Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

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17 agosto 2017

Hora de dizer tchau

Oi pessoal! O texto de hoje será sobre minha última semana na minha hostfamily maravilhosa!
Minhas despedidas começaram no último fim de semana antes de eu partir, fui até uma outra cidade me despedir de uns amigos e na segunda fui buscar a nova au pair da minha família. A semana foi um pouco complicada, por que eu sou filha única, muito ciumenta e não sei dividir as coisas, que nesse caso eram minhas kids! Mas ok, tentei deixar a nova au pair e as kids o mais tempo juntos porque eles precisavam se adaptar um ao outro. Na quinta-feira minha host preparou uma despedida para mim, íamos ir para uma summer cottage junto com a cunhada dela, que é também uma amiga minha, e a nova au pair. Lá, ela e a cunhada nos fizeram ter um dia de finlandês numa summer cottage, fizeram a gente ir 'caçar' minhoca, procurar uma vara para pescar, pescar, fazer uma sauna, depois da sauna tomar banho no rio e assar salsicha e marshmallows na fogueira. Foi muito divertido! 


Na sexta feira ela chamou algumas pessoas que marcaram minha estadia na Finlândia numa micro festinha, ganhei algumas lembrancinhas e isso me marcou bastante, por que realmente as pessoas que estavam lá me mostraram o quanto a minha estadia representou para eles. Os presentes que mais me marcaram foram os que recebi da minha hostfamily e da mãe da hostmom. 


Um dia eu cheguei na casa da mãe da hostmom e vi ela fazendo umas meias de lã nas cores da bandeira da Finlandia, perguntei pra quem eram e ela me disse que estava fazendo para toda a família, pois ia dar de natal pra cada um. Disfarcei, mas fiquei bem triste pensando que eu não iria ganhar, mas para a minha surpresa ela fez uma para mim e me deu junto com uma bolsa, um bonequinho e um pano de prato (segundo ela, para quando eu tiver minha casa). Já o presente que a minha hostfamily me deu foi um anel da cidade aonde morei, esse anel tem formato da era viking e nem sempre eles fabricam, eu dei sorte que na época do natal eles fizeram e minha host comprou, mas só me deu quando fui embora. O anel também significa que eu faço parte da família, uma vez que todas as mulheres membros tem um anel parecido, e no caso eu tenho um igual ao anel da bebe que eu cuidava. FIQUEI NAS NUVENS COM ESSE PRESENTE, significou muito para mim. Quando eu estava para embarcar recebi mensagens de diversas pessoas, incluindo o meu host dad (que eu não esperava mesmo, ele sempre foi gente boa comigo mas super fechado) dizendo que eu era inestimável. 


Tanto eu quanto minha host choramos muito, o caminho para a estação de trem foi terrível, minha host falou que podia ser clichê mas que eu signifiquei a irmã que ela nunca teve. As kids não deram muita bola não, mas prefiro acreditar que é porque elas não entendiam e não porque não iam sentir minha falta. 
Enfim, foi um tchau muito dolorido, familia boa existe sim, e eles são prova. Meu próximo ano de au pair começou no dia seguinte, na Dinamarca. Mês que vem venho aqui contar melhor sobre.


Beijos e até mês que vem.
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17 julho 2017

10 Fatos sobre a Finlândia

Oi gente, esse mês de julho eu completo um ano escrevendo no blog e, muito menos divertido, esse é meu último mês de Finlândia e eu estou só no choro. Vejo muitas au pairs contando os dias pra se 'livrar' do programa e eu quero só rebobinar. Entretanto, estou em contagem regressiva para deixar a Finlândia, mas não para deixar de ser au pair, no próximo post contarei aonde será meu próximo ano.

Então, dia 20 de julho eu completo um ano morando aqui, e por isso resolvi fazer um post falando de dez curiosidades sobre esse país que já tem um espaço gigante no meu coração:

1. A educação é considerada a melhor do mundo. Já fiz um post aqui falando sobre um dia que eu passei na escola a qual a minha hostmom da aula. É simples gente, não teria como ser diferente essa posição no ranking, a Finlândia se destaca pela igualdade entre as escolas, alta qualificação dos professores e por sempre estar repensando o currículo escolar.

2. Congelar morangos no verão. Não conheci até agora uma família que não congele quilos e mais quilos de morango no verão para durar (teoricamente) o ano inteiro. Aqui em casa foi até janeiro, depois disso passaram a compra os já congelados mesmo. O morango finlandês é delicioso, super doce e grande.

Metade dos morangos congelados aqui em casa

3. O estereótipo de um finlandês é bem parecido com o finlandês. Ao mesmo tempo que ele é coração frio, ele é muito carente (quando se trata de dates, namorados,...). Conheci poucas exceções nesse tempo (pra minha sorte minha hostfamily é mais coração quentinho). Eles são pessoas que dão valor ao dinheiro, não saem gastando com qualquer bobagem só por que tem, eles planejam cada centavo.

4. Eles tomam leite como a gente toma água. Leite Puro. Eles tomam leite com o almoço, janta, café da manhã,.... Tem finlandês que toma um litro de leite por dia. Nas escolas, no horário do almoço as crianças são proibidas de tomar água, ou toma leite ou não toma nada.

5. O País da Sauna. Tem gente que faz sauna todos os dias aqui, tem gente que só uma vez por semana, mas é uma certeza que todos fazem. Basicamente qualquer casa finlandesa que se preze tem uma sauna, se tu mora em condomínio provavelmente terá uma sauna no prédio. Há milhares de saunas públicas na Finlândia, inclusive em praias. 

