Galerinha,
tudo bem? Então, vamos fechar o desenrolo dramático de se ter um
rematch nas férias plus 2 acidentes na conta? Simbora! Quem perdeu a
primeira parte, chega aqui: Superação de 2 rematchs e volta por cima (parte 1)
Cara,
pensa numas férias que você passa o ano inteiro planejando e no fim
das contas ela acontece completamente diferente, em um lugar
diferente, com pessoas diferentes e numa situação que eu poderia
dizer improvável e desagradável, mas que deu tudo certinho! Então,
após as loucuras da minha antiga família, e a forçação de barra
do meu host pra me fazer ir embora, ele conseguiu. Estava eu entrando
em rematch na terça, com viagem de férias pra sexta e a minha
cabeça entrou em um turbilhão de pensamentos… Por que? Caramba,
eu já tinha sentido em mim a vibe do host nos primeiros meses e fui
descarada o suficiente em não pedir rematch achando que ele ia mudar
ou que não iria piorar. Acredito que a host “potato” foi em
parte uma salvação e ela ficou meio que entre nós dois pois, se
dependesse dele, eu já cataria minhas coisas do quarto e iria embora
na mesma noite, tendo um lugar pra dormir ou não. Dói sabe, você
dedicar o seu tempo na educação, aprendizado e crescimento dos
filhos, e se dar conta de que em parte (não posso generalizar) eles
nos descartam como se fossemos nada, e tenho plena certeza que
ninguém se coloca em nosso lugar pra refletir ao menos “ela não é
desse país, vai precisar de algum outro tipo de suporte.” Bom,
amigos eu tinha de braços abertos, o que me confortou muito, mas não
posso negar que o suporte da minha Lcc foi fundamental, a criatura
foi incrível mesmo.
Fiquei
bastante animada, pois antes mesmo de viajar, tive minha primeira
família no perfil, entraram com 2 dias e de onde eram? SIM, CALIFA!
A família tinha 1 kid só e menino, o que pra mim seria o famoso
“sonho de princesa”, porque eu adoro trabalhar com meninos, gosto
da loucura deles. Tentei manter o controle, fiz o primeiro skype com
a mãe e já me surpreendi, a conversa rendeu quase uma hora, sendo
que ela já iniciou a conversa dizendo “essa será uma conversa
rápida”, mas de alguma forma, mesmo ela sendo vegetariana, ateia e
eu evangélica comedora de carne, nem isso foi barreira pra ela
deixar de conhecer minha história (que sirva de exemplo pra
quebrarem as barreiras do medo do que é diferente), foi uma
experiência incrível. Eu pude sentir que o match tinha escorregado
entre os dedos quando falei pra ela do acidente (ela não tinha lido
no meu perfil), pois a sua postura mudou completamente comigo, mas
seria muita negligência da minha parte omitir isso. Segui eu para as
férias, sem match. Sobre road trip e custos com férias, mais pra
frente eu posso fazer um novo post galera!
Todo
o glamour das férias tinha chegado ao fim e de volta a realidade, a
diretora do programa me ligou, informando que por eu estar em férias
e de rematch, quando eu retornasse eles me dariam mais 2 semanas pra
achar uma família, o que pra mim foi de grande ajuda porque eu não
saberia como lidar só com uma semana após férias pra achar
família. Eu tentaria claro, as chances eram bem baixas. Um grande
problema que eu tive, foi estar na casa novamente, onde o pai não me
queria lá e onde eu não estava mais trabalhando. A mãe dos meninos
conversou com a diretora do programa, ela concordou nas 2 semanas de
rematch pós férias e seria a minha chance de partir pra cima, porém
novamente, a vida me deu outra rasteira (vulgo pai), quando após 3
dias a minha volta, ele perguntou quanto mais tempo eu ficaria na
casa dele, e ao explicar que eu tinha mais 2 semanas ele virou pra
mim e disse: “não, você não vai ficar aqui nesta casa duas
semanas, é tempo demais…” Estava feito, logo a noite a Lcc me
manda uma mensagem, pra dizer que iria me buscar na sexta feira e eu
já saquei: Não tão rude, mas ele estava me botando pra fora antes
do prazo que a mãe tinha acordado com a diretora do programa e
novamente ela não fez nada ao meu respeito. Respirei fundo, e
comecei a empacotar todas as minhas coisas. A Lcc chegou na sexta
feira pra me buscar e eu morta já, carreguei as minhas coisas, uma a
uma e de quebra 5 sacolas plásticas por não ter mais mala pra
enfiar os trecos, hahaha lamentável. Quando entrei no carro,
respirei fundo e a Lcc me perguntou como eu estava e só pude dizer:
Estou livre. Ela me entendia, por ter iniciado como Lcc à um mês e
meio e já ter presenciado várias ligações e posturas loucas da
minha família, inclusive o pai na reunião pra assinar os papéis do
rematch, onde reclamou pra ela das coisas que eu falava pra os meus
meninos sobre o Brasil, alegando que aqui não tinha nada a ver pois
era “américa”. Claramente, uma família que não compreende os
princípios básicos da troca de cultura, e só queria mesmo um
serviço barato, porém não estavam dispostos a aceitar e superar as
diferenças.
Os
dias voaram na casa da Lcc, eu não saía do computador morando nos
grupos do face, enviando e-mail, inbox comentários pra cada família
que poderia ser um possível match, e falhava miseravelmente. Falei
num total de umas 12 famílias, tive um quase match com uma família
de Oregon (que eu queria muito), onde até dirigi a Lcc por rotas na
cidade pra ela avaliar minha direção e responder a mãe minhas
skills (pois a mãe estava em rematch por conta de direção), e não
é que me rejeitaram também? Que dó, mas finalmente chegou A
FAMÍLIA na Georgia. Eles não são perfeitos, cuido de 3 meninos agora e são
doidos como eu (ou até pior kk). Encontrei o perfil da minha atual
família no grupo do face, assim que enviei e-mail pois só restavam
apenas 3 DIAS pra eu fechar o match, ela já respondeu com o número
para que pudéssemos conversar. O fato curioso é: ela já tinha
visto o meu perfil em outros grupos antes mesmo de receber meu
e-mail, e já me achava um possível match. Sim! Corri pro abraço,
fui bastante honesta e falei o quanto estava sendo difícil por conta
dos acidentes no meu perfil, mas como eu acabara de voltar de uma
road trip, isso foi um plus pra me retirar do limbo! Expliquei a ela
o quanto me sentia confortável agora para dirigir, dos medos que
tive no início e o quanto me estava tranquila agora. Ela ouviu o meu
lado (o que foi essencial pro match), ligou pra minha antiga família,
conversou com a mãe e... me aceitou! IRRAA! A minha felicidade foi
de ter realizado o impossível praticamente, pois quem tá aqui sabe
o quanto é difícil, famílias te aceitarem quando você tem
acidentes no perfil, imagina eu com dois e segundo rematch? Armaria! Pois bem amores,
estou dirigindo as kids e a host, com aquela sensação de liberdade
reconquistada. A vida aqui é ralação pura, sufoco, perrengue, mas
a gente ama! Preview das férias pra quem chora mas se diverte:
Boas
festas galera, que todos encham a boca de peru no natal!(chester
okay) Até 2018 com o próximo post.
Vem, segue o bonde:
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