Olá!
Tudo bem?
Fazer um intercâmbio é sempre uma experência desafiadora e quando as(os) veteranas(os) falam que ser au pair é sair da zona de conforto, não estamos falando só do desafio que é sair do seu país e ficar longe da sua familia. Você não sai apenas do aconchego do seu lar, é preciso que se esteja todos os dias a todo instante forçando a si mesmo a fazer algo, seja sair da caverna para interagir com a host family no tempo off ou tentando arrumar coragem para sair de casa, e a explicação para esse sentimento pode ser justamente a quebra da sua rotina do Brasil.
Tudo bem?
Fazer um intercâmbio é sempre uma experência desafiadora e quando as(os) veteranas(os) falam que ser au pair é sair da zona de conforto, não estamos falando só do desafio que é sair do seu país e ficar longe da sua familia. Você não sai apenas do aconchego do seu lar, é preciso que se esteja todos os dias a todo instante forçando a si mesmo a fazer algo, seja sair da caverna para interagir com a host family no tempo off ou tentando arrumar coragem para sair de casa, e a explicação para esse sentimento pode ser justamente a quebra da sua rotina do Brasil.
Um artigo publicado pela Universidade de Duke em 2006 aponta que 40% tdas ações que as pessoas realizam durante um dia não são decisões de fato, mas hábitos.* O que quer dizer que uma mudança tão brusca como se mudar para um novo pais te obriga a "reprogramar" grande parte do seu dia, já que com a rotina totalmente nova os mesmos hábitos não podem ser todos mantidos e se tornam "decisões" até que novos se construam, mas agora que você sabe disso, que tipos de habitos pretende construir?
A chance de ser fitness, de perder o medo de socializar com estranhos, de dominar uma nova língua, ser a rainha/rei do baile e "se pegar" com todos os gringos, de viver seu sonho de princesa/príncipe, de ser blogueirinha/o, de viajar muito, colecionar as melhores experiências ou até de confirmar que o seu "eu"do Brasil é quem você quer ser é agora.
No entanto, o programa não é assim cor-de-rosa e as mudanças não vêm fácil, a gente passa por muitos desafios que nos desanimam e desencorajam a vontade de qualquer um de se reiventar, te colocando em "caixinhas" de preconceito, que você pode internalizar ou até sentimentos de insegurança causados pelo turbilhão de incertezas a que somos expostas. Há desafios de todas as naturezas, os que todo mundo já espera passar pela lógica do próprio intercâmbio e alguns outros que só sentimos quando se está vivendo, mas são sobre esses últimos que você lerá neste post:
7 desafios que não te pegarão mais de surpresa
No entanto, o programa não é assim cor-de-rosa e as mudanças não vêm fácil, a gente passa por muitos desafios que nos desanimam e desencorajam a vontade de qualquer um de se reiventar, te colocando em "caixinhas" de preconceito, que você pode internalizar ou até sentimentos de insegurança causados pelo turbilhão de incertezas a que somos expostas. Há desafios de todas as naturezas, os que todo mundo já espera passar pela lógica do próprio intercâmbio e alguns outros que só sentimos quando se está vivendo, mas são sobre esses últimos que você lerá neste post:
7 desafios que não te pegarão mais de surpresa
1) O sentimento de ser desnecessária/o e inconveniente o tempo todo
Que morar na casa dos seus chefes não é nada fácil isso todo mundo sabe, mas já imaginou que você vai se sentir estranha durante todo o tempo que você estiver sob o teto da host family, não importa se off ou não? Que você vai ficar sem saber seu lugar, se deve interagir ou deixar a família com alguma privacidade, se deve participar ou ficar na sua, que você pode estar incomodando a paz deles apenas existindo no mesmo imóvel e se sentir muito mal por isso.
Além do convívio com a família, quem não é fluente na língua do país onde é au pair, ainda pode se sentir incomodando os nativos porque não vai entender nada ou, se arrumar um boy, todo mundo vai ter que se adaptar ao fato de você não conseguir se expressar.
2) Você VAI se sentir muito burra
O tempo todo. A língua é a maior razão, mas sabe as coisas mais simples da vida cotidiana, como usar o chuveiro, abrir uma janela, ligar o fogão, cozinhar, dirigir, usar o transporte público ou até abrir uma embalagem? Você não saberá como fazer. E se estenderá a questões mais sérias, como burocracias estatais, banco, plano de telefonia móvel, você saberá como fazer nada e isso é desesperador no início.
