad, que entrou no meio pra reforçar o apoio. 

Juro que era tudo que eles disseram era o que eu queria ouvir. Sabe, pode ser que em alguns meses a situação de convivência fique complicada (eu realmente espero que não), mas agora eu preciso muito disso. Quer dizer, foi o caminho que eu encontrei para me sentir melhor, pode não ser o melhor, ou não servir pra outras au pairs, mas talvez funcione pra mim... vamos ver.  Mês que vem vou contar pra vocês se funcionou ou não! Mas após a conversa, estou tão positiva que acho que agora tudo vai dar certo...
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Camila Loureiro

2 comentários:

  1. Quando eu cheguei na casa da minha família postiça era abril, nenhuma data comemorativa com família por perto, aí eu logo caí de bicicleta e quebrei o dedão da mão direita. Toda vez que eu olhava um avião no céu eu desejava estar lá dentro, voltando pra casa e pro meu mundo conhecido. Quando eu achei que o negócio tava ficando chato, eu parei, joguei um balde de água fria na minha cabeça e me mandei parar, relembrando-me que: eu que quis ir, eu que topei a ideia de morar com aquela família e cuidar daquelas crianças e que seria bom se eu quisesse, pois eles estavam dispostos a isso. Teve uma vez enquanto tomávamos café da tarde, que eu simplesmente comecei a chorar, na frente de todo mundo. A mãe postiça se levantou, veio até mim e me abraçou perguntando qual era o problema, e eu disse que não tava entendendo nada do que eles estavam dizendo, ela me respondeu que no começo era normal até eu me acostumar e que todos ali iriam me ajudar, falando mais devagar ou repetindo, até que eu entrasse no ritmo. Ficar com a família o máximo de tempo possível é algo muito bom, especialmente agora nessa época. Pense no que tu ainda podes fazer por aí e vamos em frente! Vai dar certo! =]

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    1. Com certeza, Mel! Acho que passar tempo com eles nessa fase é importante demais! Tanto pra nos sentirmos mais confiantes e confortáveis, como pra espantar esses pensamentos insanos de querer voltar e de que nada vai dar certo! Tô sendo bem positiva, e o mais racional possível pra lidar com esse momento. Mas vamos em frente, porque pra trás não dá!

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