Em 2005, após começar uma graduação em Psicologia [Bolsa de 100% - presentão de Deus], eu estava no pátio da Universidade Paulista de São José dos Campos, quando recebi um folheto de propaganda de uma agência de intercâmbio cultural. Confesso que até aquele momento eu não tinha a menor noção do que era isto. Eu tinha uma sede de conhecer o mundo e viajar por lugares novos e diferentes, mas ninguém próximo a mim viveu isso, então eu não tinha referência ou noção de como seria. Mas tudo que li naquele folheto me impactou de tal maneira que eu me lembro até hoje do que e como ele apresentava as possibilidades de alçar vôos. E ali nasceu um sonho. Brotou algo no meu interior... o desejo pelo intercâmbio. Maaaaaas, haviam empecilhos e eu teria que vencê-los, e como boa brasileira que sou 'não fujo a luta'!.
De início eu notei que o maior obstáculo seria a parte financeira, pois naquele momento eu era bolsista integral na faculdade, estudava de manhã em outra cidade, trabalhava sem remuneração ajudando meus pais numa lojinha de ferragens que eles tinham acabado de abrir e estavam batalhando muito pra dar certo sendo assim, financeiramente eu não tinha a menor possibilidade. Em poucos meses consegui um emprego, mas ganhava muito pouco e ainda tinha passado em uma prova do Senai e arrumei mais um curso pra estudar. Ou seja, naquele momento eu não teria nem sequer tempo pra um intercâmbio.
Coloquei uma meta de concluir a Graduação e o Curso Técnico, com a junção dos dois cursos eu me imaginei como uma profissional completa para trabalhar em alguma industria num futuro próximo daquele momento, e com um bom salário eu guardaria o dinheiro necessário para o intercâmbio, em especial para um programa de Au Pair, que foi pelo que eu mais me interessei na propaganda da agência, pois uma Au Pair vive com uma família (o que traz mais segurança), aprende um novo idioma inserida num contexto legal pra ganhar fluência e ainda tem a chance de cuidar de crianças, que era e é algo que eu gosto muito!
Assim a semente do intercâmbio foi plantada em meu coração!
Depois de anos e muitas histórias vividas, entrei num novo emprego, onde fui presenteada com adoráveis chefes, e recebi conselhos delas a respeito de intercâmbio. Uma delas tinha uma filha sendo Au Pair nos EUA e me incentivou a ir atrás deste sonho. Refletindo em cada conselho que me deram eu me encontrei num momento da vida onde acreditava ser o tempo para realizar aquele sonho que estava guardado na gaveta. Era tempo de germinar e florescer este sonho! Então, em 2012, fui até a tal agência de intercâmbio que eu nunca me esqueci da propaganda... hahaha!
Chegando lá pedi o orçamento e estava super animada para saber de tudo o que eu deveria fazer para, enfim, viver este sonho!
Para minha tristeza eu fui decepcionada com notícias de que minha idade e outras pequenas coisas eram impedimentos pra eu entrar no programa de Au Pair, pois naquele momento eu estava com 26 anos e na agência me informaram que seria impossível eu ser aceita no programa.
Obviamente isso foi como um balde [ou dezenas deles] de água gelada na minha cabeça. Vi meu sonho desmoronar e derreter. Me senti velha, frustrada e sem sorte.
Entretanto, como sempre digo: - nada é por acaso! Em 2013 conheci uma pessoa muito especial que se tornou minha amiga-irmã. Um ser humano incrível que despertou em mim uma determinação e garra pra fazer acontecer.
Desabafei com ela minha frustração de ter esse sonho engavetado novamente e minha incoformidade com essa situação. Ela me explicou que havia sido Au Pair na Irlanda e que não tinha ido por agência. Me mostrou novas possibilidades que eu nem sequer imaginava. Questionei a ela tudo o que a agência havia me 'barrado', sobre idade, visto americano, e etc. Então ela me disse que não existiam Au Pairs somente nos EUA, e que eu poderia tentar outros países e minha idade não iria interferir nisso.
Ali eu vi o sol brilhar pra mim novamente, e aquela sementinha do intercâmbio, enfim, GERMINOU!
0 comentários:
Postar um comentário