A quantidade de saunas públicas aqui na Finlândia

6. Existem, basicamente, dois tipos de finlandeses. Existem, como eles mesmo se intitulam, os 'true finns' que são os finlandeses que são alfabetizados em finlandês e não entendem o porquê a língua sueca é considerada uma das línguas oficiais, pois afinal, estamos na Finlândia e não na Suécia. E existem, como eles mesmo se intitulam, os 'Swedish-speak-finns'. São os FINLANDESES (aí de você se chamar eles de suecos) que são alfabetizados em sueco primeiro e não entendem porque a Finlândia continua falando finlandês, já que é uma língua tão difícil. E é muito engraçado ver os dois lados se avacalhando e brigando veladamente. Eu moro numa cidade de true finns, mas perto da maior cidade de Swedish-speak-finns. Então eu conheço os dois lados nessa 'guerra' e posso dizer que é o tipo de problema que eu poderia esperar de um país como a Finlândia. Obviamente não é só na língua que há diferença entre eles, a cultura em geral é um pouco diferente.

7. Burocracia. Meus amores, juro que nunca mais reclamarei sobre a burocracia e demora para as coisas se resolverem no Brasil depois de morar aqui. Gente, é tudo custoso aqui. Filas e mais filas em supermercado. Fui fazer um boletim de ocorrência e jurando que iria ter ele na mesma hora, descobri que eles mandam pelo correio e que demora uma semana. Para ligar para a migração a linha telefônica só está disponível duas vezes na semana, duas horas cada dia. Enfim, é uma tortura isso.

8. Finlandês ganha auxílio do governo para tudo. Você nasceu, ganha uma caixa com produtos para o bebê e para a mamãe ou o valor em dinheiro. Depois disso o governo paga mensalmente um valor para cada filho finlandês (segundo o governo é para cobrir os gastos com comida e roupas, segundo os finlandeses reclamões, não da nem para comida) lembrando que o governo paga educação e saúde já. Quando você vai para faculdade (que é de graça) recebe um auxílio para estudar. Isso inclui mestrado e doutorado. Sim, é pra qualquer finlandês que não esteja trabalhando (mas não precisa comprovar renda ou algo parecido, todos têm direito). Finlandês pode ter licença maternidade até 3 anos, isso inclui o pai. Seguro desemprego é válido até tu arranjar outro. Se o teu salário não está cobrindo todas as tuas despesas, tu ainda pode pedir um reforço ao governo. E tem outras rendas que eu não vou ficar citando aqui, por que teria que fazer um post só de rendas.

9. O imposto finlandês. Eles inclui todo e qualquer dinheiro recebido para cálculo de imposto. Uma criança estava vendendo limonada na porta de casa e o governo foi lá taxar a criança (provavelmente os ganhos da criança deu abaixo do valor considerado para isenção), mas era necessário que a criança declarasse. Um menino de 12 anos estava juntando garrafa pet para poder ir pra Disney, alguém (mal amado pra caramba) denunciou o menino, mas o imposto verificou que o menino já havia declarado os recebidos e era isento também. Os altos salários aqui, chegam a ser taxados em 50%.

Para quem denunciou o menino de 12 anos e se deu mal

10. A Finlândia é um país gelado mas é muito amor, se tiver a possibilidade de vir, venha.


Até mês que vem pessoal,

Paula
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17 junho 2017

Relembrando meus primeiros dias como au pair

Olá Pessoal! Meu ano na Finlândia está quase acabando, e claro, começou a parte nostálgica de relembrar o vivido até aqui e então, hoje resolvi falar de como foram meus primeiros dias de adaptação na casa da minha host family.
Minha host foi me buscar no aeroporto, junto com o irmão dela e a filha mais nova. Os dois foram puxando assunto o caminho inteiro e eu estava mega nervosa porque meu inglês era crítico, quando chegamos na minha cidade, já conheci os pais da minha host e um outro irmão. Cheguei em casa, ela só falou que estavam todos dormindo, que iria colocar a bebe para dormir e apontou pra onde seria meu quarto. Me senti mega perdida, descobri o banheiro pra tomar um banho e fui dormir.


Acordei no outro dia, já estavam todos acordados, o host de cueca terminando o café na cozinha, a mesa do café da manhã posta só pra mim e os dois kids mais velhos me olhando com uma cara mista de entusiasmo e desconfiança. Tomei meu café sozinha, fui buscar os presentes que trouxe, comecei a fazer amizade com as crianças, troquei duas palavras (pela primeira vez) com o host e fiquei sem saber o que fazer. Toda vez que alguém falava comigo eu entendia só metade, inclusive concordei em viajar e trabalhar no meu primeiro fim de semana sem saber. Minha host ficou em casa nos meus primeiros dez dias então eu basicamente não trabalhava e somente brincava um pouco com as crianças, o lado ruim é que eu tava sem horário ainda e acabava ficando disponível o dia inteiro para eles. Só comia quando me ofereciam e por isso passei muitaaaaa fome no início. Depois do décimo dia eu trabalhei 5 dias 12 horas por dia, a host foi viajar e o host ficou encarregado dos mais velhos e eu da bebe. Depois desses dias intenso, duas semanas respirando 24 horas a hostfamily e ao mesmo tempo não se sentindo confortável em lugar algum os dias de paz chegaram, quando ela voltou ao trabalho eu comecei a trabalhar só as horas combinadas, já tinha liberdade para abrir a geladeira ou me 'jogar' no sofá. Pouco a pouco fui me sentindo em casa. 

O que quis relatar aqui, é que a adaptação há uma nova vida sempre vai ser complicada, irá depender dos dois lados você se sentir o mais em casa possível, mas que é normal o começo você se sentir um peixinho fora da água, se perguntar o que carvalhos estou fazendo aqui ou até mesmo começar a pesquisar passagens de volta pro Brasil. O que se tem que fazer é dar tempo ao tempo.

Beijos.

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17 maio 2017

Hostdad: Ter ou não ter?

