Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

28 março 2014

Planejamento financeiro para Au Pairs - Parte 2

Não é segredo para ninguém que Au Pair recebe pouco. US$ 195.75 por semana é, de fato, uma miséria nesse país. Não digo que as coisas sejam caras, não é isso. O problema é exatamente o oposto, tudo é barato. E para você, brasileira, que cresceu em um dos países com as maiores taxas de impostos, viver nos "states" é pura ostentação. Afinal, todas querem laptop, smartphone, camera, tablet, roupas, sapatos, óculos das marcas mais famosas. Como conseguir comprar tudo isso, fazer muitas viagens com $ 195.75 por semana?




É possível, eu garanto. Comprei tudo o que eu queria, só não posso dizer que viajei pra todos os lugares que quero pois, tive que fazer algumas escolhas... 

Primeiro, vamos começar com algumas dicas: 

- Evite pagar por comida, seja pra comer em casa ou em restaurantes.
- Use o status "J-1" no seu visto a seu favor, sempre diga que é estudante para pagar menos nas entradas.
- No caso da academia, Au Pairs tem um descontão.
- Pergunte para sua host family se tem como te incluírem como membro dos lugares que eles frequentam, muitas vezes você conseguirá entradas free para concertos, museus e etc...
- Se você paga a gasolina, descubra a autonomia do carro que usa:

Com o tanque cheio, anote a milhagem do carro, depois que você dirigir algumas milhas, anote a milhagem novamente, encha o tanque e faça a conta abaixo para saber quantas milhas o seu carro faz por galão, então saberá o quanto colocar toda vez que usar o carro.

Total de milhas percorridas = milhagem final - milhagem inicial

Autonomia do carro = total de milhas percorridas / galões utilizados para encher o tanque novamente

Exemplo: 
Milhagem inicial: 10000
Milhagem final: 10050
Galões utilizados: 3

Total de milhas percorridas = 10050 - 10000 = 50 milhas

Autonomia = 50 / 3 = 15.333 

Nesse caso, o carro faz 15.33 milhas por galão, logo, toda vez que vocÊ utilizar o carro, só anota a quantidade de milhas que utilizou pra saber quantos galões abastecer.

Agora vamos ao que interessa. Você precisa aprender a trabalhar com prazos e a guardar dinheiro.

Prazo? O que isso significa?

Significa que se você quer fazer uma viagem no mês Z, você tem X semanas para guardar a quantia $Y necessária pra viagem. Em números, você quer viajar em julho, você tem 13 semanas para guardar $1300. O que te leva a economizar $100 por semana até julho! Mas é claro que você tem que pagar hostel e o voo, DESCONTE dos $100 que já inclui TODOS os gastos da viagem muita bem planejada que você fará.

Agora, vamos supor que você já viajou, e quer comprar um celular e um laptop na black friday, você tem por exemplo, 15 semanas até lá, o celular e o laptop custam juntos $1000. Divida $1000 por 15 semanas e descobrirá que terá de guardar $67 por semana!

E é assim que funciona o planejamento, se você guardar $150 do seu salário seja, comprando, guardando para o Brasil, viajando, ainda terá $45.75 pra usar como bem entender.

Faltando menos de 3 meses para eu voltar, ainda tenho que comprar mais algumas coisas e enviar US$2000 para o Brasil para cobrir os gastos que eu tive com o programa lá! Acho que todas deveriam fazer o mesmo, porque se valeu a pena ou não, sair no prejuízo estará fora de questão.

Tenho certeza que há muitas dúvidas, perguntem!

Confira AQUI a parte 1.


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27 março 2014

Pra ter match tem que ter feeling?


Porque todos falam neste bendito feeling? Você ai já sentiu? Como foi pra você?

Pois é gente, quem disse que pra ter match precisa desse feeling que todo mundo fala? Eu sou prova viva de que ter match sem feeling pode acontecer. Por enquanto estou segura da decisão, espero não me arrepender lá nos States. Caso isso aconteça venho contar tudinho para vocês, ok?

Fiquei ao todo 2 meses e 4 dias online e conversei com 7 famílias neste tempo, 6 famílias foram pela minha agência (APIA) e 1 família foi através do site aupair-world.net.
É claro que não vou dizer que não senti feeling com nenhuma dessas famílias, muito pelo contrário, eu senti com duas.
As duas famílias que eu senti o feeling eram de Maryland e tinham duas crianças (coincidência não? :0).  Eu me empolguei, fiquei agitada durante cada e-mail que trocava com essas famílias, já me imaginava no local e como parte da família. Infelizmente não deu certo nem com uma e nem com outra, pois eles escolheram outra au pair (essas deram sorte viu?). A partir daí comecei a me sentir muito mais racional do que emocional e colocava tudo o que as famílias me ofereciam na balança dos prós e contras e foi isso que me ajudou a escolher minha atual host family! Eu tenho certeza do que eu escolhi e estou feliz por ter sentido segurança com eles! Pois essa foi a palavra chave desta família: S E G U R A N Ç A
Por isso eu digo pra todos que me perguntam ou que falam que não sentiram feeling e não querem a família: deem a oportunidade de conhecê-los, troquem quantos e-mails forem necessários, façam muitas perguntas, análise bem os prós e os contras, tente ver o lado da família, tente se imaginar com aquela vida, façam vários skypes se conseguir, falem com as antigas au pairs. Informação em abundância é a chave! 

