Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

11 setembro 2015

Uma host family muito legal

Olá pessoal, tudo certo por ae? Bom, eu já estou no Brasil há quase dois meses, já não tenho mais tantas novidades para contar, mas tenho muita história legal e hoje resolvi falar sobre host families. Em especial as holandesas e a minha of course (: 


Esse mês uma leitora me perguntou sobre as host families holandesas, como era a minha relação com a minha, se eles eram liberais, legais, se eles se metiam muito na minha vida, se eu precisava passar o meu tempo livre com eles, etc. Então eu me toquei que nunca tinha falado aqui das pessoas mais importantes nesse meu ano de intercambio: meus hosts. 

Holandês tem fama de ser frio, ruim, fechado, e por ai vai, mas eu digo com muito conhecimento de causa que não, eles são o oposto, são gentis, educados, queridos, te ajudam muito, mas é claro que sempre tem as ovelinhas negras, mas a gente releva. 

O que acontece com esse povo que eu amo tanto é que eles são bem individualistas e a "preocupação" deles gira em torno do quadrado deles, família para os meus hosts, por exemplo, era eles e as filhas deles, no aniversário da minha host nem a mãe dela foi, aliás dia das mãe, páscoa, dia dos pais eles não passam com as "famílias" (nosso conceito de família é diferente do deles), o que para algumas pessoas basta para tachá-los como frios e fechados, mas isso - NA MINHA HUMILDE OPINIÃO - não é verdade, são apenas pontos de vista diferentes.

Meus hosts foram os melhores do mundo comigo, foram muito melhores do que eu sonhava e imaginava que seriam, nos tornamos uma família de verdade. Eles tinham mais ou menos a idade da minha irmã e do meu cunhado então não tínhamos muito a relação pai e mãe, era mais uma relação de amizade, mas ao mesmo tempo que eu me sentia "entre amigos" com as piadas do meu host dad e as brincadeiras da minha host mom, eu me sentia cuidada por uma mãe quando ela me dizia para levar um casaco e por um pai quando ele vinha me trazer um guarda-chuva.


Não foi difícil construir essa relação com eles, em poucos dias já eramos uma família, eles eram muito legais e divertidos, cozinhavámos juntos, jantávamos  juntos todas as noites, mesmo quando eu estava off (porque eu fazia questão), passeávamos juntos, minha host me levou fazer um tour de bike por Amsterdam, me levou ao teatro assistir a melhor peça da minha vida (Anne Frank), me levaram passear de barco, jantar fora, tomar sorvete, fizeram jantar especial no dia do meu aniversário, me levaram no Mc Donalds haha, me deram um supeeeer presente de aniversário e de natal, sempre foram muito abertos a conversar, eu contava minhas experiencias, falava sobre o Brasil, ouvia as histórias deles, chorava (literalmente) as pitanga para minha host, ganhava um colinho, assistíamos tv juntos, éramos uma família de verdade.

Nunca brigamos, mas o excesso de preocupação (vulgo curiosidade) deles, principalmente dela, as vezes me incomodava, mas eu entendo que eles só queriam ter certeza que nada de ruim acontecesse comigo. Apesar desse cuidado todo eu sempre fui muito livre, eles me diziam que eu era muito responsável e eles confiavam em mim, então eu ia e vinha a hora que eu queria, saia com amigos, ia para o bar (e eles sabiam), chegava em casa da balada na hora do café da manhã hahaha dormia na casa das amigas (o que não é muito comum na cultura holandesa) e nunca tivemos problemas em relação a isso. Eles sempre foram muito agradecidos por tudo que eu fazia e eu a eles.

Maaaaaas, é claro que nem todas as host families são essa benção de Deus na vida das pobre das au pair. Eu tinha amigas mais velhas do que eu que tinham hora para chegar em casa, conheci meninas que não podiam dormir fora, gente que brigava com os hosts quase que diariamente, gente que os hosts humilharam bonito, gente que era escrava e conheci gente que era muito legal mais não tinha essa relação família com a au pair. 

Eu tenho uma amiga que era supeeeeer bem tratada pelos hosts, ela tinha uma casinha a parte, do lado da casa deles, sempre fazíamos festinhas e até os hosts participavam, mas muitas vezes ela estava triste lá dentro e eles nem sabiam, então o que eu tenho a dizer é: esse negócio de host family é muito relativo, assim como o gosto da au pair também, logo depende de você escolher o que te agrade, eu por exemplo queria ser parte da família, mas tem famílias e au pairs que não querem esse vínculo.


É isso ae galera, eu espero ter dado uma luz e ter deixado como mensagem principal: "ESCOLHA a sua host family, não seja só a escolhida". Eu ainda estou meio perdida na vida, espero ter novidades mês que vem. Beijão, kusjes, tot stracks, no dia 11 do mês que vem ;)


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Um comentário:

  1. Achei muito lindo a maneira que você falou da família e de como eles foram com você. Procuro isso e espero ter a mesma sorte! Muito obrigado por dividir sua experiência.

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