Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

19 maio 2016

Ê saudade que bate no meu coração (versão 3)

Olá pessoas de meu coração!

Esse tema virou assunto do blog! É gostoso compartilhar com vocês alguns sentimentos que mais cedo ou mais tarde vão florescer em vocês!

Veja aqui o post da Luana
Veja aqui o post da Isabella

No meu retorno depois da minha primeira jornada como Au Pair, me deixou completamente cheia de saudades. Sentia saudades de DC, do meu quarto com banheiro e é claro... Muita, mas muita saudade do meu host kid! Meu irmão nem gostava de puxar muita conversa comigo sobre o intercâmbio, pois eu não parava de falar o quão encantador era a cidade, as viagens que eu fiz e não parava de falar, falar e falar. Hoje em dia eu analiso e penso quão inconveniente eu era. Mas fazer o que? Era a experiência mais louca é gratificante da minha vida e quem nunca viveu isso, nunca irá entender o quanto representa e todos os sentimentos que estão envolvidos nessa experiência.
A saudade era tanta que eu mantive um contato frequente com a host family, sempre entendendo a demora de cada resposta de e-mail, mas sempre ficava na expectativa de um deles marcando um Skype. A Au Pair que me substituiu virou minha melhor amiga, até nos tratávamos como irmãs, eu era a irmã que tinha ficado e ela a que estava vivendo o momento. Nos falávamos por Skype, ela me mostrava o J. , meu host kid que eu amava tanto. Nossa amizade cresceu tanto, que na minha visita à host family 1 ano e meio depois, ela me deu a cama dela pra dormir durante a minha estadia de 10 dias. J, quando me viu chegando, pulou em meu colo e me deu um abraço que jamais irei esquecer.
O tempo passou, minha sister retornou ao Brasil e praticamente o meu contato com a host family acabou também. O novo cenário era nós duas esperando ansiosamente por e-mails e Skypes, que reduziam dia a dia. Não sei o que aconteceu, se é a personalidade da host family ou cultura americana, mas as respostas não vinham mais. Os presentes, cartões de Natal, aniversários, dia das mães eram enviados e não recebíamos um simples obrigada por ter lembrado da gente.


A saudade era tanta, mais tanta que resolvi voltar a ser Au Pair. Larguei tudo e me aventurei de novo, me arrisquei no conhecido, mas no desconhecido, pois a minha host family já tinha alguém bom o suficiente pra eles. Um belo dia, fui fazer um babysitting pra eles perguntei ao J. -Você lembra que eu cuidei de você? E da Ana? A resposta foi não! Naquela hora, o meu mundo caiu. Pensei em todos o tempo que me dediquei na expectativa de um contato, de todo o esforço que fiz para manter a memória dele dos bons momentos que passamos juntos e eu também me esforcei e a cada contato o lembrava da Ana, pois em minha cabeça eu e ela fomos as melhores coisas que aconteceu para aquela família! Pois somos tão parecidas em personalidade, que não tive um pingo de dúvidas que meu querido host kid estava em boas mãos. Depois de esse dramalhão mexicano que passou por minha cabeça, voltei a realidade e percebi que não podia cobrar muito das lembranças de uma criança  quando tinha 4 anos.
Eu aprendi! Aprendi a ser fria, aprendi a não me apegar, aprendi a viver cada momento como se fosse único nessa jornada louca de ser Au Pair.
Na minha segunda experiência,  cuidei de 6 crianças. Não vou dizer que não amei a cada uma delas, pois amei e dei meu afeto em todas as vezes que tive oportunidade. 
E hoje eu posso dizer: não sinto saudades de ser Au Pair! Foi uma experiência linda em minha vida e me rendeu os frutos que tenho hoje: Meu marido e minha própria família americana.
Hoje, a minha saudade é do meu Brasil, dos meus pais, da minha família, dos almoços de domingo na casa da vovó, meu cachorro preto, meus amigos de infância, das conversas com minha sister de outros pais. (E se eu fosse escolher mais pais pra mim, com certeza os dela estariam na minha lista) Minha lista de saudades também inclui a loucura de São Paulo, as discussões sobre futebol, o pastel de feira no domingo e o cheiro de churrasco do vizinho.
Pra quem não saiu do Brasil ainda, posso dizer... Você ainda não sabe um dos significados da saudade. 
Você tem alguma saudade? Deixa aqui nos comentários! 
Beijos e até a próxima!

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Debora Oliveira

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