Mas então Ingrid, como é a sua família?
Minha família eu denomino como perfeita pra MIM (até o momento)! O que pode ser perfeito pra mim, pode não ser pra você (lembre-se sempre disso).
Eu vou cuidar de três crianças - 2 meninas (5 e 7 anos) e 1 menino (3 anos). Morarei em Lansdowne (pequeno município em Leesburg),Virginia.
Terei um quarto lindo, banheiro pra mim (que está em reforma), carro a disposição e fim de semana off.
Só para vocês terem noção do porque que eu aceitei este match sem ter o feeling: a mãe me demostrou muita segurança, eu troquei ao todo 86 e-mails com ela antes do match, fizemos 3 skypes e ela sempre mandava e-mails com tudo bem descrito e sempre se preocupava em repetir tudo o que eu dizia para ter certeza de que ela tinha entendido, mandava sempre um e-mail bem estruturado, me deixou super a vontade para perguntar tudo o que eu quisesse (até se eles tomavam banho todos os dias e pra minha felicidade a resposta foi: SIM), fez questão de me mandar fotos do quarto e fez questão de conhecer a minha família em um dos skypes! 
Agora depois do match, não tenho do que reclamar. Ela me manda e-mail quase todos os dias nem que seja pra me dar um oi e perguntar como foi meu dia!
Eu espero não mudar nada quando eu chegar lá nos Estados Unidos e ainda mais, desejo a todas que estão nesta loucura de procurar famílias uma ótima sorte como a que eu tive! 
Não se prendam ao feeling minha gente, apenas sintam e conheçam a família! 


Eu sinto apenas que estou caminhando para um sonho e sempre acreditando no melhor e o melhor pra mim será acreditar que posso fazer parte desta família!

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25 março 2014

Como falar o que não se quer falar

Coisas acontecem. E nem sempre são coisas legais, certo? E às vezes são coisas que outras pessoas precisam ficar sabendo que aconteceram, não é? Principalmente se envolve a casa ou o guarda-roupa delas...



Eu quebrei copos e vasos e matei plantas, inclusive três pés de tomate! Mas veja só, o inverno mata um monte de mato por aí e ninguém fica brabo com ele, por que ficariam comigo? Minha família adorava plantas. Só na sala deveriam ter uns 15 vasos com elas, e eu deveria molhá-las todos-os-dias. Lembrar que tomates gostam de muita água e as orquídeas só querem água em dias alternados. Ocorre que eu esquecia!! E os dias em que eu lembrava de regá-las eram os dias que meu pai postiço as regava antes de sair de casa, então ou eu matava as plantas de sede ou afogadas! Da primeira vez que a minha mãe postiça me alertou sobre as plantas ela estava braba; das outras vezes acho que ela percebeu que não adiantava ficar braba, pois eu esquecia e pronto. Eu cuido das crianças, oras, são bem mais fáceis do que plantas mesmo sem ter tecla SAP!!

Outro dia eu comi todo o iogurte. Era um iogurte tão gostoso, cremoso e doce e que a mãe postiça usava para fazer molho de salada! Então ela me pede para pegar o iogurte na geladeira, só que ele não existia mais. "Tudo bem, eu invento outra coisa", ela respondeu não muito animada.

Quebrar coisas nunca incomodou, e os maiores responsáveis eram os filhos dela e não eu. Aí eu encolhi um casaco.. novo.. do filho mais velho dela. Imaginem um casaco com capuz tamanho de um guri de 13 anos. Depois que eu lavei o casaco ele ficou do tamanho de uma criança de seis anos! Muito pequeno! E eu desesperei, já achando que era um casaco Esprit, North Face, Jack Wolfskin ou alguma outra marca cara. Ao final do dia, a mãe postiça chega em casa e lá vou eu falar com ela. E como é que fala encolheu em alemão?? haha Eu falei algo do tipo 'Bom, eu lavei uma blusa do N. e agora a blusa tá pequena...". Os olhos dela arregalaram e ela perguntou qual blusa era, eu disse que era uma marrom e fui buscar. No que eu saio da cozinha eu ouço um grito "Ah neeeeeeeein!". Na hora eu daria o mundo pra não voltar à cozinha, mas não tinha o que fazer, e eu já estava preparada para gastar meu próximo salário comprando uma blusa nova para o guri. A expressão da mulher quando viu o tamanho da blusa foi impagável! Mas ela me disse que eu não deveria pagar nada, pois poderia ter acontecido com ela também, só que fui eu que lavei a blusa. E não era de nenhuma marca absurdamente cara, era da C&A.

