Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

30 outubro 2017

Skype: dicas e perguntas para a host family


Precisa de ajuda para se preparar para o skype com a host family? Então o Blog das 30 au pairs vai te ajudar.

Bom dia pra você que está lendo esse texto feito com muito carinho pra você. Vou compartilhar algumas dicas e perguntas que eu costumo fazer na entrevista com as host families. Let's go!

Eu considero muito importante se preparar antes do skype para garantir que você passará uma boa impressão a família. 

Sim, as famílias reparam no seu desempenho no skype. Elas reparam se você faz perguntas importantes, se você pergunta sobre as crianças ou se está mais interessada se vai poder ir pra balada sem hora pra voltar e passear com o carro da família nos dias off.

Minha atual host family por exemplo, está a procura da nova au pair e minha host mom disse que repara se a au pair tem interesse em saber das crianças, se faz perguntas cabíveis e importantes, ou se está mais interessada em ter carro e cartão da academia.

Gente, isso é óbvio. As famílias normalmente procuram por au pairs que mostrem que realmente gostam de crianças e que estão interessadas em conhecê-las. Então minha dica principal é: comece perguntando sobre as crianças e a família, e deixe por último questões como os benefícios que a família oferece.


Algumas perguntas que considero importante

Rotina da família:
  • peça para a família descrever como é a rotina semanal da família (que horas acordam, horário de tomar café, que horas as crianças vão pra escola e etc.);
  • pergunte como seria o schedule semanal da au pair;
  • qual o horário que os pais chegam do trabalho;
  • se a família pede para a au pair fazer babysitting, com qual frequência e se há algum pagamento ou compensação extra (compensação pode ser mais tempo off);
  • pergunte quais são as tarefas domésticas que você tem que fazer e com que frequência;
  • pergunte sobre as regras da casa.

Crianças:
  • pergunte sobre atividades extras que as crianças fazem;
  • pergunte se as crianças tem o costume de brincar na casa de amigos ou se trazem amigos para casa;
  • pergunte sobre as preferências das crianças por comida e brincadeiras;
  • pergunte sobre as línguas que as crianças falam;
  • pergunte sobre o que eles podem e não podem fazer (por exemplo, assistir tv, brincar com o tablet, comer doces e etc.);
  • pergunte quais são os métodos de punição que os pais adotam para educar as crianças.
Esta última pergunta deve ser tratada de maneira cautelosa para não soar de forma negativa aos ouvidos dos pais. Eu começo dizendo que meu método de disciplina é "time out". Ou seja, coloco as crianças de castigo por alguns minutos para pensarem no que fizeram de errado.


Acomodação:
  • se a au pair terá quarto e banheiro privado;
  • se o quarto possui entrada privativa;
  • se as crianças respeitam a privacidade da au pair quando ela esta no quarto;
  • se a porta do quarto tem tranca.
Algumas pessoas acham estranho essa pergunta sobre a tranca, então seja cautelosa ao fazer a pergunta. Eu normalmente explico que gostaria de saber sobre a tranca, pois tenho colegas au pairs que não tem tranca na porta do quarto e as crianças entram e saem do quarto quando querem. O que pode até ser perigoso sem a supervisão de um adulto (devido a aparelhos cortantes como, tesoura, lâminas de barbear e etc).


Comida:
  • pergunte se a família tem alguma dieta específica ou restrição alimentar;
  • pergunte se a au pair terá que cozinhar para as crianças ou para a família toda;
  • pergunte se a au pair é responsável pelas compras no super mercado ou por fazer a lista de compras da semana;
  • pergunte sobre os hábitos alimentares da família: o que comem no café da manhã, almoço e janta.
A última pergunta é bem importante para que você não seja pega de surpresa ao chegar na casa da família e descobrir que não terá leite ou pão pra tomar no café da manhã por exemplo. 

Caso haja alguma comida que você sente a necessidade de comer diariamente ou frequentemente, avise a família para saber se eles estão de acordo ou se você poderá adicionar suas preferências em uma lista separada. 

Também é muito importante você mencionar se possuí alergia, restrição alimentar ou não come algum ingrediente específico.


Tempo livre (folga e férias):
  • Pergunte quais são os dias off (folga) da au pair;
  • pergunte se você terá de trabalhar nos feriados nacionais;
  • pergunte quando você estará de férias e por quanto tempo;
  • pergunte se a au pair tem curfew (horário pra chegar em casa) nos dias da semana e final de semana;
  • pergunte a partir de que horário você está livre durante a semana (por exemplo depois do jantar, ou um horário específico);
  • pergunte sobre summer holidays (como será a rotina da au pair, quantas horas trabalhará e etc.);
  • pergunte sobre viagens com a família (como funciona).
Viajar com a família nem sempre é uma tarefa fácil, pois o que acontece frequentemente é que, você nunca sabe quando está trabalhando e quando não está. Então pergunte como será seu schedule enquanto estiver viajando com a família, pergunte se a família arcará com os custos da viagem e o que é responsabilidade sua de custear.


Curso de idioma:
  • pergunte se a família se disponibiliza a pagar pelo curso de idioma + material e por quanto tempo;
  • pergunte se a família paga pelo transporte até a escola ou disponibiliza o carro;
  • pergunte se a escola fica próxima da casa da família ou qual a distância;
  • pergunte quantas vezes por semana, quais dias e quantas horas na semana você estudaria o idioma.
É sempre bom tirar essas dúvidas antes do match, para evitar problemas com o transporte até a escola e dificuldade de frequentar as aulas.


Transporte público:
  • pergunte se há ponto de ônibus, estação de metrô ou estação de trem nas redondezas e qual a distância;
  • pergunte sobre a frequência em que os ônibus, metrôs e trens funcionam;
  • pergunte sobre o preço médio das tarifas.
Não se pode brincar com transporte público quando você não tem carro disponível. O transporte público pode te ajudar a ter um ano incrível ou pode dificultar a sua vida. Então pergunte tudo o que puder, pergunte o nome da companhia de transporte e pesquise você mesma sobre horários e preços.


