Quando digo que moro na Suíça, TODO MUNDO me pergunta: Lorena, quais os lugares que eu não posso deixar de visitar?
E a verdade é que eu fico sem resposta. Eu não consigo fazer uma lista das coisas mais interessantes sem que ela tenha 54896126754 lugares. Excluir qualquer ponto turístico desse país com certeza será uma injustiça enorme, então eu vou aos poucos - tentar - apresentar pra vocês tudo o que se esconde entre as montanhas helvéticas, e aí vai do gosto e do bolso de cada um.
Eu nunca fui adepta a essas viagens de 15 dias/15 países pela Europa, porque eu tenho a sensação de não aproveitar bem a cultura de cada local, de perder muito tempo dentro de transporte e não curtir o momento. Eu prefiro passar 15 dias e conhecer bem a culinária, a história, aqueles becos que não aparecem nos roteiros de viagem, me perder no meio da cidade, o restaurante pequenininho num bairro não tão conhecido e que vende a melhor comida... Até porque, convenhamos que nem o nosso Brasil é o mesmo de norte a sul. Digo isso porque apesar da Suíça ser bem pequena, ela é repleta de coisas incríveis para fazer e lugares lindos para visitar, então se eu pudesse sugerir, aconselho a não passar por aqui nas pressas porque você não vai conseguir viver o país e possivelmente vai se arrepender.
Dito isso, vou começar dando duas dicas: venham em grupo e aluguem um carro. Apesar da empresa ferroviária disponibilizar vários pacotes de descontos, eles só valem a pena para quem mora aqui. A gasolina não é cara, custa em média CHF 1,50/litro (O euro e o franco suíço custam quase a mesma coisa, então como estamos falando de valores pequenos, quem tem mais conhecimento do euro, pode imaginar a mesma cotação).
Fiz uma simulação no primeiro site de aluguel de carros que encontrei na Suíça francesa: SIXT Location de Voiture | Pour tous vos déplacements
Duas semanas durante o verão (alta estação), de 25.06 a 09.07, um Renault Clio vai custar em torno de CHF 560,00, se dividido por 5 pessoas, será CHF 112,00 + gasolina. Um bilhete diário adulto que te permite pegar trem, barco, metrô, bondinho e ônibus infinitamente, custará CHF 75,00. Então já percebemos aqui que turistar de transporte público na Suíça não é uma boa escolha financeiramente. Além disso, há lugares que só quem tem carro pode ter acesso, caso você venha no inverno, não terá como ir a uma estação de esqui no topo da montanha de busão, né?
Tem vários modelos e vários preços, mas vou pegar o mais barato como referência, porque queremos economizar, não é mesmo?
Ah! O carro não é para usar dentro das grandes cidades. Ele servirá para ir de uma cidade até outra ou em locais mais afastados que não passa transporte público, ok?
Segunda dica: Aluguem um AirBnb com cozinha (Pode ser um apê inteiro ou só o quarto, mas procure por uma cozinha)! Comer fora é muito caro, então se você não se importar de abrir mão da experiência gastronômica, vá em um supermercado e cozinhe você mesmo. Assim, você vai economizar bastante.
Dicas dadas, vou começar falando sobre a Suisse Romande/Westschweiz que é onde eu moro. Ela Compreende os cantões de Genebra, Vaud, Neuchâtel e Jura, assim como as zonas francófonas dos cantões de Berna, Valais e Fribourg, que são bilíngues. Cerca de 1,5 milhão de pessoas (20% da população Suíça) vive aqui... Ai gente, tem menos pessoas que meu país Fortaleza kkkkkkkkkkkk

Começando por Genebra (a cidade e não o cantão): Como eu já falei muito aqui, a Suíça é um país bem pequeno e os seus centros urbanos também são, mas isso não quer dizer que não há muita coisa para visitar. O lado bom é que tudo é muito perto para os nossos parâmetros brasileiros, é tudo bem condensado, então mesmo dentro de uma cidade maior, como Genebra, você pode rolezar a pé e vai conseguir conhecer bastante coisa, além de aproveitar as paisagens naturais que parecem ter saído de um quadro da sala de espera do dentista. Só a nível de comparação, Genebra possui uma área de 16km² e o bairro Itaquera em SP possui 14km².