E aí surgiu um show de uma banda que eu gostava prácaramba, num dia de semana, lá na Holanda, um dia de viagem longe do pedaço alemão onde eu morava. Lá fui eu conversar com a mãe postiça pra combinar como faríamos para eu ir. Ela me disse que precisava olhar na agenda. Ok, eu esperei ela olhar na agenda. Esperei um dia, dois dias, uma semana. "Caraca, onde ela guarda essa agenda?", pensei. E comecei a ficar preocupada, achando que ela não iria concordar. Minha ideia era ir num dia e voltar no outro bem pá-pum! Fiquei com medo de ficar sem hotel e, mesmo antes de ter a resposta dela, já reservei um quarto em um hotel na cidade onde seria o show. E perdi uma noite pensando em como perguntar pra ela algo que eu já tinha perguntado.. hahaha Então perguntei 'Lembra do meu show? já olhou na tua agenda? posso ir?", ao que ela me responde "ah, eu esqueci. que dia é mesmo? vou olhar". No outro dia ela não me responde e eu pergunto outra vez. E no outro dia também. "Peraí, tu quer viajar sete horas de trem até a Holanda pra ver um show? É isso?", minha mãe postiça me perguntou incrédula. "Tudo bem, a gente dá um jeito" foi a resposta, e eu pulei em cima dela com eintausendhundertachtzig Dankeschön zu sagen. rsrs

Meu presente de aniversário foi um Dirndl (vestido típico alemão). Num sábado saímos minha mãe postiça, uma amiga dela e eu para procurar um vestido para mim. Fomos em duas lojas e eu não gostei de nenhum. Minha mãe postiça começava a ficar irritada e a amiga dela dizia que eu tinha que gostar do vestido para levar, se eu não tinha gostado de nenhum ainda nós continuaríamos procurando. Que situação mais estranha! Minha mãe postiça irritada de um lado e a amiga dela na boa toda empolgada me mostrando vestidos. Eu já tinha desanimado e pensava em escolher qualquer vestido só pra tarde terminar logo. Fomos na C&A e lá eu encontrei um vestido liiindo! E a mãe postiça não gostou, mas não disse nada. A amiga dela me perguntou se eu tinha gostado e era isso o que importava.

Eu de-tes-ta-va pedir coisas pra minha gastmutter. Sei lá o motivo, se é que tinha algum. Mas eu não podia fugir disso, eu precisava avisar quando quisesse viajar e eu queria contar coisas pra ela. Fui sincera em todas as conversas e assim nos acertamos como deu. ;D











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24 março 2014

De tudo um pouco!

Bom dia!!!
Meninas, hoje vou falar do que for lembrando! Estou escrevendo de um mac, porque ainda não comprei um PC, então desculpem-me os acentos.

Quinta feira - 27/03 - eu farei 1 mês que estou na tão sonhada America! Mais especificamente: Dallas, Texas! Estou naquela fase - que por sinal, espero que demore para passar - em que tudo é muito lindo e divertido. Mas fazer o quê,  se é mesmo? Eu comentei com a minha host que infelizmente ela vai me ouvir MUITO dizer a frase "No Brasil não é assim.." Porque infelizmente é verdade. Não quero falar mal do Brasil, mas a verdade é uma só: as coisas funcionam aqui. Como diz minha amiga, Maira - beijo, amiii! - não quer dizer que aqui só tem gente legal e honesta. Mas as leis aqui realmente se aplicam. Se não tivesse multa para cocô de cachorro na rua eles não iriam deixar? Claro que iriaaaam! Então é inevitável não lembrar do Brasil e ficar triste por algumas coisas! Mas prometo achar defeitos aqui hahaha.

..chegando nos EUA:




Eu ainda não saí pra night! Só shopping, restaurante e compras!! Mas cuidado para não sair gastando. Ainda não tenho carro e talvez por isso que ainda tenha meu 1o pagamento hahaha. Porque toda vez que vou no shopping: "Aii que baratinhoo.. vou levar!" STOP! Não quer dizer que só porque é barato que você está precisando! Falando em money, dica pra vida: antes de vir, eu lia bastante as meninas dizendo "Tem que pagar as taxes quando for embora!" eu não me esforcei para saber o que era, antes de vir, porque sinceramente, era muita informação para uma cabeça esquecida como a minha. Mas a minha counselor  veio aqui semana retrasada e me recomendou guardar $50 obamas por semana! Siiim, eu sei.. é muito! Mas - corrijam-me se eu estiver errada! - eu entendi que é um "imposto de renda" que você paga antes de ir embora. 

..Quando você entrar na Macy's, Forever 21, Target e tudo quanto é loja linda e barata:










Outra "Dica pra vida da Tia Thai": venham com a cabeça muuuito aberta! Depois de tanto ler casos e mais casos na internet, facebook e a fins.. você vei querer vir com vários discursos formados na sua cabeça pra falar pra sua HF: "eu não vou lavar louça, eu não vou ajudar a tirar as compras do carro. Só vou fazer o que for relacionado as crianças". Mas sejam sensatas. Cada pessoa tem uma familia e uma experiência diferente. Entao há casos e casos. Eu digo isso porque EU vim com essa auto-defesa e agora quebrei a cara. "Ah, porque eles exploram brasileira e mimimi" se você deixar, até seu cachorro vai te explorar, fofa! Eu tiro a compra, eu ponho as coisas na lava-louças, eu guardo.. mas tudo porque eu sinto vontade. Ninguém me pede. Brasileira é assim. Eles realmente me tratam como membro da familia. E se eu quero isso, tenho que agir como tal. Como diz minha tia: "é uma via de duas mãos". (Beijo tia Du e tia Lu). Mas saibam ponderar! Conheço amigas que não têm refeição com a HF, que o tratamento é super profissional. Entao, conversem bastante antes do match, girls. Tirem todas as suas duvidas e não tenham vergonha de perguntar NADA, para sentirem o tal do "feeling" pois ele existe! =)






Feeling: HAPPY!

