Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

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11 outubro 2018

Adeus



Olá pessoal! Esse é um dos posts mais sentimentais que eu já escrevi, porque é hora de dar tchau. Chegou a hora de me despedir de vez do universo auperiano e seguir adiante, com novos desafios e oportunidades, sem jamais esquecer tudo que vivi, tudo que aprendi, tudo que ensinei e o grande sonho que eu consegui tornar realidade.

Cinco anos atrás eu escrevia aqui no blog pela primeira vez. Ainda me lembro da minha alegria em poder fazer parte desse time e da ansiedade em ser au pair. Naquela época em nem imaginava as voltas que a vida daria, ou que cinco anos depois eu ainda estaria na Europa, escrevendo meu último post.

Sem dúvidas poder compartilhar minhas histórias aqui com vocês, dar dicas e com isso conhecer pessoas incríveis e sonhadoras como eu, responder vários e-mails e mensagens, ajudar futuros intercambistas, fazer amigos para a vida, me descobrir uma boa contadora de histórias, confiar mais em mim mesma e na minha escrita, foi uma das melhores experiências que o au pair me trouxe e eu sou muito grata. 

Sou grata as criadoras do blog, até porque antes de ser autora eu era leitora. Sou grata a todos que já escreveram aqui, que deram ideias, que ajudaram, que sonharam, que mantiveram o blog vivo, a todos que leram, a todos que ficaram e a todos que ainda virão!

Hoje eu percebo - depois de algum tempo de terapia e de consertar algumas coisas em mim mesma - que escrever aqui nos últimos tempos não era mais como antes, acabou se tornando um dos únicos laços que me mantinha conectada com a vida de au pair e isso já não fazia mais sentido. Foi difícil decidir que era hora de cortar o cordão umbilical e seguir em frente, e apesar de um pouco triste por deixar o blog, eu estou também feliz pela vida que se segue.

Novos desafios surgiram, um novo ciclo começou, já existem novas histórias a serem contadas e vividas. Aceitar isso e conseguir dizer adeus ao mundo de au pair é um presente. Eu fui, e jamais deixarei de ser, uma au pair muito feliz. Carreguei todas as memórias, fotos, histórias e emoções para sempre comigo, com muito amor e carinho.

Dank je wel dear hostfamily. Obrigada a todos que fizeram parte do ano mais incrível da minha vida. Thanks todos os leitores que acompanharam minha história. Obrigada O Blog das 30 au pairs! 

A vida segue e nós nos esbarramos por aí, porque esse mundo é bem pequeno. Espero poder continuar contando minhas histórias para vocês e lembrem-se: jamais desistam dos seus sonhos, não tenham medo de voar longe! Tot volgende keer galera. Kusjes.









camihfeer@gmail.com




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11 setembro 2018

Aproveite tudo!

Olá galera! Tudo certo por aí? Por aqui o verão já está se despedindo e o outono dando as caras. O outono e a primavera, são minhas estações favoritas por serem mais amenas, mas o verão sem dúvidas me dá aquela sensação de aproveitar tudo, se jogar, de estar motivada, de querer fazer muitas coisas, e é assim que o nosso ano de au pair todinho deveria ser.


Eu aproveitei e muito o meu, mas mesmo assim me arrependo de não tem feito algumas coisas, por isso o post de hoje tem a intenção de alertar vocês a curtirem muito, aproveitarem todas as oportunidades para que se vocês se arrependerem seja o mínimo possível e por não ter feito algo.

O meu ano de au pair na Holanda foi bem louco, começou calminho e virou uma loucura. As pessoas que me conheciam antes e me conhecem hoje, não acreditam que eu fiz tudo que fiz. Apesar de ter sido bem maluquinha as vezes, eu não me arrependo de nada do que fiz, absolutamente nada, me arrependo das coisas que deixei de fazer.

A minha principal dica é viajar muito. Aproveitem todas as oportunidades! Com a família, com os amigos, sozinhos, para a cidade vizinha, para a China, para o Caribe, para a fazenda da vó. Viagem é um investimento que vale muito a pena ser feito. Eu viajei bastante, mas poderia ter administrado meu dinheiro e tempo melhor e viajado ainda mais.

Não tenham medo de  fazer ou dizer o que querem/pensam, é minha segunda dica. Eu não tinha, e por isso era conhecida como "crazy girl, mas no bom sentido (segundo o pessoal). Eu só não fui muito eu, não disse tudo que eu queria para uma paixonite aguda que eu tive e me arrependo até hoje.

Sair bastante, explorar o bairro, a cidade onde mora, as cidades vizinhas, os cafés, as bares, as pracinhas, tudo que der, deve estar no topo da lista e é minha terceira dica. Eu sai bastante, mas confesso que recusei alguns convites para ficar de bobeira em casa por pura preguiça, mas não façam isso, o ano passa voando e quando a gente vê já se foi e só nos resta lamentar pelas oportunidades perdidas. 

Não tenham medo de nada! Tirem esse ano para viverem tudo aquilo que normalmente vocês não viveriam. Tudo aquilo que vocês não faziam e não farão quando voltarem para casa. Façam o ano de au pair de vocês valer a pena, com responsabilidade é claro, porque se for só de loucura não vai dar muito certo. 

É isso aê galera, essas são só algumas dicas, as que são mais importantes para mim. Aproveitem tudo ao máximo, cuidem bem das kids, sejam responsáveis e se joguem! Kusjes, até mês que vem. 
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11 agosto 2018

Reflita, transforme-se, liberte-se, permita-se

Olá pessoal, como estão? Eu estou derretendo nesse verão insuportável da Europa e hoje, quatro anos depois de ter terminado o intercâmbio de au pair na Holanda, eu vou falar sobre algo muito importante, que eu já deveria ter feito há muito tempo: refletir, aceitar, mudar, voar alto de novo! 


É muito importante tirar um tempo para reflexão, para si, depois do intercâmbio. Seja em uma viagem sozinha, ou na intimidade do "antigo" quarto no Brasil, escrevendo em um diário, conversando em uma terapia, meditando... Seja da forma que for, se dê esse tempo.

