Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

13 setembro 2020

Memórias ...

 
Eu sempre fui de guardar memórias de momentos especiais de diferentes maneiras. Seja uma fotografia daquela turma que compartilhou inúmeras aventuras comigo ou uma linda folha seca daquele Outono lindo de Boston. No fundo, eu acho que sempre tive um apego muito grande à memórias e hoje - mais do nunca - eu sei e sou muito grata pelas minhas.
Quando decidi morar fora, sair da minha zona de conforto - que nem era tão confortável assim - ir para um lugar sem conhecer ninguém e deixar tudo aquilo que aquecia (e ainda aquece) meu coração, eu não fazia ideia das memórias que eu criaria dentro de mim.
É meio espantoso viver, né?! Um dia a gente está bem e no outro parece que o mundo está desabando na nossa cabeça. Mas você já parou pra pensar nas memórias e nos afetos que você criou na sua jornada? E não falo somente do seu intercâmbio, mas também na jornada da vida. A verdade é que muitas vezes relacionamos as memórias com o nosso passado, mas eu acredito que elas determinam muito o nosso futuro. 

Um pôr-do-sol na praia com seus amigos com cheiro de mar; aquela noite que você sentiu dor na barriga e no maxilar de tanto rir com mais uma das mil e inesperadas frases das suas kids; aquela viagem inesquecível, o cheirinho daquela sopa de abóbora ou do Chilli da sua Host mom, aquela banda que virou hino na sua playlist, aquele fim de tarde no backyard com a hosta tomando um vinho e falando da vida ou até mesmo aquela trilha que você fez com paisagens de te tirar o fôlego... São exemplos tão bobos, mas carregam uma importância e um valor tão grande nas nossas vidas que é impossível colocar em palavras.
Sabe quando a eu me dei conta disso? Quando voltei "pra casa". No post anterior eu compartilhei com vocês a sensação de que casa não é um lugar físico, mas um sentimento que te preenche e foram essas memórias que me fizeram perceber que é impossível eu me sentir completa novamente depois de tudo que vivi. Falta sempre algo e sempre vai faltar. E isso vale para quem volta pro seu país de origem e pra quem vai morar fora. É inexplicável. É estar sempre dividida. É estar sempre "pronta" para fazer escolhas. É renunciar!

As memórias que criamos nos trazem sentimentos vividos e nos fazem pensar também nos sentimentos que queremos viver. Vale lembrar que nem todas as memórias são boas, mas são essas que nos ensinam ainda mais e nos tornam mais maduros e fortes. É por isso que sempre digo: "Memory, never fail!" ("Memória, nunca falhe!")
Eu fecho o texto de hoje agradecendo aos amigos que fiz nessa jornada, às minhas famílias anfitriãs, às viagens que fiz, aos amigos que me tiraram lágrimas de alegria e compartilhando uma frase que - NÃO POR ACASO - apareceu no meu feed do Instagram há alguns dias que resume parte do que carrego comigo todos os dias.

“You will never be completely at home again, because part of your heart always will be elsewhere. That is the price you pay for the richness of loving and knowing people in more than one place."― Miriam Adeney
("Você nunca será completo em casa novamente, porque parte do seu coração estará sempre em outro lugar. Esse é o preço que você paga pela riqueza de amar e conhecer pessoas em mais de um lugar.")

Espero vocês no mês que vem! Espero que curtam a leitura! 
Um beijo e um xêru no cangote! ♥
Share:
Leticia Pereira
Ex Au Pair em Boston e na Califórnia (EUA)

2 comentários:

  1. Que tiro no meu coração. Falou tudo o que não consigo colocar pra fora. Love u! <3

    ResponderExcluir