Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

05 novembro 2017

De volta pra casa....

   
   Lá no aeroporto, encontrei uma colega que cresceu comigo durante a infancia, também era au pair, mas estava encerrando o 2º ano e voltando para o Brasil e estávamos no mesmo vôo. Acho que foi a sorte, pois confesso que não lembro até hoje como fui parar naquele avião! Provavelmente eu fui guiada por ela! Mas o restante eu lembro muito bem! Vôo com escala em Atlanta, eu sentada na poltrona do corredor e uma criancinha chorando com medo da decolagem....

   Olá, pessoal, tudo bem? Para você que caiu de paraquedas aqui, eu sou a Júlia, ex au pair e psicóloga, e hoje meu "foco" de trabalho é a assistência emocional online para intercambistas e pessoas que querem morar fora.
   No último post eu contei um pouco da minha despedida dos EUA, como passei as últimas semanas e dias como au pair, e hoje venho contar para vocês sobre o meu desembarque, reencontro com a família e acho que o mais emocionante: quando peguei meu sobrinho no colo pela primeira vez! Sim, ele nasceu quando eu estava nos EUA e até então nosso contato havia sido apenas por Skype.  Mas vamos lá, retomando do ponto onde parei, que está no primeiro paragrafo deste post...

   Vôo com escala em Atlanta, eu sentada na poltrona do corredor e uma criancinha chorando com medo da decolagem. Eu costumava carregar comigo um cachorrinho de pelúcia que comprei no meu 2º mês nos EUA, principalmente porque o formato dele encaixava na "curvinha" do pescoço/cabeça e era um travesseiro perfeito, mas ao ouvir aquele chorinho não pensei duas vezes; virei para trás, olhei para a criancinha e falei: He´s scared too, but if you hold him tight, he'll be ok! Do you wanna try? (Traduzindo: ele também está com medo, mas se você segura-lo bem apertado, ele ficará bem! Quer tentar?) Ela imediatamente estendeu os bracinhos (fofa! =]) e fechou os olhinhos enquanto o apertada "tigh"e dormiu minutos após a decolagem.

   O voo NYC para Atlanta até que foi tranquilo, acho que ainda não tinha caído a minha ficha! Desembarcamos (eu e minha colega) em Atlanta com pouco tempo, ia ser corrido, e ainda com aquele "monte de malas de mão" calculem!! Até que deu tempo, chegamos no portão correto, e aí do nada o voo mudou de portão, bem próximo do embarque. Acho que eu nunca corri tanto na minha vida arrastando aquela mala de rodinhas, que parecia que ia voar, mas mais um vez deu tempo! Entrei no avião, fui de janelinha, queria ver tudo! Na minha frente estavam duas brasileiras, ambas com a poltrona quebrada, porém, o quebrada, de certa forma, favorecia a elas, pois a poltrona estava deitando muito. As duas foram literalmente deitadas no meu colo e do senhorzinho que estava ao lado, e quando perguntei se elas poderiam subir a poltrona pelo menos um pouco a resposta foi "não, estou confortável assim". Ok, né? Como o voo estava cheio, fui de Atlanta à São Paulo "dando colo" para uma desconhecida! hahah
   A vista de Atlanta ali do avião era linda, e acho que foi ali que a ficha começou a cair. Chorei, chorei bastante e me despedi daquele país que me ensinou tanta coisa (confesso que eu achava que nunca mais teria condições de voltar, então a despedida foi bem dolorida).

   
   Tripulação, preparar para o pouso! Pronto, chegamos em São Paulo! Voltar foi muito bom! Pouco depois que cheguei, meus pais também chegaram e fomos para a casa da minha tia, que mora em São Paulo. Lá, reencontrei minha avó (saudades), meus tios e primos, e tive a primeira refeição brasileira: arroz, feijão, carne assada, salada e legumes! Sabe aquela comida que você come sentindo o sabor de cada ingrediente? Foi essa, inesquecível!! 

  Eu não quis esperar, dormir lá e vir embora para Curitiba no dia seguinte, queria pegar a estrada, ver minha irmã, cunhado, meus cachorros e finalmente poder sentir o cheirinho do Isaque, meu sobrinho. 
   Cada minuto da viagem parecia interminável, aquela viagem pareceu mais longa que a de Atlanta à São Paulo.

   Algumas horas depois, CHEGAMOS! O reencontro com meus cachorros também foi muito legal! Sabe aqueles vídeos onde os cachorros encontram os donos após bastante tempo? Foi mais ou menos parecido! <3  Hoje os dois já estão no céu dos cachorros, e a saudade deles é imensurável!
    Pouco tempo depois de chegarmos, chegou minha irmã, trazendo consigo o "meu gato", meu sobrinho. Lembro até hoje a roupinha que ele vestia, que por sinal, eu havia comprado e mandado para ele poucos meses depois de chegar nos EUA. Era um suetter azul com uma baleia e uma calça azul marinho. Os punhos do suetter era da cor da calça, deu pra imaginar, mais ou menos? O encontro foi inesquecível, lindo de viver ! Hoje o Isaque já tem 8 anos, e nossa ligação é incrível, e 6 anos (talvez 5 anos, agora não lembro exatamente hahaha) depois chegou a Luisa, minha sobrinha!
Este é o Isaque quando cheguei!
                                

  A readaptação não foi fácil, voltar a morar na casa dos pais, em outro país, estado e cidade diferentes, com costumes diferentes, desempregada, enfim, se eu começar a falar aqui, viramos a noite, né? Isso (com certeza) seria assunto para um único post, e quem já voltou sabe que o assunto é longo e não é fácil não! 

   Espero que tenham gostado dessa máquina do tempo, este post contando um pouquinho do meu retorno! Adorei relembrar os detalhes e tudo que vivi naquelas últimas semanas! 

   Espero vocês no próximo mês que, pasmem, já é dezembro!!!
   
   Beijos,



   Júlia B. Benedini - Psicóloga 
CRP: 08/14965                   
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