Bom dia 11 pra vocês, leitores! Hoje vamos falar de um
assunto polêmico (e não, não são mamilos): educação. Não a sua, a das kids.
Pra mim, pelo menos, é um assunto tão polêmico quanto
religião e futebol. Todo mundo acha que certas coisas vão do bom senso (tanto
da au pair, quanto dos hosts), mas não é bem assim que a gente tem visto por
aí... Digo por coisas que já li em posts pelo facebook e blogs afora.
Na última palestra que eu fui da Cultural Care, a “agente”
aqui de Curitiba frisou exatamente isso. A au pair está na casa de uma família
e tem que seguir as regras dela. Em todos os sentidos, sejam elas regras
especificamente da au pair ou regras em como lidar e cuidar das kids. Mas,
novamente, deixou bem claro que EDUCAR as kids não é papel da au pair.
O nosso papel é fiscalizar, ter certeza que as coisas estão
ocorrendo do jeito que OS PAIS querem. Talvez isso seja difícil, principalmente
se nossa opinião não bate com a opinião dos pais. Mas, novamente, eles são os
pais, o dever de educar é totalmente deles – nós poderemos fazer isso quando
tivermos os nossos filhos.
O Eddy e a Isa aqui do blog também deram a opinião deles.
“Acho que não cabe a nós
definir regras, mas não dói sugerir. Só não acho que vale a pena discordar da
educação dada pela família Palavra de escoteiro, a pior coisa que você pode
fazer é dizer pra sua host mom que não concorda com o que eles estao fazendo! É
briga pra vida toda. Além
disso, acho que devemos agir de acordo com o que os pais querem, não adianta
tentar CONSERTAR as crianças quando ta sozinha com elas.”
“Acho que, querendo ou não, educação/disciplina é função de pai e mãe e cabe a
au pair respeitar isso e seguir o que é passado pelos pais, concordando ou não. Claro que em caso de crianças extremamente indisciplinadas, que colocam em risco a própria saúde e segurança da au pair, acho que vale a pena conversar com os pais e sugerir algumas mudanças. Mas
no geral, enquanto eles não tiverem agredindo/traumatizando as crianças EU acho que temos que seguir o que foi determinado por eles. O que eu acho que entra completamente dentro de ''função de au pair'' é ensinar
aquelas coisas de dia a dia: atravessar a rua, comer sozinho, usar o banheiro
sozinho, se vestir, ser pontual... enfim, as coisas da rotina mesmo.”
Já vi menina falando que é o dever dela mudar a família,
mudar as kids, até mudar os hosts. Acho que não cabe a nós querer revolucionar
a vida de uma família. Como disseram meus dois coleguinhas de blog (gente, cês
são lindos, valeu!): não custa sugerir ou tentar conversar, mas fora isso, não
tem muito o que ser feito.
Pra mim, pelo menos, por mais que a gente chame nossas kids
de nossas e nossas crias, por mais que role o sentimento de “mãe”, por mais que
sejamos parte da família (pra algumas, claro), nós temos que ter em mente que
somos apenas mais duas mãos adultas em casa pra ajudar a deixar a coisa
redondinha e as coisas correrem como devem.
O que vocês acham, leitores? Deixem um comentário pra gente
saber se vocês concordam, discordam ou apenas querem deixar a opinião de vocês
sobre qualquer parte do post ;) Sejam legais e também dêem uma curtida na nossa página no facebook!
Beijos e que março venha cheio de coisas boas pra todos nós!
Ainda não sou au pair mas concordo plenamente, querendo ou não você não faz parte da família, nem os conhece e chega lá no primeiro mês tentando revolucionar a coisa. Não funciona assim. Tem que respeitar a família e entrar na cultura deles (cultura familiar). Vale a pena salientar isso.
ResponderExcluirExatamente, Vy! E mesmo se fizer parte da familia depois, é igual na sua daqui: você ainda não é a mãe pra falar o que "é ou não é certo" hahha Acho legal que tem menina que se esforça pra ajudar e tentar fazer a casa melhor e etc, acho que não pode é forçar alguma. Mas não cabe a nós, de qualquer forma.
ExcluirConcordo com você em grau e gênero. A função da au pair NÃO É educar as crianças do jeito dela. As crianças americanas são educadas de forma completamente diferente da forma que nós fomos criados e é preciso respeitar as regras da casa.
ResponderExcluirLembro que na minha segunda host family eu tinha um menino de 4 anos muito complicadinho e a única coisa que podia fazer era colocar de time out por 4 minutos. Um dia porém ele me mordeu e eu deixei ele praticamente o dia inteiro de castigo, sem televisão e sem sobremesa porque achei que deveria tomar uma medida drástica.
A hostmom chegou do trabalho e após eu explicar o que tinha acontecido, o menino veio implorando pra mãe sorvete e assistir bob esponja e adivinha o que aconteceu??? Sim, ela disse que eu fui muito dura com o menino e deu tudo o que ele pediu. Depois deste dia, eu resolvi seguir o curso do rio e não me estressava com a má educação dele, afinal, em 12 meses eu saí da casa e é ela que terá que lidar com as pestinhas pra vida inteira.
Exatamente, Eliana! A cultura deles é totalmente diferente da nossa. Tem famílias que são mais rígidas, tem famílias que não falam um a pra criança quando ela faz algo errado. O que a gente tem que fazer é se adaptar, seja qual for o jeito de educar deles. Como você disse, muito provavelmente em um ano (ou dois), a au pair não vai mais estar lá e são os pais que vão ter que conviver com o filho até a adolescência. Então a gente faz a nossa parte, sem ultrapassar os limites que eles colocaram.
ExcluirEu ia escrever parecido com oq a Eliana escreveu, hahah. Sempre digo, tô aqui pra ajudar e tenho tido sucesso, mas se os pais querem mimar as crianças e deixar elas sambarem na cara deles, quem vai sofrer por longos anos são os próprios, não eu. Qdo eu tiver meus filhos, aí sim educo do jeito q acho q devo. Aqui não rola castigo, mas rola uns NÃOs bem dados por mim, nem me estresso mais tbm haha. Mto bom o post!
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