Beijos!*

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Eu jamais serei apenas uma estudante de intercâmbio


Eu jamais serei apenas uma estudante de intercâmbio. Eu sempre serei uma au pair. Somente as au pairs entenderão este post. As futuras, as que estão na batalha e as que já se graduaram na incrível arte de ser uma au pair ! Uma vez na “peleia”, eternamente entendidas do assunto.
Somente nós entendemos tudo sobre nap, babies, brincadeiras, horário da escola, mac and cheese, etc. Mesmo aquelas que jamais faziam ideia sobre esses assuntos, acabam ficando especialistas no final do programa. Nos encontramos no metro e logo perguntamos: “How many children are you taking care of?” “How old are your kids?” “Let’s do a play date!’ E por aí vai! Tem aquelas mais dedicadas que já puxam as fotos das crianças no celular e se gabam bem orgulhosas das fofurisses, como se fossem suas mesmo!
É fácil reconhecer um grupo de au pair  de longe! São , geralmente, três ou mais meninas, de nacionalidades diferentes, na mesma faixa etária,  andando junto! Elas são vistas em shopping malls, bares e pontos turísticos! Elas sabem tudo de POF, tinder e blá blá blá ! Adoram liquidações, Ross e dólar menu!


Você só consegue desabafar de verdade com outra   pessoa da “raça au pair”. Só nós entendemos o que é uma host mom bitch, uma kid sem controle, viver no subúrbio sem um carro, não ter tempo nem pra piscar, ou ter tempo demais de sobra, ser explorada, pensar em rematch, estar em busca do green card, etc. Cada uma com sua questão, sua peculiaridade, mas no fim das contas, todas nós nos endentemos! É a famosa au poor life !



Ser au pair é mais que apenas ser  uma intercambista. É fazer parte de uma comunidade que perfeitamente se entende, se ajuda, briga, se conhece, se encontra, faz bafão,  se reencontra, que comemora junto e que reclama junto! Ser au pair, literalmente, é uma experiência que vai mudar a nossa vida e é muito mais que apenas estudar nos EUA!
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22 março 2014

As coisas mais bizarras que os americanos fazem com seus filhos

Primeiramente, gostaria de esclarecer que os fatos que serão relatados a seguir, são provenientes das experiências que tive com as duas host families que vivi. Não são fatos comprovadamente realizados pela maioria dos americanos. São apenas fatos que observei e foram novos para mim. Here it goes ...


1 - Banho na pia da cozinha (WTF)

Já tinha ouvido falar dos banhos na pia da cozinha. Claro, a maioria das casas possuem dishwasher, logo a pia quase sempre está vazia, e a água da torneira pode ficar quentinha, então por que não lavar um bebê na pia ? Até aí tudo bem, é até compreensível. O que me deixou chocada mesmo foi ver minha host mom dando banho no menino de SEIS ANOS , na pia da cozinha, que nem era muito grande. Era uma tarde bonita e eu estava off fazendo meu lanchinho na cozinha, quando vi um mini ser humano pelado dentro da pia, e aquela água espirrando no meu pão (hahaha tem que rir gente) Perdi a fome !





2 - Deixar as kids escolherem sua comida

Antes de ser au pair, minha maior preocupação era o que eu iria cozinhar para as minhas kids. Cozinhar dá trabalho, precisa de tempo, eu me preocupava com isso. Quando cheguei na casa da família e conversamos sobre alimentação a host mom disse "Eles podem escolher o que querem comer, se não quiserem presunto com salgadinho (sim, presunto puro sem pão nem nada e sim, salgadinho, tipo batatinha ruffles, doritos...) eles podem tomar um iogurte". Sem comentários. A segunda host mom me disse " A Sara gosta de comer pepperoni com manteiga e um copo de leite" , "Eles podem escolher o que querem comer". Observando as frases escritas anteriormente, conto uma breve historia que se repetia quase todos os dias : A criança escolhia e escolhia e no fim não comida nada. A criança não tinha a capacidade de escolher e ficava repetindo "I'M STILL HUNGRY" (hahaha) . A criança , quando comia, ficava com fome logo depois. Enfim, era algo bem diferente para mim, fui criada diferentemente, comia o que tinha na mesa, não tinha essa de ficar escolhendo. Claro que acho legal, a criança participar ativamente das escolhas, desde que isso não prejudique, o que não era o caso.