As vezes nós logo emendamos um segundo ano de au pair, as vezes ficamos, não mais como au pair, mas ficamos. As vezes voltamos para "casa" e ficamos, as vezes nunca mais voltamos, mas independente do seu destino, reflita sobre tudo o que aconteceu, sobre quem você era e quem você é agora. Perceba o que não é mais tão bom e você pode melhorar, desapegue-se dos velhos hábitos e abrace os novos. Aceite com amor e admiração a pessoa que você se tornou e a bagagem que você agora carrega. 

Isso tudo pode até parecer bobeira, mas faz uma grande (e positiva) diferença. Fica mais fácil fechar o ciclo, fica mais fácil seguir adiante, fica mais fácil olhar para trás e se as lagrimas por caso vierem, serão de muita saudade e não de muita dor. Fica muito mais fácil levantar a cabeça, agradecer por tudo que teve e por tudo que não teve, guardar as histórias, lembranças e pessoas com muito amor no coração e começar um novo ciclo, construir uma nova história.

O meu intercâmbio terminou na metade de 2014, mas eu só consegui me desligar dele agora, em 2018. Só agora, eu estou conseguindo me redescobrir, voltar a ser a pessoa que eu era, ou melhor, a pessoa que eu tornei, olhar para o melhor ano da minha vida com muuuuita saudade, gratidão e um sorriso no rosto (as vezes com lágrimas, mas não de dor, de saudade). 

Permita-se sentir, sofrer, chorar, morrer de saudade, querer voltar, não se encaixar, desapegar, perder amigos, ganhar amigos... Permita-se mudar! Permita-se refletir, se auto descobrir e ser quem você agora é, com as marcas dos sucessos, dos fracassos, das alegrias, das dores, da saudade... E mais do que tudo, permita-se se desprender do velho, deixando-o guardado com muito amor, para poder voar alto de novo, em direção a novos sonhos! 

É isso galera, espero que vocês consigam ter um ótimo ano de intercâmbio e consigam "fechá-lo"melhor ainda. Até mês que vem, kusjes! 


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11 julho 2018

Eu sou mesmo uma au pair?

Olá pessoal, tudo certo por aí? Por aqui tudo ensolarado. Bom, que todos nós por aqui queremos fazer um intercâmbio não é novidade, mas será que todos nós queremos mesmo ser au pair? Há uma diferença bem grande aí, e é sobre isso o post de hoje.


Acho que o sonho de todo mundo que pensa em ser/é au pair, é viver a incrível experiência de morar fora. O au pair realmente te proporciona isso e muito mais, porém existe um monte de outras coisas não tão boas ou agradáveis assim inclusas nesse pacote. Coisas que nós as vezes deixamos de considerar por causa da euforia de ir embora logo.

Muita gente cresce ouvindo as pessoas ao redor dizendo que leva jeito com criança e acaba criando essa “falsa verdade” na cabeça, vira au pair e detesta a experiência. Isso acontece porque gostar de crianças, levar jeito nas poucas horas que passa com crianças é uma coisa, bem diferente de cuidar de crianças todos os dias, o dia todo, como profissão e não como "hobby".

Algumas pessoas acham que é muito fácil ser au pair, que é só brincar um pouco com as crianças e pronto, que mesmo que você não goste tanto assim de criança, vale a pena por tudo que o intercâmbio pode nos proporcionar e as vezes a vontade de morar fora é tão grande e as possibilidades nem tanto, que não pensamos duas vezes, e quando nos damos conta já estamos no avião, rumo a vida de au pair. 

Para mim, ser au pair foi a melhor experiência da vida, eu amei tudo! Amava minhas crianças, aliás amo até hoje, amava minha casa, meus hosts, meu trabalho, minha vidinha... Adorava passar meu tempo (mesmo livre) com minhas kids, aprendendo e ensinando. Mas não se enganem galera, esse intercâmbio não é para todos. É preciso ter muita energia, força, criatividade,  coragem, doçura e pulso firme ao mesmo tempo, ser flexível, adorar crianças, etc. 

Au pair é muuuuito mais do férias na Disney com tudo pago pela host family. Não pense que você vai sobreviver a algo que não gosta, aguentar tudo por conta dos pontos positivos do programa, e sair ileso, sem frustração alguma. Existem várias possibilidades de intercâmbio, o au pair é só uma delas, então antes de escolherem pelo custo benefício, pensem muito e reflitam se esse é realmente o intercâmbio certo para vocês, e se for, se joguem e divirtam-se! Até mês que vem galera. Tot straks, kusjes.
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11 junho 2018

Isso não te pertence mais

Quando decidimos nos jogar nesse mundo cheio de aventura, que é o au pair, nem sempre pensamos num futuro que nem é tão futuro assim. Um futuro que é quase um presente, ou melhor dizendo vai se desenhando, se formando bem rápido, de acordo com as decisões e ações do presente. Esse futuro, é o pós au pair!



Ele pode ser no país do intercâmbio, no país vizinho, em outro continente ou até no Brasil. Pode ser ainda como au pair, ou também como estudante. Solteira, casada, amigada, sozinha... São muitos os caminhos que se abrem e cabe a nós escolher um.

Quando nós decidimos voltar para o Brasil, logo após o final do intercâmbio, a família, os amigos, a casa, o cachorro, e até os vizinhos, estão nos esperando. Muita coisa não mudou, ou pelo menos não drasticamente. O quarto muitas vezes fica do jeitinho que nós deixamos. É como se o tempo tivesse parado para o pessoal daqui, tivesse passado só para nós. É difícil, mas a gente meio que se adapta.

Mas quando decidimos “ficar por lá”, quando “arrumamos nossa vida no estrangeiro”, mesmo tento a probabilidade de voltar para casa, as coisas são um pouco diferente. 

Nosso quarto, deixa de ser nosso, as poucas coisas que deixamos se amontoam dentro de caixas que ficam guardadas no fundo do armário. As roupas e os sapatos que nós nem lembrávamos que existiam são usados vez ou outra (ou sempre) pelo pessoal que ficou. 

