Oi, meu nome é Jordana, mas me chamem de Thunder, tenho 25
anos e serei a nova escritora desse blog maravilhoso.
Bom, aqui vai um pouco sobre mim,
sou nascida e criada em Belo Horizonte - MG, e há mais ou menos seis anos atrás
eu decidi que queria ser Au Pair. Minha decisão foi tomada com as seguintes
premissas: eu queria fazer um intercâmbio, eu queria ficar o maior tempo
possível e precisava de um que não custasse o meu rim, e eis que descubro o
programa Au Pair!
Em 2013, decidi que era hora de
fazer algo diferente com a minha vida, sempre quis viajar, fazer intercâmbio,
mas a minha condição financeira nunca estava a par dos meus sonhos e ao
conhecer o programa Au Pair decidi que não importava os meios, era esse o
intercâmbio que cabia no meu bolso e era esse que eu iria fazer.
Logo após fechar com a agência,
comecei a procurar por lugares para trabalhar como voluntária. Na minha cabeça
seria fácil, mas obviamente não foi! Por um acaso, uma escola perto da minha
casa me aceitou, comecei a trabalhar lá todos os dias por algumas horas. Odiei
tudo, não aguentava o pique, não aguentava a gritaria, eu não sabia nem carregar
um bebê no colo, morria de nojo de trocar fraldas, mas me mantive firme, tudo
pelo sonho de me tornar au pair.
Com o tempo fui criando resistência, acabaram me contratando para trabalhar lá e fiquei quase dois anos nessa luta. Ainda bem que fiz isso, foi bom ter uma experiência de verdade, porque antes eu realmente não seria uma Au Pair decente como sei que serei agora. Obviamente ainda não gosto de gritaria, ainda morro de nojo de trocar fraldas mas vamos ser sinceras, quem gosta?
Com o tempo fui criando resistência, acabaram me contratando para trabalhar lá e fiquei quase dois anos nessa luta. Ainda bem que fiz isso, foi bom ter uma experiência de verdade, porque antes eu realmente não seria uma Au Pair decente como sei que serei agora. Obviamente ainda não gosto de gritaria, ainda morro de nojo de trocar fraldas mas vamos ser sinceras, quem gosta?
Eu consegui a minha experiência,
preenchi o meu application mas nunca conseguia finalizá-lo, na verdade me
faltava só gravar o vídeo e não teve um dia que eu não me lembrava dele, foram
quase três anos falando, um dia eu gravo, um dia eu faço isso, mas sempre
surgiam imprevistos que me faziam adiar a minha viagem. Até que um belo dia
voltando do meu trabalho, recebo um e-mail da minha agente dizendo que eu teria
que ficar online pelo menos seis meses antes de completar 26 anos para poder
aproveitar o meu intercâmbio do jeito que eu pretendia. Foi aí que a ficha
caiu.
Olhando agora, eu tenho um emprego
bom, estável, até gosto dele, tenho um namorado maravilhoso e que pretendemos
nos casar futuramente mas, o intercâmbio ainda estava pendente, eu teria que
fazê-lo e assim decidi.
O meu namorado já sabia, sempre me
apoiou nas minhas decisões e ainda me apoia, inclusive, acho que sem ele eu não
teria conseguido chegar ate aqui.
Editei o meu vídeo, fiquei on,
conversei com famílias e me apaixonei por uma família que me ofereceu
o match, eu estava nas nuvens, estava tudo dando certo, apesar dos medos, eu
estava até indo bem.
No mesmo dia que me foi oferecido
o match, tive um problema com o meu cachorro e tive que levá-lo para fazer um
ultrassom e o resultado foi inconclusivo, podia ser uma pedra na bexiga dele,
ele podia ter nada ou o meu maior medo, podia ser um tumor e dependendo do
tamanho do tumor, ele precisaria de uma reconstrução de bexiga e passar por um
processo longo de recuperação, e eu não iria deixá-lo passar por isso sozinho.
Neste mesmo dia tive uma conversa
chorosa com a minha futura host family, expliquei tudo, contei que o
veterinário pediu mais 20 dias de tratamento para tentarmos fazer outro
ultrassom e eles foram tão amorosos, tão compreensíveis, me senti tão amada e
ao mesmo tempo tão triste por não poder ser a au pair deles.
Nos dia seguintes eu estava no
chão, bem chateada, tinha gostado da família, e nem era a família perfeita, e
tinha tudo ido por água abaixo. Até quando recebi um e-mail da minha futura ex host
mom dizendo que ela e as kids estavam muito chateados e preocupados com o meu
dog e que não iriam procurar outra au pair enquanto eu não tivesse uma resposta
definitiva, por que eles gostaram muito de mim e achavam que valia a pena
esperar, e lá vai eu parar nas nuvens de novo!
Depois desse dia decidi tomar uma
atitude que eu raramente tomava, pensar positivo não importasse o que
acontecesse. E lá fui eu, encarnei a Alice que existe dentro de mim e coloquei
na cabeça que tudo iria dar certo, passei todos os dias do tratamento do meu
dog sendo a versão mais positiva de mim, trocava e-mails com a familia, contava
que estávamos indo bem, morria de medo por dentro mas por fora super positiva!
Pelo menos eu tentava!
No final, o meu dog está bem, está
fazendo tratamento e fechei com essa familia ótima que me apoiou tanto quanto
qualquer pessoa proxima a mim, e sinceramente,
é disso que preciso, de uma família que me veja como pessoa, que seja
acolhedora. Claro que perrengue a gente sempre irá passar, mas entre ser mal
tratada em outro país ou ficar aqui no Brasil, prefiro o meu país.
Agora estou no processo de sofrer
de ansiedade, preencher o meu DS e aguardar o grande dia!
Bom, este foi um breve resumo
sobre a minha aventura até hoje, espero que tenham gostado e com certeza
voltarei com mais atualizações.
Beijos e até o mês que vem.
Thunder.
Ufa! Que trajetória! Eu também demorei 7 anos desde o dia que decidi que seria au pair até realmente me tornar uma de fato. Há um tempo para tudo e talvez você precisasse passar por tudo o que passou... Espero que sua experiência seja incrível!
ResponderExcluirSim, tudo vem na devida hora. Muito obrigada Cris, desejo o mesmo pra você!
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