Dois dias é o suficiente para conhecer a cidade com folga e uma boa opção é sempre começar pelo centro histórico, porque lá se concentra a maior parte dos lugares que você vai conhecer.
No primeiro dia, você pode partir da Place Bourg-de-four e seguir o Treille Promenade até o Parc des Bastions para ver o Muro dos Reformadores.
Em seguida, visite a Catedral de Genebra, o Lago de Genebra e o Jardin Anglais. Continue ao longo do lago com o Jet d’Eau, símbolo de Genebra e o Parc de La Grange e Parc des Eaux-Vives. Você provavelmente encontrará muita gente fazendo pique-nique e aproveitando o sol do verão, porque esse é o maior hobby dos Suíços nessa época do ano.
Se você ainda estiver animado, pode terminar o seu dia com um cruzeiro no Lac Leman e visitar a medieval cidade de Yvoire, na França, ou se quiser aproveitar um pouco mais, que tal um mergulho? As pessoas costumam aproveitar o sol até o último minuto, então na beira do lago, sempre vai ter muita muvuca: galera fazendo churrasco até de noite, jogando bola, se bronzeando, fazendo esportes... Na linguagem bem brasileira, é uma farofada! Já vi até gente comemoração de aniversário com mesa de comida e som.
No segundo dia, comece pelos Parc des Bastions, em seguida, vá visitar o escritório das Nações Unidas e o Jardim botânico de Genebra (SIM meu povo, a Suíça é um país formado por vários parques, jardins e coisas naturais, então caso isso não te interessa muito, você vai adaptando o roteiro e descobrindo coisas novas pelo caminho).Genebra tem vários museus, e os mais relevantes que eu encontrei são:
CERN Particle Universe: Uma exposição sobre a origem do universo e da física de partículas, é gratuito para todos. Enquanto estiver no CERN, dê uma olhada na segunda exposição permanente! Também livre.
La Cité du Temps (Cidade do Tempo): Um pequeno museu com restaurante que mostram a evolução do design dos relógios Swatch.
Museu Patek Philippe: Genebra é uma cidade luxuosa, de lojas caras e um dos lugares mais importantes da relojoaria de luxo. Este museu é um excelente tributo aos famosos relojoeiros suíços.
Museu de Arte e História: Localizado no coração da cidade velha, perto da Place Bourg-de-Four, é o maior museu de Genebra. A exposição permanente é gratuita para todos.
Museu Ariana: É o museu de cerâmicas decorativas e vitrais, cuja a arquitetura e história te fazem sentir dentro de um livro. Está perto do Palais des Nations.
Salão Internacional do Automóvel de Genebra: Não é exatamente um museu, mas para os amantes do automobilismo, essa é uma parada indispensável.
E por fim, o Geneva Victoria Hall: é uma sala de concertos inacreditavelmente linda. Você pode visitar e/ou assistir alguma apresentação. Valerá muito a pena se você for amante de música e arte.
De noite, as festas começam mais tarde do que eu estou acostumada. A maioria delas tocam um estilo de Rap francês que, na minha opinião, é muito sem graça. Porém, existem boates direcionadas ao público latino, onde você pode ouvir de reggaeton a funk, e com certeza é O LUGAR pra dançar até o chão. Mas prepare o bolso, bebidas em festas são bem caras, então é melhor aquecer um pouco antes de entrar. Por causa do Covid, nunca fui a nenhuma festa em Genebra, então não posso aconselhar, mas existe um aplicativo chamado LOCAL que te mostra toda a programação noturna baseando-se na localização do teu GPS.
PRONTO! Acho que consegui listar bons lugares e atividades para o nosso ponto de partida nesse rolê. Com certeza deve haver outras coisas que eu não conheço, então se você já foi, escreve aqui nos comentários algumas dicas para compartilhar conosco.
Agora é só pegar o carro que você alugou e partir para a nossa próxima parada, ainda na Suisse Romande: Lausanne.
Yaaay Lo, que demais essa série de posts sobre a Suíça! Com certeza voltarei aqui qdo chegar a minha vez de planejar uma viagenzinha para conhecer o país que vem te hospedando, muito obrigada!
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