Mas espera aí, existe Au Pair na China? Como vivem, o que comem, onde se divertem? Descubra aqui e agora, no Blog das 30 Au Pairs.
E depois de quatro longos anos, cá estou eu! Quase não acredito que depois de tanto ler histórias, agora eu vou contar algumas – muitas – pra vocês. E bem, para começar direito, vamos esclarecer 3 coisas:
1) Eu sou a Lola e, desde junho, vivo na Ásia como Au Pair*;
2) Essa foi minha primeira viagem internacional e também minha primeira viagem forever alone. E eu não poderia ter feito melhor escolha;
3) Eu fui sem saber nada do idioma e sem ter certeza nenhuma de que ficaria segura. E é exatamente por isso que decidi dividir minha história com o maior número de pessoas possível. Assim, ninguém vai fazer a mesma loucura que eu.
Então, prontas? Vamos lá!
Você precisa saber que sou geminiana. E, por isso, sempre quis o mundo inteiro, tudo de uma só vez. Por isso, quando me inscrevi para ser Au Pair nos Estados Unidos, também encontrei uma família na França com quem fechei um match e, bem, aceitei falar com uma família da China. Mas sabe aquele tipo de coisa que você pensa que não vai pra frente? É, dessa vez foi.
Eis uma coisa importante sobre famílias chinesas: elas são extremamente práticas. Você tem um Skype de dez minutos e, depois disso, eles já decidem se querem ou não. E foi assim que eu acabei indo pra China. Eu aceitei ter um vídeo chat com a família pensando que seria como nos EUA, aquele processo de 587 e-mails, 7 chamadas, 1 mula e 5 corujas. Mas, diferente do que pensei, três minutos depois da chamada a moça da agência me disse que eles me adoraram e que me esperavam nas próximas semanas. E aí veio a pergunta: você aceita o convite deles? E eu que não tinha nenhuma razão pra dizer não, disse sim.
Em minha defesa, fiz um plano que me permitiria ficar 3 meses na China (afinal, que mal me faria conhecer esse país, certo?), 11 meses na França e aí partir pros EUA, o destino dos sonhos. Mas claro, a vida não podia ser assim tão fácil, então acabei cancelando com a família francesa depois de alguns problemas e depois de me apaixonar pela China. E acredite, você concordaria comigo se passasse meia horinha no Bund. Aquele é o lugar mais incrível do mundo. E eu posso provar.
Para tornar uma longa história curta, eu tive duas semanas para pedir demissão, participar da minha colação de grau, cancelar tudo o que eu tinha no Brasil, pedir meu visto americano (AVISO IMPORTANTE: lembrem-se de que brasileiros não podem nem pisar no aeroporto do Tio Sam sem um visto de trânsito), empacotar minhas trouxas e me mudar para Xangai. E como foi tudo muito rápido – e desesperador – minha família quase não teve tempo para digerir a coisa toda. Foram dias surreais.
Eu acabei chegando na China no meio de um verão infernal, passei 90 dias em uma casa que poderia muito bem ter sido tirada de um catálogo do Minas Casa de tão rica, me perdi milhares de vezes e me desesperei por não entender nada que as pessoas falavam – sabe quando as meninas falam que foram para os Estados Unidos só sabendo falar o básico do básico? Imagina se mudar pra China e só saber entender oi e tchau – e bom, sobrevivi para contar a história. Aliás, não só sobrevivi, como voltei para essa vida de Au Pair na China.
Pra resumir o textão, se você quer uma novela mexicana versão China, relatos sobre a vida de uma au poor que sobrevive em Pequim com 1500 yuans e, de quebra, quer um tour grátis pelos mercados, a cultura e todo o universo chinês, dá aqui a sua mão e vamos juntos. Prometo não deixar nem um detalhe de fora!
Nos próximos meses eu vou contar como encontrei – e como encontrar – agências, falar sobre as famílias, as crianças, a diferença desse tipo de programa para os de Au Pair ao redor do mundo (por isso o asterisco lá no Au Pair*) e desmistificar tudo aquilo que você pensava ter certeza sobre a China. Por enquanto, só posso dizer que é o destino mais estranho, mas é simplesmente maravilhoso.
Obrigada pela companhia e até logo! (vou estar aqui todo dia 4, prometo)
Ah, e, se quiser alguns spoilers enquanto espera, pode me stalkear no meu canal.
Um beijo!
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