Oi pessoal! No meu texto anterior, sobre meu feeling com a minha hostfamily, eu expliquei que estava sem critério algum na hora da procura. Podia vir o que viesse!
Entretanto, após publicar o texto eu lembrei de dois critérios que eu tinha na época: a família não podia ter gatos (sorry catlovers) e preferencialmente que fosse single mom.
Eu queria uma single mom por que eu morria de medo de um homem dá em cima de mim ou a esposa simplesmente ficar com ciúmes sem eu ou o homem ter feito nada ou até pela simples privacidade que um homem estranho vai te tirar.
Contudo, apareceu a minha host family mara e eu ignorei o fato de ela conter um hostdad. E como vcs sabem, só love pela minha decisão. 
Mas então, vou escrever hoje sobre a experiência de ter um hostdad e o porquê na minha próxima busca por família eu vou dar prioridade pra família com dois adultos.
Para começar, aqui na Finlandia tu vê a diferença grotesca de respeito que o homem tem pela mulher quando comparado ao Brasil, nunca vi um olhar diferente vindo do meu host ou dos amigos deles. Ele sempre me tratou e trata com muito respeito. A hostmom então, sempre segura, jamais demonstrou algum desconforto, inclusive em uma viagem que fizemos para Lapônia ela perguntou se tudo bem eu dormir no mesmo quarto com o host enquanto ela dormia no outro quarto com as crianças (pensem minha cara de pânico). Quanto à privacidade, não tem jeito, a existência do homem te restringe um pouco.
Entretanto, ele mais me ajuda do que atrapalha. Por ele ter uma empresa, ele muitas vezes vai trabalhar tarde e fica com  as crianças de manhã, ajudando a dar o café, escovar os dentes, vestir,... Além disso, por causa do horário flexível é com ele que eu posso contar quando eu quero um day off, ele chega mais cedo em casa e nos meus primeiros dois meses era ele que fazia o almoço para as crianças e não eu. Não posso esquecer de comentar que ele é gentil e se preocupa comigo, como por exemplo uma vez eu estava mal, e ele comprou um pacote de doce pra eu me sentir melhor.
Ele não é de falar muito, mas quando estamos sozinho eu vejo que ele se esforça muito pra manter uma conversa comigo, na frente dos outros acho que ele tem vergonha de falar inglês e então quase não falamos.

Como vocês podem ver, é muito útil ter mais uma pessoa em casa, eu tenho certeza que se minha host fosse separada, eu teria muito mais trabalho. Além de tudo que eu falei sobre ele especificamente, eu acho que quanto mais adultos em casa, menos sofrido é o trabalho da au pair (salvo exceções), então hoje eu vejo com outros olhos uma família com hostdad.

Bom, é isso aí! Pra quem tem um certo preconceito com hostdad como eu tinha, tá na hora de abrir a cabeça.

Obs: Se alguém quer que eu fale sobre um determinado tema, me avisa nos comentários.

Beijos e até mês que vem.

Paula Franz

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17 abril 2017

Feeling: Devemos usar isso como critério?

Oi gente, no começo de janeiro, após várias indiretas da hostmom falando que queria que eu ficasse mais um ano, eu disse pra ela que, se ela arranjasse um jeito, eu ficaria. Há 4 dias eu recebi a notícia, depois de várias tentativas por parte dela, que não tem jeito. Vou ter que deixar a minha maravilhosa hostfamily.


Como eu quero fazer mais um ano de au pair, agora vou ter que iniciar novamente a minha busca por uma hostfamily e mais uma vez estou apreensiva se conseguirei achar uma família boa.

Quando comecei a procurar família pela primeira vez eu estava sem critério nenhum, não lia sobre o programa de au pair em blog nenhum e não estava em nenhum grupo de au pairs pelo mundo. Além disso, comecei procurando família na Finlândia, quando dei por mim já estava procurando na Inglaterra, podia ser família com 5+ filhos, de todas as idades e morando na capital, interior, litoral,... 
Enfim, estava uma bagunça meu objetivo, só sabia que queria estar fora do Brasil no próximo ano.

Após, bilhares de negative replys, alguns positives replys que não davam em nada e as ignoradas de tantas outras famílias aparece a minha host. Na época 29 anos, 3 kids pequenas, e que me respondia imediatamente após as minhas mensagens. Se passou um dia entre o positive reply dela e ela me falar que me queria como au pair. Mais de 20 mensagens trocadas, bem extensas nesse um dia. Pedi um dia pra pensar, porque, mesmo que tivéssemos conversado bastante nesse um dia, era algo que eu tinha medo. Não fizemos skype uma única vez. Mas enquanto estava rolando esse tempo para pensar ela me adicionou no facebook e eu olhei a vida dela inteirinha, casamento, primeiras fotos das kids quando nasceram, viagens, festas de aniversários... Enfim, tudo.

Estava bem inclinada a aceitar, até que ela me manda uma mensagem no facebook: "isso é para provocar você!" E junto um vídeo dos meus três terrorzinhos brincando. Eu soube ali, que eles iam ser minhas paixões. O que eu sei hoje, é que a Paula que arriscou a quase um ano atrás, fez muito bem. Eu aceitei essa minha família sem saber schedule (minha host estava desempregada na época), sem saber salário (ela falava que teria que ver as taxas e nunca me dizia), sem conhecer meu quarto e sem nunca ter falado com o hostdad. Aceitei somente pelo feeling, e que felling!!!

E hoje, já sei que vou ter que ficar longe deles no próximo ano. Ainda não digeri direito, mas já sei que vai ser bem difícil. E que tenho um próximo desafio pela frente, achar minha nova fuckamazing hostfamily! Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, estou pronta pra desfazer essa teoria.



Beijos e até mês que vem!

Paula Franz
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17 março 2017

Food, Finland, F@*%,... Tudo que é bom começa com F

O post de hoje é sobre as comidas e a alimentação finlandesa! Antes de começar, só queria deixar avisado que sempre que eu me referir aos finlandeses eu estou me referindo aos quais eu convivo, vejo nas ruas, nos restaurantes, mas com certeza não estou falando por todos!

Gente, assim que eu fui dando a notícia que eu iria morar por aqui, uma pergunta recorrente que as pessoas me faziam era “mas o que eles comem lá?”. E para ser sincera eu não sabia muito bem, sabia que ia comer bastante salmão e batata e para mim era o suficiente.