E assim as coisas vão mudando, lá e aqui, e quando voltamos, as vezes nem temos para onde voltar. As vezes nem reconhecemos aquele lugar como nossa casa.

É claro que nossos pais, avós, tios, irmão, primos, amigos, estarão sempre lá para nós e eles sempre darão um jeitinho brasileiro de nos receber com muito amor e carinho, mas prepare-se, porque pode ser que apesar de todo esse amor, a volta para casa, seja no fundo a volta para um lugar estranho. 


É isso ae pessoal, que nós saibamos nos preparar para todas as situações e sejamos sempre flexíveis!
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11 maio 2018

10 razões para largar tudo e ser au pair

Olá galera, tudo bem por aí? Por aqui, tirando a alergia a pólen, que ataca sempre nessa época do ano, tudo certo! Eu sei que muita gente sonha em morar fora, ser au pair, mas tem vários medos, dúvidas, incertezas, que as vezes impede de fazer o sonho virar realidade. Por isso hoje, eu dou 10 motivos (de uma lista enormeeeee de muitos outros), para que vocês deixem o medo de lado (ou venham com medo mesmo) e se joguem nessa aventura.


Ser au pair não é férias, não é brincadeira, é coisa séria, trabalho duro e muitas vezes estressante. Nem tudo são flores, maaaas apesar de tudo isso e todo o lado negativo que pode vir a existir, a experiência como um todo vale muito a pena. SIM, mesmo com todos os perrengues que a gente passa as vezes. 

1. CRESCIMENTO, sem dúvidas nós mudamos muito durante o intercambio de au pair e o crescimento, seja pessoal, profissional, emocional, espiritual, é só uma consequência de tudo que experimentamos, da nossa nova rotina, da independência que querendo ou não, vamos ter, da nossa escolha.

2. LIBERTAR-SE DE MEDOS, para mim foi algo meio que automático, eu não tinha outra opção e quando eu me dei conta já estava fazendo coisas que me davam muito medo antes. Eu não tinha outra opção, e isso, o ter que fazer por não ter outra opção, me ajudou a perceber o quão forte eu era e que eu não precisa ter medo de certas coisas, como por exemplo viajar sozinha, resolver problemas sozinhas, etc.

3. APRENDER A CONTROLAR AS EMOÇÕES, sempre foi algo complicado para mim, acontece que  quando moramos com nossos chefes, em um lugar longe de casa, da zona de conforto, temos que aprender a nos controlar. Não é engolir sapo, ou abaixar a cabeça, aceitar coisas que não queremos, é ver que você não pode, não deve e também não precisa explodir durante o jantar porque as crianças não estão sentadas como deveriam. É aprender a respirar, contar até mil, sorrir e no final perceber que está tudo bem e até se arrepender de quando perdia o controle por situações tão banais no Brasil.

4. NÃO EXISTE CERTO OU ERRADO, calma, existe sim, mas o intercâmbio vai te mostrar que tudo é uma questão de opinião, de cultura, de diferença! Não é errado comer pão com pasta de amendoim e granulado no almoço, só é diferente de tudo que sempre fomos ensinados. Quando se trata de "costumes" (por falta de uma palavra mais adequada) não existe certo ou errado, existe o diferente. 

5. VIVER PARA SI, as vezes é algo complicado no Brasil, mas na Holanda foi muito fácil. Eu não tinha contas para pagar, responsabilidades grandes dentro de casa, família para cuidar, era eu e eu. Eu vivia para mim, comprava coisas para mim, gastava o meu dinheiro todinho comigo, da forma que eu achasse melhor. Eu vivia sem me preocupar com ninguém além de mim mesma e isso não é egoísmo não!

6. AUTO DESCOBRIMENTO, é um dos melhores motivos para largar tudo e se jogar! Morar fora te permite, por conta dos desafios, experiências, viagens, trocas culturais, se auto descobrir, olhar para dentro de si mesmo e ver o que você realmente gosta, perceber o que é demais, o que é de menos, o que é bom, o que você quer, para onde você quer ir, o que você pensa da vida, quais são seus sonhos, etc.

7. RESPEITO, é algo que a gente se considera possuidor, até demais, mas você só aprende o que realmente é respeitar e ser respeitado ao ser confrontado com o diferente. Ao ver tudo do avesso e ter que entender que aquilo, apesar de parecer/ser errado para você merece ser respeitado. Você só vai aprender o que é ser faltado com respeito quando levar umas bofetadas da vida no intercâmbio, sem ter feito nada de errado, as vezes até quando estiver certo. Você vai aprender que respeito é tudo e que assim como você merece ser respeitado o outro também merece, independente de qualquer questão. 

9. ENCONTRAR-SE até soa engraçado, porque a gente quase nunca se da conta que está perdido, mas através do auto descobrimento, de tudo citado aqui e muito mais, nós nos encontramos. Get lost to find yourself!

10. REALIZAR SONHOS sem dúvidas é a melhor coisa que nós podemos fazer por nós mesmo e que o intercâmbio de au pair pode nos proporcionar. Para mim, ser au pair na Holanda, foi viver um sonho. Era como morar em um conto de fadas. Todo dia por menor que fosse o acontecimento, era um sonho que se tornava realidade.

Então queridos, se vocês tem alguma dúvida, se joguem! Sim, pode ser que tudo dê errado, mas mesmo assim com certeza algo de positivo vocês vão conseguir tirar do todo. Por hoje é isso, vejo vocês mês que vem, kusjes! 
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11 março 2018

O fim pode ser doloroso, prepare-se!

Olá pessoal, tudo bem por aí? Por aqui contando os minutos para a primavera chegar de vez! É uma estação que chega e outra que se vai, assim como acontece em nossa vida, com os ciclos, etapas, fases que vivemos. Quando o intercâmbio chega ao fim e é hora de dar tchau, algo que parece tão simples antes de embarcamos para a nossa aventura de au pair, pode se tornar uma das coisas mais dolorosas da vida. Infelizmente não falamos muito sobre isso, e como eu sofri - e ainda sofro - por isso, decidi dedicar o post desse mês a esse assunto.


