Pessoas que largaram tudo para se aventurar nesse mundão de Au Pair!

Inserir ou não o Au Pair no currículo?

O que as empresas precisam ultimamente é de gente inteligente e que aprende rápido. E esse tipo de habilidade nós, au pairs, temos de sobra!

Au Pair na Europa

Você tem mais que 26 anos? Não tem CNH? É casada ou tem filhos? Ou também não tem como comprovar sua experiência com crianças? Talvez fazer o programa de Au Pair na Europa seja uma boa alternativa pra você.

Agências para os Estados Unidos

Tudo sobre diversas agências que fazem o programa de Au Pair para os Estados Unidos.

31 dezembro 2015

Retrospectiva 2015

Mais um ano se passou!

Hoje vamos fazer uma retrospectiva dos posts mais acessados de 2015, para quem leu, ler de novo e para quem não leu, aproveitar!

# 10: A Sthela, que não está mais no blog, falou como foi o processo de match dela e deu dicas para as futuras Au Pairs!

#9: A Juliana, nesse post extra, contou como era o dia a dia na host family que ela cuidava de 4 crianças!

#8: A Mariana, que não está mais no blog, contou a história dela, de advogada no Brasil a babá nós EUA!

#7: A Juliana contou como o programa de Au Pair a ajudou a virar uma celebridade!

#6: A Suellen listou as coisas que ela mais odeia nos EUA!

#5: O Matheus conta um pouco de como é ter hosts gays!

#4: Mais um da Juliana, que contou como foi o primeiro beijo dela... Mas em um americano!

#3: A Camila retornou ao Brasil, mas com 15 malas!

#2: A Vanessa, que retornou ao blog depois de um tempo ausente, contou os casos mais assustadores do mundo Auperiano!

E a medalha de ouro vai para...

#1: O Matheus listou 14 tipos de Au Pair nesse post, que rendeu o recorde do ano em visualizações e muitas risadas! 

A Equipe do Blog das 30 Au País deseja a todos um 2016 cheio de matchs, aprendizados, host families boas, kids obedientes, viagens, compras e muita diversão!

Não esqueçam de curtir a nossa página no Facebook e receba atualizações diárias do que está rolando por aqui!






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30 dezembro 2015

Em clima de natal

Sabem, eu nunca fui muito de gostar de feriados, principalmente aqueles que faz lembrar de familia, como o Natal por exemplo.
No Brasil todo ano a gente se reunia, ou com a familia do meu pai ou da minha mae, e era sempre festao, a minha familia sempre foi muito de festa e reunir em aniversarios, ou finais de semana, casamentos, feriados enfim, eu estava sempre ali com eles. Nunca teve nada de mais.
Aqui nos estados unidos eu cheguei em Novembro, logo que eu cheguei ja teve o Thanksgiving, e depois natal. Eu senti algo tao especial, eles nao comemoram so por comemorar, so para reunir pessoas, ou so pra matar um dia de trabalho. Aqui eh diferente.
As festas sao feitas por todos, e nao uma so pessoa. Aqui uma pessoa oferece a casa, e as outras repartem o que vao comer, e eles sempre tentam agradar todos os gostos. Tem desde aperitivos ate a sobremesa. Cada um tras a sua bebida seja alcoolica ou nao. E eu acho muito legal repartir isso para nao ficar a responsabilidade so para uma pessoa e depois ainda sairem falando mal, igual faz no Brasil muitas vezes.
Bom, este ano eu cheguei a conclusao que eu AMO o natal! O meu mes favorito depois de Novembro, que eh meu aniversario, eh o natal!
Porque gostar tanto do natal? Aqui te falo muitos motivos! Bom nao vou inumerar os meus motivos mas eu vou falar varios pelo qual eu em particular prefiro o natal aqui do que no Brasil.

- Natal no Brasil todo mundo depois do dia 20 ja quase nao existe para o trabalho, ja estao em clima de ano novo,tudo eh festa, todo mundo querendo ir pra Praia, e o natal eh comemorado na noite do dia 24. Nada de mais ne!? Eu amo passar natal com minha familia, mas eu nunca senti que teve clima pra isso, sempre foi clima de: TODO MUNDO ESTA DE FERIAS!

- Nos estados Unidos, passar natal aqui eh gratificante, foi a melhor sensassao de feriado da minha vida!
Logo depois do Thanksgiving as pessoas tem um "ritual", gracas a Deus a minha Host Family eh de mais aqui, eu realmente me sinto parte da familia, e pude acompanhar de perto este "ritual".
Bom logo apos o ThanksGiving nos fomos a uma Christimas Tree Farm, que eh uma fazenda de arvores de natal, e la voce pode escolher a arvore, tem de todos os tamanhos ,para voce colocar na sua casa, entao a qual voce gostar voce corta e paga (acho que eh no max $20,00) dependendo do tamanho da arvore. Entao voce leva para casa, eles tem todo um esquema de colocar no carro e tals.
Depois eles fazem a decoracao da arvore, mas a maioria das pessoas aqui AMAM ornament, que eh os enfeites, inclusive se voce esta pra vir isso eh um otimo presente para a sua host Mom pois eles amam! E nao estou falando de bola de natal nao, pois no Brasil as arvores sao decoradas so com bolas, em alguns lugares aqui tambem, mas nas casas eu sempre vejo diferentes tipos de Ornaments como esta na imagem ao lado, que eh a arvore aqui de casa.
Aqui em casa a gente so nao fez a decoracao como ela foi falando onde adquiriu todos os Ornamets, tem de todo lugar, pois a cada lugar que ela viajava ela comprava ou ganhava um, entao quase todos tem uma historia, inclusive ano passado quando cheguei, ela comprou um da bandeira do Brasil, eu quase chorei que agora eu fico como um pedacinho da historia deles.
Agora imaginem todo este ritual com uma musica de natal ao fundo! (dingobel dingobel rock) quero chora de tanta emocao, tudo o que vi em filme esta acontecendo na vida real.
Alguns ainda enfeitam as casas no lado de fora, outros nao. 
Mais uma situacao que eu amo o natal aqui. Eles fazem cookies igual nos filmes, escutando musicas de natal, quem me acompanha no SnapChat, viu ano passado como foi este ritual tentei mostrar o maximo! Foi muito gostoso. E no dia 24 eles saem entregando pouco dos Cookies para os vizinhos, sim igual de filme.
 Alguns ainda enfeitam as casas no lado de fora, outros nao.
No ano passado passei com a familia dos meus Hosts, entao uma das familias nao se importa de comemorar no dia 24 a noite, como faz no Brasil, e a outra familia prefere comemorar no dia 25, e trocar presentes no dia 25 e bricar e familia reunida, ai que gostoso eu podia viver esse clima de natal todos dias haha
Sem contar que estar frio ajuda todo esse clima gostoso de natal, e em alguns lugares realmente neva no natal, ano passado nao tive a sorte de ver nevar no natal, mas estava bem frio, estava bem gostoso, clima perfeito igual eu sempre sonhei, igual eu sempre vi em filmes, e quero dizer que a maioria das coisas que voces veem em filmes aqui realmente acontece na vida real. 
A arvore de natal geralmente eh desmontada ate o dia 06 de janeiro, nao eh uma regra, mas geralmente as pessoas desmontam nessa data ou antes.
Feliz natal pra voces, e um prospero ano novo.