Chegando aqui, percebi que a alimentação deles é bem parecida com a nossa, comem bastante massa e batata, muito frango, peixe, embutidos e carne moída! Eventos mais especiais tem outros tipos de cortes de vaca, porco e algumas carnes de caça. O arroz aparece por aqui também, junto com vegetais (normalmente congelados) e salada (PEPINO, COMO GOSTAM DE PEPINO).

Vou separar em duas partes esse post, a primeira vou falar o que eles normalmente comem em cada refeição e depois vou falar sobre algumas comidas finlandesas.

Café da manhã – Normalmente eles começam o dia muito bem, ou eles fazem um smothiee (normalmente de berrys) ou um mingau de leite com aveia (é possível por frutas ou manteiga). Dificilmente eles comem pão nesse horário, mas minhas kids adoram quando eu dou para elas.

Almoço – Eles comem bastante sopa por aqui, massa e batata! SEMPRE acompanhado de carne, já percebi que eles são bem carnívoros por aqui, ainda não conheci um finlandês vegetariano e eles normalmente nem tocam nesse assunto. É quase impossível tu achar num supermercado um sanduíche sem carne, e os restaurantes oferecem pouca opção. Minha hostfamily não é muito seguidora desse costume, mas é algo bem comum na Finlândia eles tomam leite puro e comem pão junto com o almoço! Em todos os restaurantes que eu fui (excetos os de comida mexicana e chinesa) tem pão e leite para você comer a vontade junto com a refeição.

Janta – Igual ao almoço.

Ceia – Normalmente mingau novamente, esse podendo ser de arroz.

Os Finlandeses se intitulam super healthy, a maioria faz algum esporte e os corpos são esculturais. Mas não, eles não são saudáveis, eles só fingem! Eles ainda estão na época que comer coisas diets/lights significa que tu está se alimentando bem (preguiça dessas pessoas), comem quase tudo industrializadoe acham que estão abalando comendo panquequinhas de espinafre provenientes diretas de uma fabrica. Mas eu nem tento argumenta, “é sim, você é super saudável”!!! Eles são magros porque eles comem pouco, pulam direto refeições e eu me sinto uma ogra em buffets quando comparo o meu prato com o dos outros, mas na questão qualidade de comida eu sofro por eles.

Comidas Finlandesas ( Vou contar aqui só o que já provei):

Leipäjuusto: Tradução livre – Queijo de pão. Eu amo queijo, e esse queijo esta nos meus top 3 certamente. Por mais que a tradução seja Queijo de pão ou algo do gênero, normalmente eles comem só o queijo, frio ou quente, ou colocando alguma geléia. Ele lembra um pouco o queijo coalho.
Riisipuuro: Tradução livre – Mingau de arroz. Como eles gostam desse mingau, fico impressionada. Eu particularmente detesto e quase morro quando tenho que comer! Seria o nosso arroz de leite (ou arroz doce) mas sem o doce, com sal e eles colocam manteiga depois de pronto para ela derreter e ficar tipo uma calda, podem colocar açúcar (depois de pronto e já contendo sal) e canela. Quando eu como eu taco canela até não poder mais.
Hanna-tädin kaku – Tradução livre – Biscoito da Tia Hanna – É um biscoito sensacional, que a bisavó das crianças faz muito e por isso tem estoques na minha casa.
Piparkakku – Tradução livre – Pão de especiarias. Mas eles me traduzem para inglês sempre como Ginger Bread – Pão de gengibre. O que não faz o menor sentido, por que não é um pão é biscoito e não vai gengibre, pelo menos não nos que eu comi, e acredite, como isso o tempo inteiro, é muito bom! Eu entendi que eles são cookies de natal, só se faz nessa época. Eles tem tradição de decorá-los e esse na foto foi um que eu decorei (sim, podem apreciar minhas qualidades de decoradora)
Glögi: Tradução livre – Vinho quente. E é isso!! Seria o nosso quentão muito melhorado, vai mais especiarias e eu sou muito fã! Mas também só tem na época de natal.
Salmiakki: Sem tradução. Só sei que é uma das coisas mais terríveis que já coloquei na minha boca. Eles chamam de doce, esta na seção no supermercado das balas e chocolates, mas para mim é uma ofensa ao doce chamar o salmiakki de tal! Sobre os finlandeses? Eles amam!
Karjalanpiirakka – Torta de Carélia (Carélia seria uma região) – É vendido junto com os donuts, os croissants, as pizzas,...e adivinhem? Eu odeio! Advinhem novamente? Os finlandeses amam! Nada mais é do que um salgado recheado de arroz!
Bom é isso, espero que tenham gostado do post e espero que um dia possam provar!!


Até mês que vem!

Paula Franz
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17 fevereiro 2017

Música Finlandesa

Oi Gente, para quem me acompanha todo dia 17 sabe que eu estou trabalhando como au pair na Finlândia e depois de quase cinco meses nessas terras nórdicas o que eu tenho para falar é que eu amo demais esse país. Já estou em depressão por saber que só tenho mais quatro meses. Eu estive no norte, sul, oeste e centro da Finlândia e posso dizer que cada canto aqui é especial!!!
Como eu estou respirando a cultura finlandesa eu gostaria de compartilhar com vocês através dos meus posts e talvez ajudá-las (los) a fugir do obvio de au pair e buscar países diferentes para viver essa experiência. Hoje vou falar sobre música finlandesa.
Primeiro preciso apresentar meu estilo musical, sempre me considerei muito eclética, só existiam dois ritmos musicais que nenhuma musica fazia meu coração bater mais forte – Forró e Rock (e seus derivados). E aí se encontra a ironia, eu, uma guria que não pode escutar um funk, hip-hop ou reggaeton que já corro para rebolar minha bunda vim parar na terra do Rock, mais precisamente heavy metal (eu coloco tudo no mesmo ritmo musical, desculpa quem entende, eu não entendo mesmo e não sei diferenciar). A Finlândia tem 53,2 bandas de heavy metal para cada 100 mil habitantes, se compararmos com o Brasil o percentual cai para 1,86 para cada 100 mil habitantes. Isso é tão incutido na cultura deles que tem algumas bandas de rock/heavy metal que fazem musicas só para crianças, obviamente meus pequenos amam (inclusive a bebê). E querem saber? Eu adoro também, nunca pensei que uma banda vestida de dinossauros cantando rock para crianças em finlandês iria me cativar. Quem quiser ouvir tem letras em espanhol também e são muito fofinhas, segue o video em espanhol da banda Heavisaurus (a minha favorita que as crianças escutam):