Nossa vida é cheia de finais e começos, todo final de ano por exemplo, nós  terminamos um ano e começamos outro novinho em folha. Quando começamos a ir para a escola começamos a nossa vida acadêmica, quando deixamos a casa dos pais terminamos um ciclo que dá inicio a outro. Assim é também o intercâmbio, um novo ciclo, uma nova etapa, com data e hora para começar e muitas vezes para acabar também.

Eu não sou boa para lidar com fins, mesmo os felizes, talvez por isso eu tenha sofrido tanto quando o meu ano de au pair terminou, mas que a verdade seja dita: ninguém nos prepara para isso. Somos preparados para entrevistas, para tirar o visto, para arrumar as malas, para enfrentar todo o processo e as intermináveis horas dentro de um avião, para o choque cultural, para nos comunicarmos bem, para sobrevivermos as primeiras semanas, para aguentar os perrengues e para nos mantermos com o pocket money. Somos preparados para tudo ou quase,  menos para nos despedirmos de tudo que construímos e vivemos durante um ou dois anos.

Nós partimos com a esperança de uma vida melhor, de nos superarmos, de viajar muito, fazer amigos do mundo todo, conhecer novas culturas, melhorar o idioma, adquirir o máximo possível de bagagem cultural, emocional e também material é claro. Sonhamos com a casa, as kids, os hosts, a cidade. Deixamos a comfort zone cheios de planos e sonhos, sabendo que viveremos o melhor ano de nossas vidas e depois arrumaremos nossas malinhas e voltaremos para o lar doce lar, onde obviamente TODOS estão esperando ansiosamente para ouvir todas as histórias que nós temos para contar. Ah, que ingenuidade a nossa!

Por pura ingenuidade, ou falta de experiência, não imaginamos que vamos nos apegar a casa, vamos nos dar bem com os hosts, amar as kids e a cidade,  que vamos fazer vários amigos, construir uma nova vida e nos apaixonar por tudo isso. Nós não consideramos que vamos descobrir nossos lugares, restaurantes, bares, clubs, parques favoritos lá, que vamos ter nossos programas de tv favoritos, nossas comidas favoritas, nossos amigos favoritos, logo, nós não nos preparamos para dizer "Adeus" ou com sorte "Até logo" a tudo isso.

Além de toda essa dor, nós também não nos preparamos para voltar para casa e encontrar nossos amigos e familiares que estão com muita saudade de nós é claro, não tão interessados ou entusiasmos em ouvir TODAS as nossas histórias. Ninguém, até hoje (quase 4 anos pós intercâmbio) me perguntou qual é a sensação de estar no topo da Torre Eiffel, como é a Oktoberfest de Munique, o gosto do chocolate Belga, como é morar fora por um ano, como foi morar na Holanda. Ninguém teve interesse ou paciência de ver TODAS  as minhas fotos, nem mesmo a minha mãe. E não é porque eu tenho uma péssima família e amigos piores ainda não, é natural. Nós vivemos o imaginável, mas eles não, eles continuaram a vidinha normal de sempre, e para isso ninguém nos prepara. 

Então meus queridos, preparem a mente, o coração e o espírito! Não existe formula mágica para isso, mas terapeutas, psicólogos, bons e velhos amigos, meditação, reflexão e auto conhecimento, estão aí para nos ajudar. E se você não se preparou e já está passando por esse turbilhão, calma, respira fundo, escreva um diário, descubra seus hobbies, pratique esportes (nos meus últimos meses eu pedalava ou caminhava quase todos os dias por uma hora depois do jantar em um dos meus lugares favoritos, tentando acalmar meu coração, refletindo e já me organizando psicologicamente para partida). Boa sorte a todos. Kusjes, até mês que vem!



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11 fevereiro 2018

Doente do outro lado do mundo

Olá galera, tudo certo por aí? Coincidência ou não, eu estou doente, então o post caiu como uma luva! Apesar de não ser uma coisa que a gente queira, por isso nem sempre nos planejamos ou nos cuidamos, ficar doente acontece, é normal. Agora, ficar doente longe de casa ninguém merece!


Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o sistema de saúde europeu não é lá essas coisas. Obviamente - como TUDO - depende muito do país, do convênio, do médico, da sorte, etc, maaas no geral as coisas não são tão fáceis quanto se imagina. Exatamente por esse (e outros motivos) é essencial ter seguro saúde, que em muitos países é responsabilidade da host family.

O maior problema na Holanda em relação a saúde, é que quase sempre e para quase todas as doenças, o "remédio" receitado é dormir e repousar, ou no máximo um Paracetamol, isso se você der sorte, porque dependendo do caso o conselho será dar uma caminhada ao ar livre (sim, dá vontade de chorar e nem dá para acreditar).

Na Áustria o problema já é outro, bem diferente dos hospitais brasileiros (do sul, ou Curitiba, pelo menos), ninguém te dá muita atenção (no sentido de fazer exames imediatamente, investigar o que está errado e tal)  e você é jogado de um lado para o outro, a menos que seja algo seríssimo. Hospital aqui é só no caso de emergência, emergência, emergência meeeeesmo (eu fui com suspeita de infarto e a médica me perguntou o que eu estava fazendo lá, porque não esperei até o dia seguinte para ir no médico da família).

Outra coisa que é importante saber, é que aqui existe o médico da família. Um clinico geral, que tem o consultório perto da casa da família e é para ele que se recorrer sempre. É ele te encaminhará para um hospital caso necessário, para fazer exames, ou para um especialista (cardiologista, neurologista, dermatologista, etc). Aqui você não pode simplesmente ligar para um ortopedista por exemplo, sem a recomendação do médico da família e marcar uma consulta.