Carro:
  • pergunte se você terá que compartilhar o carro com a família, ou se a au pair tem um carro só dela;
  • pergunte se você pode usar o carro nos dias off ou não;
  • pergunte sobre como funcionará o esquema de combustível, caso você compartilhe o carro ou use para fins pessoais no seu dia de folga;
  • pergunte se você será inclusa no seguro do carro e o que acontece em caso de acidente.
Carro é um assunto polêmico, pois muitas vezes as au pairs não estão preparadas para assumir custos extras que podem ocorrer por conta de uma batida, arranhão ou acidente. Então tire essas dúvidas com a família antes.


Amigos:
  • pergunte se você pode trazer amigos na casa;
  • se este amigo(a) pode dormir ou não.
A vida de au pair pode ser solitária de vez em quando, então ter amigos por perto é sempre muito bom.


Visa:
  • pergunte quem será responsável pelos custos com o visto.

Passagem aérea:
  • pergunte quem será responsável por este custo, se a família aceita dividir o custo com você ou outro acordo.

Salário:
  • qual o salário oferecido pela família;
  • com que frequência é efetuado o pagamento a au pair (semanal, quinzenal ou mensal);
  • pergunte se o pagamento é feito em espécie ou depositado em conta;
  • pergunte se au pair tem que pagar alguma taxa/imposto sob o salário de au pair;
  • pergunte se a au pair recebe extra quando trabalha a mais e quanto.

Estas são minhas dicas para o skype com a host family. Espero que essas dicas possam ajudar vocês a se prepararem para a entrevista e terem informações suficientes para fazer uma boa escolha.

Não se esqueçam de ler o perfil da família antes da entrevista, para não errarem nomes, sexo das crianças ou cometerem gafes que podem passar uma imagem negativa sobre vocês. 

Vejo vocês nos dias 15 e 30 de cada mês. Até lá!

By Valeska Monteiro
E-mail: vikingbrasileira@gmail.com
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25 outubro 2017

Por que ser Au Pair?













Esses dias apareceu aqui em casa minha vizinha mais fofa de oito anos e nome de princesa. Ela veio contar que tirou nota boa na prova, e eu a convidei pra ver "A Bela e a Fera" comigo. Ela aceitou na hora! HAH! No fim vimos Toy Story.

E depois do meu ano como Au Pair eu achei que não teria mais paciência para criança nenhuma. E não é que ainda tenho? Depois ouvi enquanto minha irmã contava para meus pais o que a pequena tinha dito, então meu pai riu alto para algum comentário e disse "Sério??". E na hora lembrei dos meus três pequenos alemãezinhos.

Cada dia era algo diferente que inventavam e, apesar de nem sempre ser engraçado e às vezes dar um desespero, foram boas lições - pra eles e pra mim.

Eu gosto de crianças, embora elas sejam irritantes vez e outra. Mas quem não é? E para esse intercâmbio funcionar creio que seja essencial esse gostar e responsabilidade. Você vai cuidar de filhos de pessoas. Não é fácil, mas também não é impossível.

É uma oportunidade fantástica pra que você conheça outra cultura, aprimore o idioma, confie mais em você mesmo. Só precisa ter preparação para isso tudo, tanto para lidar com as tuas futuras crianças e a família como contigo na terra estranha. E no fim vai ser uma experiência e tanto.

Bom restinho de outubro e até a próxima
;D

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20 outubro 2017

Sobre estender por 6 meses com outra família

O objetivo do blog de hoje é contar sobre meu processo de extensão e me disponibilizar a tirar dúvidas de quem está pensando em fechar contrato de apenas 6 meses com uma host family diferente do primeiro ano. Espero com isso amenizar o medinho que eu sei que bate na hora de tomar essa decisão.

Imagem relacionada


Antes de começar o post, é importante dizer que eu estou com a Cultural Care, portanto quando eu falar sobre fluxo de famílias e custos, eu estarei me referindo à esta agência. Mas no geral eu vou tentar trazer informações que ajudem todo mundo.


Eu já me adianto em dizer que se seu único medo é não conseguir match por falta de demanda, pode ficar tranquila(o)! Um dos maiores questionamentos que fazemos sobre esse assunto é se é difícil encontrar host family disposta a acolher uma au pair por apenas 6 meses. Bom, com base na minha experiência, eu posso afirmar que não precisam se preocupar.


Durante o meu processo, eu tive diversas entrevistas, e meu perfil ficou ocupado quase todos os dias. Então, sim, dá para ser seletiva(o). Só porque você vai ficar metade de um ano, não significa que tenha que aceitar qualquer oferta. Se você chegou até o segundo ano, é porque tem experiência de sobra e um inglês acima da média. Seja exigente!


escolhendo o que vestir


Os motivos que fazem as famílias de acolhimento quererem contrato de curto prazo são diversos. Pelo que percebi, os mais comuns são: por serem novas no programa e querem ver se se adaptam; terem criança(s) prestes a entrar na primeira série (cujo período é integral, então logo não vão mais precisar de au pair); e pais com trabalhos sazonais. Este último foi o meu caso. Minha futura host mom trabalha para o Ballet de São Francisco e só precisa de ajuda extra quando a companhia está em temporada de apresentações, que dura exatamente os meus 6 meses de extensão.