Mas, para a minha alegria, mesmo com tudo que falei acima, não é só de rock que os finlandeses vivem. O hip-hop/Rap, Pop e Techno/Trance também tocam o tempo todo nas rádios e tem muita vez nos festivais. Ah os festivais!!!! A Finlândia no verão tem festival todo o fim de semana, as vezes mais de um. A juventude viaja de cidade em cidade curtindo os festivais o verão inteiro, já que estão de férias e aqui eles ganham uma ajuda de custos só para estudar, então eles tem tempo e dinheiro para isso.
Como eu falei no inicio eu estou respirando a cultura finlandesa e por isso tento só escutar bandas/cantores daqui, ainda não entendo bulhufas do que eles estão cantando, mas já tenho os meus favoritos e vou listar aqui. Lembrando, o pessoal abaixo é meu gosto, não necessariamente os mais famosos por essas terras.

CHEEK
Gente, esse cara é meu crush finlandês, sou apaixonada por ele e pela voz dele. Se eu tivesse que escolher só um show para ir aqui seria o dele. Ele está com todos os shows lotados por enquanto, mas sei que ele vai tocar em algum festival no verão, segue um link da minha música favorita dele: 


JVG
Tive contato com a musica deles antes de chegar aqui, foi deles a minha primeira musica finlandesa e acredito que seja a banda/músico que eu mais escute aqui. Essa é uma dupla bem legal, a "atitude" nos clipes deles é caricata, mas eu gosto muito de escutar.


Ellinoora e Erin – Duas ótimas cantoras solos com vozes sensacionais!



Tuure Kilpeläinen Ja Kaihon Karavaani – Eu amo essa banda só por causa desse clipe (mentira, adoro a música), MAS POR FAVOR ASSISTAM ESSE CLIPE!



Bom, é isso por hoje! espero que gostem bastante desse post! Até mês que vem.

Paula Franz
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17 janeiro 2017

A hostkid se machucou, e agora?

Todos (as) sabemos que há a probabilidade de uma hostkid se machucar no período de au pair e estando sozinha contigo. Entretanto, a cabecinha aqui nunca tinha cogitado isso, até acontecer. E não demorou muito!

Para começo de conversa, preciso enfatizar que a minha hostfamily é muito parecida comigo, vai controlando o caos em volta de acordo com o que vai acontecendo. Então, nem eu e nem eles pensamos que uma das primeiras coisas que eu deveria conhecer na casa era a caixa de primeiros socorros e qual remédio usar para determinadas situações.

Vamos para a história.

Paula recém chegada na Finlândia, 10 dias aqui e pela primeira vez minha hostmom me deixou sozinha com os meninos... apenas uma hora. Primeiro detalhe a ser pontuado: Ela esqueceu o celular em casa. Único número que eu tinha, porque não, não pensamos que eu deveria ter todos os telefones possíveis para emergências. As crianças estavam bem queridas comigo e um deles pediu para eu ler uma história, em finlandês é claro. Comecei a ler e na primeira palavra eles caíram na gargalhada, a cada palavra que eu lia eles choravam rindo. Achei muito engraçado e fofo e resolvi fazer um snapchat deles se contorcendo de rir. Termino de fazer o snapchat e vou colocar na minha história e o mais novo começa a chorar desesperadamente. EU JÁ ME APAVORO INTEIRA, NÉ! O que raios aconteceu? Eu não falava nada de finlandês na época, não podia nem pergunta o que tinha acontecido, mas como ele chorava (e berrava) com a mãozinha nas costas, eu fui delicadamente tentar ver o que houve.

Uma abelha picou ele!!!

 E a danada da abelha apareceu no meu snap (depois que o caos passou eu descobri isso)

Aqui no verão tem abelha por todo o lado, é um saco! Enfim, sabendo o que aconteceu resolvido o problema, certo? Errado. Podem me julgar, mas eu realmente não sabia o que fazer. Fiquei um minuto sem consegui pensar, ai resolvo ligar para minha hostmom – celular em casa. Começo a adicionar todos os parentes que eu podia para ver se algum me aceitava na hora e ia me ajudar. Sem sucesso. Enquanto isso, o pequeno esperniando no meu colo. Daí, depois de uns 5 minutos, penso em procurar na internet (dãããã)! Internet quase unânime, gelo e tentar tirar o ferrão. Bem capaz que a kid ia ser a minha cobaia para eu aprender a tirar o ferrão. Coloquei um pacote de legumes congelados e fiquei rezando para a host chegar. Demorou uns quinze minutos e ela chegou. O mais novo não havia parado de chorar.

Ela já chegou com os olhos arregalados, eu expliquei a situação e ela na mesma hora pegou uma garrafa de água (só metade cheia) e colocou o gargalo em volta da picada. Ela me explicou que aquilo alivia a dor e faz sair o ferrão. A criança parou de chorar em um minuto. Não sei se é porque aquilo realmente funciona ou se é pelo fato da mãe está por perto. Apostaria nos dois.

Depois disso, eles te explicaram aonde estão os remédios e o que usar para cada caso, né? Não! Esquecemos total. Eu ainda não sei, mas tentarei lembrar de perguntar pros hosts.



Mas ficam ai as dicas (por mais que eu não siga):
1ª: Saber aonde ficam os primeiros socorros e o que eles costumam fazer nessas situações;
2ª: Saber todos os telefones de emergência;
3ª: Lembrar a host esquecida de levar o celular.

Beijos e até mês que vem!


Paula Franz
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17 dezembro 2016

O verdadeiro Papai Noel mora na Finlândia!