Considerando toda essa dificuldade, o melhor é não ficar doente claro, cuidando sempre da alimentação, se vestindo adequadamente, bebendo bastante líquidos, etc, aqui e em qualquer lugar do mundo. Eu acabei descobrindo que tenho a imunidade muito baixa, por isso sempre tomo chás que ajudam com a imunidade, procuro comer bastante frutas e verduras e sempre me vestir bem para sair no frio - meia térmica, blusa, casaco, cachecol, luva, touca. 

Infelizmente mesmo com todos os cuidados, nem sempre é possível evitar ficar doente, então o que eu recomendo é trazer alguns remédios do Brasil, para que caso isso aconteça, você possa "remediar" a situação, sem precisar se estressar com esse sistema de saúde louco daqui. 

É claro que em casos sérios, não se deve hesitar, o certo é correr para o médico mesmo, pedir a ajudar de um profissional, por mais complicado que isso possa ser, maaaas para uma tosse, uma dor de cabeça, uma dor de garganta eu evitaria. Eu sei que que a auto medicação é gravíssima e nós não devemos fazer, mas essa é uma coisa que todo mundo acaba fazendo quando mora fora, até porque não é possível comprar nenhum medicamento ou quase nenhum (dependendo do país), sem receita médica. Por isso anticoncepcionais e remédios controlados, também é bom trazer, pelo menos para os primeiros meses, até que você se familiarize com tudo e consiga marcar consultas.

Bom, como eu disse, o ideal e não ficar doente, se cuidando ao máximo, mas caso aconteça, em primeiro lugar peça ajuda, principalmente se for algo mais sério. Para aquela dor de cabeça no final do dia, ou para dor de estômago nas primeiras semanas da adaptação com a comida diferente (ou em caso de hangover) é bom ter seus remédios. Lembrando que a auto medicação não é recomendável, por isso tomem muito cuidado com os remédios que trouxerem e quando e como usar.

Desejo muita saúde a todos e que ninguém fique doente ou passe por problemas sérios durante o ano de au pair. Até mês que vem, tot straks! 
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11 janeiro 2018

Portas que se abrem com o au pair

Olá galera! Feliz ano novo para todos, desejo que 2018 seja um ano de muitas realizações, alegrias, luz, paz e sonhos para todos nós. Eeeee claro, que continuemos essa nossa parceria aqui no blog. Hoje eu vou falar sobre as oportunidades que o programa de au pair pode nos proporcionar, as famosas portas que se abrem. Afinal, todo começo de ano bate esse sentimento de vida nova, novas oportunidades, novos sonhos, novos desafios.


Muitas pessoas não imaginam não voltar para o Brasil depois do ano de au pair, algumas continuam com essa ideias e outras mudam durante o ano - aliás um intercâmbio desses muda e muito quase tudo nas pessoas. Mas o fato é existe sim vida pós au pair e também várias maneiras de extender essa vida. As oportunidades existem e se você quiser e fizer acontecer, elas vão bater na sua porta, até duas vezes se bobear. 

Pensando nisso, desde quando a história de ser au pair surgiu, eu decidi que iria com tudo resolvido, sem deixar nada de "pendência" para resolver depois que voltasse (tipo namorado, emprego, faculdade, etc), porque eu já tinha em mente que o intercâmbio me abriria muitas portas, abriria o meu leque de possibilidades (que eu talvez nem soubesse que existiam) e eu queria estar livre, leve e solta para poder aproveitar todas elas.  Não é atoa que desde 2014 eu vivo no estilo "deixa a vida me levar, vida leva eu", e eu recomendo muito estar livre e aberta para tudo que o universo te trouxer.


Porém, todavia e contudo, falar sobre oportunidades é algo complicado, porque elas dependem muito de cada um de nós, de pessoas que temos a sorte ou não de conhecer, de situações, lugares, enfim, de coisas que nós não controlamos. Logo, as que eu tive podem não ser as que outras pessoas tiveram, mas independente disso, existem algumas que são "padrão" e que mesmo antes de eu embarcar já imaginava que poderiam acontecer, como por exemplo casar, estudar, ser au pair em outro país. 

Eu acho que 80% das pessoas que eu conheci quando era au pair (me incluindo nessa né?), não voltaram para o Brasil. Muitas casaram e ficaram pela Holanda, outras são au pair em outros países, algumas estudam em universidades européias, também vi gente que conseguiu tirar a dupla cidadania e continua pela Europa, gente que anda viajando o mundo por conta do emprego dos sonhos que conseguiu e por aí vai. 

Mas por favor não me entendam errado, eu amo o Brasil, morro de saudade da cultura, da comida, da família, dos amigos e sonho em um dia voltar para lá, mas ter a chance de estar muito perto de conseguir uma bolsa em uma universidade, ou estar perto o suficiente para entender como funciona um processo seletivo e preparada para um, ter a chance de viajar ou morar em outros países, aprender mais sobre outras culturas, idiomas, comidas, pessoas... Quem sabe até conhecer o amor da sua vida, ou comprar uma bicicleta (em Amsterdam é claro :D), é bom demais e é para poucos. 


Então saiba que, o programa de au pair além de mudar a sua vida, a maneira como você pensa, as coisas que você acredita, até mesmo o que você julga certo ou errado, pode também mudar o rumo da sua vida. Você pode encontrar a sua metade da laranja e se casar, se você quiser vivenciar outras culturas, pode ser au pair em outros países (quem nunca ouvir falar do bem bolado Holanda&Bélgica, Dinamarca&Suécia, Alemanha&Áustria?), ou se você quiser estudar, pode conseguir uma vaguinha em alguma universidade, basta querer, correr atrás e estar aberta a aceitar.

É isso pessoal, meu conselho do dia (e da vida) é: estejam abertos as oportunidades! Para quem pensa em continuar na Europa pós au pair, as meninas do estudantesnabelgica (que foram au pair comigo na Holanda) dão ótimas dicas. Até mês que vem galera, beijo!