3- Colocar as kids para fazer mil e uma atividades

Super apoio que a criança tenha uma vida ativa, que pratique esportes e aprenda coisas novas fora de casa. O que eu acho estranho nisso tudo é que ninguém acha normal que uma criança brinque ou passe um tempo "sozinha". Quando eu era criança, vivia lendo meus livrinhos, brincando com as minhas coisas, mesmo sozinha, não tinha sempre um adulto coordenando tudo que eu fazia. Acho que isso faz com que a criança reprima a sua criatividade e se torne extremamente entediada porque sempre vai depender de alguém dizendo o que é ou não legal fazer.
Sem contar que no final do dia elas sempre estavam cansadas. Claro que é isso que os pais querem não é? Chegar em casa e não ter que lidar com toda aquela energia, chega a soar estranho, parece que estamos falando de cachorros e não de crianças.






4- Obrigar todo mundo a sair nos dias de sol

Ok, I got it. A maior parte do tempo em NY é frio. Exceto pelo verão. Durante o ano , faz frio e as vezes rola um solzinho , um climinha melhor. Então, como os dias de sol não são frequentes, os pais querem que as kids aproveitem o dia , outside. Tudo bem, concordo com isso. Mas não acho que deveria ser uma obrigação. As vezes , mesmo com sol ainda era frio, e a host queria que eu levasse todo mundo pra fora. Como se ficar dentro de casa fosse uma heresia. Já é difícil lidar com o que 4 crianças querem fazer , o que nunca é a mesma coisa para todos. Aí vem a mãe e te obriga a dar um jeito de fazer todos quererem ir para fora. NO FRIO. MESMO QUE AS KIDS NÃO QUEIRAM !





Coisas que procurei entender durante o tempo que estive lá  e ainda não consegui . Mas faz parte não é ? Acho que essa que é a graça da coisa. Todas estas diferenças são o que tornam o nosso ano especial. Lidei da melhor forma que eu pude com tudo que eu achei bizarro. A lista é grande, a adaptação não é tão fácil quanto parece, mas hoje, quase dois anos depois, me sinto metade brasileira e metade americana.

Uma coisa é certa, é impossível continuar sendo uma só depois de conviver com tantas diferenças.



http://www.pensamentolivre.com.br/


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21 março 2014

Impulsividade, drama mexicano e au pair



Eu sempre fui muito impulsiva. Existe uma coisa dentro de mim que eu não consigo controlar. Talvez com o tempo,  alguns anos mais madura e com algumas sessões de psicanálise eu consiga superar essas atitudes tomadas no impulso.
Não vou dizer que eu não penso. Pelo contrário, eu “queimo a mufa”, penso e repenso, faço até lista de prós e contras! Mas na hora H, na hora de tomar a decisão final... Eu jogo tudo pro alto e ligo o botão do f**a-se, e faço exatamente o que eu desejava ardentemente fazer! Isso é tão biológico, tão visceral  que as vezes eu fico pensando que anos e anos na faculdade estudando Freud ainda não está surtindo muito efeito!
Sou assim com relacionamentos,amizades,  em discussões familiares, na hora de voltar atrás e pedir perdão, quando estou insatisfeita com algum emprego, etc. Por que seria diferente com o processo de au pair?
Lembro me como se fosse ontem e não há um ano atrás, quando iniciei essa louca jornada chama “ processo para ser  au pair”.  Há anos eu pensava em morar nos EUA. Estudava numa escola de Inglês no Brasil onde todos os professores tinham histórias maravilhosas para contar (a maioria sobre a Califórnia, diga-se de passagem)  e todos me diziam : “Tu vai adorar! Não vai mais querer voltar!”
Minha empolgação era tanta, e aliada a minha insatisfação momentânea com meu atual relacionamento, plus o meu medo de encarar a vida adulta e deixar de vez de ser recém formada mas ainda estagiária no Brasil, todos esses fatores me levaram a tomar mais uma atitude impulsiva.
Então num certo dia de fevereiro de 2013 eu saquei o dinheiro no banco e paguei a agência! Simples assim! Foram-se 7 longos meses até meu embarque. Os sete meses mais intensos da minha vida, so far! Eu curti muito minha família e meus amigos, viajei, descansei, fiz festas lendárias e aprendi a ser uma das  single ladies, porque conforme minha amiga eu namoro desde que nasci!
Então cheguei aqui nos EUA e descobri que meus professores estavam certos! Eu amo este lugar e se pudesse não voltaria mais para o Brasil! Tirando os obstáculos do caminho que incluem morar no subúrbio de DC sem carro e morar  uma host Family ,eu amo estar aqui!
Mas e quanto a minha vida no Brasil? Aquela que eu resolvi sublimar, guardar dentro de uma gaveta num momento de impulsividade?  Seis meses de EUA cuidando de apenas um cute baby (portanto tendo muito tempo livre para pensar e repensar na vida) me tornaram, talvez... A mesma impulsiva de sempre!