SnapChat:Suellen Fuzer
Instagram: @sufuzer















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29 dezembro 2015

Tudo novo, de novo!!!

Bom, na última postagem eu contei como foi meu processo de rematch e quando contatei minha atual família. Falei com a minha nova hosta, e como já disse, ela foi um amor comigo, pareceu muito atenciosa e amigável. Eu estava na Virginia na casa de uma amiga, e meu novo host daddy me buscaria em uma semana. A ansiedade tomou conta de mim e eu não sabia o que pensar. Tinha vindo para os Estados Unidos para viver uma aventura inesquecível, para melhorar meu inglês e viajar, e, em quatro meses aqui náo tinha feito mais do que chorar e lamentar minha sorte.



Mas o que é sorte? Como dizer que somos sortudos ou não? o que define aquilo que é bom ou ruim pra nós mesmos? Eu tinha todas essas dúvidas na minha cabeça, não estava feliz, pelo contrário, estava aflita e com medo do que me esperava. Mas como a maioria das coisas que acontecem em nossas vidas são resultados das nossas próprias escolhas, eu me lembro que naquele dia agradeci por tudo o que tinha acontecido comigo. Toda aquela experiência com aquela host mom louca me fizeram um ser humano melhor, mais paciênte, me lembro como se fosse hoje, como eu queria mandar tudo pros ares e voltar pro Brasil, mas fui paciente e persistente até o fim, então, só tinha a agradecer. E do fundo do meu coração eu perdoei a minha host mom, e, me perdoei também, por ter escolhido a família errada. E estava pronta e de coração aberto para a minha nova vida e minha nova familia.



Pois bem, meu host veio me buscar junto com minha nova kid, uma garotinha de 3 anos com longos cabelos loiros. No caminho pra casa percebi que ela era mimada e que ele fazia tudo o que ela queria. Senti um embrulho no meu estômago, uma vontade de desistir, quis de novo minha casa e meu país.
Estava começando tudo de novo...de novo!


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28 dezembro 2015

Adeus ano velho, feliz ano novo - e um balanço geral.

Oioioioi! Mais um dia 28 e cá estou eu pro último post do ano!

Como é de praxe nos finais de ano, todo mundo faz um balanço geral dos acontecimentos e das conquistas. Tive a ideia de fazer aqui também, tanto pra saciar a curiosidade geral ou não quanto pra ler isso aqui daqui uns anos e lembrar o quanto essa experiência foi maravilhosa.

Confesso que esse é um post programado, e no momento em que ele for pro ar eu estarei tomando um banho de sol na Flórida, depois de ter passado o Natal com a minha família de verdade. <3

foto de 3 anos atrás, mas precisamos ilustrar o post


Vou começar falando o quanto eu mudei nesses 5 meses. Criei uma paciência que eu não sabia que tinha. Ou eu tinha, mas eu não a botava em prática. Por mais que eu me sinta em casa aqui, não é minha casa de verdade. Não posso dar uns berros quando tô de saco cheio. Aqui você põe seu lado zen em prática, e se surpreende quando descobre que sabe lidar melhor com as situações. 

Já aconteceu da bateria do carro pifar, e eu não ter ninguém em casa pra me ajudar. Recarreguei sozinha, morrendo de medo de tomar choque hehehe mas consegui! Aqui você é treinada na marra pra sobreviver aos perrengues da vida. E essa sensação de "eu consigo" é maravilhosa! Nada paga.

Eu mudei, e todo mundo muda. Passei a achar 12 graus celcius uma temperatura razoável. Passei a não criar expectativas (ok, nem sempre), e com isso me surpreender positivamente muitas vezes. 

Já sofri de homesicks que achei que não fosse suportar. Achei que comprar uma passagem de volta pra casa fosse uma decisão aceitável. Hoje, me encontro na dúvida se devo ficar mais um ano ou não.

Já tive momentos em que saí de casa dirigindo sem rumo p* da vida por um dos meus kids ter testado minha paciência até o limite, e voltei pra casa no mesmo dia sorrindo e agradecida pela oportunidade de estar aqui,

Em 5 meses vi que valeu a pena ter conversado com 11 famílias antes de vir e não ter dado certo com nenhuma, porque a minha família não é perfeita, mas é perfeita pra mim. Os considero meus segundos pais, e eles me consideram uma filha. O começo foi difícil, mas hoje não trocaria eles por nenhuma Califórnia. A gente brinca de guerrinha de arminha de brinquedo como se eu tivesse vivido aqui a vida inteira. Meu host viu que um dia postei no facebook o quanto sentia falta de pão com ovo (sou super gourmet), e agora tem pão com ovo quase todo dia no café da manhã.



Se eu pudesse dar conselhos para a Juliana do passado (ou para as au pairs que estão vindo), seria:

- não coma muito quando chegar
- seja paciente
- seja menos reclamona

Focando mais na parte da comida, amigas, não comam tudo que verem pela frente quando chegarem. Essa é a coisa de que mais me arrependo. Qualquer quilo pra uma pessoa que tenha menos de 1,60m eu faz a diferença, e isso é uma das coisas que estou tendo mais dificuldade pra resolver. 