Resultado de imagem para here we go again


Custos


Em qualquer extensão, independente de ser com a mesma família ou outra, e independente de ser por 6, 9 ou 12 meses, nós temos que pagar uma taxa de $367 para a agência. Esse valor pode ser pago em cartão de débito ou crédito (mas não aceita Discover). Muitas host families se oferecem para pagar esse valor como presentinho de boas vindas, mas não foi o caso da minha. /chorosa


Já os custos com seguro saúde/viagem são equivalentes à quantidade de tempo que você optar. No meu caso, o seguro completo ficaria por $250, mas eu resolvi não pagar. Ao contrário do que a agência vai dizer pra tentar te convencer a pagar, eu não acho que ele seja tão necessário assim. é que ainda temos direito ao nosso plano básico.


Se você for mudar para um estado muito longe do seu atual e precisar pegar avião, a agência paga essa passagem, mas as bagagens são por sua conta. O meu voo vai ser pela American Airlines, que só dá direito a uma carry-on. A primeira bagagem despachada é $25, e a segunda, $35.


Esses são os únicos custos que eu vou ter.


Créditos, férias e travel month


As férias e os créditos também são equivalentes aos 6 meses. Agora, ao invés de duas, eu só terei direito a férias de um semana remunerada, e a Host Family vai me pagar só até $250 para o curso. Pelo menos dessa vez eu só preciso de 3 créditos, e não mais 6, para completar o programa com sucesso.


Quanto ao travel month, aquele período em que temos direito a viajar pelos Estados Unidos (sem sermos pagas), ainda é válido pelo mês inteiro, e ele vai ser transferido para o fim do seu ano.


-

Então é isso. Espero ter muitos leitores interessados no assunto extensão, pois ainda tenho muito o que falar sobre isso, e principalmente sobre minha mudança para a Califórnia, que acontece no dia 15 de novembro. Me desejem boa sorte!
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19 outubro 2017

Perguntas que eu ouvi no Skype e algumas dicas! Parte 1




Meninas que estão ansiosas com os skypes, esse post é pra vocês! :)

Eu separei algumas perguntas que eu ouvi nos meus dias de Skype e umas dicas sobre o que dizer ou sobre o que não dizer!

Uma das primeiras famílias com quem eu conversei me fez várias dessas e eu me senti super paspalha porque fui pega de surpresa! Não sabia responder quase nada com muita convicção. Por mais que no fundo soubesse meus motivos fiquei com medo de não falar o que achei que os hosts queriam ouvir, sabe?

Depois disso eu fiquei pesquisando em blogs o que as host moms esperavam/gostavam de ouvir e elaborei as minhas respostas. Obviamente que falei verdades, não fiquei inventando mil lorotas só porque soaria melhor, mas foi mais fácil enfatizar qualidades minhas que eu descobri que eram valorizadas pra essa posição e objetivos que eram compatíveis com o programa!

E ai eu pratiquei... ficava pensando nas perguntas e respondendo em voz alta! Me ajudou muito! Porque mesmo que outra família não fizesse exatamente a mesma pergunta eu sabia a linha de pensamento que eu estava seguindo. E eu também me sentia mais segura quanto ao inglês mesmo!

Porque se enquanto eu estivesse praticando eu sentisse dificuldade na pronúncia de uma palavra ou não conseguisse encontrar o termo que eu queria usar eu já resolvia isso antes! Jogava no google, via videos pra entender os sons... Nos outros skypes eu me senti muito mais segura!

Então vamos as perguntas?

Porque você quer ser uma au pair?

Don't:


Pra comprar as "brusinha" tudo nos outlet e party hard em vegas nas férias!


...


Do:

Eu sempre tive vontade de morar em outro país e vivenciar outra cultura! E como eu adoro estar com crianças, achei que seria o programa de intercâmbio ideal!
É óbvio que todo mundo quer comprar "brusinha" no outlet e conhecer Vegas, mas acho que todas sabemos que não precisa falar pra host family no primeiro Skype né? haha

Também vale falar que tem vontade de estudar fora, fazer curso na sua área... Mas acho que o principal foco dessa pergunta é entender porque você escolheu esse intercâmbio especificamente. E o diferencial desse programa é que, você estara cuidando de crianças! Portanto eu acho essencial frisar que sim, você tem consciência que as kids vão ser uma parte super importante do seu ano como au pair! E que, você gosta delas! hahah

Se um dos seus maiores objetivos é viajar eu incluiria na resposta da pergunta de baixo ou alguma parecida!


O que você espera do seu ano como au pair?


Eu falei que gostaria de viajar o máximo possível e fazer cursos na minha área. Que gostaria de aperfeiçoar meu inglês. Que esperava me conhecer melhor, crescer como pessoa e profissional... Esse é o momento de falar sobre os seus objetivos e sobre as coisas que você quer realizar durante esse período, não precisa focar nas kids!

O que você gosta de fazer no seu tempo livre?

Eu disse que gostava de ler, ficar em casa vendo filme, cozinhar, sair com os meus amigos pra jantar ou pra ir ao pub, conhecer lugares novos, ver shows ao vivo, viajar... não fui muito criativa! haha

Mas se você adora ir pra museus, exposições de arte, se você faz yoga ou veleja(vai saber!hahah) ou tem algum hobby tipo tricot e artesanato conta pra family!

Essa é bem tricky! Seja sincera mas meça suas palavras parça... hahaha
Se você disser que é super caseira e adora passar tempo com a família  pode ser que a sua host family queira te incluir em toooodos os passeios e almoços de domingo deles. Se é isso que você espera, ótimo! Mas se está dizendo isso só pra parecer "boa moça" pode ser uma furada.

Se você gosta de sair pra night é bom falar pra family sim, obviamente que não colocar como atividade favorita né hahahaha Mas é bom confirmar que eles não tem curfew. A minha family me disse que eu podia sair quando quisesse, voltar a hora que quisesse, contanto que estivesse bem pra cuidar das kids no dia seguinte! Eu tentava sempre entrar da maneira mais silenciosa e nunca perdi a hora ou apareci pra trabalhar com uma ressaca monstra... haha

O post acabou ficando maior do que eu imaginei, então continuo ele mês que vem!