E se eu já me sentir  satisfeita com minha aventura no hemisfério norte? E se eu falar que já viajei o que eu desejava, conheci pessoas do mundo todo e melhorei meu inglês?  E se eu já estiver pronta e com muita vontade de encarar a “vida de adulta” lá fora? E se eu estiver sentindo falta de emprego de verdade e do meu curso de  psicologia? E se eu me der conta que jamais deveria ter ficado tantos meses longe das pessoas que eu amo? E se eu for o tipo de pessoa que apenas  ama viajar e se perder no mundo mas que volta para casa ASAP ? E se morar com uma host family for too much pra mim? E se? E se? Onde está minha impulsividade? Não percam os próximos capítulos desse drama mexicano!
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20 março 2014

Sobre o meu processo de au pair na Holanda

E ai galera, tudo certinho?! 
Bom, hoje eu vou falar sobre o meu processo de au pair na Holanda.
Eu comecei o processo em outubro, através da agencia HBN; preenchi todos os documentos necessários, fiz exames médicos, entrevista com as agentes, troquei mil emails com as agentes, tanto a brasileira quanto as holandesas, inclusive com a dona da agencia etc, enfim.. Fiz tudo certinho, me programei pra viajar em janeiro e blábláblá e nada aconteceu! O processo simplesmente parou! A agência disse que eles estavam sem famílias! Pensa em uma pessoa perdida.. Foi exatamente assim que eu fiquei, perdida! Parei e pensei: ?????????????. Como assim um agencia de au pair simplesmente não tem host family?!
No inicio comecei a pensar que essas coisas só acontecem comigo hahaaha, eu converso com varias atuais e ex pairs na Holanda, e nenhuma delas passaram por essa fase ruim (de não ter famílias na agencia). Em janeiro eu comecei a pirar de ansiedade, por que não ate então eu não tinha feito entrevista com nenhuma família e a agencia não tinha nem previsão de quando apareceriam famílias. Na verdade eu ainda não fiz entrevista com nenhuma família e a agência continua sem previsão de quando vai surgir host family, porém atualmente eu estou mais tranquila, to tocando minha vida aqui no Brasil normalmente; faço faculdade, estagio etc. É claro que às vezes da certa ansiedade, mas não é sempre; e quando eu dou pequenos picos de ansiedade consigo controlá-los \o/ o que antes era quase impossível.  
Sobre os meus planos de au pair: Eu pretendo embarcar em junho/julho deste ano.. Vamos ver se a agência vai colaborar comigo hahaaha. Espero que sim! 
Não vejo a hora de ir pra Holanda <3 



PS: Se vocês tiverem duvidas e/ou sugestões de assuntos para o próximo post é só falar :D




See you next month!


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19 março 2014

Como foi meu ano de 2013...

Olá! Como estão?

Happy Birthday to me! 27 anos completos hoje! Oficialmente não posso mais ser aí Pair nos EUA devido a minha idade! Hehehe!

Hoje vou contar um pouquinho como foi o meu ano passado!


A foto acima foi um dos passeios que fiz durante o ano, é em Great Falls na Virgínia, um parque lindo  de se ver e fazer trilha!

Vamos ao que interessa!

Como foi meu ano com a host family?

Foi um ano de aprendizado. Sai de lá com o dever de missão cumprida e aprendi muita coisa que não devo fazer se for chefe, mãe ou se tiver uma Au Pair!

Cheguei a postar sobre como era ter uma família brasileira e no fim foi assim:

Falava tanto português que meu inglês regrediu em pronúncia e fluência (créditos ao meu boy que fez o cenário mudar)

O schedule era tão flexível que eu não conseguia planejar NADA! Eu só viajei mas minhas férias e nos FDS off depois em que comecei a nomorar, pois meu boy sempre estava disponível para planos de ultima hora! Minha dica: never, ever escolham famílias com schedule flexível! Espere o seu match que ele vira! 

Eles aproveitavam cada minuto das 45 horas! Estejam preparadas pra famílias assim! Tem aos montes!

Esses motivos acima foi o que me motivaram a extender o meu ano! Não pedi rematch, pois achei melhor esperar e ter 2 meses para escolher do que 15 dias! E a esperança nunca morre! :)

É isso por hoje!

Beijos e até o próximo mês! 

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18 março 2014

E, então? Como anda a vida?

É o que me pergunto toda vez que duvido da minha estadia aqui na terra da Tio Sam.

Você já parou pra pensar que no Brasil nós temos calor a vontade, chuva na maioria das Estados, e que nosso clima nos incomoda porque não podemos usar roupas de inverno?

Você já parou pra pensar que no Brasil os temperos são especiais e vamo combiná bons demais?

Você já parou pra pensar o que realmente vai sentir falta quando deixar o Brasil pra viver num país puta ! diferente em tudo?

Se ainda não parou pra pensar, particularmente te incentivo a não pensar de jeito nem modo algum no que você sentiRIA falta. (phuddeu, né? porque as perguntas ai em cima não auxiliaram em nada manter o pensamento calado).

Minha primeira semana aqui foi prova de que minha casa é a melhor casa do mundo. Não interessa o quanto eu reclamava de meu quarto era isso ou aquilo. Minha casa, não tem nada que se compare.