Bate o sino, pequenino, sino de Belém... O fim do ano chegou e com ele veio o natal, os presentes, a comilança, a praia...Ops, esse ano sem praia por aqui!!!
Sem praia por aqui, mas com Papai Noel. “Ai Paula, mas Papai Noel tem em todo lugar, vai em qualquer shopping que tu acha.” Não mesmo, uma das coisas que eu mais estava ansiosa para conhecer aqui é o verdadeiro ‘bom velhinho’.
Como a maioria sabe, porque todos nós aqui acreditamos em Papai Noel, ele mora no Polo Norte, mais especificamente na Lapônia Finlandesa. Isso mesmo, a Finlândia é a terra do bom velhinho e a Casa do Papai Noel Real é uma das atrações mais freqüentadas aqui. Sendo óbvio que eu não poderia deixar de visitar, vou contar aqui minha experiência.
Milhares de horas de viagem.
Meus companheiros? Hostfamily,
Quando? Feriado de Independência da Finlândia.
Foram quatro dias viajando e ao total foram seis cidades visitadas. Pensem a quantidade de horas que não passei no carro, foram mais de 1400 km rodados! Fui até o ponto central da Finlândia, brinquei muito de trenó na neve com as kids, fui ao Polarpark, fui em um parque de atividades para as crianças (cama elástica, piscina de bolhinhas,...), fui no Santa Park, na Casa Verdadeira do Papai Noel e cruzei o Círculo Polar Ártico.

Polar Park
O Polar Park é um zoológico de animais polares, ou seja, tudo ao ar livre. O problema é que eu fui em um dia que a temperatura estava -26 graus. Nos primeiros minutos o único problema era a minha dificuldade de respirar, já que eu estava bem agasalhada. Entretanto o pôr do sol estava lindo, a bonita aqui resolveu tirar a luva para ter uma foto e O MEU CORPO INTEIRO CONGELOU. Eu não conseguia andar direito, até que paramos na frente de uma fogueira tomei algo bem quente e consegui me esquentar de novo. Sobre o zoológico? É legal, mas nada muito emocionante.

Eu tentando me aquecer

Santa Park
Aqui eu me diverti bastante (bem criança). Para começar o parque é em um lugar fechado, não importa a temperatura – que nesse dia estava -20 graus. Lá tu podes conhecer o Papai Noel (não o verdadeiro), fazer um curso intensivo para ser elfo (eu fiz e ganhei diploma), andar numa mini montanha russa, ver esculturas de gelo, ver uma apresentação de elfos, decorar um Ginger Bread (um biscoito natalino) e comê-lo depois e brincar em um mini parque do Angry Birds (eles também são finlandeses).

1ª foto: Esculturas de gelo, 2ª foto: Papai Noel (fake), 
3ª foto: Decorando os Ginger Breads e 4ª foto: com meu diploma de elfo

Santa’s Village
Finalmente sobre a casa do Papai Noel, ela se localiza em Rovaniemi que lá também pode ser vista a linha do Círculo Polar Ártico. Na casa do Papai Noel não tem muito o que fazer, ou pelo menos eu não fiz, entrei na casa do Papai Noel, tirei a foto e conversei com o intitulado Real Santa (Verdadeiro Papai Noel) e na hora de comprar a foto descobri que eram 30 euros. Desisti!!! As kids foram brincar com as renas e eu como já estava de saco cheio de renas (viagem inteira vendo renas, inclusive no hotel que ficamos), fui nas lojinhas de souvenir.

Como não paguei fortunas pela foto com Papai Noel, só tem a minha no Circulo Polar Ártico


Enfim, conheci o Papai Noel e ai de quem falar perto de mim que ele não existe. Existe sim, e eu já abracei e conversei!

Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

Até Janeiro!

Paula Franz






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17 novembro 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar das minhas hostkids - Parte 2

Oi pessoal, retomando o assunto do último post, hoje vou falar sobre a bebêzinha de 10 meses que eu cuido junto com os dois meninos. Eu sempre fui super apaixonada por bebês e antes de vir eu já sabia que a minha paixão iria ser a Venla.

A mais nova foi a única das três hostkids que foi me buscar no aeroporto e quando eu cheguei, já querendo apertar e beijar, ela não vinha comigo de jeito nenhum. Veio chorando as três horas de viagem até a minha cidade porque eu estava do lado dela e nos dias que se passaram era um parto para ela vir no meu colo ou eu conseguir dar comida para ela (a minha hostmom ficou em casa no meu primeiro mês). Enfim, acredito que ela só se acostumou comigo depois da minha hostmom voltar ao trabalho e eu passar as manhãs com ela e os dois meninos.
Venla -  a mais nova

Qualidades: Como eu já falei aqui, eu tenho um sério problema em achar que as minhas hostskids são as mais espertas do mundo, mas eu realmente acho que eles são. A Venla é muito inteligente, ela já sabe o significado de quase tudo que eu falo com ela, se eu peço beijo ela vem me da, se eu digo não para alguma coisa ela ou chora ou finge que esta dormindo, se ela fez coco a primeira coisa que ela faz é vir no meu colo para eu limpar, e outras coisitas mais.
Defeitos: Desculpa, mas a minha explosão de fofura não tem defeitos.
Melhor história: Sem contar que a primeira palavra dela foi “BABA”, a melhor história acontece todo o dia, pois a Venla aprendeu a subir as escadas, mas como é perigoso eu não deixo então sempre que ela ta começando eu falo “não pode”, “desce daí”, “Venla não” e ela geralmente fica parada até ela pensar que eu não to mais vendo. Então quando ela começa a subir de novo eu vou pegar ela para por longe da escada, mas quando ela me vê se aproximando ela finge que está dormindo. Sério, é muito fofo.

