Uma coisa muito comum de acontecer com meninas que tiveram um ano de au pair muito bom é considerar repetir a experiência.
Aqui na Holanda, e na maioria dos países da Europa se não me engano, você não pode estender o visto e continuar a sua vida linda no seu país maravilhoso... Então pra quem considera repetir a dose, é necessário escolher outro país.
Se você se encontra na mesma situação que eu, onde adorou o seu primeiro ano, mas não sabe se seria uma boa idéia engatar um segundo ano ou não, vou listar abaixo todas as coisas que cogitei e estou cogitando antes de tomar uma decisão.
- Second time round e a paciência da au pair:
A gente sempre tem mais paciência quando faz algo pela primeira vez. Quer que tudo seja perfeito, põe um extra-effort em qualquer coisa, tem medinho de qualquer bobagem, engole a maioria dos sapos... Já no second time around é normal que se step up the game e fique mais esperta. Desconfiada de qualquer pedido de host family, desconfia de qualquer amizade que comece a surgir, desconfia de tudo!
- Comparações
O primeiro país, a primeira cidade, sempre vão ser primeiros. E principalmente pra quem teve uma primeira experiência muito boa, o segundo pode acabar sendo decepcionante. O meu medo nesse caso é: adoro o estilo de vida holandês. Mesmo que vá pra Bélgica (o mais próximo de Holanda que pode existir), ainda não vai ser a Holanda. E uma mudança brusca, pode acabar só dando mais destaque ainda pra todas as coisinhas que amo daqui.
- A au pair e a host family monstro
Eu tive uma host family excelente aqui. Não posso reclamar nada deles, sempre se saíram muito melhor do que a expectativa. Mas todos nós sabemos que, por mais que existam famílias maravilhosas como a minha, também existem famílias horrorosas que fazem a au pair de gato e sapato sem dó. Enquanto praquelas que já tiveram família ruim pode acabar sendo um alívio, pra quem teve família boa a chance de trauma é muito maior.
- Pra onde ir
As opções mais comuns aqui geralmente são Bélgica e Alemanha. Com possibilidade de França, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Áustria, Estados Unidos e mais alguns outros países que não me lembro agora de cabeça. Em alguns a gente já esbarra no empecilho inicial de idioma. Alemanha e França, por exemplo, é necessário falar o idioma pra conseguir o visto. Áustria precisa comprovar que ao menos já começou a estudar o idioma. Pros demais basta a "intenção de aprender", sendo muito mais fácil a Bélgica por ser holandês também.
Fora isso tem a questão do "salário" e carga horária que variam em cada país, e como funciona a "cultura de au pair" lá. Aqui na Holanda, mesmo existindo famílias problema, também existe um órgão de denúncias que funciona. De verdade. Além disso, é muito comum as au pairs terem MUITO tempo free, por que holandês tem muito tempo free por natureza, e isso acaba sendo repassado pra au pair. Além de carga horária tranquila, e salário razoável. Em alguns países da Europa, o salário cai em quase 100 euros comparado ao da Holanda. E nos Estados Unidos são mais de 10 horas a mais no schedule. Diferenças que a princípio podem não parecer tão relevantes assim, mas que lá na frente podem fazer a diferença. Sem dizer que, como já disse lá em cima, na segunda vez a gente passa a desconfiar de tudo!
Acho muito importante que antes de se jogar de cabeça em uma nova aventura como au pair, se pese com cuidado todos os prós e contras que essa empreitada pode ter. Tentar desconstruir a fantasia cultural que as vezes temos sobre algum país e realmente pesquisar como é a vida de quem é au pair naquele lugar. Saiba identificar tudo o que poderia te incomodar e atrapalhar e realmente pense nisso antes de tomar uma decisão.
As vezes a vontade de não voltar pro Brasil, ou voltar mas com planos de sair já, pode tomar conta e te fazer desesperar, mas mais importante que apenas fugir do nosso país, temos que saber por que e pra onde estamos indo. Ok, a Suécia parece ser linda, mas será que você ta realmente preparada pra viver num lugar que tem menos de 6h de luz natural durante o inverno (que dura a maior parte do ano)? E os Estados Unidos realmente parecem um paraíso financeiro depois da miséria européia, mas será que trabalhar 45h por semana vale a pena?
São coisas que a gente tende a overlook na hora da empolgação, mas que não podemos esquecer de jeito nenhum! Não adianta decidir vir pra Holanda, por exemplo, e depois reclamar que aqui tudo é muito pequeno, só chove e o dinheiro é pouco. Isso são coisas que todo mundo já sabe antes de vir, ou ao menos deveria, e não vão mudar tão cedo. Se você detesta chuva, não venha pra cá! É simples! E o mesmo pros demais países...
Então é isso galera.