Minha Mãe (Mainha) que tanto reclamava sinto falta até da voz! Meu Pai (Painho), nem se fala! Meu irmãooos… Nossa! nunca dei tanto valor com tanta ênfase pela forma como fomos criados e pela forma como somos hoje: totalmente diferente uns dos outros, mas extremamente habilidosos, cada qual na sua área.

Não pense que você sentirá falta das coisas que você dava valor ai. Aqui os valores se intensificam e até uma música se transforma em concerto que te faz chorar na primeira nota e por toda ela durante 3 longo minutos.

Já desdenhei te quem tinha saudade das mínimas coisas enquanto lia os blogs das meninas que já estavam aqui. Hoje consigo compreender porque aquele broche de roupa que ficou na segunda gaveta da porta esquerda do guarda-roupa faz tanta falta. Porque era seu. Eu entendo.

Aqui o sentimento de "nada me pertence" é phodda terrível! Aqui você usa um carro que não é seu, dorme numa cama que não é sua, come numa mesa com pessoas que você nunca viu, cozinha e mexe na geladeira de gente que você nunca sonhou conhecer.

A vida anda assim: viva cada dia com o coração morno de quem sonho doce e ternamente, abra os olhos e aproveite cada dia, não desperdice nenhuma gota de esperança. Acima de tudo: não venha no seu caminho até aqui com o coração em chamas.

SALDO DO MÊS: Saudade do Brasil. Valores intensificados. Sonhos futuros ainda mais fortificados.

"you only hate the road when you're missing home (Let her go - Passenger)"
#SucessoPraNós

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17 março 2014

A volta

Here I am again... Back to Brasil. 
É difícil falar sobre os últimos dias na Holanda, tudo ainda não passa de um grande blur na minha mente e a sensação é de que tudo não passou de um sonho. Mas aí eu acordo depois de sonhar com a host family e bem... Não vamos falar sobre isso no momento. 
Por enquanto queria só deixar algumas "anotações" aleatórias sobre como é estranho estar de volta ao Brasil... E quais são as pequenas coisas que notei... 



- Brasileiro é um povo barulhento, jesus cristo. Foi só chegar no portão de embarque que já comecei a me incomodar com a falação, gritaria, ruídos desnecessários... 

- A gente come pra caralho, meu deus do céu! Eu mal terminei de digerir uma refeição, já é hora da outra e parece que tudo que eu tenho feito sem parar é comer. 

- As privadas são muito baixas. 

- Como é difícil parar de jogar papel higiênico no vaso hein? 

- Tudo é longe. 

- Isso não é calor. Isso é amostra grátis do inferno. E sim, eu sei que perdi o pior.

- mimimi to morrendo de saudades, mimimi vamos nos ver, mimimi nada até agora. 

- Tudo continua exatamente a mesma coisa. Nada mudou. Ninguém mudou.

- As pessoas são excessivamente simpáticas. Chega a ser meio creepy as vezes. 

- Tudo é complicado. Não lembrava que era necessário colocar o cartão e digitar a senha 300 vezes pra usar o caixa eletrônico. 

- Pra tudo é necessário o número do seu CPF, seu telefone celular, seu código de cliente, aguardar 30 minutinhos por favor, digite seu CPF novamente, pode confirmar seu endereço, mais 30 minutinhos por favor. 

- Todo mundo pergunta as MESMAS COISAS. 

- A coca-cola daqui deve ter alguma droga. Passei um ano sem beber, chego aqui não consigo parar. 

- A gente come muito não-saudável. Fico olhando pra mesa de comida e pensando na quantidade demais de carboidratos e de menos de vegetais. 

- Todo mundo é MUITO baixo. 



- Formigas. Pernilongos. POR QUE????????


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15 março 2014

Livin' the Swiss Dream (1)

Oi, gente, tudo bom com vocês?
Hoje eu tô aqui pra falar de coisa boa, vamos falar de Top Therm? Brincadiera. Vamos falar de ser au pair na Suíça?
Antes de começar já vou avisar: o post ficou longo, ok???
Resolvi que neste mês vou dar um geralzão da Suíça para vocês e, conforme eu for tendo mais informações, vou postando aqui. Espero que gostem.
Bom, mês passado eu passei alguns dias em Zurique e, além de tirar lindas fotos e conhecer lugares bacanas, eu pesquisei um pouco sobre como ser Au Pair na Suíça. Confesso que a burocracia é um pouco complicada, mas acho que vale a pena.
Esta é a vista da torre de uma das igrejas de Zurique.

Primeiro vou fazer uma breve apresentação do país e, depois, falo mais da vida de Au Pair por lá.
Vamos lá: A Suíça fica na Europa (vai que alguém não sabe!) e lá não tem praia pois o país é cercado por outros países como a França (na região oeste), Alemanha ( predominantemente ao norte), Áustria (ao leste), Lichetenstein (um mini país que usa tudo da Suíça, desde o dinheiro, até a polícia) e Itália (predominantemente ao Sul). Com todos esses países cercando a Suíça, já é esperado que a questão linguística seja bem complicada. Lá se falam predominantemente o alemão-suíço, o francês, o italiano e o romanche. Contudo, todo mundo nas grandes cidades fala inglês e quase todo mundo no país fala francês. Os produtos do supermercado tem nos rótulos todas as línguas oficiais do país, então, se você sabe um pouquinho de uma delas já dá pra se virar bem.