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11 dezembro 2017

Voltar para casa ou não no Natal

Olá pessoal! Dezembro chegou e junto com ele o clima de Natal, a saudade de casa, da família, dos amigos, das tradições... Dá até uma vontade de largar tudo e correr (digo, voar) para casa, estar perto daqueles que amamos, no calor, curtindo as festas de fim ano. Em 2014, quando era au pair na Holanda, decidi ficar na Europa ao invés de voltar para casa no Natal e não me arrependo disso. Então vou contar a minha experiência para quem sabe ajudar quem está no dilema ou no sofrimento.


Eu nunca tinha comemorado essas datas longe da minha família, 2014 foi a primeira vez na vida que estive nessa situação e foi difícil, porque eu estava há cinco meses sendo au pair na Holanda (ou seja, longe de casa), com uma gripe horrível de não conseguir levantar da cama (sem a vovó para fazer sopinha) e abandonada pela pessoa que passaria o Natal comigo viajando pela Itália.

Tudo aconteceu junto e em cima da hora, eu só conseguia chorar. O desespero foi tão grande que pela primeira e única vez, eu pensei em largar mão de tudo e voltar para casa, comecei até a olhar voos. Era eu chorando no meu quarto e minha família chorando no Brasil.

Maaaas tudo acabou se resolvendo, eu fiquei, mudei meus planos de viagem e não me arrependo! A mesma situação (ser abandonada em cima da hora e não saber o que fazer) aconteceu com minha amiga/vizinha e então resolvemos passar o Natal juntas. Eu melhorei da gripe, realizei o sonho de ir para a Itália, passei um Natal bem divertido em um hostel na Áustria com minha amiga, depois seguimos viagem para a Eslováquia e terminamos comemorando o Ano Novo em Praga. 

Resumindo, foi incrível! Foram 15 dias viajando, 4 países (com uma parada na Hungria - aeroporto/rodoviária), várias pessoas novas, perrengues, sorrisos, fotos, experiências inesquecíveis e histórias para contar. Eu sei que cada um sabe até onde pode ir, mas eu recomendo muito ficar e viver um fim de ano longe de casa, longe de tudo que vivemos todos os anos, das pessoas que amamos. E quer saber, no final nem doeu tanto assim, eu me diverti muuuuuuuito mais do que chorei.

Claro que para muitos voltar para casa no final do ano não é uma opção, mas se você tem e não sabe se volta ou fica, fique! Faça algo novo, divirta-se, aproveite seu ano de intercâmbio ao máximo, ele passa tão rápido e como minha host mom me dizia, é só um ano, você terá todos os outros anos para passar com a sua família fazendo as mesmas coisas, comendo as mesmas coisas.

E se você não estiver na situação de escolher e está sofrendo com a realidade, pense na minha experiência, corra atrás de uma viagem, planeje algo diferente, acredite, você consegue. Eu terminei de planejar minha viagem (reserva de hostel, passagens, etc) na madrugada do dia em que eu iria viajar :P Foi tudo de última hora, eu não tinha muito dinheiro e ninguém me ajudou financeiramente, se eu consegui, você também consegue!

É isso ae galera! Espero ter dado um pouquinho de esperança para quem está no desespero. Desejo a vocês um feliz Natal, seja onde for, e um ótimo ano novo, um 2018 INCRÍVEL, cheio de realizações, sonhos, loucuras, novas experiências, gente nova, sucesso e muita, muita, muita alegria! Até janeiro :*


camihfeer@gmail.com
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11 novembro 2017

Vale a pena!

Olá galera, tudo certo por aê? Eu já estou super empolgada com o natal, o Sinterklaas, o Christkindl e tudo que vem junto com o Natal! Mas apesar dessa empolgação hoje falarei sobre o quanto e porque vale a pena ser au pair, se jogar de cabeça nesse mundo.


Para muitas pessoas, uma das primeira dúvidas ao pensar em ser au pair é se realmente vale a pena, principalmente as que já tem um diploma universitário, um bom emprego, um namorado, independência e/ou estabilidade finaceira, etc. E será que vale mesmo?

Bom, já dizia o poeta "Tudo vale a pena. Se a alma não é pequena.", mas eu acho que se jogar nessa experiência vale a pena até mesmo se a alma for pequena! Eu tive um ano maravilhoso, não tenho uma reclamação a fazer então eu recomendo e muito essa loucura de "jogar tudo para o alto" e cair no mundo auperiano. 


Digo isso, porque essa experiência transformará vocês em pessoas novas, vocês nunca mais serão os mesmos. Aprenderão tanto sobre tantas coisas novas e diferentes, conhecerão gente de tudo quando é canto do mundo proporcionando uma troca cultural imensa que fará vocês mudarem a visão de mundo que tem, algumas ideias, conceitos e pré-conceitos, e até objetivos de vida. 

Nesses anos de pré e pós au pair eu vi de tudo, vi gente que largou o noivo praticamente no altar para ser au pair, gente que desistiu de sonho para ficar com o namorado, gente que foi e se arrependeu, que foi e não ficou nem 3 meses, gente para dizer que sim e gente para dizer que não, gente que foi e amou tanto que nunca mais voltou, gente que até a alma gemea encontrou.

Eu sempre tive muita certeza do que eu queria, não me arrependo nem por um segundo da minha decisão, mas eu sei que muitas pessoas não tem essa certeza toda, que tem medo, insegurança, receio de sair da zona de conforto e o que eu posso deixar como conselho para quem está nessa situação, é ir! Arrumar as malas (poucas) e se jogar nessa aventura, porque seja ela boa ou ruim pode ter certeza que algum aprendizado vocês conseguiram tirar. Além do velho e bom clichê que diz que é melhor ficar arrependida pelo resto da vida por ter tido coragem e quebrado a cara do que não ter se arriscado e ficado na dúvida se daria certo ou não.