Se jogar novamente como au pair em uma nova cultura pode ser uma experiência maravilhosa, não tenho dúvidas! Mas vamos com calma e planejemos bem como que isso vai ser feito, pra depois não ter que chorar em cima do leite derramado! ;)
Aqui na Holanda, e na maioria dos países da Europa se não me engano, você não pode estender o visto e continuar a sua vida linda no seu país maravilhoso... Então pra quem considera repetir a dose, é necessário escolher outro país.
Se você se encontra na mesma situação que eu, onde adorou o seu primeiro ano, mas não sabe se seria uma boa idéia engatar um segundo ano ou não, vou listar abaixo todas as coisas que cogitei e estou cogitando antes de tomar uma decisão.
- Second time round e a paciência da au pair:
A gente sempre tem mais paciência quando faz algo pela primeira vez. Quer que tudo seja perfeito, põe um extra-effort em qualquer coisa, tem medinho de qualquer bobagem, engole a maioria dos sapos... Já no second time around é normal que se step up the game e fique mais esperta. Desconfiada de qualquer pedido de host family, desconfia de qualquer amizade que comece a surgir, desconfia de tudo!
- Comparações
O primeiro país, a primeira cidade, sempre vão ser primeiros. E principalmente pra quem teve uma primeira experiência muito boa, o segundo pode acabar sendo decepcionante. O meu medo nesse caso é: adoro o estilo de vida holandês. Mesmo que vá pra Bélgica (o mais próximo de Holanda que pode existir), ainda não vai ser a Holanda. E uma mudança brusca, pode acabar só dando mais destaque ainda pra todas as coisinhas que amo daqui.
- A au pair e a host family monstro
Eu tive uma host family excelente aqui. Não posso reclamar nada deles, sempre se saíram muito melhor do que a expectativa. Mas todos nós sabemos que, por mais que existam famílias maravilhosas como a minha, também existem famílias horrorosas que fazem a au pair de gato e sapato sem dó. Enquanto praquelas que já tiveram família ruim pode acabar sendo um alívio, pra quem teve família boa a chance de trauma é muito maior.
- Pra onde ir
As opções mais comuns aqui geralmente são Bélgica e Alemanha. Com possibilidade de França, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Áustria, Estados Unidos e mais alguns outros países que não me lembro agora de cabeça. Em alguns a gente já esbarra no empecilho inicial de idioma. Alemanha e França, por exemplo, é necessário falar o idioma pra conseguir o visto. Áustria precisa comprovar que ao menos já começou a estudar o idioma. Pros demais basta a "intenção de aprender", sendo muito mais fácil a Bélgica por ser holandês também.
Fora isso tem a questão do "salário" e carga horária que variam em cada país, e como funciona a "cultura de au pair" lá. Aqui na Holanda, mesmo existindo famílias problema, também existe um órgão de denúncias que funciona. De verdade. Além disso, é muito comum as au pairs terem MUITO tempo free, por que holandês tem muito tempo free por natureza, e isso acaba sendo repassado pra au pair. Além de carga horária tranquila, e salário razoável. Em alguns países da Europa, o salário cai em quase 100 euros comparado ao da Holanda. E nos Estados Unidos são mais de 10 horas a mais no schedule. Diferenças que a princípio podem não parecer tão relevantes assim, mas que lá na frente podem fazer a diferença. Sem dizer que, como já disse lá em cima, na segunda vez a gente passa a desconfiar de tudo!
Acho muito importante que antes de se jogar de cabeça em uma nova aventura como au pair, se pese com cuidado todos os prós e contras que essa empreitada pode ter. Tentar desconstruir a fantasia cultural que as vezes temos sobre algum país e realmente pesquisar como é a vida de quem é au pair naquele lugar. Saiba identificar tudo o que poderia te incomodar e atrapalhar e realmente pense nisso antes de tomar uma decisão.
As vezes a vontade de não voltar pro Brasil, ou voltar mas com planos de sair já, pode tomar conta e te fazer desesperar, mas mais importante que apenas fugir do nosso país, temos que saber por que e pra onde estamos indo. Ok, a Suécia parece ser linda, mas será que você ta realmente preparada pra viver num lugar que tem menos de 6h de luz natural durante o inverno (que dura a maior parte do ano)? E os Estados Unidos realmente parecem um paraíso financeiro depois da miséria européia, mas será que trabalhar 45h por semana vale a pena?
São coisas que a gente tende a overlook na hora da empolgação, mas que não podemos esquecer de jeito nenhum! Não adianta decidir vir pra Holanda, por exemplo, e depois reclamar que aqui tudo é muito pequeno, só chove e o dinheiro é pouco. Isso são coisas que todo mundo já sabe antes de vir, ou ao menos deveria, e não vão mudar tão cedo. Se você detesta chuva, não venha pra cá! É simples! E o mesmo pros demais países...
Então é isso galera.
Se jogar novamente como au pair em uma nova cultura pode ser uma experiência maravilhosa, não tenho dúvidas! Mas vamos com calma e planejemos bem como que isso vai ser feito, pra depois não ter que chorar em cima do leite derramado! ;)
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