Ser au pair tem lá seus contra-tempos, apesar disso eu super indico o programa. Para muita gente não dá certo, mas depende muito do que a pessoa realmente está procurando. O que eu quero dizer é: tem que ir com o pé no chão e sabendo que não vai ser mil maravilhas. Muitas meninas vão só se divertir, achando que vai fazer pé de meia, ou para fazer coisas que não se encaixam pra quem é au pair. Quem tem a vida muito fácil no Brasil, sinto em informar que vai sofrer em dobro. Das meninas que foram comigo, vi uma que desistiu logo no primeiro mês, algumas que trocaram de família porque a primeira era um inferno - mas não desistiram, algumas que voltaram pro Brasil depois de completarem um ano e outras que estenderam por mais 6, 9 ou 1 ano. As chances de dar certo e errado são 50/50.
Sei que muita gente já deve ter dado dicas pra vocês, mas eu reuni aqui as mais básicas e cruciais para que seu programa de au pair seja um sucesso:
1-) Duas das exigências do programa são: ter experiência com criança e inglês intermediário. Se você tem poucas horas de experiência com crianças, dê um jeito de aumenta-las, o melhor é ter horas com todas as idades, quanto mais, melhor, pois aumentará suas chances de colocação numa boa família. O inglês, eu também aconselho que você esteja num nível bom, pois facilitará sua comunicação no geral. Fora que, quando você chega lá não vai ficar completamente boiando.
2-) Se você é boa de fuçar o Facebook da ex namorada do seu namorado, também é boa para fuçar tudo sobre a aventura que você está se metendo. Entre em grupos no Facebook, adicione meninas que já foram au pairs, ou são. Procure famílias antes mesmo de ficar online pela agência. Existem sites bacanas para isso. Resumindo, LEIA TUDO que você encontrar a respeito. Claro, você encontrará meninas falando muita imbecilidade, mas depois de um tempo de tanta pesquisa, você até aprende a reconhecer quem está falando besteira e quem não está.
3-) Não tenha pressa de embarcar, vá em mais de uma agência, procure referências delas, compare preços e vantagens, converse com intercambistas de agências diferentes. Depois da agência escolhida e a inscrição feita, preencha o application com calma, capriche mesmo, quanto mais caprichado, maior as chances de encontrar uma família legal. Para vocês terem uma idéia, quando conheci o programa eu não tinha nem idade pra participar ainda. Quando eu estava estudando, a Cultural Care foi fazer propaganda e eu me interessei novamente, mas queria terminar a facu. Depois que terminei, fiquei um ano enrolando até finalmente tomar coragem, comecei a pesquisar agências em Maio de 2008, fiz minha inscrição em Julho de 2008 e embarquei em Janeiro de 2009. Tudo com muita calma.
2-) Depois de entregar seu application e ficar online, está na hora de escolher as famílias. Essas alturas, você já precisa estar esperta com elas, já deve estar ciente quais são as que provavelmente serão boas, quais benefícios que eles oferecem e que você deve priorizar etc. Bom, quem é boa pesquisadora, sabe disso, mas de qualquer forma vou listar aqui algumas coisas que eu acho que vale observar:
a) Carro: sem ele é quase impossível viver nos Estados Unidos, salvo se a localidade que você vai morar tenha metro e ônibus por perto e que funcionem muito bem.
b) Schedule: analise bem se você trabalhará demais. Todos sabem que não podemos trabalhar mais de 45 horas semanais, ou mais de 10 horas por dia. Mas, MUITAS famílias exploram sem dó. Pra evitar isso, analise as condições da família: como a profissão dos pais, se eles viajam muito a negócios, se eles gostam de ficar com os filhos etc.
c) Local: sinceramente o local que você vai morar é a última coisa que tem que se preocupar, não vá fazer um match com uma família em Orange County, que pede para vc alimentar os cavalos, sonhando com os surfistas gatos que tem por lá. Porque, acredite, o lugar NÃO faz da família, a mais legal.
d) Crianças: NÃO se assuste com a quantidade de filhos que o casal possa ter. Se a criança nasceu peste, pode ser uma ou um trilhão, vai ser insuportável. Existem as crianças amáveis e os capetas, isso, infelizmente não tem como saber ao certo, mas você pode fazer algumas perguntas chaves (como pedir um resumo da personalidade das crianças) ou falar com a ex au pair ou nanny (se no caso eles tiverem) e tentar descobrir.
e) Curfew: se a família impor horário pra você chegar em casa, dia de semana até que ok. Mas, se vc não poder curtir a noite nos finais de semana porque tem que chegar até meia noite, esquece!
f) Facilidades: shoppings, centros comerciais, starbucks, mercados, bares, baladinhas etc. Pegue o endereço da família que você está conversando e procure no google maps, observe a área. Como já disse, o local não é o mais importante, BUT se você for uma pessoa muito baladeira (meu caso) e morar no meio no nada, com nenhuma amiga por perto e sem carro, pode contar com homesick logo logo. Muda completamente de figura se sua querida família te providenciar um carro pra você fazer whatever, ai sim!
3-) Antes de fazer o match PERGUNTE o necessário e o desnecessário para a família em potencial. NÃO fique com receio ou medo, pior é chegar e ter uma surpresa com algo que você não perguntou antes.
4-) Depois de match feito, é hora de procurar amizades. Se você chegar entrosada com a galera da área facilitará muito sua vida. Depois de tanta pesquisa e mergulhada no mundo de au pair que você estará a essa altura do campeonato, já vai ter amizades virtuais, então comece a cultivar aquelas que moram, ou morarão, perto de você. Eu já conhecia algumas au pairs na area quando cheguei, e elas me ajudaram muito.
Olá, conheci o blog hoje!! ADOREI as dicas.. estou pensando seriamente em ser Au Pair... Ajudou muito!!!
ResponderExcluirQue bom Ana! Boa sorte e continue lendo o blog porque tem muita informação legal!..Bjs
ExcluirEu amo ler os posts de vocês. Hehe!
ResponderExcluirObrigada Ana!
ExcluirNão existe blog melhor do que o de vocês =)) me perco horas aqui lendo tudo, não vejo a hora de ir tbm !!!
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