É isso ae galera, eu fui muito feliz durante meu ano de au pair, amo minha host family, minhas kids, meus amigos do mundo inteiro que tive a chance de fazer, os sonhos que pude realizar, as viagens que eu tive a oportunidade de fazer e todas as histórias e lembranças que eu tenho para contar. Por isso posso dizer: vão em frente, com ou sem medo e sejam felizes! Boa sorte, até mês que vem, kusjes.


camihfeer@gmail.com
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11 outubro 2017

Inglês na Holanda

Olá pessoal, tudo certinho? Hoje eu vou falar sobre um assunto que está sempre no ar: aprender/melhorar/falar inglês na Holanda. Essa dúvida é normal, foi minha, dos meus amigos, da minha família, das futuras au pair e por isso eu decidi trazer esse assunto novamente aqui, agora com a visão de quem morou na Holandinha por um ano - há 2 anos atrás - , estudou holandês por cinco meses e chegou lá com um inglês mais ou menos. 


Quando eu estava no processo eu odiava ouvir/ler que a Holanda não era país para quem tinha inglês como foco principal. Eu sempre pensava que o povo era exagerado e que com certeza seria tranquilo "aprender" inglês lá, até por que, na minha cabecinha ingenua, quase ninguém falava holandês lá. 

Tomei na cara! Porque o holandês é a língua oficial da Holanda, e sim, todos falam holandês lá. Mercado é em holandês, placas são em holandês, anúncios no trem são em holandês, televisão é em holandês, TUDO é em holandês! Mas calma, o pessoal de lá - além de muuuuito louco - fala inglês. Aliás quase todo mundo fala inglês muito bem lá. 

Então mesmo que o holandês esteja por todos os lados, é possível melhorar o inglês, até porque a maior parte das suas comunicações serão em inglês (conversa com os hosts, amigos, vizinhos, ajuda no mercado, nas lojas, etc), a não ser que seu foco seja o holandês. Apenas saibam que apesar de todos falarem inglês, a Holanda não é um país de língua nativa inglesa, então é bem provável que vocês ouçam os seus amigos e até os seus hosts falando algo errado vez ou outra, o que não é bem um problema. 

Eu acho que muita gente diz que a Holanda não é país para quem quer focar no inglês, justamente pelo fato de não ser a língua oficial, o que pode tornar o aprendizado mais lento, já que você não vai ver/ouvir tudo ao seu redor em inglês, mas não impossível. Por isso quanto melhor for o seu inglês, maiores serão as chances de melhora-lo lá. Então, na minha humilde opinião, caso o seu inglês não seja o básico, do básico, do básico, você com certeza conseguirá dar um up legal lá. 

Mesmo não tendo estudado inglês durante o meu ano de au pair na Holanda, eu consegui melhorar muito o meu inglês lá. Aprendi muito no dia-a-dia, conversando com meus hosts, com meus amigos, lendo, ouvindo, praticando. Então meus queridos, se joguem!  É isso ae galera, vejo vocês por ai! Até mês que vem, dia 11, kusjes. 


camihfeer@gmail.com



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11 setembro 2017

Agências

Olá pessoal, tudo certo por aí? Hoje eu vou falar sobre agências, um assunto que a galera tem dúvida e que tem aparecido bastante para mim nos útimos tempos. Eu já falei um pouquinho sobre isso em um post bem antigo, que vocês podem conferir AQUI.


Antes de pensar em escolher agência, você precisa escolher para onde ir, existem destinos para todos os gostos, apenas tenha em mente que cada país tem suas regras e pré-requisitos para o programa de au pair e agências também. É muito complicado recomendar e escolher uma agência quando o destino não esta definido. A STB por exemplo, não oferece o programa de au pair na Europa, quando eu fui para a Holanda a CI oferecia, mas não tenho certeza se ainda oferecem

Além dsso, diferente dos USA, alguns países da Europa não exigem o intermédio de uma agência, o que significa que a au pair e a host family resolvem tudo sozinhos, desde a primeira entrevista até o contrato, nesse caso a busca pela família, pode ser feito atráves de sites como o APW

Caso você escolha um país que exija agência, como a Holanda (onde eu fui au pair) por exemplo, as opções aumentam ainda mais, pois existem as agências brasileiras como por exemplo: 

-Intercultural (uma amiga está inscrita por mais de um ano e até hoje não falou com nenhuma família), 
- World Study (eu ouvi bastante reclamação em relação ao programa de au pair na Europa), 
Travelmate (são atenciosos, tem um bom suporte, mas parecem não ser tão focados no au pair na Europa), 

e também as agências do país em questão que provavelmente terão apenas o serviço online no Brasil, na Holanda por exemplo:

- Triple C que eu super recomendo, não é a agência que eu fui, mas a que a minha host family escolheu para as próximas duas au pairs que nunca reclamaram sobre ela,
- Au Pair Amsterdam pela qual minha amiga foi e também não teve problemas. 
- HBN uma das mais famosas, a que eu fui e tive problemas, por isso não recomendo.

Além de todas essas agências que eu citei, existem várias outras, por isso a dica é: escolha o país, informe-se sobre as agências que oferecem o programa de au pair para lá, ouça a opinião de outras pessoas, visite as agências se possível, ou converse por vídeo com as agentes e escolha a que você se sentir melhor, mais confiante, melhor amparada. Eu sempre digo que a escolha da agência além de bem delicada e importante é algo muito pessoal, por isso eu não posso escolher por você, posso apenas dar minha humilde opinião.

Por hoje é isso pessoal, eu espero que vocês consigam ter uma ideia melhor de por onde começar a busca e tenham muita sorte com a escolha. Qualquer dúvida, sugestão, ideias, estamos por aqui, beijo, até dia 11!


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11 agosto 2017

As estações

Olá pessoal, tudo certo? Eu estou por aqui curtindo o verão europeu que está de matar, aliás o post de hoje tem algo relacionado a isso.

Parece bobo falar sobre as estações, mas muita gente não faz ideia do quanto o verão na Europa pode ser quente, ou o quanto o outono pode ser gelado e saber mais ou menos como cada estação é pode influenciar na escolha da data prevista para chegada.