Beijos!

https://www.instagram.com/brunatoriello/
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18 outubro 2017

Morando com britânicos nos Estados Unidos



Olá gente!
Como vão?
Bem, eu sou au pair nos Estados Unidos, porém minha host family é da Inglaterra! Isso mesmo, britânicos que moram há 6 anos nos Estados Unidos.

Antes de ser au pair, eu havia apenas viajado para a terra do Tio Sam e para o Canadá, ou seja, aprendi na maioria inglês americano, com sotaque americano, tudo americano. 

A maioria das pessoas sempre me fala que meu inglês é super bom e que nem sempre dá para perceber que sou brasileira, etc etc etc., mas mal sabem elas o quanto eu passo de perrengue e quanto bullying sofro pelas minhas host kids , especialmente quando falo algo e elas me corrigem da forma “certa” britânica (como quando eu falei para elas colocarem as “panties” e a mais velha de 5 anos falou “você quis dizer ‘knickers’, você já deveria saber isso depois desse tempo todo, né Bia?”. OK, OK).

Antes de embarcar para cá, fiquei com medo de não entender o sotaque da galera, de fazer papel de troxa para a host family, de não conseguir me expressar, de falar X quando na Inglaterra significa Y, enfim. Mas hoje não me importo mais, já que tudo isso aconteceu comigo. hahaha


Além de ser uma “nova língua”, é uma cultura totalmente diferente, uma nova vida que tanto eu quanto eles estamos aprendendo a lidar…

Em relação aos costumes deles, é lei todo dia chá com leite às 5 horas (quando a hosta está em casa), enquanto que o hosto já está mais americanizado e anda com a caneca de 30 litros de café para cima e para baixo.

Também a estranha bebida com pepino e tomate toda noite (basicamente um drink feito de Gin, laranja, limão, maçã, hortelã e pepino), estranhozinho, mas rotineiro.

A maneira que educam as crianças é bem diferente da maioria das famílias americanas, também. Vi muita família americana que descaradamente mimam os filhos. Eu sei que nem todos são assim, mas a maioria que conheci são. Os britânicos já são mais “pulso firme” e me lembraram bastante as famílias brasileiras. Quando dizem “não” para a kid, realmente querem dizer não e nada vai mudar, independente de choro, birra, berros. Não é não.

Mas não posso reclamar nadinha da minha host family. NADINHA. Ao contrário do que muita gente diz sobre os britânicos serem frios, sérios e não muito amistosos, os meus hosts me provaram o contrário. Nunca me senti tão em casa estando fora de casa. 

A hosta me abraça, me faz chá depois de um dia puxado com as kids, além de conversarmos sobre várias coisas. Meu hosto está sempre alegre, contando piadas, falando sobre séries, fazendo piadinhas e dançando com as kids. Aprendemos juntos sobre a cultura americana e nos divertimos com isso.

E o melhor de tudo de morar com eles, é que tenho a experiência única de vivenciar duas culturas diferentes ao mesmo tempo!

Um beijo e até o próximo post!
Instagram: biatumenas


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15 outubro 2017

Apresentação + Por que escolhi ser au pair na Bélgica?

Eu no Palácio Real de Bruxelas em Novembro 2016.
Olá leitores do blog! E se você é novo aqui que nem eu, seja muito bem vindo.

Tá curioso pra saber quem eu sou e como eu vim parar na Bélgica? Então senta que lá vem história.

Me chamo Valeska Monteiro, tenho 25 anos, sou de Santos-SP, cresci em Praia Grande-SP (super perto de Santos), sou formada em Comércio Exterior e trabalhei na área por cerca de 4 anos antes de resolver largar tudo pra ir pra Bélgica.

Minha história é a seguinte. Desde adolescente eu sempre achei a Holanda um país maravilhoso e dizia pra mim mesma que um dia iria visitá-la. Você deve estar pensando neste momento: "Mas pera aí Valeska, o que a Holanda tem a ver com sua mudança para a Bélgica?" Eu te respondo: Tudo.

Aos 21 anos e com o coração partido, nada conseguia me trazer de volta a Terra, até que resolvi que precisava de alguma meta pessoal pra cumprir a curto prazo; eu precisava de um objetivo, uma razão pra acordar todos os dias, ir trabalhar e superar algo que eu não conseguia me livrar. Foi aí que decidi: "Vou pra Holanda daqui 1 ano". A partir desse dia minha vida nunca mais foi a mesma.

Comecei a economizar e colocar dinheiro na poupança todo mês, as vezes 2 vezes por mês, porque eu queria realmente viajar nas minhas próximas férias. Pra minha família e amigos foi muito curioso saber que eu, uma jovem de 21 anos, que nunca havia saído do estado de São Paulo, jamais tinha andado de avião, morria de medo de voar (ainda tenho muito medo), não tinha nem começado o curso de inglês ainda, ou seja, sabia o básico do verbo to be + do + did + will e só, iria fazer uma viajem internacional para a Holanda.

Eu em Amsterdam, Dezembro de 2015.
Bem, acreditem ou não, depois de 1 ano eu fui com a cara e muita coragem pra belíssima Amsterdam, Holanda. Meu inglês estava razoavelmente bom, e eu curti muito minha viagem. Tanto que depois de 1 ano lá estava eu de novo, no mesmo lugarzinho que ganhou meu coração. Mas segura aí que vou contar sobre isso mais pra frente.

Meu coração já não estava tão quebrado assim, e fui para a Bélgica a convite de um crush e, me apaixonei pelo Grand place, xmas market em Bruxelas e Ghent (os dois lugares que visitei na primeira vez que estive na Bélgica por 5 dias) + pelo crush é óbvio.