Em 5 meses aqui, tive mais conquistas materiais do que tive em 23 anos de Brasil. Tenho duas câmeras, Iphone novo, e um guarda-roupa novo. Já conheço 5 estados, e só não fiz mais viagens pois pretendo fazer uma viagem grande quando acabar o meu ano. Adoro essa facilidade que se tem aqui, mesmo com pouco dinheiro.

Ao mesmo tempo, preciso trabalhar meu lado consumista. Me sinto a própria Becky Bloom aqui, e não gosto disso. 

Ironicamente, me tornei mais próxima da minha mãe e dos meus famíliares. Aprendi a dar mais valor a quem eu amo, e não vejo a hora de poder dar um abraço neles de novo. Minhas bebês felinas não andam muito bem de saúde, e me parte o coração não estar perto delas, não poder abraçar elas todo dia. Essa era a coisa que eu mais temia nesse intercâmbio. Mas não penso mais em desistir no meio do caminho, pois eu vim pra cá com um objetivo, e não pretendo ir embora enquanto não cumpri-lo.


Enfim, quando paro pra pensar, só tiro conclusões boas sobre esses quase 5 meses.

Espero que esse post tenha servido de inspiração pra você, que está em dúvida se vem ou não. Ou pra você, cara au pair, que não anda vendo sentido nessa caminhada. Daqui um ano ou dois, olharemos para trás e teremos orgulho das nossas conquistas.

Espero que 2015 tenha sido um ótimo ano para você, e que 2016 seja um ano incrível e iluminado!

Força para nós nesse inverno, e nos vemos no próximo dia 28!



Instagram: @jukhourii
Snap: jukhouri
E-mail: juliana_khouri@hotmail.com



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27 dezembro 2015

TIP - O que fazer?

Hoje vou falar de um assunto muito polêmico, mamil.... kidding.

Muitas pessoas que vem ao Estados Unidos por um curto período de tempo dizem o quão barato a comida é aqui, porém muito deles vão gastar dinheiro para comprar comida e da 10% de gorjeta para o garçon e acha que está de bom tamanho.

Porém mal eles sabem o quão esse dinheiro é importante para esse trabalhador, seja ela garçom ou algum prestador de serviço de baixo custo.

Normalmente essas pessoas recebem um valor muito abaixo da média, as vezes chega a $2/hora.
E somos nós que completamos o salário dele, e eles contam com essa ajuda.

Caso vá a qualquer lugar que tenham pessoas te servindo, seja em hotel ou qualquer outro lugar, deixe uma TIP (Gorjeta) com ele no final do serviço.

Então quais são os valores que devo dar?*

10% - Serviço ruim ou bem fraco, pode ser que ele te pergunte se fez algo de errado, ou se a comida não estava boa.

15% - Valor normalmente aceitável, valor pago se você gostou do serviço mas não foi lá essas coisas.

20% - Valor considerado não tão alto mas que quer dizer que gostou do serviço.

+20% - Você é bem generoso.

*Porcentagem sobre o valor final da conta


Vejo muitos Au Pairs dando baixos valores de tips pois já não recebemos um valor maior semanal, mas lembre-se "A maior recompensa pelo nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma. " John Ruskin

Obrigado! 
Te vejo no próximo mês.

Dúvidas, só mandar um e-mail.

Facebook: Gabriel Bacelar
Instagram: @gabriel_evb



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25 dezembro 2015

Você sabe o que quer?





Mais um dia vinte e cinco. Mais um dezembro. Mais um final para outro começo. Sempre assim nesta época do ano e eu sempre me perco. A época é linda; todos querendo o bem para o mundo, desejando coisas boas e sorrindo pra seja lá quem for. Pena que isso não dura o ano todo.

Acho um tempo estranho, porque um ano acaba pra outro começar e continuar tudo igual. A não ser que mude. E se você quiser mudar? Vamos mudar? Mudar de cidade, de filme favorito, de emprego, experimentar outro sanduíche no McDonald´s?

Há certa dificuldade em mudar. Em enfrentar o novo. Por que eu vou pedir o McCheddar se eu já sei que o Big Mac é bom? Pra que correr o risco? E creio que essa analogia pode ser feita a qualquer coisa. Você que é au pair em uma família e pensa em trocar porque poderia ser diferente; você que ainda não é au pair mas está na dúvida; você que já foi au pair e quer ir outra vez; ou você que não quer ser au pair mas quer ser algo ainda indefinido. 

Que tal aproveitar esse tempo em que todo mundo pensa que pode mudar tudo e fazer algo pra mudar? Nem que seja uma ideia nova. Uma ideia já é algo, e se você já a tem agora é só pôr em prática. Se não der certo, vamos tentar outra coisa. Dizem que uma hora algo dá certo e que encontramos aquilo que procuramos. Eu gosto de acreditar nessa parte. Gosto mesmo. E quero que você acredite também, mesmo que seja tudo mentira. Acho essencial acreditar em algo, qualquer algo, o algo que você quiser. Quem disse que agora é a hora de saber e decidir tudo?

Mas tô falando sério, vamos tentar? Vamos fazer algo diferente? Vamos ser o que quisermos?

Logo logo janeiro está aí e as pessoas voltarão ao normal, vão esquecer das crianças que escrevem as cartinhas e parar de sorrir. Que tal fazer o contrário, pra variar? Mudar um pouco a ordem e parar de dizer que falta tempo?!

Eu gostei dessa ideia. Deixe o medo de arriscar de lado. Concorde comigo e vamos pedir um McCheddar!


Bom natal pra quem é de natal, curtam o que quiserem curtir e bora ser feliz!



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24 dezembro 2015

Merry Christmas! Happy Hanukkah! Feliz Natal !

Véspera de Natal.
Famílias preparando-se para a ceia, árvore de Natal, enfeites natalinos, troca de presentes, muita comida e aquela conversa fiada na sala assistindo especiais de Natal na televisão.

É assim na maioria das famílias.

No caso da minha família (minha verdadeira família) é diferente. Não temos árvore de Natal, não fazemos ceia (apenas uma comida um pouco mais especial, é só - até porque somos uma família pequena) não trocamos presentes (quando é possível, fazemos um agrado e compramos uma lembrancinha), vamos à missa de Natal e por fim sentamos na sala e assistimos TV juntos a noite (o tradicional show do Roberto Carlos).