Bom, basicamente é isso sobre a Venla, então eu vou falar um pouco sobre a minha rotina com eles.
Eu trabalho de segunda a sexta normalmente das 7:30 às 15:00, para mim é muito melhor ter esse horário corrido do que com intervalos e seria a treva para mim ter que colocá-los para dormir, então eu adoro meu schedule. Eu acordo minutos antes, só coloco uma roupa, lavo a cara, escovo os dentes e já começo a trabalhar.
As crianças não vão a escola e por isso não tem uma rotina super fixa e meu hostdad também não tem rotina, por isso ás vezes ele sai com as crianças e eu fico de folga, às vezes ele vai trabalhar tarde ou chega bem cedo do trabalho e eu também ganho essas folgas, mas vou escrever partindo do principio que tudo ocorre sem as atividades.
Assim que eu desço as escadas a minha host já entrega a bebê para mim, eu lavo ela na pia (pois ela ainda ta com a fralda da noite anterior) e escolho a roupa que ela vai usar - minha parte favorita do dia. 

Normalmente quem providencia o café da manhã dos meninos são os pais,então lá por umas 08:00, 08:30 eu dou o café da manhã da bebê (mingau pronto que esquento no microondas), depois disso - bebê e crianças brincando - é quando eu tomo meu café da manhã.
Após meu café tenho que dar as vitaminas para as crianças, escovar os dentes deles e trocar o pijama por roupas do dia-a-dia (às vezes o pai deles faz essas três coisas). Normalmente às dez eu coloco a bebê para dormir e ela dorme até ao 12:00, nesse tempo eu do mais atenção para os meninos, coloco o almoço para esquentar (dificilmente eu tenho que cozinhar, ou a host deixa comida pronta da janta ou é comida pronta de supermercado) e tento fazer com que eles comam – Hard, pretty hard.
Quando a bebê acorda eu dou o almoço dela (papinha) e troco a fralda. Depois disso, lá pelas duas eu dou o lanche deles (papinha para bebe e fruta ou iogurte para os meninos) e coloco a bebe para dormir de novo. Às três eu passo a bola.
Essa seria a rotina se não tivessem as atividades que citei, mas durante a semana eles tem aula de luta livre, natação, clube da igreja, clube do bairro e aula de música, eu não tenho que dirigir com eles, então geralmente ou pai ou o avô ou os tios buscam e trazem de volta eles, eu só preciso deixá-los prontos.
Obviamente minha interação com eles não acaba às três, eles tem 3 e 4 anos e não entendem que eu não estou mais trabalhando, então muitas vezes se eu não tenho mais nada para fazer eu brinco com eles ou ajudo minha hostmom com a Venla, mas isso depende da minha disposição no dia.

Espero que tenham gostado do meu post, até mês que vem.

Abraços e continuem acompanhando.


Paula Franz Araujo
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17 outubro 2016

Desculpe o transtorno, preciso falar das minhas hostkids - Parte 1


Oi pessoal, eu cuido de uma bêbe de nove meses e dois meninos de três e quatro anos e eu sou tão apaixonada pelas minhas hostkids que faltam nove meses para eu dar tchau e eu já fico pensando em como isso vai ser difícil. Por isso, quero dividir um pouco com vocês sobre meus três terrorzinhos anjinhos e quem sabe até ajudar vocês na escolha da hostfamily pelas idades das crianças.
Eu decidi escrever esse post, porque, eu não sei se isso acontece com todo mundo, mas eu tenho a impressão que as minhas hostkids são as mais bonitas, são as mais inteligentes, são as mais fofas que a de qualquer outra pessoa (tipo mãe babona).

Eemeli – O mais velho
Qualidades: É o melhor irmão mais velho que eu já presenciei na vida (analisando friamente e não como a au pair babona). Ele cuida dos outros dois irmãos, não sente ciúmes, tem total senso de responsabilidade (sabe o que pode ou não fazer), dita as regras para o irmão mais novo, tem muita coordenação para qualquer esporte (já anda de bicicleta sem rodinhas, sabe nadar, sempre é o primeiro nas corridas e pratica luta-livre, floorball e baseball), não precisa de ajuda quando vai ao banheiro e não precisa de ajuda pra se vestir...Enfim, ás vezes até esqueço que ele tem só quatro anos.
Defeitos: Como nem tudo são flores, a maturidade do meu homenzinho de quatro anos cai por terra quando ele simplesmente houve um NÃO!!! Gente como essa criança chora! Se eu digo que ele tem que colocar uma calça X ao invés da que ele quer: CHORO. Se eu digo que vou fazer massa ao invés de arroz e ele quer arroz: CHORO. Se eu digo que acabou o pão e ele quer pão, adivinhem só? CHORO. Ele chora no mínimo umas três vezes por dia no meu horário de trabalho, já aprendi até a ignora, mas no começo era complicado.
Melhor história: Um dia os pais foram trabalhar e deixaram a bebê na cama deles, ou seja, em qualquer momento a bebê podia cair. Como eu sei que ele é muito responsável pedi que ele fosse olha a irmã enquanto eu fazia o café da manhã deles (veja bem, não falo finlandês, as palavras foram exatamente VENLA – NUKKUU – KATSO, que significam VENLA (a bebê) – DORME – OLHA) e então a bebê acordou, eu não ouvi e ele mandou o mais novo me chamar e quando eu cheguei lá ele estava segurando a Venla pelos pés para ela não cair. Vai dizer que não é uma hostkid super útil para ajudar? Sem ele a bebê teria se estabacado no chão.