Por motivos de diferença cultural, meu inglês não tão bom assim e etc, eu e o crush não demos certo, mas eu sabia antes de botar meus pés na Holanda e na Bélgica que eu definitivamente queria morar na Europa.

Voltei pro BR cheia de histórias pra contar, com o coração partido novamente e com um desejo incontrolável de voltar. Comecei a pesquisar todos os meios de me mudar pra Holanda e agora tinha mais uma opção, a Bélgica. Sim, pois além do crush, eu realmente tinha adorado a Bélgica. Foi aí que eu decidi, vou ser au pair.

Primeiro comecei procurando família na Bélgica, por agência, sem agência, de todos os jeitos. Já tinha passado 6 meses que eu tava de volta no BR e nada de ter match com nenhuma família. Eu tava ficando desesperada, cansada da minha vida no BR (que não era e nunca foi ruim, mas eu tava saturada), e então me inscrevi em uma agência de au pair na Holanda. Tava tão difícil achar família na Bélgica, que eu pensei: "Quer saber, meu crush já era, eu amo a Holanda...vou pra Holanda".

Resultado: não fui aceita pela agência quando tava na reta final do application e meu mundo caiu. Com a fé bem abalada, mas a esperança sempre viva, eu resolvi deixar a vida me levar. Continuei inscrita nos sites e agências de au pair na Bélgica, mas eu resolvi que ia mudar a minha vida fora ou dentro do Brasil.

Planejei uma nova viagem para Amsterdam de férias (pq não sou obrigada haha) e me candidatei para uma vaga que me daria mais oportunidades (ainda na empresa que eu trabalhava). Fui entrevistada, estava aguardando o resultado da entrevista naquelas "se der certo deu, se não der não era pra ser" e pasmem, depois de 9 meses procurando por família recebi o e-mail de uma família na Bélgica que estava super interessada em mim. O assunto do e-mail era: "Valeska, are u our new au pair?". Fiquei como, em prantos de tanta emoção.

Resumindo, conversei com a família por menos de uma semana, decidimos pelo match, fizemos 1 skype depois do match (risos) e foi assim que vim parar na Bélgica. Como estava com viagem marcada para Amsterdam e Rotterdam, primeiro eu passei 1 mês viajando até chegar na casa da família.

O carinha que era crush não é mais meu crush graças a Deus (risos), mas agradeço por tê-lo conhecido, pois do contrário eu jamais teria me interessado em conhecer a Bélgica e jamais teria conhecido meu crush eterno. 

Antes de vir para a Bélgica eu já tinha definido que daqui eu iria ser au pair na Holanda, pois não queria voltar pro BR em menos de 2 anos. Na verdade, eu pensava em fazer minha vida na Holanda e ficar por lá. 

No meio do caminho conheci meu namorado aqui na Bélgica. Ele voltou pra Suécia, seu país de origem, e eu mudei meus planos de ir pra Holanda (amo a Holanda, mas já tive oportunidade de visitar 2 vezes, então vou abrir espaço pra novos lugares haha) e agora estou no processo de au pair na Suécia "in name of love" e também porque a Suécia é um país incrível e muito lindo. Btw, se você não conhece a Suécia deveria.

Meu ano como au pair na Bélgica termina no final de dezembro e eu posso dizer que sou feliz aqui. Eu me adaptei muito bem com a vida na Bélgica; é um país acolhedor e eu viveria aqui por anos e anos. Comparado com a Holanda, a Bélgica não é tão linda assim, mas definitivamente é um país bom de se viver e mais barato que a Holanda.

Para aqueles que querem saber se eu recomendo a Bélgica, eu recomendo muitíssimo. É um país super centralizado, de fácil acesso para viajar, do lado você tem Alemanha, Holanda, França e Luxemburgo. Só atravessar a divisa e você conhece 4 países. 

Sentirei muita falta daqui, mas tenho certeza que irei me apaixonar pela Suécia, assim como me apaixonei primeiro pela Holanda e consequentemente Bélgica.

Essa sou eu e minha história. Espero que vocês tenham gostado e de certa forma se inspirem a tirar seus sonhos da gaveta e realizá-los. Não há nada mais prazeroso na vida do que dizer "Eu consegui".

Pra você que quer ler mais histórias como essa e muito mais, eu tenho um blog pessoal chamado Viking Brasileira, onde posto sobre minhas experiências, sobre a Suécia, au pair, visto, comida, música, cultura, viagem e etc. Me sigam lá e acompanhem o passo a passo de uma brasileira prestes a virar Viking na Suécia.

Um beijo carinhoso e espero vocês nos dias 15 e 30 de cada mês.
Tot dan (see you then)!

By Valeska Monteiro
E-mail: vikingbrasileira@gmail.com
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13 outubro 2017

Dias de Luta, Dias de Glória.

Oi gente! Queria compartilhar com vocês um texto que está dividido em duas partes pois foi escrito “à prestação”, em dois momentos totalmente distintos, com pensamentos e sentimentos bem diferentes...foi divertido e espero que se identifiquem com a minha bipolaridade rs.

Parte I
Ansiedade de Au Pair é mesmo uma coisa muito doida, que mexe com o nosso psicológico, nosso físico, tudo. Parece mulher grávida (ou os vampiros de Crepúsculo): tudo aumenta, tudo parece extremo, a flor da pele e o Mr. Drama corre solto. 

Cansei de ler depoimentos sobre o assunto e sabia que era uma questão de tempo para me sentir assim, visto que sou a Rainha da Ansiedade. Passei os últimos três dias super feliz, sassaricando, fazendo planos mirabolantes - para hoje já estar numa mini bad. 