Nunca tive um Natal tradicional com mesa posta, casa cheia e toda aquela preparação antes da noite de Natal.
Quando vim para os Estados Unidos, já sabia que teria um Natal tradicional com tudo que eu tinha direito (Papai Noel, arvore de natal enorme, decoração natalina por todos os lados, empolgação das kids escrevendo cartas ao Santa Claus - como aqui é chamado, músicas natalinas, Elf - caso não você saiba do que eu estou falando, trata-se de uma brincadeira americana onde o o boneco Elf vem vigiar as kids todos os dias e a noite ele volta ao Polo Norte para contar ao Santa Claus sobre o comportamento das crianças e ele sempre muda de lugar brincando com a imaginação das crianças e esgotando a criatividade dos pais que tem que mudá-lo de lugar todas as noites.







São muitas as tradições as americanas nesta época do ano, é legal vivenciar isso pois e bem diferente das nossas.

Minha família é católica (não praticante) e com descendência italiana. Ou seja, Natal por aqui é com tudo que tem direito, muito enfeite de Natal, muita comida  (exceto neve, até porque esses últimos dias tem feito até calor para os padrões da estação).

Mas assim como no Brasil, e na minha família celebramos o Natal diferente (por nossa opção, apesar de sermos católicos) aqui no USA não é diferente. Cada família celebra o Natal conforme a sua crença e religião.

Natal como todos sabem simboliza o nascimento de Cristo, mas para algumas religiões  o Natal não é celebrado - como o islamismo, judaísmo, budismo e entre outras.

O cristianismo predomina nos USA, porém muitas meninas encontram no meio do processo de seleção famílias judaicas ou Jewish (em inglês).

Com certeza pelo menos uma família Jewish já passou no perfil de vocês. Eles não celebram o Natal, e sim o
Chanucá ou Hanukkah, a Festa das Luzes. São oito dias de celebração. A cada noite é acesa uma das nove velas de um candelabro especial.

Hoje, nas decorações natalinas encontra-se os símbolos do Hanukkah, além de cartões comemorativos.



OITO DIAS DE ALEGRIA
Algumas das tradições comuns da celebração
Roda, pião!
Algumas famílias dão moedas às crianças – um costume derivado de outra data judaica, o Purim, e influenciado pela tradição cristã dos presentes de Natal. Os pequenos também brincam com o dreidel, um pião de quatro lados. Cada face tem uma inicial da frase Gimel Nun Hei Shin (“Grande milagre aconteceu lá”). Joga-se o dreidel e apostam-se balas em qual letra irá cair.
Chamas da fé
Na véspera do primeiro dia de Chanucá, é acesa a primeira vela do Chanukiá (um tipo especial de Menorá, com um espaço à parte para acomodar a vela que acende as outras). Enquanto ela queima, são recitados cânticos e bênçãos – e ninguém pode sair do recinto. No dia seguinte, acendem-se duas velas, e assim sucessivamente até completar as oito.

Para quem está no processo, saibam que fazer um intercâmbio é estar com a cabeça aberta para o novo, para novas culturas e suas tradições.    
Aproveite para conhecer e se aprofundar neste mundo de conhecimento e garanto que te fará olhar com outros olhos para o mundo a fora.

Eu, convivendo com uma família tradicional, aprendi e aproveitei desta experiência diferente. Porém o mais importante de tudo, foi a valorizar a família. Não que eu não a valorizasse antes, mas passei a dar valor aos pequenos detalhes, as coisas simples que somente a sua verdadeira família possui e que você não encontra em lugar nenhum do mundo.

Se você que está no Brasil, ansiosa para embarcar nesta experiência vivendo uma nova cultura, aproveite ao máximo sua família. Não desperdice nenhum momento. No futuro você sentirá falta. Abrace, beije diga que os ama.
Natal é família, independe da religião. É amor, união, fraternidade. Quando se faz um intercâmbio aprendemos a valorizar o tempo, a usá-lo com sabedoria. Pois nunca se sabe quando teremos a segunda oportunidade.

Vivam o Natal com suas famílias !

E para quem está aqui, no primeiro, segundo ou já vários natais longe da família - assim como eu, no segundo Natal longe da minha família.

Não tenho muito a dizer, porque eu sei quanto dói não estar ao lado de quem amamos. Tente olhar para o lado positivo, o da experiência de viver algo novo. O nosso intercâmbio tem prazo de validade, aproveite o tempo use com sabedoria. Olhe para a dádiva da vida e agradeça, sempre.

A todos, um Natal abençoado e que o menino Deus traga muita paz e esperança para o ano novo que se aproxima.

Fonte:

http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2014/12/natal-como-diferentes-religioes-celebram-a-data

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-se-comemora-o-chanuca
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23 dezembro 2015

E o baby nasceu!

Olá leitores(as) do blog! Como todo dia 23 eu venho aqui para trazer um pouco da minha historia e marcar mais um mês de USA, dessa vez não seria diferente! Hoje eu comemoro nove meses que pisei na terra do Tio Sam para ser AuPair na família que eu ainda vou viver por mais outro ano! A bolsa estourou e o baby nasceu!
 

Eu não tive homesick durante esse processo! Nem no meu aniversario ou da minha família! Foi difícil mas suportável! Mas dezembro é Natal! Se trata da época do ano mais importante para mim e digo passar isso numa família judia não é fácil! Por mais que eles sejam ótimos é barra ter uma arvore de Natal minuscula no seu quarto! Ter que viajar (pelo menos eles me deram o dia off! #oremos) para passar o Natal com a HF da sua amiga, sem saber nem como você vai chegar! Me empolguei com isso mesmo assim! Gastei parte do meu suado salario da AP com presentes e comida pra pessoas que eu nem conheço direito e não me arrependo nem um pouco! Pois é natal! Estou escrevendo isso com lágrimas nos olhos! Eu não sou mais a mesma menina que embarcou nove meses atrás! Hoje eu posso dizer pela primeira vez na minha vida que eu sou uma mulher! Tão mulher que pari esse intercambio com muita dor e sofrimento! Mas foi uma criança muito desejada, planejada e feita com muito amor! E agora só me resta criar esse baby com todo meu coração! E pedir a Deus e ao Papai Noel (why not!) que eu não perca a alegria, a fé, a força e de continuar seguindo em frente!

E agradecer por essa vida maravilhosa que Deus me deu e que eu não entendo a razão, já que eu não mereço metade das coisas boas que acontecem comigo! 