Verneri – O do meio
Qualidades: Ele é a minha explosão de fofura, pra ele tudo está bom, quase tudo que eu peço ele faz ou consigo negociar sem manhas. Come mais que eu, e é de uma sensibilidade indescritível. É aquela criança bem bobona, que ri de tudo mesmo quando não tem graça, basta eu olhar pra ele e ele já está rindo.
Defeitos: Além de ser bem egoísta com a irmã (ela não pode chegar perto dos brinquedos que ele está brincando que ele empurra ela ou tira os brinquedos da mão dela), ele está numa fase de perturbar o Eemeli. Tudo que o mais velho pede ou manda ele fazer, ele não faz de birra. O mais velho por sua vez ou bate ou chora.
Melhor história: Seguindo essa onda de “encher o saco do irmão”, um dia os dois acordaram e o mais velho estava de mau humor e o mais novo de bom humor. O que bastou pra ter um café da manhã no mínimo divertido, Verneri estava com um sorriso enorme no rosto comendo seu mingauzinho e o Eemeli estava mega emburrado e pediu para o mais novo tirar o sorriso da cara, o mais novo, sem falar nada, continuou olhando e sorrindo. Eemeli mega irritado pediu para eu mandar o Verneri parar de sorrir para ele, só que eu não conseguia parar de rir, porque era muito fofinho aquele sorriso e muito sem porque ele ter que parar porque o outro estava incomodado. Sendo assim foram longos dez minutos de um pedindo para o outro parar, o outro sem responder nada somente olhando, sorrindo e, por isso, fazendo o irmão chorar. Até que o mais velho pegou seu prato e foi comer em outra mesa. O mais novo seguiu com seu sorriso olhando para o além.

Sobre como é a nossa convivência, ambos os meninos agem comigo com muito respeito e geralmente acabam me obedecendo. Pode ser que antes de obedecerem tenha tido muito choro e birra, mas no fim eu sempre acabo conseguindo dobrar eles. Uma vez alguém me perguntou se eu apanhava das minhas crianças. Gente, como vocês podem ver na foto ao lado eu moro com o Batman e o Superman, APANHO TODO O DIA!! Mas sempre é de brincadeira, só teve uma vez que o mais velho me bateu na maldade, botei de castigo e nunca mais aconteceu. No geral eles são bem carinhosos e ganho abraço todo dia.
Eu ainda quero falar de como é a minha rotina com os dois mais velhos e também contar da personalidade da mais nova e a minha rotina com ela. Entretanto o post ficou muito longo e por isso vou deixar pra falar mês que vem sobre.


Abraços e continuem acompanhando.

Paula Franz Araujo
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17 setembro 2016

Escolas Finlandesas: como é a melhor educação do mundo?

Oi pessoal, hoje o post será sobre as escolas finlândesas. A educação da Finlândia é considerada a melhor do mundo e eu já li vários artigos sobre como funcionam as escolas e muita coisa me impressionou.
Mas vou tentar manter o post somente com o que eu presenciei ou com o que a minha hostmom me contou, pois ela é professora e eu fui passar um dia no trabalho dela. Antes vou introduzir com algumas curiosidades que ela me contou e depois contar em ordem como foi minha visita lá.
O governo finlandês disponibiliza educação de qualidade e gratuita para todas as crianças e a partir dos seis anos (pré escola) elas são obrigadas a frequentar. As escolas precisam estar num raio de 3 km da casa que a criança mora (por isso a maioria vai sozinho de bicicleta para escola) ou se não o próprio governo disponibiliza táxi para os alunos.
Agora vou começar falando sobre meu dia na escola. Ao chegar na escola, como na maioria dos lugares na Finlândia, foi necessário tirar os sapatos. Entrei na primeira classe (5ª série), a qual minha hostmom somente leciona inglês e ela havia preparado um jogo para eles treinarem comigo. Enquanto eu respondia milhares de perguntas eu ficava observando a sala de aula, a mesma era super organizadinha e com tudo que a criança necessitava. Quarenta e cinco minutos respondendo eles quando tocou o sinal, todos se levantaram e foram para o intervalo. Sim, eu disse intervalo! Perguntei para minha host sobre e ela me explicou que eles tinham um tempo de 15 minutos a cada período e um intervalo de meia hora no meio da manhã, e obviamente sem contar o intervalo do almoço que é mais 30 minutos. Então eu pensei, quando é que eles estudam? Por que minha vida escolar não foi assim?
Fomos para sala dos professores e esperamos acabar, fomos então pra real turma dela, naquele dia ela tiveram três períodos, sendo um de gramática finlândesa e dois de educação artística, sendo assim nesses três períodos eu não participei da aula somente observei, e observando eu percebi que não era somente uma classe naquela sala, tinham duas turmas. Minha hostmom da aula ao mesmo tempo para terceira e quarta série. Fiquei me perguntando "como isso pode funcionar?" Mas funciona, melhor educação do mundo, lembra? Vim descobri depois que a mãe da minha hostmom, que também é professora, da aula pra quatro séries ao mesmo tempo, porque elas lecionam em cidades pequenas e as series normalmente são compostas por menos de 20 alunos, as vezes menos de 10.
Na aula de artes, eles passaram o primeiro período desenhando numa folha e o segundo reproduzindo esse desenho no chão com giz. Sim pessoal, eles puderam riscar a vontade no chão da escola. Sem querer julgar, mas já julgando, Brasil você precisa rever teus conceitos ao invés de me colocar pra somar frações. "Ah mas Paula, com certeza não é assim o tempo todo!" Claro que não, eles tem aula de musica, aula de educação física, aula de habilidades manuais (costura e marcenaria), aula comportamental e outras mais, e todas com o mesmo peso das matérias que pra nós são consideradas como essenciais, mais importantes ou até mesmo vitais para o ensino. Aqui não existe a matéria mais importante, todas são.
No meio desses turnos houve o almoço, o qual tinha batatas, almondegas, alface e pepino, e como bebida só há leite, nem água é permitido.

Como na Finlândia é costume e por isso muitos tomam leite em todas as refeições, eles acham essencial a criança crescer bebendo bastante leite, mas né, convenhamos, é um absurdo não deixar a criança beber água.
Meu último período na escola foi com a turma da 6ª série, que minha host também leciona inglês, foi o mesmo jogo de perguntas, nada muito novo, somente que o inglês desses alunos era muito bom, principalmente se comparar com alunos brasileiros.
Enfim, a escola finlandesa que eu conheci é muito diferente do que eu já vi no Brasil, tanto na estrutura quanto nos objetivos. Mas quero deixar bem claro que essa foi uma experiência com uma professora em uma escola na Finlândia e isso não quer dizer que todos os professores e escolas aqui são dessa forma.

Abraços,

Paula.
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