Explico: acontece que na quarta-feira a agência comentou que teria uma família interessada em conversar comigo. Eu já havia feito 1 skype na semana anterior com uma família e estava aguardando, na expectativa. Também estava trocando mensagens com uma família pelo APW, combinando skype. E agora seria uma nova family.  Perguntaram se eu gostaria de conversar com essa nova family no domingo. Eu super aceitei, claro! Estamos aqui pra isso. Li o perfil da nova família, me empolguei e já pensei: “tanto faz, gostei de todas até agora". Fiz listas de perguntas e ensaiei meu discurso - daria o meu melhor.

Fiquei esperando a confirmação do skype por parte da agência¹ na quarta, na quinta e hoje (sexta) o dia todo. Não recebi. Sem confirmação, sem skype. Também não recebi mais retorno das outras. Será que as famílias desistiram?
E aí, como fica meu emocional? Ah, fica daquele mesmo jeito como quando você acha que achou o boy magya DA VI-DA...sóquenão

E é sempre assim, essa mistura de planos incertos com pensamentos positivos. A gente não quer criar expectativas pra não se decepcionar, mas também não consegue ser indiferente à situação...eita lasqueira! 
E assim a gente segue, os planos seguem, o baile segue. Apesar de umas desanimadinhas de vez em quando, a cabeça tá sempre erguida, os olhos lá na frente com uma certeza: uma-hora-vai-dar-certo! 
É aquela velha história que sua mãe vive repetindo de que “tudo tem seu tempo” e que na hora da raiva você só consegue pensar: “hora certa é o caramba - eu quero agora!!”.  

Enfim, foi mais um aprendizado, um teste psicológico. Aliás, processo de Au Pair poderia ser prova de resistência de BBB - porque haja resistência! :) 
Para quem está lendo e está na mesma, bom para saber que quantidade não quer dizer nada, e que não é porque uma ou várias famílias demonstraram interesse, que a coisa vai dar certo, e logo. 
E amiga (o), tudo bem se sentir triste às vezes. Só não vale deixar o desânimo tomar conta! #foco
¹no meu caso, a agência que intermedia o agendamento dos skypes.

Parte II 
(Continuação do texto acima 3 dias depois)
Só pra compartilhar que...I HAVE A MATCH! YEAAH \m/ 
Vou deixar pra contar, detalhar, explicar num próximo post, mas só posso dizer que estou incrivelmente feliz, (que sentimento mais gostoso!) e que de fato as coisas acontecem no momento certo e da forma que precisam acontecer, mesmo quando parecem estar confusas.
Não existem dias de glória sem passarmos pelos de luta. É só manter o foco e pensar sempre positivo.
Em três dias passei por um mix de sentimentos: ansiedade, decepção, tristeza, esperança, mas é o de felicidade me define hoje. 

See you soon! And do not forget: positivemind, positivevibes - positivelife

Meu insta: daianitobaldini



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11 outubro 2017

Inglês na Holanda

Olá pessoal, tudo certinho? Hoje eu vou falar sobre um assunto que está sempre no ar: aprender/melhorar/falar inglês na Holanda. Essa dúvida é normal, foi minha, dos meus amigos, da minha família, das futuras au pair e por isso eu decidi trazer esse assunto novamente aqui, agora com a visão de quem morou na Holandinha por um ano - há 2 anos atrás - , estudou holandês por cinco meses e chegou lá com um inglês mais ou menos. 


Quando eu estava no processo eu odiava ouvir/ler que a Holanda não era país para quem tinha inglês como foco principal. Eu sempre pensava que o povo era exagerado e que com certeza seria tranquilo "aprender" inglês lá, até por que, na minha cabecinha ingenua, quase ninguém falava holandês lá. 

Tomei na cara! Porque o holandês é a língua oficial da Holanda, e sim, todos falam holandês lá. Mercado é em holandês, placas são em holandês, anúncios no trem são em holandês, televisão é em holandês, TUDO é em holandês! Mas calma, o pessoal de lá - além de muuuuito louco - fala inglês. Aliás quase todo mundo fala inglês muito bem lá. 

Então mesmo que o holandês esteja por todos os lados, é possível melhorar o inglês, até porque a maior parte das suas comunicações serão em inglês (conversa com os hosts, amigos, vizinhos, ajuda no mercado, nas lojas, etc), a não ser que seu foco seja o holandês. Apenas saibam que apesar de todos falarem inglês, a Holanda não é um país de língua nativa inglesa, então é bem provável que vocês ouçam os seus amigos e até os seus hosts falando algo errado vez ou outra, o que não é bem um problema. 

Eu acho que muita gente diz que a Holanda não é país para quem quer focar no inglês, justamente pelo fato de não ser a língua oficial, o que pode tornar o aprendizado mais lento, já que você não vai ver/ouvir tudo ao seu redor em inglês, mas não impossível. Por isso quanto melhor for o seu inglês, maiores serão as chances de melhora-lo lá. Então, na minha humilde opinião, caso o seu inglês não seja o básico, do básico, do básico, você com certeza conseguirá dar um up legal lá. 

Mesmo não tendo estudado inglês durante o meu ano de au pair na Holanda, eu consegui melhorar muito o meu inglês lá. Aprendi muito no dia-a-dia, conversando com meus hosts, com meus amigos, lendo, ouvindo, praticando. Então meus queridos, se joguem!  É isso ae galera, vejo vocês por ai! Até mês que vem, dia 11, kusjes. 


camihfeer@gmail.com



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09 outubro 2017

Quais são as principais perguntas de quem vai ser au pair?



Hey! Depois de quase 3 anos sendo Au pair na Holanda, Inglaterra e agora Bélgica, principalmente depois que criei meu canal no youtube (CLIQUE AQUI), eu tenho recebido muitas perguntas de meninas que querem ser au pair, e resolvi reunir aqui as perguntas que eu mais recebo, e talvez possa ser a sua dúvida também. Vamos lá!


Qual o melhor jeito de encontrar uma host family na Europa?