Tenham um Feliz Natal! Para quem ainda está no Brasil: APROVEITA PRA C@R@LH0 e pra quem já está longe... FORÇA... só isso!


Com carinho, Flávia! 
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21 dezembro 2015

Então é (quase) Natal!

Oi pessoal, como vocês estão? Espero que estejam bem!

No post de hoje vou contar como é passar o Natal longe da nossa casa de verdade.

Bom, hoje é dia 21 e estamos em contagem regressiva para o Natal, mas não estou naquela ansiedade como costumava estar no Brasil nessa mesma época. E não é por nada não. Mas aqui não tenho a preocupação de pensar no prato que vou fazer pra levar no jantar do dia 24, não tenho tantos presentes para comprar, enfim, é diferente.

Não estou dizendo que é ruim, de jeito nenhum. Graças a Deus tenho uma host family que me me inclui nos planos dela e amigos que nunca me deixariam sozinha principalmente nessa época do ano.

Tinha pensado em ir ao Brasil passar as festas de final com a minha família (já que estarei off), mas acabei deixando os dias passarem e a passagem ficou absurdamente cara e bem longe do nosso poder aquisitivo de au pair. Vou ter que passar as festas aqui mesmo. Tudo bem, já superei.

Logo depois do Thanksgiving toda a cidade ja começou a se preparar pro Natal e é tudo exatamente como vemos nos filmes. Estou encantada. 

Fonte: Arquivo Pessoal

Tirei essa foto numa cidade chamada Leavenworth que fica há mais ou menos 3 horas de Seattle. Vale super a pena a viagem! Eu e minha amiga dirigimos pela primeira vez na neve (sem corrente nos pneus e sem pneus especiais para a neve) e estamos vivas pra contar história. Vimos na previsão do tempo que ia nevar, mas nao estávamos  esperando tanta neve assim.

Fonte: Arquivo Pessoal

Até o Papai Noel parece de verdade aqui, e eu não estou brincando. Outra coisa que eu achei super divertido foi uma festa que eu fui chamada: Ugly Sweater Party. Nunca imaginei que isso existisse. Todos os convidados tem que ir vestidos em um sweater de Natal. Algumas pessoas decoram seus próprios sweaters e outras compram pronto (que foi o meu caso).

Fonte: Arquivo Pessoal

Merry Christmas pra todos nós e lembre-se que se você está longe de casa, é porque voce escolheu isso pra você. Por isso, nada de ficar triste por estar longe de casa. 

Se tiverem alguma dúvida ou sugestão a fazerem, escrevam nos comentários. 

E se quiserem acompanhar meu dia a dia, me adicionem no Snapchat e no Instagram: @albuquerque_ba

Beijos e até 2016 gente <3

Bárbara Albuquerque
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19 dezembro 2015

Morando com uma família Americana... que é a sua!

Aqui nos EUA, "as festas" começam um pouco mais cedo, devido ao Thanksgiving. Para muitos dos americanos, esse feriado é muito mais importante do que o Natal, pois não tem uma religião atrelada a ele e também celebra o outono, que é uma das estações preferidas da maioria das pessoas. 
Meus sogros moram comigo e meu marido, e minha sogra teve problemas de saúde, não pudemos viajar e a família quase toda veio para a nossa casa e o que fez me inspirar a escrever esse post!




Morar com uma família de curtir diferente é bem desafiante, pois tem costumes deles que passam bem longe dos nossos e as vezes geram aquele stress, mas durante o intercâmbio, a gente sabe que tem dia e hora para acabar aquela convivência, mas quando a gente escolhe casar com o gringo, a diferença cultural viverá contigo até que a morte os separe!
Abaixo, vou contar um pouquinho de quais são as maiores diferenças culturais que eu convivo por aqui:
Desperdício: Quando minha sogra estava cozinhando, apesar de sermos 4, tinha o hábito de cozinhar muito mais que o suficiente, e no fim das contas, todo santo dia comida ia pro lixo! Na minha consciência de brasileira, cozinha-se a quantidade suficiente ou faz-se outra refeição com aquela comida. Sem contar o desperdício de tissue e zip loc que me deixa louca (sou daquelas que é louca e calcula o custo de cada unidade e essas coisas não são baratas! Ainda mais quando tem que se pagar contas de casa! ) Água? Eles também pensam que nunca vai acabar! Tive que ensinar marmanjo que só se abre a torneira pra remover exceções da comida e enxaguar a louça, ensaboar=fechar torneira!
Higiene: Aqui não tenho muitos problemas com isso. Enquanto estou trabalhando, meu sogro fofo dá uma geral na casa todos dias! Mas, porém e todavia, americano pensa que com um pano pode se fazer tudo. Esse foi e continua sendo um dos maiores desafios aqui. Eles não entendem que com o pano que um dia você enxugou o chão, não se enxugam as louças, e eles não são lavados juntos. 
Cachorra: Ela é permitida a deitar na cama, mesmo depois de ter vindo do backyard. 

Especial Thanksgiving:

Com um monte de gente aqui, aconteceram coisas inusitadas, não sei se é algo particular da minha família, ou acontece com qualquer uma:
Em um Thanksgiving tradicional, é feito o famoso perú, que requer dias de preparação e não pode ser comprado de última hora, e na última hora apareceram mais convidados que o esperado, portanto não foi possível completar a tradição do sanduíche de perú do dia seguinte.
A galera veio pra ficar.... Mesmo sendo uma casa pequena, com um quarto só para visitas, tivemos 6 pessoas jogadas no meio da sala... Será que eles são abrasileirados? 
A situação que não passei com a host family e nunca imaginei que iria acontecer comigo e aconteceu... A comida com nome...
Algumas de nossas visitas, chegaram no dia anterior, e para o jantar foi pizza, eis que estou procurando um ingrediente na geladeira e acho um zip loc com pizza e nome... Oi?
Mais uma relacionada a comida: No dia seguinte ao Thanksgiving, a minha cunhada e a família foram passear em DC,jantaram fora e trouxeram os left overs. No dia seguinte, se despediram e iniciaram a viagem de volta para a casa deles, 15 minutos depois da partida, vejo meu cunhado de volta, entrando e pegando os left overs e foi embora... Oi?
A mulher americana é treinada pra ser bitch, só pode! A minha sobrinha (eu ainda não me acostumei com a ideia de ter sobrinhos), nem olhou pra minha cara quando chegou em minha casa... Pra ir embora, só aquele abraço que vocês sabem como é.
Para conseguir uma ajudinha com a louça, tive que fazer aquela cara de cachorro sem dono. Nada de solidariedade brasileira na cozinha.