Quanto à localização, a Suíça é conhecida pelos seus alpes gigantes e pela prática de esportes de inverno. Há, de fato, alguns lugares muito altos, em Valais, por exemplo, há montanhas com mais de 4.000 metros de altura. Mas se você estiver em Zurique, há um lugar bem pertinho, em St. Gallen - aproximadamente 1 hora de carro- onde se pode esquiar ou escorregar com trenós, o que é muito divertido. Além desses lugares, o país está repleto de Spas de águas quentes e parque aquáticos aquecidos também.

Pra quem gosta de passar um final de semana tranquilo, 
as montanhas de St. Gallen são um ótima opção

Em relação ao custo de vida a coisa complica um pouco. A Suíça é considerada um dos países mais caros para se viver na Europa. Eu gastava em torno de 40,00 francos (mais ou menos 100,00 reais) no mercado a cada três dias, isso porque eu só comprava coisas para café da manhã e jantar.

Falando em comida, se preparem, os suíços comem muito pouco! Se você é que nem eu que está acostumada com fartura no café e no almoço, e um jantar mais tranquilo, é melhor começar a mudar isso desde já. Os suíços, pelo menos os que eu conheci, não são de comer de manhã e nem param muito tempo para almoçar, sendo o jantar a refeição mais importante do dia. Vou contar um causo da minha estadia lá, só pra ilustrar: Eu estava ficando na casa dos pais do meu namorado e eis que um belo dia a gente acordou ao meio dia e a idéia era ir ao zoo na parte da tarde. Ao acordar a gente comeu 1 pacote pequeno de “club social” com um copo de leite com chocolate. Ao chegar no zoo, por volta das 14h30, a gente comprou pipoca. Às 17h00 eu estava esfomeada, sonhando com aquele crepe com Nutela e perguntei:
 - Rico, vamos comer? – eis que o bonito responde:
- Nossa, você tá com fome?
- Claro, a gente só comeu pipoca o dia todo. Você não tá com fome?
E a resposta foi:
- Não, pipoca enche pra caramba!
Eu fiz a cara de WTF!!!!! Pipoca não mais fome ainda, gente????
Bem, cheguei na casa dele e tinha um quiche PARA DIVIDIRMOS EM QUATRO PESSOAS! Resultado: fui dormir com fome. Depois dessa, aprendi a sempre falar quando sentia fome, pra, pelo menos, não ficar irritada até a hora da próxima refeição.
Macarrão ao molho carbonara e salada de rabanetes. 
Culinária local mode on!
Bom, antes de entrar no assunto Au Pair, eu só quero esclarecer mais uma coisa: Na Suíça a moeda é o franco Suíço, que é mais barato que o Euro e isso ajuda no bolso.

Agora, o que você precisa para ser au pair na Suíça:
1.       Ter entre 18 e 24 anos
Obs.: Alguns Kantons (como se fossem os estado) aceitam meninas de 25, mas o consulado da Suíça no Brasil ainda não sabe disso, então é melhor entrar em contato com agências de lá para se certificar.
2.       Sua língua mãe não pode ser nenhuma das línguas faladas no kanton que você vai.
3.       Não ter feito cursos de Idiomas na Suíça.
4.       Não ser casada ou ter filhos
5.       Ter condições de pagar por agências credenciadas na SECO

Sobre o programa:
1.       Você pode ficar na Suíça por  um ano no mínimo
2.       Você vai para lá para cuidar de crianças e fazer alguns serviços de casa básicos.
3.       Normalmente você recebe de 500 a 700 francos suíços, mas você pode ganhar até 990 francos suíços.
4.       Você tem que pagar mais ou menos 5 francos suíços por mês de imposto, mas o total será pago de um vez antes do seu período de Au Pair terminar.
5.       Você terá um lugar para ficar e comer de graça, oferecido pela família.
6.  Você trabalhará 30 horas por semana, sendo que, pelo menos 15 horas deverão ser acompanhadas de um dos hosts.
7.       Se você tiver mais que 20 anos, você terá 5 semanas de férias.
8.     Você terá, pelo menos, um dia completo de folga por semana. Mas, mais uma vez, a regra muda de acordo com cada Kanton.
9.       A au pair na Suíça tem que fazer um curso de línguas que será pago pela host family.
10.   Normalmente a au pair paga metade do seguro saúde e a outra metade é paga pela host family.

Bom, gente, acho que por enquanto é isso. Se alguém quiser mais dicas de onde ir, o que fazer, onde comer, onde morar, etc,  pode me mandar e-mail para : luanapizzipucc@gmail.com . Eu respondo com carinho. Não postei as agências da Suíça aqui porque não são todas que trabalham com brasileiras e é tudo meio jogado, mas quem quiser saber mais, pode me escrever.

Pra deixar vontade, a vista de uma das 
montanhas onde dá pra esquiar em St. Gallen.
O lado de cá é Suíça, o de lá é Áustria!


Beijinhos e até a próxima,
Luana


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