3) Não dá pra escolher os amigos
Não, seus amigos não serão pessoas com o mesmo estilo que você. Primeiramente, porque é a geografia que escolhe de quem você será amigo e também porque é muito difícil fazer amizade com quem não é au pair e está na mesma situação que você, o que acaba juntando gente com quem você jamais se meteria em balada ou que nunca pensaria em ter algo em comum, mas a necesidade de sair e conversar com pessoas fora da host family te trará os mais improváveis amigos e isso pode ser ruim e desanimador no começo, mas serão essas pessoas que te farão se sentir à vontade.
4) Surgirão medos que você nunca imaginou sentir no Brasil
Já passou pela sua cabeça, no Brasil, o medo de fazer alguma coisa errada, mesmo sem querer e ser colocada na rua sem ter pra onde ir? Ou de ficar com medo disso acontecer só porque um dos hosts pareceu estar chateado, mesmo que fosse com o trabalho, você pensará "eu fiz algo errado? Vão pedir rematch?", esse medo faz muitas au pairs suportarem os mais terríveis abusos com medo de não encontrar uma nova família ou acabar indo para uma família pior.
Já passou pela sua cabeça, no Brasil, o medo de fazer alguma coisa errada, mesmo sem querer e ser colocada na rua sem ter pra onde ir? Ou de ficar com medo disso acontecer só porque um dos hosts pareceu estar chateado, mesmo que fosse com o trabalho, você pensará "eu fiz algo errado? Vão pedir rematch?", esse medo faz muitas au pairs suportarem os mais terríveis abusos com medo de não encontrar uma nova família ou acabar indo para uma família pior.
5) Muitas vezes você será só "a brasileira"
Nós, brasileiros, não temos maturidade pra ter um amigo gringo entre nós e rapidamente ele fica conhecido como "o francês", "o alemão" etc. Eles não têm essa maturidade também e na primeira oportunidade vão jogar todos os estereótipos do Brasil em cima de você. Muitos, querendo ser simpáticos, perguntam coisas como "que tipo de música os brasileiros escutam?" e muitas vezes não se dão conta que você também tem uma vida no Brasil, que estudou e que tem amigos, teve vitórias e derrotas como qualquer um, pra eles você é a representante do seu país. É difícil tentar se reinventar quando se é bombardeado de rótulos.
Nós, brasileiros, não temos maturidade pra ter um amigo gringo entre nós e rapidamente ele fica conhecido como "o francês", "o alemão" etc. Eles não têm essa maturidade também e na primeira oportunidade vão jogar todos os estereótipos do Brasil em cima de você. Muitos, querendo ser simpáticos, perguntam coisas como "que tipo de música os brasileiros escutam?" e muitas vezes não se dão conta que você também tem uma vida no Brasil, que estudou e que tem amigos, teve vitórias e derrotas como qualquer um, pra eles você é a representante do seu país. É difícil tentar se reinventar quando se é bombardeado de rótulos.
6) É exaustivo viver 1 ou 2 anos assim
Acho que o título fala por si só, a boa notícia é que as coisas melhoram muito, depois pioram de novo, mas aí você se acostuma, mas depois a criança se queima com o ferro de passar e você fica desesperada, mas aí você tem um date legal e tudo parece bom...
7) A crise existencial do pós-au pair começa bem antes do progama terminar
Você vai pra encontrar respostas pra sua vida, mas aí aparecem novas perguntas e você não resolve nenhuma delas e ainda pode duvidar de algumas certezas que tinha, mas o Instagram fica lindo.
—X—
A decisão de se recriar não é tão facil, os desafios do programa fogem do nosso controle e é preciso muita, mas MUITA força interior para se manter firme nesta jornada, o que realmente determina sua experiência no au pair é sua postura diante dessas e todas as outras dificuldades que o programa nos impõe e a consolidação de bons hábitos podem contribuir muito para obter um sentimento de realização no final do seu ano.
A bad foi instalada com sucesso? Vamos nos abraçar que o barco é o mesmo.
Bisous, les filles et les garçons!
@marina.sanri
*Duhigg, Charles. O poder do hábito [recurso eletrônico] : por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios. p. 15 - Rio de Janeiro : Objetiva, 2012.
Amei o 7 hahahaha
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