Eu cheguei na Holanda no final de julho, era verão e eu não acreditava que estava passando aquele calor todo na Europa. Logo em seguida veio o outono e eu não estava nem ligando para isso, sabia que no inverno eu passaria frio, mas outono... Ah, outono é a meia estação!

verão

Eu cai do cavalo né? Pois o outono europeu ou melhor dizendo, holandês é bem mais rigoso que no Brasil (e olha que eu sou do sul eim). Eu me lembro como se fosse ontem de estar sentada chorando de frio na estação de trem com minha amiga indo comprar roupa de inverno porque eu finalmente tinha aprendido a lição.

outono

Nem preciso dizer que o inverno doi na alma se você não estiver vestida adequedamente certo? Eu sempre andava com umas três calças, quatro meias, touca, cachecol, etc. Se você estiver preparada para isso, com roupas e calçados adequados, quase nem sentirá, até porque todos os lugares tem aquecimento.

inverno

A primavera é uma das minhas estações favoritas, tudo está começando a florecer, não faz mais tanto frio, o sol começa a aparecer mais frequentemente e as noites começam a ficar mais longas.

primavera

Eu não me arrependo de ter chegado no final no verão, foi bom pois eu pude aproveitar minhas primeiras semanas ao ar livre e se fosse um pouquinho mais precavida teria tempo te me preparar para o inverno. Na hora de escolher quando ir, pense nisso e considere chegar com um tempinho para se preparar para o inverno.

É isso ae pessoal, espero ter ajudado, qualquer coisa estou por aqui, vejo vocês mês que vem!


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11 julho 2017

É preciso ter coragem

Olá pessoal, tudo bem por aí? Por aqui tudo certo! Eu recebi um e-mail de uma leitora que me fez refletir muito sobre a coragem que precisamos ter para nos tornarmos au pairs. Antes de ir, enquanto estamos lá e para voltarmos também, aliás precisamor ter coragem sempre para levar a vida, por isso hoje vou falar um pouco sobre isso.


Quando eu disse que seria au pair, eu ouvi um milhão de vezes perguntas como: "Mas e se você não gostar de lá?", "E se a família não for legal, ou não te tratar bem?", "E se você sentir muita saudade de casa?", "E se não fizer amigos?". A minha resposta para essas e muitas outras perguntas similares era sempre: "Ué, pego as minhas coisas e volto!".

Quando eu decidi ser au pair eu "meti a cara" e fui, com um pouco de coragem, um pouco de fé, um pouco de sorte, um pouco de confiaça, um pouco de medo e muita esperança de que tudo dasse certo. Eu me dei bem, mas se não tivesse dado certo era só voltar. Claro que não é tão simples assim, precisa haver uma boa conversa com a host family, talvez com a agência, organizar tudo antes de partir e com tudo resolvido arrumar as malas e voltar para casa, porque ninguém é obrigado a nada.

Eu não quero "vender" o programa de au pair como um mundo colorido e perfeito, porque nem sempre é assim. Mesmo eu sendo muito feliz durante o meu intercâmbio na Holanda, tive problemas e precisei ser forte e ter coragem para enfrentá-los (sem mamãe, vovó, papai, amigos).

Foi preciso ter coragem para largar tudo e ser au pair do outro lado mundo. Também foi preciso ter coragem (e muita força) para aguentar todos os desafios da vida de au pair, morar longe da família e amigos, deixar a vergonha de lado e fazer novos amigos, superar os medos e o desconhecido, sair da zona de conforto... Eu confesso que as vezes eu sentia bastante medo, mas sempre erguia a cabeça e seguia em frente, porque eu sabia que seria incrível, e foi!

O meu lema é ser feliz e fazer o que me faz bem, sem prejudicar ninguém ou invadir o espaço do outro. Permitam-se ter pelo menos um pouquinho de coragem e se joguem rumo aos seus sonhos. Se tudo der errado, se vocês não forem mais felizes com determinada escolha, sejam corajosos o suficiente para escolher outro caminho.


Por hoje é isso galera, espero que tenha ajudado alguém, se tiverem dúvidas ou quiserem conversar vocês me encontram por aqui. Até mês que vem, kujses!


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11 junho 2017

Básico para novatos

Olá pessoal, tudo bem por aí? Por aqui tudo certo! Hoje eu vou falar para quem acabou de descobrir o mundo auperiano e está cheio de dúvidas, perguntas, indecisão e nem sabe por onde começar.


Au pair é um programa de intercâmbio que existe em vários países do mundo, alguns mais conhecidos, com mais rigidez, regras e suporte e outros nem tanto. Apesar de muita gente achar que au pair só existe nos USA, o intercâmbio é bem famoso na Europa também.

Uma das primeiras coisas que vocês precisam saber é que o melhor amigo de vocês será o Google. Vocês encontarão praticamente TUDO sobre o programa lá, aliás na internet em geral. Existem vários grupos de au pair no Facebook, vários blogs e canais no Youtube.

Além disso é preciso saber que apesar de alguns pré-requesitos serem sempre os mesmos (mínimo 18 anos, solteiro/a, sem filhos, ensino médio completo), cada país tem suas regras, não existindo então um padrão, por isso eu aconselho escolher um país o mais cedo possível, assim todas as suas próximas decisões serão baseadas nisso. 

Alguns países exigem que o processo seja feito com o intermédio de uma agência, nesse caso é obrigatório escolher uma. Existem várias agências que trabalham com o programa de au pair, visitem todas que puderem, conversem com pessoas que fizeram intermcâmbio por elas e tomem muito cuidado com essa escolha. Caso o país não faça essa exigência,  vocês podem criar um cadastro em um site como por exemplo o Au Pair World - APW . 

Feito isso, o preenchimento de toda a papelada começa. Essa também é a fase onde vocês devem providenciar os documentos e em alguns casos prepararem-se para providenciar o visto (em alguns países é possível dar entrada no visto de au pair diretamente de lá, como o caso da Áustria por exemplo).

Tudo isso já dito (e outras coisinhas), devem ser levadas em consideração na escolha de um país, de uma agência, futuramente de uma família e claro, uma nova vida que vocês viverão durante um ano ou até mais. 

Pesquisem, informem-se, dediquem-se e boa sorte! Até mês que vem, beijos.


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