Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

13 fevereiro 2011

A escolha das famílias - dá pra saber quando é a -certa- ?

Agora entendo as meninas do blog quando dizem ter um mês inteiro pra pensar no post do seu dia, mas na hora simplesmente falta um bom assunto pra discutir ou comentar. No meu caso, acho que isso é ainda mais complicado, porque eu imagino que a maioria das meninas que acompanham esse blog querem ler algo sobre a vida de au pair já nos Estados Unidos ou onde quer que seja o país onde a menina esteja.
Eu ainda estou no Brasil, não posso falar da alimentação, do trânsito, da educação das crianças, das famílias ou dos costumes americanos. Por enquanto, o que posso falar é sobre a vida antes de tudo isso... então vamos lá!

Alguns consideram minha experiência de busca por família bastante inusitada: foram 5 semanas on line e 9 famílias com o meu application entrando em contato. Dizem que não é tão comum essa avalanche de famílias, ainda mais no primeiro mês on line. Até hoje não entendo o que tinha de tão bom no meu "perfil": meu vídeo foi feito às pressas numa madrugada pra não perder o reembolso da STB [isto quer dizer também que gravei a noite e a imagem ficou um lixo, mal dava pra ver meu rosto!], a agente ainda reclamou que eu tinha muitas fotos e pouquíssimas falas, só tive duas experiências com crianças [uma em escola, outra com filho de amiga], mas tinha muitas horas, é verdade. Mas nada demais, acho que até tinha restrição a crianças muito pequenas - o que não evitou que mais da metade das famílias que entraram em contato tivessem newborns ou kids menores de um ano.

Enfim, não saberia dizer o que fez meu perfil atraente pras famílias, mas o fato é que muitas apareceram e nem tudo são flores. Como disse anteriormente, muitas delas não faziam o meu perfil. Daí muita gente me achou maluca ou fresca por estar "escolhendo" a família com quem EU passaria meus próximos doze meses.

Ok, pode até ser reprovável que a menina faça a escolha pelo lugar onde a família mora, mas acho que cada uma é quem sabe onde aperta o calo.

Falando por mim, sei que eu não teria condições de cuidar de kids tão pequenas. Antes cuidar de quatro de uma vez, do que de dois sendo um deles muito pequeno.


Não foram poucas as pressões pra que eu fechasse logo com alguma das famílias porque me ofereciam carro, por ter fim de semana off ou porque demonstravam ser o mais próximo de uma família que eu poderia ter. Sim, dispensei até os mais meigos e carinhosos hosts porque sabia que de nada adiantaria ter todo esse cuidado e carinho se eu não conseguiria lidar com a responsabilidade de um newborn. Nem seria justo com essa família.

Depois disso, talvez algumas de vocês devem estar desejando que eu passe mais meses on line sem família nenhuma entrando em contato, haha. Mas o problema é que cada um sabe de si. Compartilho minha experiência de [futura] au pair aqui e no meu blog pessoal e gosto muito de ter o maior número de comentários e os conselhos sobre a minhas decisões, mas chega um momento que é só você e as suas limitações e desafios.
Acho que a maioria das meninas fazem o mesmo e é natural que consideremos tudo que nos é dito, mas no fim não adianta seguir o conselho de outros que não sejam o seu coração logo após ter suas asinhas cortadas pela razão.

E foi assim minha escolha pela família que eu quis que fosse a minha e, por sorte, que também me quis pra ela. Eram apenas dois boys, de uma idade que eu consigo lidar bem [2 e 3 anos], numa região bacana [e de quebra, numa cidade próxima a todas as amigas que eu já conquistei nos últimos meses. sim, porque você busca família, mas também encontra amigas... e das boas!] e o schedule é fixo e com fins de semana off. Tem desvantagens, claro, como tudo na vida, mas elas não superam as vantagens e, principalmente, a segurança que eu sinto agora com essa escolha.

Tive um pedido de match anteriormente e tudo que eu senti foi insegurança. A família era um amor, mas eu sentia medo desde o momento da proposta. Dessa vez, me sinto confortável e feliz com a escolha e o aceite. Claro que de vez em quando dá um receio bobo de ter esperado "tanto" e ainda não ter sido essa a minha família. O ponto é que isso eu só vou descobrir lá, mas passarei minhas últimas semanas no Brasil empolgadíssima esperando o melhor da minha host family. Na situação anterior foi bem diferente.


E com isso quero dizer que ainda não sei se essa é minha família "certa", daqui a alguns meses posso vir aqui dizer que me enganei em tudo que foi dito hoje e assumir que escolhi errado, mas acho que o que deve prevalecer é essa sensação pós match de que as coisas vão dar certo e que o sentimento de "é essa" durante as ligações queria dizer algo mesmo.


No fim, foi a minha escolha pensada e pesada e não de amigas bem intencionadas, de uma agente que te apressava ou de simplesmente não aguentar mais a espera pro embarque. No fim foi apenas você escolhendo os caminhos da sua vida, exatamente como acontecerá durante os próximos doze meses longe de casa e de tudo que lhe é familiar.

Agora vamos ver onde tudo isso vai dar.

Até o próximo dia 13! ;*
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::..belle..::

2 comentários:

  1. Eu lendo o texto.. e pensei "Que engraçado parece com a história de... peraí é Belle.. huauhuhau"

    Esqueci que vc postava aqui!
    E é claro e mais uma vez, PARABÉNS!!

    Q Deus queira que vc fez a escolha certa!


    Bjs

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  2. POis é, escolher a familia não é uma coisa fácil né? Vamos ficar 1 ano lá, tem que ter calma.. O problema é no meu caso, 5% das famílias aceitam Male Au Pair, daee, já viu né? Não dá pra escolher muito.. hehehe..
    Mas vamo que vamo que Deus ajuda..hehe
    Beijão.. Boa sorte'

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