E vocês? Qual é a maior diferença cultural com os americanos além de questões de higiene?

Feliz Natala a todos e que 2016 seja um ano de muitas conquistas pra todos nós,

Beijos e até janeiro!



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17 dezembro 2015

Diário de uma partida

(em 26.10.15, #51dias)
Misto de emoções. Tudo que consigo escrever. Prometi que escreverei esse post aos poucos e sempre que bater aquela vontadezinha de contar um pouco a mais eu volto aqui, com data e tudo, pra dizer como é que foi isso de voltar ao Brasil depois de quase 2 anos fora de casa um parágrafo por vez. Ontem arrumei minha caixa de lembranças do meus anos, hoje arrumei alguns documentos, em breve começo com as malas. ai-ai-ai, voltar tá complicado quando a gente põe na calculadora quantos dias faltam.

(em 03.11.15, #44dias)
Hoje decidi que não vou levar muitas roupas que tenho aqui. Nunca fui apegada demais a roupa nenhuma e como estou voltando ao Brasil por tempo indeterminado, estou me esforçando para levar na mala apenas o que importa porquê: A) não quero pagar excesso de bagagem; B) não tô afim de ir pra DC pra pegar aquele atestado de residência, ainda mais que morei em 5 endereços diferentes; C) como mudei muito, não tenho muitas roupas e as poucas que tenho estão bem batidas. Uma decisão meio louca é que vou levar meus casacos mais pesados de frio, foram caros e eu pretendo usá-los bem em breve.

(em 18.11.2015, #30dias)
Ontem tive um meltdown daqueles. Liguei pr'um amigo e implorei por chocolate e sorvete, com direito e lágrimas e dúvidas e contemplações e inseguranças. Em 28 dias deixo os EUA e em 30 dias estarei em casa! O que eu penso?! Bem, reconheço que já vivi o que tinha de viver no programa, mas não estou pronta pra deixar este estilo de vida que vivo daqui e voltar pra cidade onde meus pais moram. Estou morta de medo do desconhecido e do incontrolável, se terei emprego, se vou conseguir passar no teste de inglês do mestrado, se vou conseguir me adaptar, se meus amigos ainda são meus amigos, do que me mudei e as coisas continuam no mesmo lugar... pra piorar ainda estou no TPM. #pqp

(em 06.12.2015 #12dias)
Pensei várias vezes em voltar aqui e reportar como estava me sentindo. As emoções são tantas e os pensamentos foram tão avassaladores que pôr a cabeça em ordem foi complicado. Foi? Não, não. Tá sendo. Como resolvi me desapegar e deixar/doar as roupas e coisas que sempre posso comprar no Brasil (e em qualquer outro lugar do mundo), terei uma mala de memórias e souvenirs e sapatos, que já está pronta e outra com os quase-nada que estou levando, que vou fazer um dia antes de embarcar. Quando tiver o peso certinho eu posto. Qual a sensação? Tô angustiada, desesperada, triste, feliz, emocionada, contente, triste de novo, chorona, reclamona, TPM nível 11 (numa escala 0-10), não dormo bem, como pouco e, na maioria das vezes, porcaria (pipoca, macarrão, chocolate, litros de água - o que não é porcaria - e... é isso que estou comendo ultimamente, além das visitas ao Chick-fil-A que estão mais frequentes). 

Essa coisa de ter mudado várias vezes, agora, no final de todo esse desespero, é um lado bem positivo. Não tenho apego às roupas, aos sapatos, às bolsas como tinha antes. Aliás, consigo contar quantas peças estou levando e, muito provavelmente, não vou usar a franquia de bagagem permitida no voo internacional (2 malas de 70lb/32kg). Como tenho outro voo de GRU pra minha linda Bahia (terra de todos os Santos, encantos e Axé haha), vou mandar uma mala por correio e levar a outra comigo. Isso tudo porque esqueci de pedir a agência que marcasse meu voo final pra Bahia, mas as coisas vão bem ainda assim.

Estou preocupada com gastos extras. Meu cartão do Brasil não uso há dois anos e não sei se ainda está ativo ou se a agência já considerou como conta inativa. Isso me preocupa por não saber se posso usá-lo quando pousar em GRU, afinal vou ficar por lá por um dia inteiro antes de meu destino final. Estas últimas semanas me dediquei a curtir os amigos que fiz aqui, os momentos, as curtições, as pequenas festas e etc, então lhes garanto que o que juntei aqui não dá pra render um saldo surpreendente quando pousar lá hahaha.

Quanto ao fim do programa... cara! Como tô feliz em poder dizer "missão comprida, mas cumprida!". Se eu tivesse que embarcar de volta ao Brasil imediatamente depois de todos os rematches/mudanças voltaria depressiva, desanimada e sem brilho. Voltaria semente infértil, acredito. Conseguir um lugar pra chamar de meu, um cantinho que sei que posso voltar e conhecer uma família legal, normal, sem firulas... normal! hahaha me faz ter esse sentimento de que as coisas tinham que ser como foram e passar por cada situação foi necessária. Resiliência é um termo muito na moda ultimamente, e acredito que reconheço que meu nível de resiliência subiu um degrauzinho. ;)

Finalizar o programa assim também me traz outros sentimentos: autoconfiança, autoestima. Valorizar minhas pequenas realizações - ser mais eu, admitir e aceitar que sou "diferente" num mundo de tantos "iguais" e que sempre serei "a estranha" porque tenho sonhos e objetivos diferentes, pois vejo realização maior em viajar, curtir, brincar, descobrir e me encantar com o novo do que sentar horas a fio numa cadeira investindo tempo-de-vida num tempo-futuro que é incerto ao invés de batalhar para sustentar a única coisa da qual posso ter certeza: AGORA. "O que posso fazer por mim agora?" é o que me pergunto todos os dias e a resposta é diferente a cada dia.

