Gente, senti a vontade/curiosidade de saber das pessoas aqui nos EUA, o que eles pensam sobre o programa, nós em si. Dessa vez eu resolvi “entrevistar” uma LCC (pra quem se perder na sigla, são as coordenadoras de área das au pairs) do estado da Georgia, pra saber o que elas realmente acham da gente. Se vocês gostarem, existem muito mais pessoas interessadas em compartilhar experiências conosco, até mesmo famílias! Vamos conferir?
Você pode nos dizer seu nome, de onde vem e quanto tempo você trabalha sendo LCC?
- Meu nome é Desiree e sou da Alemanha. Sou Lcc há 2 anos.
Quando e por que você escolheu ser uma au pair?
- Eu vim para os EUA no outono de 2008, acabei de terminar o ensino médio e não tinha certeza do que eu queria ser ou de carreira, então um ano no exterior parecia perfeito. Eu estava esperando que isso me desse uma chance, de melhorar meu inglês e descobrir o que eu quero fazer com a minha vida, mas acabou por ser uma experiência de mudança de vida, e que eu agradeço por esse dia.
Qual é o seu maior desafio de ser Lcc?
- Penso que às vezes é difícil abrir as mentes das pessoas. Todos ficamos presos em nossos caminhos e temos certas expectativas e ideias, de como as coisas deveriam ser. O desafio pode ser mesmo para que as pessoas vejam um cenário maior.
Qual lado escolher, au pair ou família?
- Não há lados, não há certo ou errado, a menos que chegue às regras básicas. Eu apoio todos e muitas vezes os conflitos são criados por equívocos, falta de comunicação e diferenças culturais. Isso volta para o abrir as mentes das pessoas e a entender que existem imagens diferentes como parte do grande cenário.
Você teve algum tempo difícil como Lcc para resolver uma situação entre família e au pair? Como foi?
- *Bater na madeira até agora* Fui abençoada com incríveis famílias de acolhimento e au pairs. Todos foram abertos o suficiente para conversar através dos conflitos. Eu tento ser clara que cada relacionamento é difícil às vezes e leva para que possamos estar abertos e dispostos a trabalhar em coisas. Ninguém é perfeito. Mas meu grupo é bastante impressionante. : P
Qual é a melhor parte de ser uma Lcc?
- Fazer com que alguém tenha uma experiência melhor. Eu tive uma ótima experiência.
O que você acha da troca cultural deste programa?
- Eu acho que a parte da troca pode ser fantástica, especialmente para os au pairs. Lembro-me de como foi incrível vir aqui e explorar e ver o modo de vida americano. Algumas famílias, infelizmente, não conseguem aprender tanto sobre a cultura de au pairs, devido a horários ocupados, mas as crianças anfitriãs definitivamente conseguem experimentar e apreciá-las.
O que você acha do salário recebido pelo au pair?
- Não creio ter permissão para comentar o salário pago. Eu era capaz de falar de mim mesmo quando eu era uma au pair. Eu estava comprando o tempo todo, bem, eu ainda faço. O que eu poderia dizer se sou um pouco compulsiva...
Que conselho você daria aos que já estão no país e não estão em boa experiência?
- Repense sua situação, retroceda e tente olhar de fora... O que o torna ruim? Não vale a pena aproveitar o seu tempo nos EUA? É um grande negócio (big deal) ou você está apenas vivendo nisso? (Se é, um rematch pode ser a sua melhor aposta).
Muitas vezes esquecemos, que as coisas são temporariamente. Certifique-se de aproveitar o seu tempo aqui, mesmo a luta te tornará a crescer como pessoa. Mas isso é para um monte de au pairs, uma chance única em toda a vida, então não gaste isso chorando na cama, gaste-o explorando para que você possa contar seus filhos e netos sobre isso mais tarde. Nada e ninguém são perfeitos.
Que conselho você daria para aqueles que estão vindo?
- Não espere nada, vá com o fluxo, seja aberto, se comunique e aproveite todos os segmentos do programa. O choque cultural é real. Nem sempre será fácil, mas valerá a pena.
Então galera, foi isso! O que vocês acharam de uma ótica sobre o "outro lado"? Ela foi bastante solidária, e se dispõe a ajudar até quem não faz parte do grupo dela. Sei que existem MUITAS Lcc’s que não tem esse olhar sobre o programa e que as vezes até sacaneiam a gente (tive essa experiência também) Mas fico grata em saber que ainda existem pessoas boas pra nos fortalecer, quando estamos longe de casa.
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