Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

Mostrando postagens com marcador Camila Torres. Mostrar todas as postagens
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22 outubro 2012

Um post sobre o trabalho voluntário


Quando nós, aspirantes a au pair, pensamos em ser au pair, a primeira coisa que nos é passada é: Tu precisas ter no mínimo 200 horas de experiência com crianças. Detalhe, não pode ser crianças da família. Eu, por mais tempo que conviva com crianças, não pude usar a maioria dessas horas como experiência por ser com minha afilhada, meus sobrinhos, primos e afins. Juntei 980 horas como babá, 840 com uma menina de 9 anos que hoje já tem 12. E 140 dessas horas foi com um casal de irmãos, um menino de 3 anos e uma menininha linda de 7 meses.
Com essa "seca" de famílias, ainda mais na minha agencia que é pequena, eu resolvi aumentar esse número de horas e liguei na Parceiros Voluntários, Organização de trabalhos voluntários do Rio Grande do Sul, e no dia seguinte fui lá fazer meu cadastro. Fui super bem atendida e instruída por eles. Porém, infelizmente, eu só posso fazer 3 horas semanais em cada instituição.
Comecei com uma instituição só, pra pegar o ritmo mesmo, e estou adorando. Vou dar aulas de inglês toda quinta-feira pra uma turminha de 13 alunos de mais ou menos 5 anos. Por enquanto fui lá só pra observar e me adaptar com a turma e a escola. Eles são lindos, alegres, teimosos, desafiadores, muitos deles bastante mal-educados, gritam, se batem, enfim, são crianças.
Esse é um post pra ti, que estás pensando em ser au pair e nunca trabalhou com crianças,ou pra ti, que estás online, dando F5 de minuto em minuto na página da agencia. E até mesmo pra ti, que não sei por que cargas da água estás lendo isso, que nem sequer pensas em ser au pair, nem ao menos sabes o que é isso, mas estás aí de pernas pro ar sem ter o que fazer.
Na minha opinião, o trabalho voluntário, por mais que tu vás gastar 3 preciosas horas da tua semana pra não receber nada em troca, é uma forma muito gratificante de conseguir as horas necessárias pro programa ou, assim como eu, aumentar o número de horas do app. Gratificante porque faz a gente se sentir bem com nós mesmos, se sentir mais humano sabe? É muito bom ajudar os outros sem esperar nada em troca. Por mais que eu saiba que vão ser 3 horas muito estressantes, quando eu penso que aquelas crianças tem tão pouco, que tem tão pouca gente ali por elas, eu sinto vontade de implantar o trabalho voluntário nas pessoas, de fazer todos que eu conheço ceder 3 horas da semana deles pra praticar uma ação que, pra mim, é a mais humana de todas.
Quando eu cheguei lá quinta passada, fui apresentada à turma como a professora de inglês, é indescritível as carinhas daquelas pestes. Caras de quem pensa "sério? uma professora de inglês?" Depois dessas carinhas, veio os zilhões de questionamentos do tipo "tia, como é calça em inglês?" "e como é chinelo?" "e espelho?" "tia, eu aqui, eu quero saber como é mochila" "tia, tu vais vir todos os dias ensinar a gente?" "tia, tu és muito bonita". E essa empolgação toda me fez empolgar também, me fez ver o quanto eu desmereci os cursinhos de inglês que meus pais pagavam que eu faltava pra passear com os amigos e chegava em casa mentindo que tinha ido.
Enfim, desculpa se o post foi muito dramático, muito mimizento, é que eu estou de TPM.



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22 setembro 2012

Os requisitos que as agencias não contam


E chegou o dia 22, dia de euzinha aqui trazer algo de interessante pra vocês, caros leitores. Então aí vai:

Gente, eu tenho visto nos grupos de au pair no facebook quanta menina despreparada tem ido ser au pair e acaba se dando mal por lá. Então resolvi fazer uma comparação do modo que a agencia vende o peixe e como realmente é.
Vou começar por maturidade. Desculpa acabar com o seu sonho cor-de-rosa amiga, mas esse é um intercâmbio para TRABALHAR. Você não vai ser a big sister como as agencias falam, você vai ser a nanny, isso mesmo, NANNY.  O trabalho deve ser tua prioridade antes de qualquer coisa. “ Camila, no contrato diz que eu tenho direito a um curso.” Ah é, tem sim. Mas tu deve escolher um curso que não interfira no teu Schedule, logo, o trabalho vem em primeiro lugar.
 A vida não será só rosas, como diz o vídeo da STB aí!