Na verdade isso depende muito de país pra país. Mas acredito que o site aupairworld seja o melhor jeito de encontrar uma host family. Claro que você pode também se cadastrar em agências, ou procurar anúncios no facebook. Mas o APW é bem mais efetivo.


É arriscado fazer o processo sem agência?

Isso depende muito! Sempre falo que o principal de tudo é não transferir nenhuma quantia de dinheiro pra host family, faça sempre skype, se tiver alguma amiga já na cidade da host family pede pra ela passar pela casa e dar uma olhada, e tenta resolver toda a documentação em relação ao visto antes de ir. Uma família fake não vai chegar até essa fase.


Crianças grandes ou pequenas?

Olha, na minha primeira HF eu tive dois grandes e dois pequenos. E não tem coisa pior. Os mais velhos vão agitar muito os mais novos. E eu sou apaixonada pelos meus bebês Holandeses, mas cuidar de neném é tão cansativo quanto amável. Não existe amor igual ao de um bebê, e sinto muita falta de ouvir "Ingy waar ben je?". É muito amor! Mas hoje eu tenho só duas kids nas idades 6 e 9 e adoro. Eles são super independentes, eu só preciso comandar. Então, crianças grandes!!!!


Europa ou Estados Unidos?

Aaaah isso vai depender muito do que você quer fazer no seu ano de au pair. Eu acredito que USA seja maravilhoso pra fazer compras, festas, shows e etc. Mas ser au pair aqui na Europa te da a oportunidade de conhecer países diferentes. O salário de au pair na Europa é menor, mas na maioria dos países são apenas 30 horas, e no USA são 45 horas semanais, isso é puxado pra caramba. Sou Team Europa!


O que levar na mala do Brasil?

Leve as coisas que você mais usa. Não se preocupe tanto em levar comida, por que a maioria dos países tem lojas brasileiras, restaurante e etc. Quando fiz a minha mala eu levei coisas que precisaria na primeira semana, então pra não gastar meu dinheiro comprando coisas básicas eu levei tudo comigo. Leve suas roupas de verão também, faz calor no verão e você vai querer seus shortinhos.


O que levar de presente pra host family?

Foca nas crianças! Procure saber o que eles gostam, e tentar achar algo brasileiro que combine com isso. Por exemplo: eu sou Tricolor, então levei duas blusas do Fluminense para os mais velhos, e pro bebê um uniforme de jogador e um boneco de pelúcia com a camisa do Fluminense. Para os pais eu dei 3 canecas de café com as cores do Fluminense. Adoraram, e usaram tudo. Depois nasceu outro menino e o uniforme ficou pra ele.


Como é a adaptação em um país que não tem inglês como primeira língua?

Pelo menos na cidades que morei e visitei da Holanda e da Bélgica a maioria da pessoas sabem inglês. Então é bem tranquilo. No começo você fica meio perdida no trem, no supermercado mas depois acaba pegando o jeito.


Da pra viver com o salário de au pair?

Dá sim! Se organizando e listando as prioridades de cada mês consegue viajar, comprar algumas coisas e aproveitar o país.


Quero ser au pair, mas tenho um inglês bem básico, o que fazer?

Acredito que o pior problema de ter um inglês básico, é o skype. Você vai precisar saber se expressar em inglês no skype, e se não conseguir é bem provável que não consiga o match. Ou vai se limitar a encontrar uma família onde um dos pais fale português. Comece a praticar inglês em salas de bate papo, isso ajuda muito!


Quais são as principais dicas pra encontrar uma família rápido pelo apw?

Preencha o seu perfil com calma e com detalhes interessantes pra chamar atenção da família. Coloque fotos com crianças fazendo alguma atividade, fotos com a sua família também ajudam muito. E mande mensagens que te diferenciam de outras meninas.

Espero que vocês tenham gostado desse post, e AH EU AGORA TENHO UM BLOG contando toda a minha experiência aqui na Europa, e toda semana tem um post novo. Me acompanhem lá também!!


WWW.INGRIDCOSTABLOG.COM

E me sigam no instagram @ingridcostablog pra ver as fotinhas linds, e se inscrevam no meu canal do youtube. Ingrid Costa

Até o próximo dia 9!

Beijos,

Ingrid Costa.












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05 outubro 2017

Maquina do tempo: última semana nos EUA

    No dia 24 de setembro fez 8 anos que eu embarquei de volta para o Brasil. Dia 25 de setembro de 2009 pisei em solo brasileiro depois de 9 meses na terra do Tio Sam.
    Essa semana, do dia 24 ao dia 28 de setembro é uma semana especial, e hoje vou contar para vocês como foram meus últimos dias nos EUA e a como foi a minha chegada no Brasil! Vou tentar fazer tudo em um post, mas se ficar muito grande, dividimos em 2x sem juros no cartão! =DD

    Primeiramente, deixe eu me apresentar! Meu nome é Júlia, fui au pair em 2009, hoje sou psicóloga e trabalho com assistência emocional online para intercambistas e pessoas que moram fora. Senti na pele a necessidade de um acompanhamento profissional durante o meu intercâmbio, vejo essa necessidade nos grupos que acompanho e principalmente, vejo como as pessoas que tem esse acompanhamento aprendem a lidar mais facilmente com as dificuldades naturais que o intercâmbio propõe.
    Mas vamos lá! Vamos ao assunto principal do post! Bem, eu já estava em rematch na casa de uma coordenadora, era o meu 7º mês. Ah! Era o meu 3º rematch.
    Esta coordenadora era uma pessoa muito bacana, mãe solteira de 4 meninos adoráveis e de um labrador lindo! Durante este período, conheci uma au pair da Ucrânia, e ela também ficou por lá um tempo.
    Well, eu já estava indo para a 3ª semana de rematch e nada de famílias. Não tinha entrado em contato com sequer 1 família durante aquele período, então, já comecei a trabalhar comigo mesma a possibilidade de ir embora.
    