(em 10.12.2015, #8dias)
Em 6 dias chego ao Brasil, em 8 dias chego a minha linda e acalorada Bahia. Deus seja comigo, pois minhas pernas estão curtas e meu coração parece não querer repousar. São 10:23pm e nem sinal de sono pra tentar colocar a cabeça pra descansar.

As malas estão todas prontas. Estou levando um total de duas malas grandes, um mochila, um ukulele e uma carry-on. Organizei uma mala com todas as tranqueiras e coleções de objetos e papeis que fui acumulando durante os anos e outra apenas de roupas. Como a de roupas tá bem murchinha, semana que vem, antes de embarcar vou balancear o peso pra não ficar uma mala hiper pesada e a outra pela metade. Estou levando a mochila como "bolsa", minha carry-on e meu uku comigo na aeronave. Tomara Deus, tomara que possa levar tudo comigo, não quero despachar meu uku no porão porque tenho medo de voltar quebrado.

Tenho lido bastante, escrito um pouco, comido muito, ainda não chorei haha tenho buscado viver devagar. Há esse sentimento de que "acabou e agora é só esperar chegar no Brasil". Esse é um sentimento ruim quando penso que, além de ler, meus dias se resumem a aconchegar no sofá com o cachorro, comer, beber e dormir. Sinto que essa semana está bem improdutiva, mas creio que seja normal, afinal, não tenho grana pra esbanjar. 

(em 15.12.2015, 24h antes do voo pra GRU, #3dias pra chegar na Bahia)
Malas prontas, coração miudinho de me despedir do "meu quarto", dos amigos, das parceiros de balada. Ontem um amigo (amigo!) cozinhou pra mim e ficamos bestando até umas 9 e tiquinho porque hoje ele tinha que trabalhar. Hoje marquei com uma amiga de irmos tomar um café e tricotar por mais uma manhã antes de voltar pro Brasil. Um outro amigo vei passar a tarde comigo e daqui umas horas uma outra amiga vem me ver.

Amanha logo cedo a nova babá chega. Ela não é Au Pair, é americana mesmo e foi a melhor decisão que meu host poderia ter tomado. Meu voo é somente a noite, mas pela manhã o Au Pair que conseguimos pegar o mesmo voo vem me buscar, pois meu host está viajando.

Comprei algumas lembrancinhas de Natal pra eles e tô deixando em cima dos travesseiros. O que eu ganhei? Bem, um muito obrigado e uma carta toda rabiscada dizendo sentiremos sua falta. E a vida segue.

(em 16.12.2015, 2h antes do voo pra GRU, #2dias pra chegar na Bahia)
Então! Coisas de Gabriella. hahaha esqueci de pôr um locker de segurança nas minhas malas. Coisa boa é que ambas estão com peso inferior a 55lb. Como eu consegui? Desapeguei. Sabe aquelas peças de roupa que ficaram no armário por meses? ou ainda aquelas que você usou tanto, mas tanto que quando se deu conta elas já eram parte integrante da sua pele. haha Desapeguei de roupas, sapatos, maquiagem antiga, espelho velho. Desapeguei do celular velho, do meu homework organizadíssimo do college. Desapeguei. Chegarei em casa com malas "vazias", repletas de esperanças para uma próxima aventura.

(em 16.12.2015, em GRU há 7h, 15h antes de chegar na Bahia)
Logo no avião, saindo da conexão em Orlando foi aquele burburinho de gente falando em português. Dá uma sensação boa e ao mesmo tempo assustadora. Mas estou aqui e cada passo que dei dentro de GRU foi uma confirmação do que já sabia: estranharia o vuco-vuco sem rumo de gente. Ninguém anda em linha reta, ninguém caminha ou do lado esquerdo ou do lado direito, caminham por onde há espaço. Na hora do almoça um restaurante estava anunciando R$6,39 por 100g de comida. Sério? Achei louco os preços. Paguei quase 6 reais nunca garrafinha d'água. Ok, ok, estou dentro do aeroporto, mas ainda assim... assusta.

Já tenho reserva no hotel e devo fazer check-in às 8pm. Só volta a escrever da Bahia. Aguenta coração!

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Mas você perdeu dois anos da sua vida sendo babá?!

Quando decidimos fazer esse programa geralmente nos jogamos de cabeça em tudo que é relacionado ao universo au pair. A hashtag #aupairlife é cheia de relatos, e no geral nos rodeamos de pessoas que entendem todas aquelas piadas internas, que tem o mesmo estilo de vida que o nosso e não nos julgam ao colecionar cada cupom de 1% de desconto por saber a diferença que faz no final. 
Mas aí a gente volta. E se voltamos MESMO acabamos nos deparando com pessoas que não conhecem o programa. Pra quem essa idéia de largar tudo pra ser babá lá fora ganhando uma miséria não faz muito sentido. Que não falam inglês. Que nunca saíram do estado em que moram. Ou se saíram, foram passar umas férias ali de uma semaninha. E por mais que a opinião alheia não importe, é difícil se adaptar num meio onde as experiências das outras pessoas não se identificam com as nossas. "Mas valeu a pena mesmo?", elas perguntam. 
E aí a gente passa a analisar, não só do ponto de vista au pair, mas de quem é de fora. Será  que esses dois anos foram tudo isso mesmo que pareceram ser pra mim? 