 A STB fez o vídeo falando que você será a big sister, que vai ser divertido demais, muitas fotos, viagens e amigos. Meninas, se tu aí, que estas lendo este post, resolveu ser au pair devido a essa linda propaganda da STB, por favor, desista. Au pair está BEM além de tirar fotos, viajar e sorrir o tempo todo. Você está indo pra cuidar de crianças, em primeiro lugar.
Algumas meninas falam “Nossa, eu amo crianças, vou amar ser au pair”. Filha, ACORDA. Eu também amo brincar com os filhos dos outros, trocar uma fralda (só com xixi) de algum priminho, uma maravilha não é? Só que como au pair, tu vai ter que fazer isso todo o dia, vai ter que lidar com criança gritando, chorando, doente, vomitando, fazendo birra, brigando com os irmãos, fora os outros milhares de perrengues que a au pair passa, SOZINHA. Sim amor, os pais deles estarão trabalhando, ou seja, tu vais passar por tudo isso sozinha sim, e olha, não é nem um pouco fácil.
Outra coisa é a CNH, pelo menos eu, quando fui na agencia, falaram que eu precisava ter CNH, mas não falaram nada de ter que ter experiência dirigindo. Mentir no app é feio meninas, tudo bem uma mentirinha ou outra, tipo, eu tenho 420 horas como babá, vou arredondar pra 500. Agora mentir que tem experiencia dirigindo, sem nunca ter pego um carro depois da prova prática da auto-escola, é demais né? Mas acontece. Depois a gente para em uma família onde 80% do job é dirigir e acaba se dando mal. E o pior é que eu já vi uma menina comentando em um grupo de au pair no facebook que nunca tinha dirigido depois da auto-escola, mas que iria pra uma família que precisa que a au pair dirija. "ah, o que que tem né? Lá os carros são automáticos, bem mais fácil." Bem mais fácil pode até ser, mas tu vais estar em um país que não é o teu, sob a pressão de pais que querem que tu passe confiança pra eles no volante e tu serás responsável por outras vidas além da tua enquanto dirige um carro automático facinho.
Só pra não dizer que TODA agencia faz propaganda enganosa, achei um anuncio da CC que é bem mais realista. Já o anuncio da STB ao lado, continua focando pra big sister e querendo fazer a gente acreditar que a vida de au pair é fácil.

                                         
Anúncio da STB
Anúncio da CC
















E o post termina aqui pessoal. Vou finalizar com o conselho: Encarem o programa au pair como um desafio, não como uma diversão. Eu prefiro esperar sempre o pior de tudo, e é o que eu espero dessa experiência, pois assim, o que vier de bom é lucro.
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22 agosto 2012

E a vigésima segunda sou eu!


Todos os meses no dia 22 vocês vão ler sobre a história de mais uma au pair, como todas as outras 29 meninas do blog. Vou buscar trazer sempre algo diferente e informativo, mas como esse é o mês das apresentações, hoje eu vou apenas falar sobre mim e contar como anda o meu processo como au pair.
Meu nome é Camila, tenho 19 anos, sou gaúcha e curso Engenharia Sanitária e Ambiental. Não gosto de falar muito sobre mim porque eu estou em constante mudança, todo mundo está. Muitas das minhas características de ontem já não combinam comigo hoje, eu gosto disso, gente que é a mesma coisa desde que nasceu me cansa.
Desde os 14 anos eu sonho em fazer um intercâmbio. Focando, sonho com um intercâmbio, não em ser au pair. Como a maioria, escolhi ser au pair pela falta de grana. Conheci o programa assistindo a uma palestra de intercâmbios no Yázigi. Cheguei em casa, dei uma lida no site da InterExchange, nem se quer pesquisei outra agencia, uma semana depois, como pouco impulsiva que sou (e isso eu sou desde que nasci), eu estava assinando o contrato e começando a preencher o App.
Como eu já tinha sido babá algumas vezes, preencher a parte de experiências com crianças foi fácil, difícil foi falar sobre eu mesma usando vários caracteres. Levei mais de um mês nesse App. A famosa “Dear Host Family” foi fácil, li modelos em vários blogs e fiz a minha em menos de um dia.
Enquanto preenchia tudo isso eu ia contando pra Deus e o mundo que vou viajar, ser au pair. Gente, não tem coisa pior do que todo mundo perguntando “eaí, quando tu vais?” Ou “Desistiu de viajar?”. Eu já cansei de tanto explicar como funciona o programa, mas sempre tem um chato desinformado. Então aí vai um bom conselho de futura au pair pra futura au pair: não conta pra ninguém, além dos teus pais, sobre a viagem até que tu tenhas um match, sério, NÃO CONTA. É muita pressão e afeta o psicológico.

Estou online desde 25 de maio e, acredito que como todas as outras, completamente impaciente e fissurada pelo F5. Conversei com algumas famílias no GAP, uma delas me tentou pra eu ir sem agência, mas além de impulsiva sou medrosa, e sem agência eu não iria. Tiveram seis famílias no meu perfil da IE, mas somente 3 entraram em contato. Cheguei perto de um Match, troquei mais de 10 BIG e-mails com a family, tive 2 skypes e por fim ela diz que teve o match com outra menina, para a minha tristeza.
Enfim, esse é o início da minha saga auperiana, e isso é uma parte da minha vida. Estou esperando ansiosamente, assim como todo mundo online, encontrar a família certa e sentir o tal felling. É isso então, nosso próximo encontro está marcado para o dia 22 dos próximos meses. 
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