 
  Como estava bem perto de NYC, decidi que naqueles últimos dias, eu ia curtir, e fui para lá todos os dias. Não lembro exatamente a ordem, mas em um dia fui em uma bestbuy, comprei uma câmera nova, pois a minha ex kid havia quebrado a minha (e descobri isso horas antes de embarcar para o cruzeiro nas Bahamas, imagine que alegria! Sorte que as memórias que tenho daquele lugar nada e ninguém pode quebrar e nem apagar). Comprei também o meu primeiro apple: um Ipod touch, coisa mais linda de viver! Logo depois, encontrei algumas amigas, turistamos pelo central park, andamos de "carruagem bicicleta", fomos no LOVE NYC, dançamos com os mexicanos na mexican parade (tipo um Brazilian day dos mexicanos), fomos na estátua da liberdade! Algumas meninas estavam chegando nos EUA, no comecinho do programa, enquanto eu tentava digerir o final prematuro do meu.

   No outro dia, vi que ainda tinha muito o que fazer e explorar por NYC, e voltei para lá sozinha mesmo. Fui no museu de cera, que era um lugar que já estava querendo ir e adorei! E de tardezinha veio a dúvida: subir no topo do Empire State Building ou assistir ao musical do Rei Leão? Eu estava considerando que aquela seria a minha última chance, minha última vez em NYC, talvez até nos EUA (drama queen) e optei pelo Rei Leão, que é um filme que fez e faz parte da minha vida (até hoje sei boa parte do filme decor), e não me arrependo da escolha! O musical é lindo, e já na primeira nota cantada, fui tomada por um sentimento enorme de nostalgia que não sei explicar com palavras, e só o que veio naquele momento foram lágrimas (no final até vieram perguntar se eu estava bem, de tanto que chorei hahaha)! É incrível, lindo! Super recomendo, apesar do chororô!

    Fui embora naquele dia prestando mais atenção em tudo, em cada árvore, cada rua! Lembro que algumas ruas tinham nomes de pilotos de formula 1! Nunca assisti, mas sempre ouvia meu pai falar! Cheguei em casa, dormi e no dia seguinte cedo, a coordenadora veio falar comigo.
Ela foi bem sincera, e como eu não havia estudado nada, não tinha créditos completos, não seria possível estender o programa, e que por essa razão, nenhuma família estava entrando em contato comigo. Eram só, praticamente, 4 meses left! É, depois dessa conversa, aquilo que eu já estava trabalhando em mim aconteceu: eu ia voltar para o Brasil.
                                             (O Rei Leão e meu Ipod <3)
    Confesso que a primeira coisa que me veio na cabeça foi o fracasso. Até arrisco dizer que ele foi quase que inevitável; mas hoje, rebobinando a fita dos meus 9 meses de intercâmbio posso, com certeza, mudar essa palavra para uma frase: termino de um ciclo.
    Antes disso, dei tchau para a au pair da Ucrânia, que havia conseguido uma família. Dividimos o porão da casa praticamente como irmãs, e passávamos o dia todo juntas. Apesar do pouco tempo de convivência (3 semanas), senti bastante a despedida, principalmente porque foi a primeira pessoa para quem dei tchau com aquela dúvida (quase certeza): será que vou ver de novo?
    Alguns dias depois outra amiga foi me dar tchau, e procurei o tempo todo pensar que não era uma despedida, não queria chorar, não queria que doesse! Essa amiga foi a minha grande parceira de intercâmbios, playdates, dividir subways na praia, rir de Mr Bean em onibus de excursão de chineses, etc; mas pensar que não terminaria ali ajudou, nossa! Como ajudou!


    Não lembro exatamente que dia era, mas logo comecei a arrumar minhas coisas. Com a ajuda de uma amiga brasileira (que também foi uma grande parceira) consegui uma empresa que enviava as caixas para o Brasil (não lembro o nome), comprei duas caixas enormes, milhares de “space bags” (aqueles sacos plásticos para embalar à vácuo) e encaixotei boa parte das minhas coisas. O restante coloquei nas malas e em um piscar de olhos estava eu, dentro de um carro (era tipo um uber, não sei se era motorista da agencia) e fui preenchida por um sentimento enorme de gratidão por aquela coordenadora e sua família, que dividiram uma parte de suas vidas comigo durante aquele tempo. 

    Eu não gosto muito de falar que estive em uma “família perigo”, não culpo somente a hostfamily por não ter dado certo, mas sem sombra de dúvidas, o cuidado e atenção que recebi naquelas 3 semanas fizeram a diferença (principalmente porque PASMEM, essa não era a minha coordenadora, era uma outra coordenadora, pois por alguma razão a minha coordenadora não ofereceu suporte que precisei – mas isso é outra história, né).

    Lá no aeroporto, encontrei uma colega que cresceu comigo durante a infancia, também era au pair, mas estava encerrando o 2º ano e voltando para o Brasil e estávamos no mesmo vôo. Acho que foi a sorte, pois confesso que não lembro até hoje como fui parar naquele avião! Provavelmente eu fui guiada por ela! Mas o restante eu lembro muito bem! Vôo com escala em Atlanta, eu sentada na poltrona do corredor e uma criancinha chorando com medo da decolagem....


                                                                                       Continua dia 05/11

(Pessoal, ainda tem muita história, poltrona quebrada no voo, mudança de portão de embarque em cima da hora do voo em Atlanta, choro, despedida, reencontro com a família, e vou contar também porque a semana toda é importante, e não só os dias 24 e 25! Enfim, muita, mas muita coisa e contarei mais para vocês no próximo dia 05)! Até lá! Beijos!!

Júlia B. Benedini - Psicóloga 

(CRP: 08/14965)




   
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