A conclusão a que cheguei é de que se hoje eu moro sozinha no Rio de Janeiro, vim com a cara e a coragem e aos poucos estou construindo minhas redes profissionais e de relacionamentos, se coloquei a mochila nas costas sem saber onde ia dar, e vou me virando como posso, se consegui fazer amigos em todas as esquinas pelas quais passo, se faço das tripas coração pro dinheiro durar até o fim do mês, se consigo transitar entre vários meios diferentes sem problemas, se consigo correr atrás de tudo aquilo que sempre quis é sim por que joguei tudo pro alto por dois anos pra ser babá. 
Pode ser que realmente eu tenha perdido um certo timing profissional, a essa altura eu já deveria estar em outro momento da minha carreira. Porém o que ganhei no nível pessoal não existem palavras que descrevam. Quando dizemos que vamos cuidar de criança parece tão simples, tão pouco, tão banal. Mas quem viveu sabe a montanha russa que esse programa causa nas nossas vidas. A gente sobrevive a nevasca, a  homesick, a vontade de jogar criança pela janela, a engolição constante de sapos em prol da boa convivência familiar, a gente aprende a viajar sozinha, a economizar, a fazer amigos em pessoas completamente diferentes de nós. Nossa relação com nós mesmos muda completamente depois de ser au pair. É mais que um curso de inglês. É mais que uma viagem de férias. É um pulo de cabeça e sem para-quedas em direção ao auto descobrimento. Algumas pessoas tiram de letra, outras tentam lutar contra isso o máximo que podem... Mas quem abraça o frio na barriga constante acaba não só caindo de pé, mas sendo uma outra pessoa ao final. 
Não posso resumir a minha experiência como au pair aos cursos que fiz ou aos países que visitei. Claro que é incrível falar disso, e impossível não se sentir realizada com esses fatores. Mas no final das contas a pessoa que eu me tornei acaba sendo muito maior que qualquer outro aprendizado. 
Acho engraçado o quão normal é ouvir que sou "muito corajosa". Corajosa de ir prum país que eu não falava a língua. Corajosa de viajar sozinha. Corajosa de largar emprego, dinheiro, família mais de uma vez. De me mudar sozinha pro Rio. De começar do zero. De novo. E mais uma vez. E novamente. Eu não sou corajosa. Muito pelo contrário... Estou constantemente me cagando de medo de tudo. Só quem teve familiar ficando doente no meio do ano de au pair sabe o desespero que é toda e qualquer notificação no celular. Só quem já esteve completamente sozinha sem nenhuma alma que poderia ser chamada de amiga nos arredores sabe o quão desolador isso é. Só quem já passou natal, ano novo, aniversário, ..., longe da família e dos amigos sabe o quão triste isso pode ser. 
Mas a gente segue em frente. Amanhã é outro dia. E no final, o que a gente cresce e amadurece em um ou dois anos não tem emprego ou carreira no Brasil que paguem. 
E se você se sente desmotivada, sem rumo, achando que ta perdendo tempo sofrendo aí nas gringa... Pense que no final você vai sair disso uma pessoa muito mais forte, muito mais corajosa e independente. E nada no mundo vai conseguir te parar! 
Um bom final de ano a todos vocês! Espero vocês em 2016! 
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16 dezembro 2015

What about the food?

Acho que todo mundo já ouviu esse ditado né?





Paraíso
Onde os chefes são italianos, policiais são britânicos, mecânicos são alemães, amantes são franceses, e tudo é organizado pelos suíços.

Inferno
Onde os chefes são britânicos, policiais são alemães, amantes são suíços, os mecânicos são franceses e tudo é organizado pelos italianos.

...




Jamie Oliver chorou.



Nigella nem se abalou.



Chef Ramsay não curtiu essa zoeira!


Parou o bullying com a gastronomia britânica gente!
Tem muita coisa gostosa aqui sim! haha

Quando se trata de dificuldades que aparecem quando a gente está tentando se adaptar a uma nova cultura, comida é uma das queixas mais frequentes.
O porquê é relativo, mas tem gente que decide viajar e esquece que: Você está indo para outro país e teoricamente deveria estar curiosa sobre a cultura deles! E sim, comida é uma grande parte da cultura de um lugar! Tanto que, quando a gente come um arroz e feijão bem feitinho fala que tem gosto de casa...

Quando eu falo da comida como cultura não falo só sobre a comida em sí, mas sobre o jeito como as pessoas comem, quanto tempo dedicam ao preparo e ao consumo das refeições, o quanto aquele momento é especial ou não...


Ou mega especial...

Aqui na "minha casa" a gente consome muita coisa congelada! Especialmente os adultos. Coisas semi prontas também são figurinhas carimbadas na nossa geladeira, vegetais lavados e picados que podem ir direto pra frigideira.
No geral acho que a gente come de maneira saudável...
As crianças comem muito macarrão! Mas geralmente com algum vegetal e não com molho. Batata... muita batata. As congeladas que a gente só coloca no forno e as frescas que... a gente também só coloca no forno (mas lava antes)! haha

No geral eu acho o custo dos alimentos no mercado bem razoável aqui! Se você levar em consideração o salário mínimo ( Nada de converter pra reais! haha).
Comer fora é caro :(
Mas... não se desespere!
 Existem os markets, que são a melhor coisa daqui, (junto com os pubs, é claro! haha), onde se come MUITO bem a preços acessíveis. O difícil é escolher o que comer dentre tantas opções!



Eu amo os markets e é tanto amor que meu próximo post será dedicado a eles! Ai conto em detalhes como eles são e quais são os melhores :)


Tendo em mente que Londres é uma cidade super cosmopolita, é difícil estabelecer um padrão e dizer que a alimentação é assim ou assado em todas as casas.
Mas acho que no geral todos buscam praticidade. Tempo aqui é artigo de luxo. Do mesmo jeito que eles andam com pressa, eles comem com pressa e cozinham com pressa.
Honestamente eu não gosto disso, gosto de sentar e curtir minha refeição.



People in London be like: This is Londron, I have to eat my sandwich and go to my next bloody meeting!

Mas o bizarro é que fácil entrar nesse ritmo, quando você menos espera já esta correndo na escada rolante do metro com um café na mão e um sanduíche na outra. E sempre, sempre atrasada. Não sei qual é a do tempo aqui. Mas ele passa de uma maneira bizarra!

Se você vem pra Londres e não tá afim de provar baked beans e fish and chips(deveria!), pode vir tranquilo porque você encontra TODO tipo de comida! E em qualquer lugar! O bairro que eu moro é super residencial e no subúrbio e a gente tem pizzaria, comida chinesa, tailandesa, indiana, frango frito...
A gastronomia inglesa de fato não é minha preferida, mas tem sim coisas bem gostosas!
O Sunday roast, por exemplo, que é um "assado de domingo"! Gente, é muito saboroso. E é uma daquelas comidas que dá sensação de aconchego, sabe?
Comfort food! haha



Dica pra viagens em geral:
Viaje de cabeça aberta! Experimente tudo que puder, mesmo que pareça esquisito ou que não tenha aquele gosto "de casa"...  Espera uns meses pra caçar restaurante brasileiro! haha
Você não sabe quando vai ter a chance de provar Sunday roast again. Arrisca!

 O arroz e feijão da sua mãe vão continuar lá na sua casa te esperando, tão gostosos quanto quando você veio.



See you next month!

:D



Personal blog: http://whenlivinginlondon.blogspot.co.uk/
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