“Júlia, quero muito fazer intercâmbio, é o meu sonho, porém,
amo meu namorado, amo estar com ele e tenho medo da distancia acabar com o
relacionamento”.
Vejo com bastante frequência nos grupões de au pairs relatos
como este. Futuros e futuras au pairs angustiados e sem saber “o que escolher,
como escolher” e com medo de sofrer diante da decisão .
Para você, que está nesse dilema, eu trago novidades, trago
verdades e venho dizer que NAMORO x INTERCÂMBIO não são hipóteses opostas e
podem SIM jogar a seu favor.
Eu sou a Júlia, fui au pair em 2009 , hoje sou psicóloga
clinica, trabalho também com assessoramento emocional online para
intercambistas, e idealizadora do projeto Bate papo com pensamentos.
Hoje vamos conversar sobre NAMORO x INTERCÂMBIO, pois percebo
que é um tema que “dá pano pra manga”. Então vamos lá!
Entre os bilhões de benefícios que você já deve ter lido que
o intercâmbio pode trazer, vou listar mais duas vantagens:
- Fortalecer e amadurecer o relacionamento;
- Acabar de vez com eles (calma! A principio essa pode não ser uma vantagem, mas lá na frente você verá que foi melhor assim).
Primeiro de tudo é bem importante deixar claro que não é
fácil, mas que é possível, e que como falei, o intercambio pode trazer uma
experiência única de amadurecimento e fortalecimento para ambos. Vocês passarão
a conversar mais, aprender mais um sobre o outro, detalhes que as vezes acabam
não sendo notados quando a convivência é diária. Laços de confiança também
aumentarão, tanto a autoconfiança como a confiança no outro, e o casal começa a
notar que aquela saída com os amigos no final de semana não é motivo de pânico e preocupação.
A confiança aumenta, a segurança aumenta e o vínculo fica mais forte.
A distância no tempo de intercambio também pode ajudar a
trabalhar a individualidade do casal. É fundamental ter a ideia de que somos
pessoas completas, únicas e independentes. Quem chega, chega para somar, transbordar
e nunca para completar pedaços que faltam. Tá certo que essa ideia de “se
completar” é algo do “amor romântico”, mas é também muito forte e que quando
não há individualidade, sem o outro a pessoa realmente sente que falta um
pedaço (e isso não é romântico, é grave)! Aproveite o tempo de intercâmbio para fazer
coisas que você gosta, se conhecer e incentive seu namorado (a) a fazer o
mesmo.
Nem sempre o Skype mata a saudade. Temos que colocar as
cartas na mesa, né, mas criando novos hábitos de comunicação, fica mais fácil
lidar com a distância. Vou dar um exemplo para ficar mais fácil explicar: vamos
imaginar que você e seu namorado (a) costumam passar todos os finais de semana
juntos; com o tempo, vocês se acostumam a isso, vira um hábito, uma rotina (no
bom sentido). Com a distância, o cérebro continuará habituado por algum tempo à
aquela rotina, e às sensações de bem estar que ela trazia. Ele (o cérebro) “pede”
por ela, e não será fácil. Criar novos
hábitos, substituir por hábitos igualmente saudáveis e que incluam o parceiro
pode ser enriquecedor para o casal. Tentar, por exemplo, “levá-lo junto” por
chamada de vídeo em lugares legais que você vai conhecer será uma recordação
muito legal e divertida. Ah, e com o tempo o cérebro se acostuma com esses
novos hábitos e é por isso que fica mais fácil lidar com a saudade!
Agora para encerrar, vai uma dica para quem está ficando. Aproveite a
distância para fazer algo novo. Sabe aquele curso, aquela
faculdade, pós, que você está adiando há um tempinho? Aquele projeto que está
na gaveta e que você acha SUPER promissor, mas andava meio sem tempo?!
Aproveite para se dedicar ao seu crescimento pessoal, passe mais tempo com seus
amigos e família, tire o maior proveito possível da situação, para que esse
seja apenas mais um dos muitos desafios que vocês viverão na vida a dois!
Well, este foi o nosso bate papo de hoje! Espero que tenham
gostado e que ajude vocês nessa decisão!
Se você tem alguma sugestão de tema para a gente conversar
aqui no blog, coloque nos comentários! Sua ideia pode ser tema do meu próximo
post!
Até o próximo dia 05,
Beijos,
Júlia B. Benedini –
Psicóloga
(CRP: 08/1965)
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