Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

01 setembro 2018

Série viagens: o quão especiais podem ser os anônimos que cruzam nosso caminho.

Arquivo Pessoal - Instagram @daianitobaldini

Oi gente linda, tudo bem? Eu espero que sim. 
O quão especial e marcante pode ser uma viagem? O quanto ela pode te enriquecer e influenciar a sua vida?
Hoje vim compartilhar a história desse pedacinho de algodão e o que ele significou pra nós durante nossa viagem de férias na Itália.

Estávamos eu e a @rahysasantiago hospedadas em uma cidade pequeniniiinha no topo da serra da Costa Amalfitana chamada Agerola. Eram 10h da manhã e nós saímos para pegar o ônibus que nos levaria a Amalfi. 
Por ser uma cidade pequena, a frequência de ônibus é igualmente proporcional ao tamanho da cidade. Descobrimos já no ponto de ônibus que o próximo seria somente dali duas horas. Ficamos P da vida por termos que perder esse tempo todo na rua num ponto que nem banquinho pra sentar havia, sob um sol de 35º e mais P ainda com nós mesmas por não termos visto o horário do ônibus antes de sair. 
Perrengues a parte, lá ficamos. Eram quase 12h quando uma senhora veio correndo em nossa direção falando muito alto (como uma típica italiana) acompanhada de um menino coreano cheio de malas e bem assustado. Ela estava pedindo ajuda pois ele estava perdido e ela não conseguia ajudá-lo por não falar inglês, e ele não entender italiano. Com meu italiano "quebra-galho" (grazie Scuola Dante!) eu e Rahy conseguimos fazer uma força tarefa para ajudar o menino. Ele estava muito nervoso, tremendo e suando e nos disse que seu celular não funcionava e que não sabia se o endereço da hospedagem dele estava certo, pois ele estava perdido. 
Falamos isso à senhora e ela telefonou a hospedagem para verificar. Porém o sinal estava péssimo e a ligação não deu certo. Estávamos pesquisando o caminho no meu celular e aparentemente ele teria que pegar alguns ônibus até seu destino, quando um carro preto passou e a senhora gritou "Paaaaadre, aspetta!". Era o padre da paróquia local. A senhora explicou a ele o que aconteceu e ele gentilmente se ofereceu para levar o menino até lá. E aí ele embarcou no carro e partiram. 
Em seguida a senhora veio até nós e nos agradeceu muito pela nossa ajuda. Ela estava tão preocupada e depois tão feliz de ter conseguido ajudá-lo que achamos que talvez ela já conhecesse o menino, porém ela nos disse que apenas o encontrou perdido na rua e quis ajudar, mas que não estava conseguindo. Ou seja, foi apenas bondade gratuita. 
Então ela tirou esse pedaço de algodão de dentro da blusa e nos disse que na igreja naquela manhã, o padre (o mesmo padre) havia concedido uma benção em nome de Maria e que ela havia ganho esse algodão molhado na água benta da estatua de "Madonna" e que agora queria dá-lo a nós como agradecimento e proteção. Foi muito genuíno, de coração. 
Naquela hora só o que pensamos foi "que bom que tivemos que esperar o ônibus e pudemos ver esse momento de solidariedade". A gratidão dela e do menino foi tão bonita e o que a gente fez foi tão pouco...
Realmente o bem é uma corrente infinita - independente se você crê em Deus, no universo, em carma, em energia ou o que seja. Coincidência ou não, no dia seguinte eu e a Rahy recebemos uma ajuda que não só salvou nosso dia, mas como também tornou ele o melhor dia das nossas férias. 
Mas isso já é oooutra história. Talvez eu escreva ela em outro post, já que esse virou textão. 
Na correria, nem perguntamos o nome da senhorinha, mas onde quer que ela esteja, que possa receber em dobro a gentileza que ela fez. 

"Queira o bem, faça o bem, que o resto vem!". 

Até breve. Com carinho,
Dai ❤
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Daiani Tobaldini

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