Dizem que quando a gente é novo em um lugar, o ideal é que se apresente, né? Pois bem, como hoje é o meu primeiro dia aqui no BLOG
DAS 30 AU PAIRS, vou me apresentar: Meu nome é Júlia, fui au pair nos
Estados Unidos em 2009 e moro em Curitiba, PR. Sou psicóloga e trabalho com
consultório e orientação online pré, durante e pós intercâmbio.
Conheci o au pair quando estava no último ano da
faculdade, e como eu não tinha ideia do que fazer ou trabalhar quando me formasse e amava
crianças, “juntou a fome com a vontade de comer!”
Naquele ano já não era fácil encontrar família; eu era
bem insegura e impulsiva, e aquilo período despertou vários dos meus “fantasmas”
(quando eu falo fantasmas quero dizer pensamentos/ideias, ok?!) e acabei escolhendo a primeira
família que tive contato, sem perguntar zilhões de coisas importantes! Nem
sobre o schedule eu perguntei!
Na
verdade, eu nem sabia o significado dessa palavra! Acho que não falei do meu
inglês, né? Nossa, era lamentável! O pessoal que foi pela Cultural Care deve
lembrar de uma palestra durante o treinamento, que é ministrada por um policial! O pessoal falava que era superengraçada e todo mundo ria horrores, e eu queria chorar, pois
não entendia bulhufas (NADA MESMO) do que ele falava e o desespero começou a bater
ali, ao saber que eu iria para a casa da família e que lá NINGUÉM falava
português!
A família não era ruim, pelo contrário, tenho contato com eles até hoje, apesar de ter morado lá somente 1 mês! Saí da
1ª família decidida a encontrar outra com menos crianças, achava que três (ainda
mais 3 meninos com menos de 6 anos) era too much! Aí fui para uma família com
CINCO crianças, sendo que 4 tinham menos de 6 anos! Eles também eram legais,
mas se eu não conseguia lidar com 3, não preciso falar o que houve com a 2ª
família, né?!
Somente com 1 mês e 3 semanas foi que achei a hostfamily
onde fiquei por 7 meses, acho justo fazer um post só deles né? ( AGUARDEM!!)
Quem conhece a minha história como au pair nos detalhes sabe
que não foi fácil, mas hoje eu percebo que muito do que passei foi por culpa
minha mesmo! Algo que trabalho em consultório tanto com meus pacientes como o pessoal
da orientação é a reflexão; para ver qual a nossa parcela de culpa no que deu
errado.
Como falei, minhas 2 primeiras HF´s eram ótimas, mas acabei sendo controlada por aqueles pensamentos ansiosos do tipo “e se eu não arrumar família melhor? Eu queria
cuidar de bebês, mas vou aceitar, por que nunca se sabe, né?! Eu queria cuidar
de menos crianças, mas vou arriscar cuidar de 5 (até hoje me pergunto aonde
estava com a cabeça!) ”. Eu tinha uma
“listinha” de coisas que eu queria nas famílias, mas o medo me fez cortar todos os itens e aceitar, tanto a 1ª quando a 2ª
família, por pura ansiedade, insegurança!
Não estou dizendo que temos que ser inflexíveis;
aliás, flexibilidade é uma das palavras chave do programa! Estou falando que
temos que saber o nosso LIMITE e não sair abrindo mão de tudo aquilo que
pensamos e queremos, afinal o plano inicial é morar 1 ano com a família. Um ano
é um relacionamento (sempre falo isso, quem acompanha meus vídeos sabe), por
digo que é importante que haja compatibilidade!
Então, o recado/dica que deixo hoje para vocês é este:
esperem e cuidem dos seus pensamentos! Ninguém disse que seria fácil, mas
alguns dias/semanas/meses NA SUA casa pode fazer diferença no seu ano de intercâmbio!
E esta sou eu, gente; e este foi o meu primeiro post!
Agradeço as meninas do BLOG DAS 30 AU PAIRS pela parceria! Eu espero que gostem e que, de alguma forma,
este texto (e os próximos) ajude vocês!! Qualquer dúvida sintam-se a vontade para
entrar em contato comigo inbox pela minha fanpage Doces memórias - Sweet memories
Quer saber como foi com a minha 3ª família? Quer
saber por que eu entrei, mais uma vez em rematch? E dessa vez não foi tão
amigável (como o da 1ª e 2ª família), mas sabe, foi a MELHOR coisa que
poderia me acontecer!
Vejo vocês no próximo dia 02!!
Beeeijos!!!
Júlia B. Benedini - Psicóloga (CRP: 08/14965)
"A verdadeira viagem se faz na memória (Proust)"
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